Com o fim da pandemia global por Covid-19, especialistas projetam que 2024 na área da saúde traga novas perspectivas na área de saúde e bem-estar. / Foto: Bruno Todeschini

Em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou encerrado o período de emergência sanitária para a Covid-19, e com o fim da pandemia, novas perspectivas na área de saúde e bem-estar voltaram ao centro de discussões científicas e mercadológicas. Conheça cinco assuntos que, segundo especialistas e pesquisadores da PUCRS, estarão em alta em 2024. 

1) Conexão entre dados para saúde 

As interfaces digitais fornecem dados sobre a nossa rotina, hábitos e práticas. Para que os sistemas de saúde possam funcionar de maneira mais assertiva, o compartilhamento e cruzamento dessas informações é um passo crucial. “A interoperabilidade envolve a padronização de dados e protocolos para permitir que diferentes sistemas de saúde compartilhem informações de forma eficiente e segura”, explica professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e dos Programas de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica e Odontologia, Rafael Reimann Baptista. 

Nessa lógica, existe a cooperação de todos os profissionais, organizações de saúde e demais profissionais, estabelecendo uma construção de apoio, mais sólida e direcionada ao paciente a partir de uma perspectiva global de suas necessidades. 

“Isso inclui a proteção da privacidade e segurança dos dados dos pacientes, a integração de dados em tempo real para insights clínicos, com o aumento do acesso dos pacientes aos seus próprios dados e a melhoria da colaboração entre especialidades e instituições”, ressalta o professor. 

2) TeleHealth e recursos cruzados 

O uso das possibilidades desenvolvidas pela tecnologia na área da saúde está ainda mais presente, possibilitando que diferentes especialistas se conectem com a população em diferentes regiões. “TeleHealth é um termo amplo que engloba telemedicina e o uso de tecnologia para seguimento de pacientes. Existem diversas formas e cenários em que a tecnologia pode contribuir para melhorar a assistência aos pacientes”, destaca o decano da Escola de Medicina e professor Programa de Pós-Graduação em Medicina Pediatria e Saúde da Criança, Leonardo Araújo Pinto. 

Nessa construção, os pacientes que possuem necessidades mais específicas e que residem distantes de espaços hospitalares de referência, poderão ser os mais favorecidos.  

“Recentemente, muitos aplicativos e tecnologias vestíveis tem facilitado o seguimento desses pacientes, reduzindo a necessidade de deslocamentos, e inclusive melhorando a capacidade dos centros de realizar e registrar o seguimento dos pacientes e controle das doenças crônicas, como asma, hipertensão e diabetes”, elenca Leonardo 

Para a decana da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e professora dos programas de pós-graduação em Educação e Gerontologia Biomédica, Andrea Gonçalves Bandeira, o acesso de maneira mais prática é uma construção que gerará maior eficiência quando falamos nessas tecnologias.  

“Além disso, a facilidade de acesso a sua jornada nos serviços de saúde e a possibilidade de informações confiáveis é outro ponto de destaque quando falamos em TeleHealth”, destaca a professora.  

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3) Tecnologias vestíveis 

A expectativa para 2024 é que algumas doenças possam ser erradicadas devido ao desenvolvimento de novas vacinas. / Foto: Cristine Rochol/PMPA

O uso de tecnologias vestíveis, aquelas que se conectam ao nosso corpo e trazem dados em tempo real, já é bastante utilizado em relógios inteligentes. As aplicações para essa tecnologia são as mais variadas, podendo estar presente de diferentes formas, como em roupas e tecidos e relógios mais assertivos.  

“Os dispositivos vestíveis continuarão a ser uma tendência, fornecendo dados em tempo real sobre a saúde dos usuários e promovendo um estilo de vida mais ativo e saudável”, destaca Rafael Baptista. 

4) Novas vacinas 

Com os investimentos na produção de vacinas no período pandêmico, os laboratórios buscam, atualmente, a descoberta de prevenções para outras doenças. “Durante a pandemia de Covid-19, a área de desenvolvimento de vacinas ganhou um impulso em relação às diversas tecnologias que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de vacinas e prevenção de doenças infecciosas” explica Leonardo. 

Nesse ano, diversas doenças populares podem ser erradicadas, caso as vacinas sejam desenvolvidas e popularizadas. O Ministério da Saúde já incorporou a vacina contra a dengue no calendário vacinal do SUS, mas ela não será utilizada em larga escala em um primeiro momento devido a capacidade restrita de fornecimento de doses pelo fabricante.  

“Dessa forma, outras doenças infecciosas que aguardavam há anos pela possibilidade de prevenção com uso de vacinas têm se beneficiado dessas novas estratégias e tecnologias. Para citar exemplos recentes, algumas doenças infecciosas de alto impacto vêm recebendo lançamentos na área de imunizações: dengue, vírus sincicial respiratório (principal causa de bronquiolite) e pneumococo (principal causa de pneumonia). Essas intervenções podem provocar uma grande mudança, para melhor, na epidemiologia das doenças infecciosas”, explica o professor. 

5) Saúde mental como recurso de saúde pública 

A saúde mental tem um impacto direto na qualidade de vida das pessoas. No período de enfrentamento a Covid-19, depressão e ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. Hoje, a sociedade está vivendo as consequências desse período, e os jovens são os mais afetados: de acordo com o relatório anual do Estado Mental do Mundo, divulgado pela Sapien Labs, o número de pessoas na faixa etária dos 18 aos 24 anos relatando queixas de saúde mental no Brasil é maior quando comparado as pessoas que tem entre 55 e 64 anos.  

Saúde mental e qualidade de vida andam lado a lado, estabelecendo uma correlação mútua para uma vida com maior qualidade. O professor Leonardo Pinto explica que muitos pacientes com doenças crônicas costumam ser mais suscetíveis a problemas de saúde mental, o que interfere diretamente na adesão ao tratamento e controle da doença. “Dessa forma, diversas especialidades médicas têm colocado foco também nas medidas que podem promover a saúde mental dos pacientes com doenças crônicas”, contextualiza. 

“Frente ao todo contexto atual, enfrentamos muitos desafios na Rede de Atenção Psicossocial, com uma demanda maior que a oferta de serviços e com a necessidade de cada vez mais preparar profissionais da saúde qualificados para a atuação na promoção da saúde mental e na atenção psicossocial, que pressupõe um olhar ampliado e uma atuação interprofissional. Com isso a formação em saúde seja em nível de graduação ou pós-graduação precisa estar conectada aos desafios da sociedade e preparada para auxiliar na resposta a estas demandas”, afirma Andrea. 

Leia também: 4 tendências de tecnologia para ficar de olho em 2024 

Foto: Giordano Toldo

Estudantes da PUCRS e de outras instituições, além de ex-alunos da Universidade, participaram nesta terça-feira, 28, do “Open Office: Você no Tecnopuc”. A iniciativa teve o objetivo de apresentar as novidades, tendências do mercado e ainda projetos inovadores. Os cerca de 60 estudantes puderam conhecer de perto sete empresas do Tecnopuc, entender os diferentes nichos de mercado e também ouvir sobre oportunidades de estágio e emprego. 

“O grande propósito do PUCRS Carreiras é ser um elo entre a Universidade e o mundo do trabalho. Então ações como o Open Office servem, justamente, para fazer esse movimento e contribuir para que os estudantes entendam quais são as habilidades técnicas esperadas, mas também o que é necessário desenvolver em termos de habilidades comportamentais. Nós acreditamos muito no viés da mentoria e da exploração de mercado, e esse é um momento que proporciona tudo isso”, destaca Ana Cecília Petersen, consultora de carreiras do PUCRS Carreiras. 

Os participantes visitaram as empresas HPE Hewlett Packard, organização focada no segmento corporativo, que oferece soluções tecnológicas; Instituto Eldorado, que trabalha no desenvolvimento de soluções sob medida em software e hardware para empresas nacionais e internacionais; EnSilica, líder em projeto de Circuitos Integrados; Aquiris Game Studio, desenvolvedora de jogos para computadores, celulares e consoles; Rede Globo, com canais na TV aberta e por assinatura, produtos digitais como Globoplay, Cartola, G1, GE, Gshow e outros serviços; DB, que cria soluções digitais para empresas no Brasil e no exterior, com especialização em segmentos como finanças, varejo, serviços, indústria e tecnologia, com ênfase em relacionamentos de longa duração; e ainda e-Core, parceiro de serviços de consultoria e tecnologia com foco em inovação digital e transformação de negócios. 

Para Pedro Barcelos, aluno do primeiro semestre do Curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial da Escola Politécnica da PUCRS, o evento é uma grande oportunidade para os estudantes. “É muito bom poder conhecer grandes empresas que atuam no Tecnopuc e entender como elas atuam. Estou gostando bastante!”, ressalta. 

Leia também: PUCRS Carreiras completa 4 anos de atuação próxima aos estudantes

O profissional do futuro: 5 competências em alta no mercado para você planejar sua carreira

Resolução de problemas é uma das principais competência para profissionais do futuro / Foto: Anna Shvets/Pexels

O mercado de trabalho está em constante transformação. No entanto, com a pandemia de Covid-19, esse cenário se alterou ainda mais, visto que diferentes profissões precisaram se reinventar e as necessidades da sociedade passaram a ser outras. Para explicar como será o profissional do futuro e ajudar quem deseja ingressar no mercado, a professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e especialista em gestão de carreiras Manoela Ziebell conta quais são as principais competências visadas pelo mercado de trabalho nos próximos anos e como é possível se preparar para elas.

É difícil falar em tendências de mercado, pois não há como prever quais serão as mudanças que acontecerão com exatidão. Por isso, fala-se em competências: habilidades que os profissionais do futuro precisarão desenvolver em seus locais de trabalho”, conta a professora do curso de Psicologia da PUCRS.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Banco Mundial já listaram quais serão os diferenciais necessários para os profissionais que desejam se destacar no mercado.

Conheça, a seguir, alguns deles e saiba como cursar uma graduação na PUCRS pode contribuir para o desenvolvimento dessas competências. Neste ano, você realizar a inscrição para o Vestibular Complementar até o dia 20 de junho e aproveitar a nota do Enem, realizar a prova de redação online, ou escolher a que você tiver o melhor desempenho. Também é possível ingressar no curso que sempre sonhou por meio de Transferência e Ingresso de Diplomado. Clique para saber mais!

As competências do Banco Mundial e da Unesco

1. Resolução de problemas: será necessário que o profissional do futuro saiba como solucionar questões, das mais simples às mais complexas, com base em pensamentos crítico, analítico e inovativo. Além disso, será necessário ter criatividade, originalidade e iniciativa.

Como a PUCRS pode me ajudar nisso?

A disciplina eletiva Projeto Desafio pode ser realizada por estudantes de todos os cursos de graduação da Universidade e consiste em solucionar problemas reais de empresas parceiras.

2. Autogestão: serão valorizados os profissionais que tenham uma aprendizagem ativa e utilizem diferentes estratégias de aprendizagem.

E nesse caso, onde entra a PUCRS?

O profissional do futuro: 5 competências em alta no mercado para você planejar sua carreira

Para se destacar no mercado de trabalho do futuro invista no desenvolvimento de competências / Foto: Alexander Suhorucov/Pexels

Com o programa G-PG é possível cursar disciplinas dos programas de pós-graduação da Universidade durante a graduação. Através desse programa de integração, é possível conhecer ainda mais o mundo acadêmico, auxiliando no desenvolvimento de estratégias de aprendizagem para quem deseja cursar futuramente um mestrado e um doutorado!

3. Desenvolvimento e uso de tecnologia: algumas habilidades desejadas para os futuros profissionais serão o design e tecnologia de programação e o uso e controle de tecnologia.

A PUCRS consegue me ajudar com isso?

Sim! A Universidade possui o maior Parque Científico e Tecnológico da América Latina, o Tecnopuc, que possui diferentes projetos para que os alunos tirem suas ideias de negócios do papel, além de diversos laboratórios que podem ser aproveitados pelos estudantes. Além disso, diversas pesquisas sobre tecnologia são desenvolvidas nas mais diferentes áreas e os alunos de graduação podem participar como bolsistas de Iniciação Científica.

4. Transdisciplinaridade: não bastará para o profissional do futuro conhecer sua própria profissão – conhecimentos de diferentes áreas serão importantes para sua melhor colocação no mercado de trabalho.

É possível cursar disciplinas em diferentes áreas na PUCRS?

As Certificações de Estudo são uma forma de o aluno ser agente ativo de sua própria educação, podendo escolher como será seu percurso acadêmico dentro das diferentes áreas. Ao todo, existem mais de 50 opções de certificações!

5. Interagir com os outros e com o mundo: ficar isolado do mundo já não é uma opção. Será necessário saber trabalhar com diferentes pessoas e culturas. Conhecer tanto a sociedade que os rodeia quanto o restante do mundo.

E a PUCRS me ajuda a conhecer pessoas diferentes?

Com o programa Amigo Universitário, os alunos da PUCRS têm contato com estudantes estrangeiros que estudam na Universidade. Além disso, há diferentes programas de internacionalização para quem está na graduação, podendo estudar presencialmente em outros países através dos programas de Mobilidade Acadêmica ou cursar disciplinas em universidades de diferentes países sem sair de casa por meio da Mobilidade Virtual.

Se interessou, mas não sabe como escolher um curso?

A professora Manoela Ziebell conta que para, para escolher uma graduação, é necessário se conhecer. “O mais importante é explorar informação, não apenas conhecer as características dos cursos, mas também pensar sobre o que eu gosto de fazer e se isso condiz com a profissão que penso em ter. Esse autoconhecimento é importante não apenas para escolher uma graduação, mas também para realizar qualquer escolha”, explica.

Bônus: na PUCRS todos os alunos têm acesso a uma consultoria gratuita de carreira, o que auxilia a colocação no mercado de trabalho. Apenas no ano de 2020, o PUCRS Carreiras realizou mais de 2 mil consultorias e mais de 5,5 mil estudantes da Universidade já estavam inseridos no mercado de trabalho, antes mesmo da formatura.

Inscrições abertas para todos os processos de ingresso em 2022/2

Aluna da Famecos é embaixadora do Fashion Revolution 2021

Campanha #EuFizSuasRoupas, do Fashion Revolution / Foto: Divulgação

Há muito tempo que a moda vai além de apenas se vestir bem ou acompanhar o que é apresentado nas passarelas. Pode se dizer que a “moda agora é” ser consciente. Mas não basta repetir o discurso das novas ondas, é necessário ter coerência em toda a cadeia de produção. Isso é o que explicam especialistas do setor, que garantem: o novo perfil de consumidores e consumidoras se importa em saber de onde vem, para onde vai, do que é feito, por que é feito e quem tem acesso a cada item colocado no carrinho de compras. 

“Todos nós consumimos roupas, sapatos, acessórios e fazemos escolhas que se conectam com a nossa identidade. Mas como tomamos essas decisões? Questionar e agir são formas potentes de transformação. Não só na moda, mas em diversos aspectos”, explica Emily Müller, embaixadora do movimento global Fashion Revolution. 

Em abril deste ano, ela que é aluna do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos organizou uma programação especial em parceria com o projeto e reuniu profissionais de diferentes áreas da moda para falar sobre a chamada revolução fashion. Confira cinco tendências apontadas durante os encontros: 

1. Múltiplas identidades ou identidade fluída

Fique por dentro de 5 tendências da moda consciente - Profissionais do setor aprofundam o debate para além da indústria fashion e analisam seu impacto e importância

A professora Paula Puhl fala sobre as novas formas de identidade / Foto: Reprodução

Tatuagens, estilos, cores. Tudo o que é carregado no corpo representa narrativas que fazem parte do conceito de moda: que são os modos e a maneira de se colocar no mundo. Uma das tendências do setor é que nada é fixo ou uma coisa só. Segundo Paula Puhl, professora da Famecos: 

“Hoje vivemos com identidades muito mais fluídas. Não é como há muitos anos, que a pessoa nascia com um nome, sobrenome e seguia a atividade da família. Hoje somos múltiplos, assim como os contextos, e nos colocamos de maneiras diferentes no mundo. A moda é vista como uma mediadora, de acordo com a forma que a usamos e consumimos”. 

Ela ainda diz que a moda está na sociedade, e cada pessoa acrescenta a sua própria forma de comunicar por meio dessa maneira de se expressar. 

2. O impacto da minha roupa para o meio ambiente

A indústria da moda é uma das que mais poluem. Segundo a Global Fashion Agenda, esse setor consome 1,5 trilhão de litros de água por ano. Uma das formas de tentar frear esse gasto é repensando a lógica fast fashion, que é o consumo rápido das roupas, como se fossem produtos descartáveis, e priorizando o slow fashion, que é o hábito de comprar o necessário, em uma perspectiva mais minimalista e consciente. 

Nos últimos 15 anos a produção de roupas dobrou, de acordo com dados da Fundação Ellen McArthur. Dos resíduos têxteis, 73% são queimados ou enterrados em aterros sanitários. Apenas 12% são destinados para a reciclagem e menos de 1% retorna para a cadeia de produção e vira peças novas. 

3. Quem faz as minhas roupas

O movimento impulsionado pelo Fashion Revolution Quem faz as minhas roupas? levanta um debate não tão novo, mas que permanece atual. Há alguns anos, por exemplo, equipes de fiscalização trabalhista flagraram em três momentos diferentes em São Paulo pessoas estrangeiras submetidas a condições análogas à escravidão produzindo peças de roupa para uma mesma conhecida marca internacional. 

Segundo o projeto, o objetivo da campanha, que utiliza majoritariamente as mídias sociais para se promover, é “dar voz às vidas que se entrelaçam nas nossas através das roupas. De ser espelho para as mãos que costuram essas roupas. Porque a roupa, sozinha, é pouco. 

Dessa forma, busca dar visibilidade para o tema e para a luta da categoria por direitos civis, trabalhistas e humanos, como salários e rotinas de trabalho mais justas.   

4. Se eu não me vejo, não consumo

Fique por dentro de 5 tendências da moda consciente - Profissionais do setor aprofundam o debate para além da indústria fashion e analisam seu impacto e importância

A jornalista e pesquisadora Carol Anchieta destaca aspectos do Afrofuturismo e da Sustentabilidade no Design e na moda / Foto: Reprodução

Imagine abrir uma revista ou ligar a televisão e não enxergar ninguém parecido com você. Essa hipótese pode até causar estranhamento para algumas pessoas, mas para outras essa foi e ainda é a realidade. Com as cobranças por mais diversidade e representatividade nas passarelas e nos bastidores, as marcas têm tentado se reinventar em algum nível. 

De acordo com o site The Fashion Spot, que analisa o tema a cada estação, 83% das modelos da semana de moda de primavera de 2015 eram brancas, caindo para 60% em 2020, indicando um pequeno avanço. Já as modelos plus-size passaram de 50 contratadas no outono de 2019 para 86 na primavera de 2020. 

Um dos fatores que influencia esse movimento é o surgimento de novas marcas já alinhadas a essas reivindicações, com elencos mais contemplativos no quesito pluralidade de corpos e formas de expressão. O tema também foi discutido em diferentes painéis, como no da jornalista e pesquisadora Carol Anchieta, que investiga sobre moda, design, sustentabilidade e Afrofuturismo. 

5. O futuro da moda

Fique por dentro de 5 tendências da moda consciente - Profissionais do setor aprofundam o debate para além da indústria fashion e analisam seu impacto e importância

O consultor de tendências André Carvalhal ressalta a importância do olhar ancestral / Foto: Reprodução

E se o futuro estiver no passado? Para André Carvalhal, consultor tendências de comportamento que participou do encerramento da programação do Fashion Revolution, a ancestralidade deve estar ainda mais presente na moda. 

Para ele, o futuro está em voltar a olhar para coisas básicas: “Acredito no pensamento de que o futuro da moda seja um resgate à essa ancestralidade, serviço que a moda já proporcionou alguma vez, com formas mais respeitosas com a natureza e com as pessoas. São pensamentos e atitudes de povos originários, que chegaram muito antes da gente, os quais deveríamos estar olhando com muito mais atenção“. 

André finaliza que “deveríamos nos preocupar menos com como serão os carros do futuro, as indústrias e as empresas. E mais para aquilo que nos conecta com a nossa natureza e com a natureza, pois fazemos parte dela, e como disseminar isso em grande escala”. 

Curtiu este conteúdo? Confira também algumas pesquisas realizadas pela Famecos:

Jornada do usuário mudou a forma do varejo fidelizar o consumidor - Curso da Escola de Negócios da PUCRS aborda estratégias para se manter conectado, interativo e próximo do público

Foto: Blake Wisz/Unsplash

Desde os primeiros armazéns que surgiram no período colonial, passando pelas retiradas em balcão e pelos comerciantes ambulantes, até as vendas online e os pedidos feitos por aplicativos, o mercado de varejo evoluiu sua forma de atuar globalmente. No Brasil, o setor movimenta trilhões de reais, sendo uma das principais referências para avaliar o desempenho da economia. Só em 2016, foi R$ 1,31 trilhão, o equivalente a 20,84% do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB) — considerando o Varejo Restrito: varejo total, exceto automóveis e materiais de construção.

Independentemente da época, o foco está no consumidor. E, em uma era digital e integrada, estar presente no mundo online não é uma opção para quem precisar ser visto e quer vender. Com a crise causada pelo novo coronavírus, muitas corporações se viram forçadas a acelerar o processo de transformação digital. “O que a gente está vendo hoje é que as empresas precisaram se reinventar. Aquelas que ainda apresentavam alguma resistência com as novas plataformas e com a internet, não tiveram escolha durante a pandemia. De uma forma muito rápida, tiveram que se adaptar”, conta Lélis Espartel, coordenador do curso de MBA em Gestão do Varejo e professor da Escola de Negócios da PUCRS.

Apesar do desafio de conquistar o público dentre tantas opções e variedades disponíveis, seja na internet ou nas lojas físicas, as empresas de varejo criaram novas estratégias e incorporaram diferentes soluções e tecnologias para se destacarem. Confira algumas das principais tendências da área e o que esperar do futuro:

Nem físico, nem digital: Omnichannel

Você entra na loja, compara algumas opções de produtos, mas não leva nenhum. Mais tarde, pelo celular, resolve concluir a compra. Pela praticidade e tempo, escolhe retirar a mercadoria na loja presencialmente. Se não gostar do produto, pode solicitar a troca tanto no site quanto no estabelecimento. Esse é o omnichannel, uma estratégia que, através da relação mais próxima com o público, consegue aumentar o número de conversões de visitas — em diferentes ambientes — em vendas realizadas.

Para que isso funcione, é necessário que a qualidade do atendimento seja a mesma no online e no presencial. Também é necessário pensar um sistema que integre as diferentes plataformas da empresa. Alguém que escolhe comprar um calçado no site, mas quer que a retirada aconteça na loja, precisa saber se existe estoque disponível ou não, por exemplo. “O futuro vai ser definido pela forma como o consumidor vai reagir a isso. Também existem os consumidores que resistiam às mudanças, e hoje percebem que são muito fáceis e convenientes”, explica Espartel.

A loja do futuro

Jornada do usuário mudou a forma do varejo fidelizar o consumidor - Curso da Escola de Negócios da PUCRS aborda estratégias para se manter conectado, interativo e próximo do público

Foto: Kelly Sikkema/Unsplash

Hoje já existem empresas que usam tecnologias para reproduzir a experiência de uma loja física na internet. Da mesma forma, práticas utilizadas no digital são aplicadas em estabelecimentos para entender melhor o comportamento do consumidor.

Jornada do usuário

Nada mais é do que o trajeto que o consumidor faz durante a compra. Ao analisar como o processo acontece, desde o primeiro contato, até a confirmação do pedido, é possível entender como o público se comporta. Isso permite aprimorar a experiência do usuário (UX) para que ele volte mais vezes.

Produtos personalizados

Comprar algo que só você tem traz a sensação de exclusividade. As empresas que oferecem a opção de personalizar itens para os clientes, seja cor, tamanho, estilo ou funcionalidade, permitem que os compradores se sintam mais satisfeitos e únicos.

Foco no local

Jornada do usuário mudou a forma do varejo fidelizar o consumidor - Curso da Escola de Negócios da PUCRS aborda estratégias para se manter conectado, interativo e próximo do público

Foto: Anna Dziubinska/Unsplash

Consumir dos pequenos negócios e apoiar os empreendedores que estão começando é um comportamento que ganhou ainda mais força durante a pandemia. Para evitar que estabelecimentos menores tivessem que fechar, algumas redes sociais criaram ferramentas para ajudar esse mercado a ter mais visibilidade, por exemplo. Os consumidores também tiveram que repensar seus hábitos para evitar aglomerações.

“O conceito de loja física vai ter que ser reinventado. Hoje, já se discutem os modelos dos shoppings centers. Um grande espaço físico com centenas de lojas e um aglomerado de pessoas pode não ser visto mais como tão atrativo”, destaca Espartel.

Mais do que preço, valores

Empresas que se posicionam e deixam seus valores e sua missão evidentes para o público tendem a conseguir se conectar melhor com as pessoas. Se o produto que você quer comprar está disponível pelo mesmo preço em duas lojas, mas a primeira delas promove ações beneficentes e comunitárias, ou demostra ser a favor de algo que você acredita, enquanto a outra não, a probabilidade de você não escolher a segunda empresa é muito maior.

Instituições que decidem assumir um papel de impacto social, visando não somente o lucro, costumam atrair mais empatia do público. Essa é uma característica bastante presente em empresas que já nascem nessa realidade digital e globalizada. Elas se preocupam mais com o desenvolvimento sustentável, o combate às desigualdades e a preservação do meio ambiente, por exemplo.

Sobre o curso de Gestão de Varejo

As transformações tecnológicas impactam diretamente a estrutura dos mercados e a competitividade das organizações. O curso de MBA em Gestão do Varejo aborda os desafios e oportunidades de um dos setores mais relevantes para a economia brasileira, especialmente por sua representatividade no PIB nacional e na geração de empregos, satisfazendo as necessidades de consumo do mercado.

Inscreva-se para as últimas vagas disponíveis para o próximo semestre!

Arte sobre o projeto Trends PUCRSO conhecimento pode ser encontrado em todos os lugares e nas mais variadas fontes. Por isso, foi criado o Trends PUCRS, para trazer à comunidade acadêmica tendências em torno das temáticas da inovação, empreendedorismo e tecnologia. A primeira atividade é a participação e compartilhamento das novidades e destaques do South By Southwest, conhecido como SXSW, um dos maiores festivais de inovação e criatividade do mundo. O evento ocorre de 8 a 17 de março na cidade de Austin, Texas, nos Estados Unidades. Acompanhe o conteúdo diariamente no perfil da PUCRS no Instagram.

Sobre o SXSW

A primeira edição do festival aconteceu em 1987, e continua crescendo a cada ano. O evento reúne palestrantes, visitantes e artistas de todo o mundo para discutir assuntos em torno da tecnologia, futuro e inovação, além de contar com uma mostra de cinema e um festival de música, que ocorre em paralelo. O clima é de colaboração, troca de ideias e multidisciplinaridade.

Em 2018, a PUCRS promoveu o evento Highlights SXSW, trazendo para o Campus o que foi apresentado em Austin. Veja como foi.

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Foto: Bruno Todeschini

Ampliação da inteligência artificial, manipulação das emoções e a voz como instrumento de buscas no ambiente digital. Essas são algumas das tendências apresentadas no evento Highlights SXSW, ocorrido no Centro de Eventos da PUCRS, na terça-feira, 3 de abril. O comunicador Arthur Gubert, da Rádio Atlântida FM, o empreendedor Ramiro Martini, presidente do Grupo Cinco TI, e o professor e publicitário Kim Gesswein, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, trouxeram novidades, impressões pessoais e dicas sobre como lidar com a avalanche de informações expostas no South by Southwest (SXSW), maior festival de criatividade do mundo, promovido em Austin, no Estado do Texas (EUA). A atividade foi aberta pelo diretor do Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), Rafael Prikladnicki.

As tendências em comportamento e tecnologias foram expostas na fala de Gubert, que atua como head de Inovação do Grupo RBS. Em breve, teremos um “futuro sem telas”, assinalou. As telas, para fins de buscas, serão cada vez menos utilizadas, por meio smartphonesnotebooks ou outros dispositivos. A projeção apresentada no SXSW é de que, em 2020, 50% de todas essas pesquisas sejam feitas por voz, reconhecimento facial ou gestos. “A tecnologia estará cada vez mais a serviço da preguiça humana”, brincou o comunicador, lembrando que isso impactará nas soluções a serem pensadas por empresas para os usuários. De acordo com o radialista, essa tendência se consolidará, principalmente, por meio de assistentes pessoais digitais, como Siri (Apple), Cortana (Microsoft) ou Alexa (Amazon). O Google Home, por exemplo, alcançou a habilidade de “95% de compreensão das línguas humanas”, alertou.

Autoaprendizagem e experiências humanizadoras

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Arthur Gubert / Foto: Bruno Todeschini

Outros aspectos ressaltados por Gubert no campo da tecnologia foram: a expansão da inteligência artificial, com a proposta de auxiliar nas rotinas pessoais; a multiplicação das “fake news” de forma proposital, por mais nociva que a prática de disseminação notícias falsas possa ser; a manipulação da emoção – como a indignação – pelos meios de comunicação, visando usos políticos e comerciais; a autoaprendizagem por tutoriais on-line, como vídeos no YouTube; e a distribuição disruptiva de produtos e serviços, com formas de entrega não restritas aos modos e logística usuais, aproximando mais as marcas dos clientes.

As relações humanas foram outro item da fala do apresentador da Rádio Atlântida. Entre as projeções, está a consolidação da diversidade no ambiente profissional, não importando o gênero ou a etnia, por exemplo; as experiências humanizadoras, ou mode human, incentivando emoções que as tecnologias não podem suprir, como contatos físicos com pessoas e animais; o consumo esclarecido e consciente, no qual o cliente se interessa por todas as etapas de produção do produto ou serviço adquirido; e a habilidade rir dos próprios erros e fraquezas, inclusive como um diferencial competitivo, no caso das empresas.

Um passeio por Austin

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Ramiro Martini / Foto: Bruno Todeschini

As ruas, eventos, apresentações e interações vivenciadas na cidade de Austin, bem como e as inúmeras chances de negócios e contatos, foram o foco de Ramiro Martini durante seu relato aos cerca de 500 integrantes da plateia. “Criatividade vem da diversidade. Só somos criativos quando vemos coisas diferentes”, destacou ao descrever a importância de estar presente no SXSW, o qual definiu como uma “avalanche de inspiração”. Durante sua panorâmica do festival, mostrou como é comum ficar próximo de pessoas influentes das mais diversas áreas e países, todos disponíveis para conversar e conhecer novas oportunidades. “Eu nunca imaginei chegar perto de Barack Obama, mas ele esteve lá, falando com as pessoas” afirmou. Martini valorizou muito o fato de a delegação brasileira desse ano ter sido a segunda maior do evento, composta por 1.104 inscritos. “No próximo ano, vocês precisam ir para Austin”, incentivou.

Organizando as ideias

Terceiro a se apresentar, o professor Kim Gesswien, também diretor de Inovação na Paim Comunicação, concentrou-se em ajudar as pessoas a organizarem as ideias que surgem numa iniciativa tão rica em informações para, depois, colocarem em prática os aprendizados. “Participei muito mais do SXSW do que as vezes em que fui a Austin, de tanto que ouvi falar e pesquisei a respeito”, relatou. Para orientar a rotina de um visitante, ele mostrou metodologias simples, que incluem anotações em cadernos – com fotos na nuvem, a construção de uma matriz de prioridades, e uso de aplicativos gratuitos, como Evernote e Google Drive.

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Kim Gesswein / Foto: Bruno Todeschini

“Após sairmos desse tipo de evento, precisamos criar a ‘lista do correr atrás’, aprendendo a enfrentar o fato de não termos como saber tudo. Depois, é legal fazer uma lista de boas perguntas e, por fim, criar metas e cronogramas viáveis”, explicou Gesswien. Por fim, afirmou que é necessário ter um banco de conhecimentos fácil de ser acessado e, acima de tudo, dividir as experiências com outras pessoas e empresas. Reforçou, ainda, a relação entre universidades e empresas como fator de sucesso e de multiplicação de boas ideias.

SXSW 2018

A última edição do South by Southwest (SXSW) reuniu profissionais de destaque de diferentes áreas. Estiveram presentes representantes da indústria da música, cinema, games e executivos de grandes empresas.

Entre os destaques, Spike Lee, um dos cineastas mais conhecidos e respeitados de Hollywood e Michael Dell, presidente, CEO e fundador da Dell Technologies. Também estiveram palestrando Arnold Schwarzenegger, ator e ex-governador da Califórnia, que falou sobre seus princípios para um governo efetivo, e Melinda Gates, co-fundadora da Fundação Bill e Melinda Gates, sendo que a executiva apareceu, em 2017, na terceira posição do ranking da Forbes das mulheres mais poderosas do mundo.

2018_03_27-sxsw_arte(905x549)Um momento para compartilhar o que aconteceu no maior festival de criatividade do mundo, com tendências de mídia, marketing e tecnologia. Esta é a proposta do Highlights SXSW, que vai ocorrer no dia 3 de abril, das 19h às 21h, na PUCRS. Gratuito e com vagas limitadas, o evento acontece no Centro de Eventos da Universidade, no prédio 41 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre).

Em formato de bate-papo, três palestrantes vão contar as suas experiências no SXSW 2018, ocorrido nos dias 9 a 18 de março em Austin, nos Estados Unidos. Arthur Gubert, head de inovação no Grupo RBS e apresentador na Rádio Atlântida FM, vai abordar Tendências e Futuro. Já o assunto Negócios e Tecnologia será conduzido por Ramiro Martini, Presidente no Grupo Cinco TI, que atua em tecnologia, viagens, marketing e recursos humanos em todo o Brasil. E o tema Espaço e Metodologia para Aplicação das Tendências terá como palestrante Kim Gesswein, professor na Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS e diretor de Inovação na Paim Comunicação.

As inscrições para o Highlights SXSW podem ser realizadas neste link. Mais informações pelo e-mail [email protected].

SXSW 2018

A última edição do South by Southwest (SXSW) reuniu profissionais de destaque de diferentes áreas. Estiverem presentes no encontro representantes da indústria da música, cinema, games e executivos de grandes empresas.

Entre os destaques, Spike Lee, um dos cineastas mais conhecidos e respeitados de Hollywood e Michael Dell, presidente, CEO e fundador da Dell Technologies. Também estiveram palestrando Arnold Schwarzenegger, ator e ex-governador da Califórnia, que falou sobre seus princípios para um governo efetivo, e Melinda Gates, co-fundadora da Fundação Bill e Melinda Gates, sendo que a executiva apareceu, em 2017, na terceira posição do ranking da Forbes das mulheres mais poderosas do mundo.