Parceria entre a PUCRS e o TRT4 promovem sessão didática de julgamento para estudantes/ Foto: Giordano Toldo

Nesta terça-feira, 16/5, a Escola de Direito, em parceria com o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), promoveu uma sessão de julgamento para a deliberação de 30 processos da Justiça do Trabalho, da 2ª Turma do TRT4. O plenário contou com a participação dos desembargadores Marçal Henri dos Santos Figueiredo, Tânia Silva Reckziegel e Carlos Alberto May, e da promotora do Ministério Público do Trabalho, Aline Maria Homrich Schneider Conzatti, além de professores e estudantes da PUCRS.  

A iniciativa faz parte da parceria firmada entre a Escola de Direito da PUCRS e TRT4, que busca promover aos estudantes a oportunidade de vivenciar as práticas jurídicas desde o início do curso. A primeira sessão ocorreu em março deste ano, em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, com julgamento de um caso de feminicídio. A professora Liane Thomé, que articulou a parceria, explica as ações do evento.  

“Na sessão didática, os estudantes conheceram o funcionamento de uma sessão do TRT4, observaram sustentações orais de advogados, se aproximaram das atividades dos Desembargadores e assistiram a julgamentos de processos reais na área trabalhista. Nestas sessões, os Desembargadores propiciam aos alunos conheceram as atividades e o funcionamento da prática e das questões jurídicas que são trazidas nas disciplinas da Escola de Direito”, explica. 

Para o decano da Escola de Direito, Ir. Sandro André Bobrzyk, a ação é valiosa para seus estudantes, pois é uma oportunidade de aprimorarem suas habilidades e se familiarizarem com o funcionamento de um Tribunal, preparando-os para os desafios futuros da profissão. 

“Uma sessão de julgamento na Universidade, durante o período de aula, é uma atividade singular dentro do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. Integra a teoria e a prática, promove o aprendizado jurídico, estimula o debate e a discussão e contribui para a preparação profissional”, destacou o Decano.  

Liane destaca também que a oportunidade potencializa a aprendizagem. “O processo de aprendizagem não pode se afastar da realidade prática, ao contrário, esse processo deve fazer uma interação entre o que se estuda na academia e o que se faz na área jurídica. Todos saem ganhando, em especial, a sociedade que recebe profissionais do Direito mais preparados para a vida profissional”. Para Marcelo Medeiros, estudante de Direito do 10º semestre, o evento foi uma ótima experiência. 

“Os desembargadores compreenderam o objetivo da instituição, explicando de forma didática os fundamentos das suas decisões. Foi um momento muito importante para a complementação da aprendizagem”, destaca.

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A PUCRS, a UFRGS e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) assinaram convênio de cooperação, na tarde de ontem, 11 de julho, para promover o desenvolvimento de pesquisas e atividades acadêmicas e culturais. A proposta é implementar o projeto de pesquisa “Percepção Sobre Violência de Gênero” para investigar assédio moral e sexual entre servidores e juízes do tribunal. Ainda, a parceria prevê o intercâmbio de informações e publicações acadêmicas sobre o tema, bem como a análise de dados e publicação de resultados para utilização na academia e no projeto “Equidade de Gênero e Raça”, do TRT4.

Convênio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4)

Foto: Inácio do Canto – Secom/TRT-RS

Os pesquisadores responsáveis pelo projeto são o professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da PUCRS, Ângelo Brandelli Costa, a pesquisadora do grupo “Preconceito, vulnerabilidade e processos psicossociais” do PPGP, Juliana Ledur Stucky, e o professor da UFRGS Henrique Caetano Nardi.  O convênio tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado.

Estavam presentes o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, a presidente do TRT4, desembargadora Beatriz Renck, a corregedora regional do tribunal, desembargadora Maria da Graça Ribeiro Centeno, e o Reitor da UFRGS, Dr. Rui Vicente Oppermann. Segundo o Ir. Evilázio, a universidade deve ampliar e dar consistência às suas interfaces com a sociedade. “Não se trata apenas de promover a formação de profissionais competentes para o mercado, mas ser promotora de excelência humana, pessoal, social e profissional”, destacou.