Foto: Camila Cunha
Uma plateia formada por universitários, professores, técnicos administrativos esteve presente no auditório do prédio 32 do Campus para prestigiar a apresentação Flashes sobre a Educação Superior no Reino Unido, ministrada pelo Ir. Joaquim Clotet, reitor da PUCRS no período de 2004 a 2016. No evento, ocorrido na manhã desta terça-feira, 28 de agosto, ele abordou suas impressões especialmente a respeito da Universidade de Oxford, onde realizou estudos de pós-doutorado durante o ano de 2017. A atividade contou com a presença do reitor Ir. Evilázio Teixeira e do vice-reitor Jaderson Costa da Costa, entre outros dirigentes da PUCRS.
Clotet deu início à palestra apresentando a instituição de Oxford em números. A tradicional universidade inglesa tem mais de 50 ex-alunos laureados com o prêmio Nobel. Atualmente, conta com 370 cursos de graduação, 120 programas de doutorado e 40 colleges, alguns deles focados somente em cursos de graduação e outros somente em mestrado e doutorado. Mais de 23 mil alunos estudam na instituição, 44% deles nascidos no Reino Unido, 17% na Europa e 39% em outros países. Só nos cursos de mestrado e doutorado são quase 11 mil estudantes.
Foto: Camila Cunha
O discurso de início do ano letivo, proferido pela reitora, Louise Richardson, chamou a atenção de Clotet: “Ela afirmou que o grande tesouro do país são as universidades, que têm como grande missão a pesquisa e o ensino. Educar a próxima geração é o objetivo principal”, lembrou. Os desafios apontados por ela seriam os avanços tecnológicos, a globalização e a consolidação dos valores mais fortes da instituição.
Com inúmeras fotos ilustrando os colleges da instituição inglesa, Clotet enfatizou a tradição dos institutos, alguns deles com séculos de fundação. A biblioteca, prédio que se destaca em meio aos outros pela sua arquitetura, conta com 11 milhões de livros, que não podem ser retirados, apenas consultados no local. Em contraste aos tradicionais prédios, o Big Data Institute possui arquitetura moderna e foi inaugurado há pouco, abrigando pesquisas na área de medicina. A educação continuada também é destaque na universidade inglesa, com mais de mil cursos oferecidos por ano, com temas mundiais.
Foto: Camila Cunha
Segundo os últimos rankings divulgados, as melhores universidades do Reino Unido na área de pesquisa são Cambridge, Imperial College London e Oxford. Já quando o assunto é qualidade do ensino, ficam em primeiro lugar Buckingham e St. Andrews. “Isso mostra que as universidades de elite devem pensar seriamente nos passos que devem dar para aumentar a qualidade do ensino daqui para frente”, salientou. Quando o assunto é empregabilidade e salários dos egressos, os profissionais da saúde se destacam. Os formados nesta área são os que têm maior sucesso na busca por um emprego e também os melhores salários.
Em um campus onde é muito comum ver os estudantes sentados na grama, lendo um livro ao sol, os alunos vindos de outras nacionalidades cursam o chamado “currículo branco”, aprofundando seus estudos na cultura europeia. Outro assunto que mereceu destaque na apresentação foram os chamados free speech, locais para diálogo e discussões promovidas pelos centros acadêmicos.
Para finalizar, Clotet ressaltou que “pensando no que presenciei e também na PUCRS, lembro que excelência e identidade católica marista são dois lados da mesma moeda. Temos que continuar nesse caminho, com muito esforço, todos comprometidos com o que fazemos muito bem”, afirmou.
O professor Ir. Joaquim Clotet é doutor em Filosofia e Letras, área de concentração em Ética, pela Universidade de Barcelona. Realizou pós-doutorado nas universidades de Warwick e de Oxford, na Inglaterra. Detém os títulos de Doutor Honoris Causa pela Dalhousie University (Canadá) e pela Universidade São Marcelino Champagnat (Peru). Atuou como professor na Faculdade de Filosofia da Universidade de Barcelona e leciona Bioética nos cursos de Mestrado e Doutorado em Filosofia, Medicina e Odontologia na PUCRS. Também é professor visitante da Universidade Santiago de Compostela (Espanha), nas universidades Nacional de La Plata e de Buenos Aires (Argentina), além da Universidade Federal da Bahia. Clotet também foi membro da Comissão Nacional sobre o Acesso e Uso do Genoma Humano, do Ministério da Saúde, bem como é autor de 11 livros nas áreas de filosofia, de ética e de bioética, publicados na Espanha, Argentina e Brasil.
Foto: Bruno Todeschini
Flashes sobre a Educação Superior no Reino Unido é o tema da palestra do Ir. Joaquim Clotet que ocorre dia 28 de agosto, às 10h, no auditório do prédio 32. Reitor da PUCRS entre 2004 e 2016, Ir. Clotet apresenta aspectos diversos da Educação Superior do Reino Unido, particularmente na Universidade de Oxford, onde realizou pós-doutorado durante o ano de 2017.
Excelência na educação, pesquisa, desenvolvimento, empreendedorismo, inovação, empregabilidade e internacionalização são expoentes dessa alma mater (Universidade), que contabiliza 51 laureados com o prêmio Nobel e os primeiros lugares nos rankings globais da qualidade.
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O professor Ir. Joaquim Clotet é doutor em Filosofia e Letras, área de concentração em Ética, pela Universidade de Barcelona. Realizou pós-doutorado nas universidades de Warwick e de Oxford, na Inglaterra. Detém os títulos de Doutor Honoris Causa pela Dalhousie University (Canadá) e pela Universidade São Marcelino Champagnat (Peru). Atuou como professor na Faculdade de Filosofia da Universidade de Barcelona e leciona Bioética nos cursos de Mestrado e Doutorado em Filosofia, Medicina e Odontologia na PUCRS. Também é professor visitante da Universidade Santiago de Compostela (Espanha), nas universidades Nacional de La Plata e de Buenos Aires (Argentina), além da Universidade Federal da Bahia. Clotet também foi membro da Comissão Nacional sobre o Acesso e Uso do Genoma Humano, do Ministério da Saúde, bem como é autor de 11 livros nas áreas de filosofia, de ética e de bioética, publicados na Espanha, Argentina e Brasil.
A partir da esquerda: Janet Stott (Universidade de Oxford), José Luís Ferraro (PUCRS), Jane Pickering (Universidade de Harvard) e Maria Fonseca (Universidade do Porto)
Foto: Arquivo pessoal
A Universidade de Oxford sediou, no dia 21 de maio, o SUMs Workshop, encontro do Science University Museum group. O evento ocorreu no Museu de História Natural (Museum of Natural History – UOMNH) da universidade britânica com apenas três convidados internacionais, além de representantes de diversos museus do Reino Unido. A PUCRS, a Universidade de Harvard (EUA) e a Universidade do Porto (Portugal) marcaram presença como parceiras estratégicas para a internacionalização da discussão e ações relacionadas às práticas educativas em museus de ciências.
Na ocasião, o professor José Luís Ferraro, diretor de Assuntos Comunitários da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex), proferiu conferência intitulada Science Dissemination and Outreach in Brazil. O docente explorou aspectos relacionados à educação científica no Brasil, às boas práticas em educação de ciências desenvolvidas no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT-PUCRS) e à necessidade de esse perfil de museu cumprir um papel social por meio da alfabetização científica e da popularização da ciência.
Estiveram presentes no workshop representantes das universidades de Oxford, Manchester, Cambridge e Birmingham. A rede, que se constitui a partir do SUMs, é considerada de fundamental importância para o fomento à formação científica não apenas nas universidades, mas desde a educação básica, a partir do investimento na formação de professores que atuam neste segmento.
O próximo encontro do SUMs será em novembro, na Universidade de Birmingham. Na ocasião, serão discutidos os encaminhamentos da reunião de maio, quando foram definidas algumas ações como a elaboração de um projeto e um plano de atividades para captação de recursos de fundos internacionais à rede que se inicia.
André Neiva e Felipe Miguel, doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS, estão entre os 25 jovens pesquisadores selecionados para participar do evento Ciência, Filosofia e Teologia na América Latina. Promovido pelo Centro Ian Ramsey em Ciência e Religião da Universidade de Oxford e financiado pela Fundação John Templeton, o projeto tem o objetivo de estimular pesquisas nessas áreas, sendo composto por três workshops e uma conferência. Neiva e Miguel receberam uma bolsa de 1.300 dólares para cobrir os custos das viagens e terão todas as despesas pagas nos dias do evento.
Neste ano, a iniciativa ocorre na PUC-Chile, na cidade de Santiago, de 20 a 22 de setembro – o congresso final ocorre entre os dias 25 e 27 do mesmo mês. Direcionada à América Latina, ela foi pensada para durar três edições, tendo ocorrido no Equador (Ilhas Galápagos), em 2015, e no Brasil (Salvador), em 2016. Em seu último ano, irá promover sessões de discussão sobre cosmologia, física, ciência cognitiva, filosofia da mente, filosofia da religião e teologia. Os selecionados para apresentar trabalhos no evento foram avaliados em critérios como promessa acadêmica, qualidade do resumo do artigo proposto, carta de recomendação, planos de publicação do artigo e futuras metas acadêmicas.
André Neiva. Foto: Arquivo pessoal
No Chile, André Neiva irá apresentar um exame do denominado “argumento do ajuste fino”, que vai a favor da existência de Deus. “Os defensores desta teoria alegam que as constantes fundamentais do nosso Universo são finamente ajustadas para permitir a existência da vida. Se elas não fossem tão precisas, provavelmente não haveria vida inteligente. Por isso, acreditam que é muito improvável que este ajuste tenha sido obra do acaso”, explica. “Há uma vasta literatura propondo objeções a este argumento. Vou investigar uma delas”, conclui.
Por estudar teorias de probabilidade, foi fácil para Neiva conectar o argumento com sua pesquisa. Além disso, ele conta que o debate em torno da existência de Deus sempre o fascinou. Para a tese do doutorado, ele está desenvolvendo uma abordagem baseada na acurácia (ou precisão) para probabilidades comparativas.
Felipe Miguel. Foto: Arquivo pessoal
Já a tese de Felipe Miguel fala sobre derrotabilidade epistêmica e implicações epistêmicas da ciência cognitiva, mesmo tema que estudou de agosto de 2016 a março de 2017, na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. Lá, realizou um estágio de pesquisa de doutorado a partir de uma bolsa que conseguira pelo próprio evento da Universidade de Oxford. “Já havia participado da segunda edição do projeto, em Salvador, onde apresentei uma versão preliminar da pesquisa. Recebi a bolsa e uma das contrapartidas era que eu devia participar da conferência final do evento, no Chile”, explica.
Miguel estará apresentando dois trabalhos na ocasião. Um deles discute como a beleza natural pode ser considerada evidência da existência de Deus, e será exposto durante um dos workshops, que aborda O lugar da pessoa no cosmo. O segundo, que será apresentado na conferência final do projeto Oxford/Templeton, apresenta os resultados de sua pesquisa durante o estágio em Notre Dame.
Os doutorandos ressaltam a importância da oportunidade de estar em contato com outros acadêmicos da América Latina, compartilhando experiências e aprendendo mutuamente. “É mais uma oportunidade de conhecer outros estudantes e professores com o interesse comum de buscar respostas para as grandes questões sobre a vida e a realidade”, afirma Miguel. Para Neiva, ganhar uma bolsa como esta, além de conferir peso ao currículo, é um ótimo reconhecimento. “Fora o networking, é muito bom ver os resultados do nosso trabalho na academia”, conclui.
O Reitor da PUCRS, Joaquim Clotet, será Visiting Fellow no Exeter College da Universidade de Oxford, Reino Unido, em 2017. A proposta foi feita pelo Reitor do Exeter College, Prof. Dr. Sir Rick Trainor, e aprovada pelo respectivo Conselho na quarta-feira, 30 de novembro. Clotet realizará estágio Pós-Doutoral de pesquisa nas áreas de Ética e de Bioética.
