No dia 22 de setembro, às 18h30, a Universidad Católica de la Santísima Concepción (Chile), Universidad Marista de Guadalajara (México) e PUCRS, com apoio da Organização das Universidades Católicas da América Latina e Caribe(ODUCAL), promovem o webinar Internacionalização e oportunidades de rede pós-Covid.

No encontro que tem como subtemas inovação, pesquisa e desenvolvimento, três representantes das instituições latino-americanas debaterão sobre internacionalização e oportunidades de cooperação no contexto do cenário atual. O encontro será transmitido pelo canal de Youtube da PUCRS. O evento será conduzido em espanhol. Interessados em receber certificação, podem se inscrever aqui.

Confira a programação

Ir. Manuir Mentges (Pró-reitor de Graduação e Educação Continuada da PUCRS)

Dr. Emma Chaves (Universidade Católica de la Santíssima Concepción, Chile)

Me. Hilda Sánchez (Universidad Marista de Guadalajara, México)

Roger Paz Souza da Silva

Roger Silva está na Universidade Mayor, no Chile
Foto: Arquivo pessoal

Construções históricas, gastronomia típica e muita riqueza cultural são alguns dos muitos atrativos dos países da América Latina. Entretanto, os pontos positivos de países como Chile, México, Argentina, Uruguai e Colômbia vão além das perspectivas turísticas e vêm se tornando destinos atraentes para a mobilidade acadêmica.

Com universidades renomadas em diversas áreas do conhecimento e altos investimentos em educação e pesquisa, alunos da PUCRS têm cada vez mais apostado no continente latino-americano para intercâmbio acadêmico. Stephanie Mello, estudante de Psicologia, Roger Paz de Souza da Silva, aluno do curso de Jornalismo e Alex Blasi de Souza, do curso Relações Públicas, foram alguns dos estudantes que embarcaram com destino à países da América Latina no início de 2018.

A escolha pela América Latina

Alex Blaside Souza

Alex Souza escolheu a Universidad Veracruzana, no México – Foto: Arquivo pessoal

A experiência de estudar em países latino-americanos, de acordo com os estudantes, tem sido positiva. Para Alex, aluno da Escola de Comunicação Artes e Design, a escolha foi incentivada pelo idioma que pretendia aprimorar. “Eu sabia que queria fazer intercâmbio num país de fala hispânica, tanto para aprender a língua quanto para me conectar com o espírito de latinidade que tão pouco temos no Brasil. Nesse sentido, a Universidad Veracruzana, do México, despontou como uma das escolhas mais interessantes na lista de opções”, comenta o estudante.

Stephanie afirma que a ideia desde o princípio era escolher um país da América Latina para a mobilidade acadêmica. “Temos que valorizar mais nossos países-irmãos e reconhecer todas as qualidades, belezas e encantos que eles oferecem. Não precisamos ir à Europa para buscar isso”, completa. A estudante da Escola de Ciências da Saúde chegou à Universidad Marista de Guadalajara, no México, no início deste semestre.

Roger Paz Souza da Silva

Roger Silva
Foto: Arquivo Pessoal

Já a proximidade física que contrasta com o distanciamento cultural foi o principal motivador da escolha de Roger, que está na Universidade Mayor, no Chile. “Como brasileiro sinto muito por não parecer tão latino quanto o resto da América Latina. Falamos outra língua, consumimos outras músicas, outras comidas, temos uma mentalidade e uma identidade nacionalista quase inexistente se comparado aos outros sul-americanos. Percebi isso tudo ainda mais aqui, em cada troca com nova nacionalidade, seja latina, europeia ou asiática”, explica.

Aprendizados dentro e fora da sala de aula

Estudar em um idioma diferente é, sem dúvida, um dos maiores desafios para quem realiza mobilidade acadêmica. No entanto, os alunos destacam o apoio e auxílio de colegas e professores durante o processo e até mesmo o estímulo para a língua inglesa. Além disso, a conexão com pessoas de diferentes partes do mundo contribui para diálogos multiculturais e aproximam os alunos de outras culturas.

Stephanie Mello

Stephanie Mello faz mobilidade na Universidad Marista de Guadalajara, no México
Foto: Arquivo pessoal

De acordo com Stephanie, poucas semanas foram o suficiente para se adaptar ao idioma e à estrutura da universidade. “Acredito que o mais positivo na Universidad Marista de Guadalajara é a preocupação genuína de todos os seus funcionários com seus alunos. É perceptível o carinho que existe entre todos e o quanto estão abertos a receber pessoas de fora”, comenta.

Incentivo de aluno para aluno

A escolha pela América Latina tem gerado indicações para outros colegas que pensam em realizar mobilidade acadêmica nos próximos semestres. Lugares e amigos novos, mudança na rotina de estudos e autoconhecimento são alguns dos destaques da experiência.

“Escolher um país da América Latina é escolher viver a delicadeza e a fragilidade desses lugares, é valorizar espaços simples, mas carregados de energia boa e que, muitas vezes, são esquecidos e ofuscados por tanta modernidade e tecnologia”, comenta Stephanie.

Para Alex, a recomendação vem para aqueles que queiram conectar-se com o espírito de latinidade. “Diferentemente do nosso país, cuja enormidade geográfica tende a produzir comparações mais regionais do que internacionais, outros países americanos são unidos por uma consciência muito maior da realidade latino-americana, incluindo o que vejo como maior comprometimento político”, complementa.

A PUCRS possui convênio de mobilidade acadêmica com 25 universidades da América Latina. As instituições possuem ótimos programas de graduação e pós-graduação nas mais diversas áreas do conhecimento. Além disso, os países oferecerem custo de vida atrativo para estudantes brasileiros.

Ainda neste semestre, estão previstas as inscrições para o Programa Ibero-americano, do Santander Universidades, que concederá bolsas para países da América Latina e Espanha. Para informações sobre possibilidades de estudo no exterior, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou presencialmente na Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais (Prédio 1, sala 110).