Ideação, Oficina Trilha Empreendedora, idear

Oficina Trilha Empreendedora, ministrada por Karin Keller
Foto: Bruno Todeschini

Empreender e fazer o bem. Foram essas as principais premissas do 2º Ideação – Encontro de Empreendedorismo e Inovação, promovido pelo Idear e pelo Escritório de Carreiras de 14 a 16 de maio. Com o tema Qual o mundo que você quer construir?, o evento explorou iniciativas empreendedoras e sociais através de oficinas e painéis com profissionais de diferentes corporações, organizações e iniciativas. Com o apoio do Programa de Voluntariado Marista e do Sebrae/RS, participaram as empresas Sistema B, Natura, Meu Copo Eco, Tremarin, Tecnopuc, Dobra, Projeto Camaleão, Mobis, Loop Bike Sharing, Klavo, Volunteer Vacations, Aiesec e Câmera Causa.

Fazendo a diferença além das fronteiras

Um dos destaques da programação foi o painel Quero fazer a diferença: oportunidades e desafios de projetos sociais, que encerrou o Ideação. A atividade fez parte do 6º Salão da Graduação, organizado pelo Grupo PET Psicologia. As iniciativas apresentadas no último painel tinham em comum a responsabilidade social. Além da vontade de fazer a diferença, o que levou todos os convidados a iniciarem negócios foi o sentimento de inércia frente aos problemas sociais.

Mariana Serra, Volunteers Vacation

A criadora do Volunteers Vacation, Mariana Serra, defende que quatro perguntas devem nortear o processo de inovação: Qual é meu sonho? Posso mudar o mundo? O que me move? O que eu sei fazer? Formada em Relações Internacionais, o cargo que ocupava em uma empresa grande não era o suficiente para a mudança que sonhava em fazer. “Lia notícias sobre guerras e países em condições precárias e me perguntava: o que estou fazendo sentada aqui?”. Decidiu, então, passar um período em um dos lugares afetados. Sem encontrar uma empresa de viagens que permitisse a realização de trabalhos voluntários aliados a férias, Mariana resolveu oferecer o serviço por conta própria. Aos 27 anos, saiu do emprego formal, foi para o Iêmen e desenvolveu a Volunteers Vacation. Hoje com 32 anos, ela avalia a decisão com entusiasmo. “Para empreender, tem que fazer”, aconselha.

Monique Furlan, AIESEC

Monique Furlan, de 24 anos, passou pelos mesmos questionamentos. No que denomina “crise dos 20”, a então estudante de Relações Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) passou a se questionar a respeito dos rumos que a vida estava tomando. Foi aí que encontrou o intercâmbio voluntário da Aiesec, organização não-governamental que possibilita o desenvolvimento pessoal e profissional de estudantes através de programas de trabalho em equipe, liderança e intercâmbio. Em 2014, resolveu ir para Poznan, na Polônia. Em meio ao trabalho voluntário, encontrou pequenas maneiras de inovar, embarcando em “micro missões” de acordo com as dificuldades que encontrava. “Minha função era dar aulas de inglês para turmas de educação infantil em escolas públicas. Mas, na segunda semana, percebi que, mais do que isto, precisava falar com elas sobre a realidade em que elas viviam. Os sonhos de vida delas eram muito pequenos em relação ao que poderiam conquistar”, relembra. Depois disso, foi para Mendoza, na Argentina, onde trabalhou com pessoas em situação de rua. Acabou embarcando na missão de ajudar a empoderar as mulheres que encontrava pelo caminho. Hoje, Monique é voluntária na AIESEC em Porto Alegre.

Gustavo Spolidoro, Câmera Causa

O professor do curso de Produção Audiovisual da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Gustavo Spolidoro apresentou a terceira iniciativa. “Eu também enfrentei uma crise, a crise dos 40”, brincou. “A questão é como nos relacionamos com esta fase”. Assim surgiu o Câmera Causa. Voltado a escolas municipais, o projeto visa apresentar ferramentas para o desenvolvimento de produções audiovisuais com celulares. Já foram 7 edições no primeiro semestre de 2018: em Canoas, Viamão, Alegrete, Caxias, Uruguaiana, Passo Fundo e Bento Gonçalves. Ao todo, participaram cerca de 100 alunos. São 16 horas de aula em que teoria e prática se misturam – os voluntários apresentam técnicas de filmagem e edição e incentivam os alunos a desenvolverem seus próprios vídeos. “É o celular contando histórias de vida. Foram 40 vídeos produzidos na primeira etapa do projeto, e estimulamos que eles publiquem nas redes sociais. Todos podem ter acesso às histórias deles”, conclui.

Jaquelini Debastiani, Voluntariado Marista

Jaquelini Debastiani, agente de pastoral do Centro de Pastoral e Solidariedade PUCRS, apresentou o Programa de Voluntariado da Universidade para a plateia. Formada em Produção Audiovisual, ela conta que também enfrentou um dilema: como unir causas sociais com a comunicação e com o cinema? Foi assim que, durante a graduação, entrou em contato com o programa e se tornou voluntária. “Experiência é aquilo que nos atravessa e modifica. Os alunos que participam do Voluntariado acabam desenvolvendo seus próprios projetos de empreendedorismo dentro das instituições”, conta. Ela também elenca questões cruciais na hora de definir os tipos de voluntariados que podem ser feitos em diferentes regiões: Por que a comunidade existe dessa forma? Qual o meu impacto? O que vai/não vai mudar? Interessados em participar do Programa de Voluntariado Marista podem conferir mais informações neste link.

Voluntariado, Centro de Pastoral e Solidariedade, Hospital São Lucas, ala infantil

Fotos: Bruno Todeschini

Estão abertas as inscrições para o Programa de Voluntariado Marista na PUCRS, promovido pelo Centro de Pastoral e Solidariedade. Elas devem ser realizadas através deste link, até o dia 1 de setembro. Podem participar alunos, professores, técnicos administrativos e diplomados da PUCRS. No dia 9 do mesmo mês, ocorre o encontro de apresentação do Voluntariado. Na ocasião, serão apresentadas as instituições onde os voluntários podem atuar, a documentação necessária e o processo do voluntariado no geral. A ida ao encontro é obrigatória para quem quer consolidar a participação no programa. Neste semestre, ele ocorre na sala 601 do prédio 40 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), das 14h às 16h15min.

Dentre as novidades desta edição do programa estão a Comissão do Voluntariado, o novo processo de inscrição, encontros de Trocas de Experiências, microexperiências de voluntariado e o voluntariado grupal. O trabalho voluntário também conta como atividade complementar. Os certificados são emitidos a partir da prestação de 40 horas.

Cultura da solidariedade

Voluntariado, Centro de Pastoral e Solidariedade, Jorge Marcos dos Santos Leite

Jorge Marcos dos Santos Leite

Quem participa do Programa de Voluntariado Marista não espera nada em troca, mas encontra diversas recompensas ao longo do caminho. Seja auxiliando em oficinas, prestando atendimento médico ou simplesmente ouvindo histórias, os voluntários passam por experiências únicas ao doarem um pouco de tempo em benefício de outras pessoas. “Eles adquirem aprendizados significativos ao aliarem a teoria à prática, além de contribuírem para uma sociedade mais justa”, afirma Jaquelini Debastiani, agente de pastoral responsável pelo programa.

Jorge Marcos dos Santos Leite tem 40 anos. Há quatro, trabalha como vigilante da Universidade. Em maio deste ano, resolveu ingressar no Programa de Voluntariado da PUCRS. Sua missão é animar – para isso, ele criou Timtim, personagem inspirado em Charles Chaplin. O motivo da escolha foi simples: alegrar sem precisar falar. Uma vez por semana, o vigilante aproveita sua folga do trabalho para visitar o Hospital São Lucas e apresentar seu personagem aos pequenos pacientes.

Conheça esta e outras histórias, bem como as novidades desta edição do programa, na matéria Cultura da solidariedade, presente na edição 184 da Revista PUCRS.

Voluntariado, Restinga, Mãos, Pessoas, Tijolos

Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

O Projeto de Voluntariado da PUCRS passou por reformulações e está de cara nova em 2017. A principal mudança é o viés do projeto, que passa a ser educativo. Para auxiliar, foi criada a Comissão do Voluntariado Educativo, com o intuito de aproximar o Centro de Pastoral e Solidariedade (CPS) de professores, alunos e diplomados. A partir deste ano também existe a possibilidade de realizar voluntariado em grupos e participar de mutirões em comunidades. Os voluntários podem ser professores, alunos, diplomados ou técnicos administrativos da PUCRS. As inscrições ocorrem até 27 de abril e podem ser feitas no site www.pucrs.br/pastoral, no link Voluntariado. Informações adicionais pelo e-mail [email protected], no site citado ou no Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS, prédio 17 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre).

Outra mudança é a extinção das entrevistas no processo de seleção dos integrantes do programa. Agora, é necessário preencher o formulário no site e comparecer ao evento de apresentação do projeto. Para quem já realizou a inscrição entre 3 e 10 de março, o encontro ocorre no dia 1º de abril, das 14h às 15h30min, em local a ser definido. Para quem se inscreveu no dia 11 de março ou depois, o evento de apresentação será no dia 6 de maio, das 14h às 15h30min. Os inscritos receberão um e-mail com todas as informações mais perto da data dos encontros.

Os voluntários poderão atuar em projetos no Hospital São Lucas da PUCRS, no Centro Social Marista em Porto Alegre (Cesmar) e em outras instituições como escolas. Os projetos envolvem educação, assistência, saúde, meio ambiente e direitos humanos, mas os participantes não precisam estar em cursos ou serem formados nestas áreas.

 

Viés Educativo

A responsável pelo Programa de Voluntariado e agente de pastoral Jaquelini Debastiani explica que o conceito educativo é baseado na troca de conhecimentos. “O voluntário não só ajuda a instituição, mas aprende com ela. Ele precisa ter experiências significativas”, afirma. Segundo ela, o novo viés é o grande diferencial da reformulação. “Fazemos voluntariado para oferecer nossas habilidades e conhecimentos, aprender e contribuir com a cultura da solidariedade”.

 

Voluntariado em grupo

A nova modalidade de voluntariado permite que colegas e amigos possam entrar no Programa juntos e realizem as atividades em conjunto. Também é possível que o grupo se forme no dia 1º, data de encontro da apresentação do projeto, e que professores indiquem turmas para participar.

 

Mutirões

No final do ano, técnicos administrativos, professores, diplomados e alunos poderão se inscrever para participar como voluntários de mutirões. Jaquelini salienta que o CPS irá ouvir as necessidades de alguma comunidade e promover uma ação no local. “Se for uma escola, por exemplo, nós vamos reunir o maior número de moradores da comunidade e voluntários da Universidade para transformar o espaço em poucos dias”, afirma. Informações complementares serão divulgadas ao longo do ano.

 

Tempo livre

Aos que se preocupam com a necessidade de ter tempo para o as atividades, Jaquelini avisa: “é só querer fazer, ter abertura e disposição. O resto nós ajudamos”. Ela conta que se o interessado tem apenas uma hora disponível por semana, não existe empecilho, a equipe consegue encaixá-lo em alguma instituição.

 

Encontros

Universidade Missionária / Missão Paróquia / Restinga

Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

“O voluntariado é uma via de mão dupla. Por mais vulnerável que seja uma situação, duas pessoas sempre terão algo para ensinar e aprender”. É assim que a agente de pastoral Tania Regina Azambuja de Souza define o ofício. Ela é integrante do Programa de Voluntariado do Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS (CPS).

Para participar, os interessados podem agendar uma entrevista pelo e-mail [email protected], presencialmente no CPS, sala 101 do prédio 17 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), ou pelo telefone (51) 3320-3576. As inscrições ficam abertas até o dia 10 de maio. O pré-requisito para integrar o programa é ser aluno, diplomado, professor ou técnico administrativo da Universidade. Também podem participar familiares dos grupos citados. Atualmente, o projeto tem em torno de 160 voluntários e atende mais de 40 entidades, internas e externas. Segundo Tania, o objetivo do Programa é o fomento à cultura da solidariedade. “É uma forma de alargar os horizontes”, afirma ela.

Fantoches no Setor de Hemodiálise do HSL

Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

Como começar

Na entrevista inicial, os candidatos são questionados sobre suas motivações e áreas de interesse. Além disso, escolhem três entidades para conhecer antes de definir em qual delas vão trabalhar. Em um segundo momento, entram em contato com os responsáveis pelas instituições e agendam visitas. Depois de conhecerem as três entidades, escolhem o local para atuar. O passo seguinte é voltar ao CPS e preencher um termo de adesão e uma carta de encaminhamento. Eles devem visitar a entidade uma vez por semana, por no mínimo duas horas. O trabalho nas instituições que o Programa atende abrange diversas áreas. Podem envolver desde contato direto com o público, até atividades de administração, contabilidade e captação de recursos (doações).

Quatro vezes ao ano são promovidos Encontros de Formação para a troca de experiências. “Os comentários que mais ouvimos tratam da vontade de ajudar o outro e, por isso, esses encontros são importantes”, salienta a agente de pastoral. Para ela, o voluntariado é uma oportunidade de crescimento, de reflexão, de maturidade e de construção de consciência cidadã. “Mostra o quanto estamos comprometidos com o outro”, complementa.

 

Palavra de voluntário

Pascal SchmidtO alemão Pascal Schmidt, de 22 anos, estuda Antropologia das Américas, Romanística e Filosofia na Universidade de Bonn, da Alemanha. Ele está na PUCRS por meio do Programa de Mobilidade Acadêmica, complementando a sua formação em disciplinas como política e teologia. O estudante conheceu o Programa de Voluntariado em um evento e optou por participar. A primeira atividade de Schmidt foi dar aulas de espanhol na Pequena Casa da Criança. Agora, em 2016, ele se prepara para atuar no Hospital São Lucas da PUCRS, acompanhando pacientes.

Após ser voluntário, aprendeu que os gestos mais simples podem mudar realidades. Em primeiro lugar, revela, é necessário fazer um exame de consciência, e ter curiosidade com o desconhecido. Depois, entender que é essencial ser responsável e ter compromisso social.

Sobre sua experiência na Pequena Casa da Criança, ele relembra momentos marcantes, como o sorriso das crianças e a gratidão delas. “Sou eu quem agradeço a Deus pela oportunidade de ser útil na vida dos outros e poder trocar conhecimento com eles”, explica. Schmidt acredita que, em um mundo cheio de incertezas, é necessário manter os pés no chão e aprender a maior virtude da vida: ser humano.

Evento reúne crianças no Hospital São Lucas

Crianças se divertem na Feira do Livro Infantil
Foto: Arquivo -Ascom/PUCRS

Na próxima quinta-feira, 3 de dezembro, as crianças internadas no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) poderão participar da 12ª Feira do Livro Infantil. Compra simbólica de livros, sessão de autógrafos, contação de histórias e apresentação musical fazem parte da programação, promovida em parceria com a Faculdade de Letras. Neste ano, o tema é Brincando com Afeto e Alfabeto: Reiventando o Universo de Dilan Camargo. Além de reproduzir o ambiente da Feira do Livro de Porto Alegre, a iniciativa busca estimular o hábito de leitura entre os pequenos pacientes.

A abertura ocorre às 10h, com a presença do patrono da Feira do Livro da Capital, Dilan Camargo, que autografará seus livros. Os doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Letras, Leandro Prado e Jonas Saraiva fazem uma apresentação misturando texto e a canção Aquarela, de Vinicius de Moraes e Toquinho. Em seguida, começa a venda simbólica dos livros. À tarde, a programação continua com um sarau cultural, acompanhado de lanche especial. Haverá ainda a participação da escritora Marisa B. Krás Borges, que fará uma oficina de pintura com as crianças. A atividade é realizada no setor de Pediatria, no 5º andar do HSL (avenida Ipiranga, 6690 – Porto Alegre).

Para a Feira, são aceitas doações de livros infantis, que podem ser entregues à tarde na sala 223 do prédio 8 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), no Centro de Referência para o Desenvolvimento da Linguagem (Celin). Informações complementares pelo telefone (51) 3320-3500, ramal 4615.

Caroline Manto Chagas, estudante da Faculdade de Farmácia, no Canadá - "Aprendizado de novas habilidades sociais e profissionais"

Caroline Manto Chagas, estudante da Faculdade de Farmácia, no Canadá – “Aprendizado de novas habilidades sociais e profissionais”
Foto: Arquivo Pessoal

Longe de casa desde setembro do ano passado, uma vez por semana, Débora Kunz visita um lar de refugiados de diversos países. Nas segundas à noite, das 19h às 21h, faz Kinderbetreuung. Brinca com crianças entre 4 e 12 anos. Explica as atividades em alemão. Se alguém não entende, geralmente outra criança traduz para sua língua materna. “Esse trabalho faz com que eu me sinta melhor aqui e veja que não sou só eu que estou longe da minha terra natal. Sempre é possível fazer um começo novo”, reflete.

Todos os anos, estudantes de graduação da PUCRS fazem as malas em busca de experiências internacionais durante a formação acadêmica que, posteriormente, possam ser um diferencial para o mercado. Alguns alunos em mobilidade vão além, ultrapassam a dimensão universitária e mergulham em diferentes realidades. Levam consigo, além de roupas e objetos, sentimentos humanitários, solidariedade, empatia, altruísmo, amizade, carinho pelo próximo. Dedicam parte de seu tempo no exterior em atividades de voluntariado.

Débora Kunz atua com crianças num lar de refugiados na Alemanha

Débora Kunz atua com crianças num lar de refugiados na Alemanha
Foto: Arquivo Pessoal

Débora cursou até o 5º semestre de Matemática (bacharelado) na PUCRS e, então, embarcou para a Alemanha via Ciência sem Fronteiras. Nos primeiros seis meses, fez um curso de alemão na cidade de Marburg. Desde março, mora em Berlim e estuda na Freie Universitat, onde ficará até fevereiro de 2016. “Gosto muito de crianças, sentia falta desse contato e me sentia pouco útil, apenas frequentando a Faculdade. Queria algo que me trouxesse bem-estar. Participo de um grupo de alunos internacionais e, num dos encontros, conversei com uma menina da Califórnia. Ela falou sobre o trabalho voluntário e pedi mais informações”, conta. A atividade é liderada pela instituição Multitude. Em Porto Alegre, Débora atuava como voluntária no Centro de Pastoral e Solidariedade, liderando um grupo de jovens.

Um mundo diferente e mais otimista

Na Cruz Vermelha Portuguesa, Luciene Garay trabalhou com crianças na área recreativa: fazia  balões de bexiguinha e desenhos no rosto ou nas mãozinhas. Também arrecadou alimentos e dinheiro para o tratamento de pequenos com câncer.

Formada em Psicologia, em janeiro de 2015, cursou o 7º semestre na Universidade do Porto, de fevereiro a julho de 2013. Antes de realizar o intercâmbio, procurou pela Cruz Vermelha Brasileira para conhecer o trabalho voluntário e informar-se sobre como atuar na Cruz Vermelha de Portugal. Chegando lá, procurou pela instituição na primeira semana. “O que me motivou foi a vontade de ajudar pessoas que vivem fora do meu país e de estar mais próxima de uma cultura diferente”, revela.

Essa foi a primeira vez que Luciene atuou como voluntária, pretendendo dedicar-se, no futuro, a ações solidárias. “Mais do que para meu currículo e formação, a experiência acrescentou para a vida. Quando morei em Portugal, o país estava em crise (e ainda está). Porém, por mais que as pessoas estivessem passando por um período difícil, contribuíam e doavam o que ainda restava. Isso me trouxe uma visão de mundo diferente e mais otimista. Aprendi que sempre é possível fazer algo para melhorar as situações, por mais difíceis que sejam. Quando fazemos algo com o coração, saímos mais satisfeitos e felizes de um dia de trabalho”, garante.

Leia a reportagem completa na Revista PUCRS nº 176, páginas 28, 29 e 30.

IN ENGLISH

International experiences and solidarity Many PUCRS students in academic mobility devote part of their time to volunteering activities. Until February 2016, Débora Kunz, a Mathematics student, will be living in Berlin. She attends the Freie Universitat and, once a week, visits a home for refugees from several countries, where she plays with children.

Having graduated in Psychology, Luciene Garay attended her 7th semester at the University of Porto, in Portugal, and worked at the Red Cross’ recreational department, collecting food and money for the treatment of children with cancer. Caroline Chagas, a Pharmacy student, spent 18 months in an exchange program at the Memorial University of Newfoundland, Canada, and worked at Let’s Talk Science.

Mechanical Engineering undergraduate Eduardo Kessler studied at the University of Alabama, USA, for two semesters. There he helped to distribute study kits for needy families. According to the Careers Office, international experiences add a competitive feature to curricula vitae, and volunteering activities are highly valued, especially by multinationals.