Professora Rita Petrarca e Marlova Noleto / Foto: Reprodução

Ser feliz ou ter uma carreira consolidada? Precisa escolher? Talvez você já tenha se perguntado isso ao pensar sobre seu futuro e qual profissão seguir. E esse também foi um dos aspectos abordados na abertura do Open Campus 2020, com a convidada Marlova Noleto, diretora e representante da Unesco no Brasil. Ao relembrar o começo da sua trajetória, ela comenta que “não basta ter uma carreira. Ela precisa ser fonte de prazer, além de um modo de ganhar a vida”. 

O evento faz parte da programação da primeira edição online do Open Campus, que conta com mais de 200 atividades gratuitas, de 22 a 24 de outubro. A mediação do encontro ficou por conta da professora Rita Petrarca, do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida. Assista a live completa neste link. 

Eu sou paga para fazer o que eu adoro 

Eu sempre digo que a escolha de uma carreira profissional é um momento decisivo na vida que geralmente acontece quando somos muito jovens. Quanto mais prazerosa, melhor será a trajetória profissional”, destaca Marlova. 

Ela conta que em nenhum momento se sentiu arrependida de suas escolhas profissionais. Eu adoro ser assistente social e acho que é um curso que abre uma janela para o mundo, que dá muita perspectiva e possibilidades de intervir para a transformação social. 

O mundo mudou muito e a maior parte das profissões da forma que as pessoas conhecem hoje provavelmente vai deixar de existir nos próximos 20 anos, comenta Marlova. Segundo ela, é muito importante escolher o que se gosta de fazer, porque é necessário estar sempre estudando e se atualizando. 

Uma carreira dedicada ao bem-estar coletivo 

Nascida no interior do Rio Grande do Sul, Marlova Jovchelovitch Noleto é a primeira mulher a ser diretora da Unesco no Brasil, agência das Organização das Nações Unidas (ONU) voltada a contribuir para a paz e a segurança no mundo mediante a educação, a ciência e a cultura. 

“Fui inspirada pela trajetória profissional dos meus pais, que eram pessoas muito comprometidas, não só profissionalmente, mas também com o trabalho voluntário”, conta. 

“Como será o dia de amanhã?” 

Escolher mudar o mundo passa pela trajetória acadêmica e profissional

Irmão Marcelo Bonhemberger / Foto: Reprodução

Relembrando uma reflexão feita pelo reitor da Universidade, Irmão Evilázio Teixeira, o Irmão Marcelo Bonhemberger abriu o evento convidando a audiência a pensar sobre os tempos atuais.Como será o dia de amanhã? Quando tudo voltará ao normal? Aliás, será possível voltar ao normal? Estamos fazendo uma travessia inédita e é tempo de espera e esperança. Confiamos que algo muito bom está por vir depois das dificuldades. Quem sabe uma nova civilização mais humana e mais feliz?”. 

Marlova também destacou que a instituição de ensino fez toda a diferença na sua trajetória. “Eu olho com muito carinho para a PUCRS, porque foi a universidade onde eu estudei e ela evoluiu com o tempo, não parou e soube acompanhar as mudanças do mundo”. 

Open Campus: interativo e totalmente online 

Oficinas, tours, bate-papos, possibilidades acadêmicas e de carreiras, atrações culturais. Essas são apenas algumas das atividades do Open Campus. O tradicional evento em que a PUCRS abre as portas para quem tem interesse em ingressar no ensino superior, oportunizando experiências em suas áreas profissionais de interesse, está com inscrições abertas. 

Confira neste link as próximas atrações, como a palestra com a youtuber Débora Aladim – conhecida por produzir videoaulas sobre história, redação e dicas de estudos nas redes sociais –, no dia 24 de outubro, sábado, às 18h. 

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Professora Betina Blochtein – Foto: Camila Cunha

O mais recente encontro do Ciclo Preparatório PUCRS 2017-2018 para a Terceira Conferência Regional da Educação Superior da América Latina e Caribe (Cres) – Unesco Iesalc de 2018 teve como tema A Educação Superior no desenvolvimento sustentável. Ocorrido no dia 12 de abril, no 6º andar da Biblioteca Central, o evento teve como painelistas os professores Betina Blochtein, diretora do Instituto do Meio Ambiente (IMA), e Júlio César Bicca-Marques, da Escola de Ciências, com mediação da Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Carla Bonan.

Conceito de desenvolvimento sustentável

Primeira a se apresentar, a professora Betina expôs uma breve linha do tempo do conceito de desenvolvimento sustentável e as iniciativas promovidas com a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1972, em Estocolmo (Suécia), a Assembleia Geral criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. No ano de 1987, o relatório Nosso futuro comum, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, trouxe a definição “o desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. No ano de 1992, a conferência Eco 92, ocorrida no Brasil, com 179 países representados, consolidou o compromisso público internacional com diversas formas de respeito ao meio ambiente e aos recursos naturais.

Engajamento da PUCRS

No ano de 2005, teve início a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, criando datas como o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho. A PUCRS, além de ter esse tema presente em sua Visão de Futuro, mantém o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Comitê de Gestão Ambiental (CGA). Ambos desenvolvem atividades de formação, assessoria e conscientização, voltadas a estudantes, professores, técnicos administrativos e lideranças. Eventos, exposições e capacitações têm ocorrido frequentemente, a fim de manter a questão ambiental em evidência e partilhar conhecimento. Betina também apresentou um vídeo sobre o Centro de Preservação e Conservação da Natureza – Pró-Mata, área de 3,1 mil hectares no município de São Francisco de Paula (RS). O projeto, com o apoio da Universidade de Tübingen (Alemanha) e da empresa Stihl, foi inaugurado em 1996. A enumerar as ações da PUCRS, a professora destacou que “as universidades devem funcionar como catalizadoras do desenvolvimento sustentável”.

Desenvolvimento sustentável x sustentabilidade ambiental

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Professor Júlio César Bicca-Marques – Foto: Camila Cunha

A exposição do professor Bicca-Marques foi aberta com a afirmação de que “todas as profissões têm um papel importantíssimo em trabalhar em prol do desenvolvimento sustentável e da preservação da natureza como um todo”, alertou. Com isso, procurou comprometer a todos sobre o assunto, especialmente em sala de aula e nos hábitos cotidianos. Na sequência, esclareceu à plateia algumas diferenças filosóficas. “Embora a expressão desenvolvimento sustentável seja predominante, ela remete à uma visão antropocêntrica e utilitária”, ressaltou, valorizando sobretudo o ser humano. Em contrapartida, o conceito de sustentabilidade ambiental, “está relacionado ao valor intrínseco da biodiversidade, é uma visão biocêntrica”, ou seja, na qual todas as formas de vida são respeitadas.

Carta Encíclica Laudato Si’

Grande parte das citações da palestra tiveram como base a Carta Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, da qual Bicca-Marques extraiu diversas citações alinhadas à sustentabilidade. A explanação apresentou uma série de slides com as manifestações do Sumo Pontífice, como o item 159, no qual Francisco afirma que “a noção de bem comum engloba também as gerações futuras. Já não se pode falar de desenvolvimento sustentável sem uma solidariedade intergeracional. Se a terra nos é dada, não podemos pensar apenas a partir dum critério utilitarista de eficiência e produtividade para lucro individual. É um empréstimo que cada geração recebe e deve transmitir à geração seguinte”.

O professor também apresentou as raízes psico-comportamentais da crise da biodiversidade na qual vivemos, as quais ilustrou com uma pandorga (pipa), que permanece subindo. São elas: o individualismo – com pessoas pensando sobretudo em si; o sentimento de insignificância – perante os 7,3 bilhões de habitantes do Planeta; a desconexão com a natureza – olhando-a de forma utilitária; e a adaptabilidade – tolerância crescente e inerte às situações negativas. Como antídoto, ele propôs “a sensibilização e o amor pelo exemplo, pois não adianta sabermos, temos que sensibilizar as pessoas à nossa volta, para que protejam o que conhecem e amam”, defendeu. Por fim, destacou seu lema em sala de aula “pense localmente, mas aja”, para que o saber se transforme em atitudes.

Próximo encontro

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Pró-Reitora Carla Bonan foi a mediadora – Foto: Camila Cunha

No dia 26 de abril, ocorre próximo encontro na PUCRS, que terá o tema Educação Superior, internacionalização e integração regional. O painel será apresentado pelas professoras Heloisa Delgado, assessora-chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais (AAII), e Marília Morosini, coordenadora do Centro de Estudos em Educação Superior (CEES/PUCRS), com mediação da professora Magda Cunha, coordenadora de Pesquisa da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. A programação completa do ciclo pode ser acessada neste link. Já os textos relacionados aos encontros na Universidade podem ser consultados pelo Portal PUCRS.

Sobre o Ciclo Preparatório

O Ciclo Preparatório PUCRS conta com sete encontros, que se configuram em um espaço de reflexão na comunidade acadêmica. Cada evento busca discutir algum dos temas centrais abordados pela CRES. Ao final da programação, será elaborada uma carta manifesto sobre a Educação Superior, com as contribuições e reflexões dos representantes da Universidade. A CRES será realizada em junho, na Cidade de Córdoba (Argentina), promovido pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc-Unesco).

 

cicli preparatório pucrs 2017-2018, cres, Terceira Conferência Regional da Educação Superior da América Latina e Caribe (Cres) – Unesco Iesalc, unesco, conselho regionalNa próxima segunda-feira, 8 de janeiro, ocorre o terceiro encontro do Ciclo Preparatório PUCRS 2017-2018, que visa preparar os representantes da Universidade para a Terceira Conferência Regional da Educação Superior da América Latina e Caribe (CRES) – Unesco Iesalc de 2018. Para a discussão do tema Educação Superior, diversidade cultural e interculturalidade, os palestrantes serão o professor Draiton Gonzaga de Souza, decano da Escola de Humanidades, e a professora Jane Prates, coordenadora de Pós-Graduação em Serviço Social. A atividade, mediada pela professora Bettina Steren dos Santos, decana associada da Escola de Humanidades, será realizada no 6º andar da Biblioteca Central (Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), às 18h, e é voltada para toda a comunidade acadêmica.

Sobre o Ciclo Preparatório

O Ciclo Preparatório PUCRS conta com sete encontros, que se configuram em um espaço de reflexão na comunidade acadêmica. Cada evento busca discutir algum dos temas centrais abordados pela CRES. Ao final da programação, será elaborada uma carta manifesto sobre a Educação Superior, com as contribuições e reflexões dos representantes da Universidade. A CRES será realizada em junho, na Cidade de Córdoba (Argentina), promovido pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc-Unesco).

O primeiro encontro, em 16 de novembro, abordou o contexto do sistema educativo, sua relação com a qualidade e os desafios postos para fortalecer a capacidade institucional de ser responsável por aumentar os níveis de qualidade em suas funções e tarefas. No segundo encontro, realizado em 29 de novembro, foi discutido o papel da universidade como espaço de formação de agentes transformadores, aplicando o conhecimento acadêmico na resolução de problemas sociais. Para mais informações e a programação completa do Ciclo, é possível acessar este link.

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Marcelo Bonhemberger
Foto: Bruno Todeschini

Pensar a universidade como espaço de formação de agentes transformadores, aplicando o conhecimento acadêmico na resolução de problemas sociais. Esse foi o foco das palestras do Marcelo Bonhemberger, diretor do Centro de Pastoral e Solidariedade, e do professor Hermílio Santos, da Escola de Humanidades, durante o segundo evento do Ciclo Preparatório PUCRS 2017-2018 para a 3ª Conferência Regional da Educação Superior da América Latina e Caribe (Cres), marcada para Córdoba (Argentina), em junho de 2018. A atividade, mediada pelo Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários Ir. Manuir Mentges, ocorreu no dia 29 de novembro, no saguão da Biblioteca Central. Participaram decanos, diretores, gestores e docentes de diversas Unidades Universitárias.

Durante sua fala, o Marcelo expôs a importância de a PUCRS ter clareza sobre a própria identidade, pautada tanto no legado do fundador São Marcelino Champagnat, quanto na necessidade permanente de atualização. Destacou documentos maristas voltados à Educação Superior, nos quais a palavra evangelização pode ser interpretada como educação “para a transformação social, científica, cultural. A educação é nossa atividade fim”, afirmou. No entendimento do Irmão, esse compromisso vai além do conhecimento, envolvendo a dimensão ética para a construção de cidadãos comprometidos e capazes de trazer transformações para a sociedade. “O aspecto do servir também deve ser destacado. Todo conhecimento aqui produzido e discutido deve estar a serviço da comunidade”, enfatizou.

Em uma chamada à reflexão, perguntou à plateia: “Como formar um ser humano moralmente bom? Quais as bondades que a Universidade irá fazer para o nosso entorno, no RS, no Brasil e além de nossas fronteiras geográficas?”, indagou. Para ele, esses são desafios que a comunidade acadêmica precisa responder. No seu entendimento, “nossa missão é resolver problemas, com uma vida de aprendizagem baseada na resolução de questões sociais. Temos esse dever”, ressaltou.

 

A universidade em ação

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Professor Hermílio Santos apresenta pesquisa do Ceas
Foto: Bruno Todeschini

Na segunda apresentação, o professor Hermílio Santos, coordenador do Centro de Análises Econômicas e Sociais da PUCRS (Caes), apresentou características complexas das sociedades contemporâneas para introduzir o tema central de seu painel: as pesquisas sobre a violência sofrida por crianças em três grandes capitais brasileiras. Santos abordou a continuidade de heranças culturais da sociedade medieval, como os modelos de centralização da Justiça, das finanças e das forças armadas, bem como a sobrecarga das famílias. Sobre a construção de políticas públicas na atualidade, observou que deixaram de ser uma atribuição exclusiva do Estado. “São formuladas com atores dos mais distintos, como governos, partidos políticos, sindicatos, associações de empresários, ou seja, nem políticas públicas são mais exclusividade do Estado, por que o conhecimento está espraiado na sociedade, e isso é bom”, avaliou.

Na compreensão do pesquisador, o protagonismo acadêmico é fundamental para propor soluções em conjunto, desde que todos tenham consciência de seu papel nesse cenário. “A universidade não é o lugar de gente sabida, mas o lugar das pessoas que querem saber coisas”, afirmou. “O que temos de singular é nossa capacidade de trabalhar o conhecimento de maneira metódica e sistemática, de formar pessoas, fazer intervenções e propor respostas. Isso sem colocar nossas profissões de fé no lugar dos resultados de pesquisa”. Na sequência, expôs os resultados de duas pesquisas multidisciplinares e interinstitucionais do Ceas: Infância e Violência: cotidiano de crianças pequenas em favelas do Rio de Janeiro e Recife e Cotidiano de crianças em cortiços e favelas de São Paulo. Ambos estudos foram patrocinados pela Fundação Bernard van Leer (Holanda), envolvendo a PUC-SP, a PUC-Rio e Universidade Federal de Pernambuco, entre outros parceiros. Entre 2013 e 2015, professores e estudantes liderados pelo professor visitaram 15 favelas nas três cidades, utilizando metodologias inovadoras e treinando pessoas para aplicá-las junto a 3 mil crianças, adolescentes e adultos.

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Foto: Bruno Todeschini

A partir dos dados coletados, foi possível mapear alguns fatores indutores da violência, como a frustração por ciclos de formação escolar incompletos, a falta ou a má qualidade da iluminação pública e a ausência de banheiros entre os cômodos das casas – visto que são considerados o único espaço de intimidade de uma residência nas comunidades desfavorecidas economicamente. Esse problema, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está presente em 3 milhões de habitações em todo o Brasil. Todos esses fatores, se bem interpretados, podem repercutir em novas políticas públicas, de acordo com Hermílio Santos.

Ao final, o pesquisador destacou a importância de tornar públicos os resultados de pesquisas, a fim de mostrar a universidade como parceira para a construção de novas realidades. Também foi exibido um trailer do documentário sobre os trabalhos desenvolvidos, que será disponibilizado em 2018.

 

Sobre o Ciclo Preparatório

O Ciclo Preparatório PUCRS conta com sete encontros, que se configuram em um espaço de reflexão na comunidade acadêmica. Cada evento busca discutir algum dos temas centrais abordados pela Cres. Ao final da programação, será elaborada uma carta manifesto sobre a Educação Superior, com as contribuições e reflexões dos representantes da Universidade. A Cres será realizada em junho, na Cidade de Córdoba (Argentina), promovido pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc-Unesco).

O primeiro encontro, em 16 de novembro, abordou o contexto do sistema educativo, sua relação com a qualidade e os desafios postos para fortalecer a capacidade institucional de ser responsável por aumentar os níveis de qualidade em suas funções e tarefas. A agenda completa está disponível no site do Cres.

O Observatório Regional de Responsabilidade Social para América Latina e Caribe (Orsalc), vinculado ao Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior da América Latina e Caribe, destinará à PUCRS o Ojo de Plata 2017, distinção que reconhece as boas práticas e experiências da Universidade na área de responsabilidade social. O Reitor Ir. Evilázio Teixeira vai receber o prêmio no dia 5 de setembro, durante o 5º Fórum Regional América Latina e Caribe – Responsabilidade Social Territorial, na Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima (Peru). Também será agraciada com a distinção a Universidad Nacional de Educación, do Equador, reconhecida por sua educação inclusiva.

O coordenador do Orsalc, Humberto Grimaldo-Durán, explica que o prêmio, anual, criado em 2012, destaca as instituições com mais expressivas experiências em responsabilidade social. “Os projetos da PUCRS são pertinentes, transformam as comunidades. Além de um trabalho interno, são feitas intervenções sociais com as populações mais vulneráveis”, sublinha.

Grimaldo-Durán esteve com o Ir. Evilázio no 7º Encontro de Redes Universitárias e Conselhos de Reitores da América Latina e Caribe, que ocorreu de 27 a 29 de agosto, em Porto Alegre.

Conhecimento deve ter impacto transformador

Humberto Grimaldo-Durán, Ir. Evilázio Teixeira

Grimaldo-Durán e o Ir. Evilázio Teixeira
Foto: Camila Cunha

De acordo com o Ir. Evilázio, o prêmio é motivo de muita honra e satisfação. “Significa que nossos professores, técnicos, pesquisadores e estudantes estão comprometidos com a responsabilidade social. Ao mesmo tempo, é um incentivo para que façamos muito mais e que o conhecimento gerado na Universidade tenha impacto transformador na construção de uma sociedade mais justa e fraterna.” O Reitor defende que “a formação só pode se desenvolver por meio do reconhecimento de que somos parte de um todo social e pertencemos a uma comunidade e que a desigualdade social afeta a todos e temos de contribuir para a mudança da sociedade”. Na sua concepção, as universidades devem se abrir, por meio do currículo e de atividades extracurriculares, às comunidades a que pertencem. “Elas não podem estar fechadas intramuros. Precisam dialogar constantemente com as empresas, governos e sociedade. Uma universidade inovadora e moderna deve ser protagonista no processo de desenvolvimento de seu país.”

 Observatório Regional

A PUCRS é uma das candidatas a sediar o Observatório, que tem por objetivo estimular políticas públicas. O Brasil ainda não tem representantes. Montado pela Unesco em parceria com universidades e empresas, funciona no México, República Dominicana, Colômbia, Peru, Chile e Paraguai.

 

Izquierdo, memória, Unesco

Camila Cunha/PUCRS

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova, anunciou nesta segunda-feira, 24 de julho, os três vencedores do Prêmio Internacional Unesco-Guiné Equatorial para Pesquisa em Ciências da Vida 2017. Entre os premiados está o coordenador do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Iván Izquierdo. Ele é o único pesquisador do Brasil entre os agraciados e recebeu a premiação por suas descobertas na elucidação de mecanismos dos processos de memória, incluindo consolidação, recuperação e sua aplicação clínica em envelhecimento, distúrbios psicológicos e doenças neurodegenerativas, promovendo a qualidade da promoção da vida humana. A cerimônia de premiação será realizada em 4 de dezembro em Djibloho, na Guiné Equatorial. Cada um dos três vencedores receberá um prêmio em dinheiro, uma estátua feita pelo artista Leandro Mbomio e um certificado.

As recomendações para os vencedores são feitas por um júri composto de especialistas internacionais da área de ciências da vida, como Wagida Anwar, diretora do Ain Shams University Center for Molecular Biology, Biotechnology and Genomics do Cairo, no Egito; e Indrani Karunasagar, diretora da Unesco Mircen for Marine Biotechnology, na Índia. Ao saber da premiação, Izquierdo disse estar surpreso e feliz com o reconhecimento. “Isso representa muito, é um prêmio importante que a Unesco fornece. E é um grande estímulo ao nosso laboratório, ao InsCer e à Universidade”, revelou. O coordenador do Centro de Memória já recebeu mais de 60 prêmios ao longo de seis décadas de pesquisa dedicadas ao tema.

 

Pesquisadores estão no Brasil, Portugal e Israel

Além do professor Izquierdo, também foi premiado Rui Luis Gonçalves dos Reis, da Universidade do Minho, em Portugal, por suas contribuições nas áreas de biomateriais e suas aplicações biomédicas, incluindo engenharia de tecidos e medicina regenerativa, entre outras. A terceira agraciada é a instituição Organização de Pesquisa em Agricultura, de Israel, que foi reconhecida por desenvolver inovações e metodologias de ponta em pesquisa agrícola, com aplicação prática para a construção de programas de segurança alimentar em áreas de deserto e solos árido e semiárido.