Em três dias, os alunos de Relações Internacionais e de outros cursos, junto com estudantes de ensino médio, protagonizam atividade prática nos moldes da ONU
Foto: Giordano Toldo
O curso de Relações Internacionais – ou RI, como também é chamado – da Escola de Humanidades, possui uma estrutura transversal em parceria com a Escola de Direito e a Escola de Negócios e prepara os estudantes para enfrentar desafios em diferentes cenários da área, formando profissionais completos e capacitados. Um dos diferenciais é a Simulação em Relações Internacionais da PUCRS (SimulaRI), evento aberto ao público externo e protagonizado por alunos do curso, construído a partir do Modelo das Nações Unidas (MUN). O evento deste ano aconteceu entre os dias 27 e 29 de junho, no 4° andar do Prédio 50.
O SimulaRI adota desde o princípio uma forma de debates de Instituições Internacionais e segue as normas e as regras advindas das negociações da ONU. Esse estilo de simulação possibilita que os estudantes de graduação e do ensino médio desenvolvam habilidades importantes para o seu crescimento pessoal e profissional, à medida que são expostos a estilos de debates que exigem um conjunto de habilidades específicas, como pesquisa aprofundada, oratória, argumentação, organização de ideias específicas – que não necessariamente convergem com as do participante.
“A SimulaRI tipifica aquilo que chamamos de metodologia ativa, constituindo uma prática pedagógica que coloca o estudante enquanto agente ativo do seu conhecimento. É uma oportunidade de o aluno colocar em prática aquilo que aprende em sala de aula, bem como explorar soft skills, como comunicação eficaz, empatia e capacidade de resolver problemas”, explica o Prof. João Jung, coordenador da SimulaRI.
Nesta terceira edição do evento, há uma organização interna para garantir a reprodução fidedigna de um ambiente diplomático internacional da ONU. A organização conta com uma Comissão Organizadora, um Comitê Histórico Graduação, um Comitê Histórico Ensino Médio, um Comitê Atualidades Graduação, um Comitê Atualidades Ensino Médio, um Comitê Conselho de Segurança das Nações Unidas e ainda uma Diretora Administrativa, com assessores e um Diretor de Imprensa, também assessorado. Também é realizada uma cobertura divertida na rede social X (antigo Twitter).
Foto: Giordano Toldo
“Na dinâmica do evento, as pessoas representam países ou organizações e eles têm que chegar a uma resolução final, explica a estudante de sétimo semestre de Relações Internacionais e uma das organizadoras do evento, Laura Rizzon Toscan.
Considerando que, neste ano, o evento conta com seis comitês – alguns deles em língua inglesa – foi necessário um grupo de quase 40 alunos para formar a comissão organizadora que, durante um ano, preparou a SimulaRI.
“Esse evento nos proporciona uma visão ampla das várias profissões que a gente pode seguir, como a diplomacia, para quem tem o sonho de trabalhar na ONU. Além disso, é um bom momento para networking e conhecer outras pessoas”, comenta Sofia Corrêa da Silva, estudante do 3º semestre de RI.
Sofia Corrêa da Silva, estudante do terceiro semestre de Relações Internacionais, no primeiro dia do evento. | Foto: Giordano Toldo.
Analisar e mediar questões internacionais, atuando perante as transformações políticas, econômicas e sociais do mundo em que vivemos estão entre as principais funções do profissional de Relações Internacionais.
Há muitos espaços de aprendizagem disponíveis para os estudantes, como laboratórios de informática e centros de pesquisa, como o Centro Brasileiro de Pesquisa em Democracia (CBPD), o PUCRS Data Social, entre outros. Além disso, os estudantes têm a oportunidade de participar de diversas atividades práticas, desde a inserção em grupos de pesquisa até a integração em estruturas como o Serviço de Assessoria em Direitos Humanos para Imigrantes e Refugiados (SADHIR), criado pela Escola de Direito e que também conta com alunos de RI como voluntários.
Outra possibilidade muito interessante para qualquer aluno da PUCRS, é a Mobilidade Acadêmica, experiência que tem muito para agregar especialmente para os futuros internacionalistas. Estudar no exterior proporciona não apenas a vivência internacional, mas permite que os alunos se coloquem competitivamente no mercado, ao conhecer novas culturas e vivenciar o dia a dia em um novo país.
“O estudante conta com um eixo de formação interdisciplinar com foco em multiculturalidade. Há ainda a formação aberta e a possibilidade de atribuir uma ênfase ao curso por meio das certificações de estudo a serem eleitas por meio dos 24 créditos de disciplinas eletivas. Também vale mencionar que o estudante pode se beneficiar dos editais do programa de mobilidade acadêmica e cursar parte da sua graduação em uma instituição no exterior”, destaca Teresa Cristina Marques, coordenadora do curso da PUCRS.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL