Act in Space

O grupo vencedor IntOrbit agora leva seu projeto para ser apresentado na etapa internacional em Cannes, na França

Durante 24 horas, entre os dias 18 e 19, o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (IDEAR) recebeu pessoas com um interesse em comum: encontrar respostas para as necessidades do futuro, inventando novos usos e serviços da tecnologia espacial para resolver problemas sociais e enfrentar os desafios do mundo atual. O grupo Team IntOrbit, formado pelos/as estudantes Maria Eduarda D’avila Dlugokinski, João Paulo Camargos Carneiro, Gian Schmidt Azambuja e João Cairuga, levou o primeiro lugar na etapa nacional do Act in Space e agora vai para Cannes, na França, concorrer com pessoas de todo o mundo por prêmios que vão desde uma experiência antigravidade até a mentoria de agências espaciais.

Maria Eduarda, aluna do primeiro semestre de Ciências da Computação, bolsista pelo PoaTek e integrante da equipe vencedora conta que este foi seu primeiro hackaton e que não esperava a vitória, considerando que seu grupo escolheu um assunto complexo.

“O nome do nosso grupo é IntOrbit (Int de inteiro e Orbit de órbita) e o nosso nome de projeto é Orbital Quantum Computer. Nosso projeto é colocar um computador quântico em órbita através de um satélite e assim conseguir usar 100% de um computador quântico – algo que ainda não é possível e o objetivo é justamente usar a capacidade máxima dele”, explica a estudante.

Incentivo ao uso de tecnologias e dados espaciais

O Act in Space foi pensando para incentivar a consciência do empreendedorismo, entendendo que o espaço pode contribuir para o crescimento social e econômico para além do seu ecossistema. Assim, os desafios propostos no evento orbitavam em torno do desenvolvimento do uso e aplicação de tecnologias e dados espaciais, além, é claro, do uso do espaço para benefício da Terra e da humanidade.

Act in Space

Participantes do evento passaram 24 horas dentro da PUCRS

“O evento estimulou a interdisciplinaridade e integrou participantes de diversas áreas, como Design, Psicologia, Jornalismo, Educação Física, Computação, Engenharia Agrônoma, entre outros. Durante as 24h de evento interruptas, os participantes puderam planejar, criar e desenvolver seus projetos, com o auxílio de mentores qualificados, com bases nos desafios estipulados pela organização mundial do evento. Novas amizades foram criadas e muitas ideias inovadoras nasceram durante os dias 18 e 19 de novembro”, pontuou a professora da Escola Politécnica da PUCRS Cristina Nunes.

A diversidade presente entre os/as participantes chamou atenção, inclusive para quem frequenta hackatons há mais tempo, como Natália Dal Pizzol, estudante do terceiro semestre de Ciência da Computação.

“Eu adoro participar de hackatons e gostei muito que esse foi dentro da PUCRS, pois tive bastante contato com os colegas que eu já conheci na faculdade, mas também com pessoas de outros cursos. Este foi o evento mais diverso que eu participei, em questão de cursos mesmo – design, física, psicologia – e isso refletiu muito nas soluções que foram bem diferentes e divertidas”, conta.

Para quem participou pela primeira vez, como a estudante Júlia Mendes Ribeiro, o Act in Space foi uma oportunidade de aprendizado em diferentes áreas. Mesmo sendo estudante de negócios e não de tecnologia, que é o público predominante em hackatons como essa, a participante sentiu confiança.

Os desafios

Act in Space

Cada equipe escolheu um desafio para desenvolver ao longo do Act in Space e, ao final, apresentar para uma banca

Cada um dos nove grupos participantes escolheu um desafio para desenvolver seu projeto no momento da inscrição. Os desafios estavam divididos em quatro blocos principais – seja um jogador newspace #Space4.0; negócios da vida cotidiana; voe até a lua e além; e o espaço para a Terra e para a Humanidade – com propostas que iam desde a criação de um satélite reciclável, inteligência artificial para precisão (que busca reduzir erros de GPS), reduzir em 50% o impacto da aviação no clima, criação de painéis solares, entre outros.

Os grupos tiveram acesso à mentoria com professores especialistas em negócios ao longo da competição, a fim de solucionar as dúvidas que surgiram durante o desenvolvimento dos projetos. Os critérios de avaliação foram apresentados durante o evento e, ao final, cada time teve oito minutos para apresentar o seu projeto para uma banca. A estudante Natália pontua que apesar de ficar nervosa com a apresentação para os avaliadores, foi uma oportunidade para treinar e receber feedbacks sobre uma ideia.

“Gostamos muito da experiência, foi muito legal ficar 24 horas trabalhando em um mesmo projeto, um projeto que a gente sabe que realmente vai trazer um benefício para a humanidade e impactar a vida das pessoas, seja aqui na terra ou no espaço. Nós crescemos muito como profissionais, como pessoas e aprendemos muito”, complementaram os participantes Vinícius Mateus Strassburger e Daniel Henrique Strassburger.

A etapa nacional agora vai apresentar seu projeto no evento final em Cannes, na França, entre os dias 13 e 14 de fevereiro de 2023. Além disso, o melhor projeto tem participação garantida no Programa de Modelagem de Negócios do Tecnopuc, o Startup Garage 2023. O programa conta com mentoria gratuita na área de negócios.

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Solimar Amaro, pela PUCRS, com integrantes do galpão de reciclagem / Foto: Divulgação Tecnopuc

Profissionais da saúde ou quem integra algum tipo de serviço social diariamente, durante a pandemia, está cada vez mais exposto ao vírus. Pensando nisso, a PUCRS, em parceria com o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), tem realizado doações de máscaras e protetores faciais para diversas instituições desde março. 

A prática do uso de equipamentos para proteção facial (EPI’s) se estendeu em todo o mundo por conta da disseminação do novo coronavírusOs materiais doados pela PUCRS são fabricados no Tecnopuc FabLab e o esforço de atender demandas das áreas da saúde e social integra a ação de abertura dos Laboratórios do Tecnopuc como Tecnopuc UsalabTecnopuc CriaLab e Tecnopuc FabLab, com o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia). 

Área da saúde 

A equipe do Tecnopuc Viamão, entregou 200 protetores faciais para o Hospital Viamão, localizado no centro da cidade. A entrega foi realizada por César Borges Teixeira, responsável pela área de infraestrutura do Parque Tecnológico. Os protetores foram doados pelo Projeto GRU e pela Taurus, via parceria com a PUCRS e o Tecnopuc.  

Área social 

Também em parceria com o Projeto GRU e a Taurus, as últimas doações foram destinadas para galpões de reciclagem de resíduos, beneficiando mais de 10 instituições. Solimar Amaro, Relações Institucionais da PUCRS, realizou as entregas e contou que “foi um dia de pura humildade e de nos curvarmos diante daqueles que silenciosamente fazem a reciclagem dos nossos resíduos. Eles realizam um trabalho que contribuí para nossos lares e trabalhos, com uma madura seleção dos resíduos” destaca. 

Parceria em prol da ampliação dos atendimentos à comunidade 

Jorge Audy, Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, destaca que a parceria com o Projeto GRU e a Taurus “ampliou a capacidade de atendimento das demandas de ações sociais e projetos importantes de apoio em áreas de maior vulnerabilidade diante da Covid-19 que recebemos nos Laboratórios do Tecnopuc.” 

Desde março, cerca de 45 instituições de saúde já foram atendidas com o recebimento de máscaras doadas pelo Tecnopuc. Entregues pelo Solimar, instituições como o Hospital Cristo Redentor, Comando-Geral da Brigada Militar, Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, Hospital Moinhos de Vento e Guarda Municipal de Porto Alegre foram contempladas. 

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Prefeito pede engajamento à iniciativa Star.Edu
Foto: Camila Cunha

A Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a Aliança para Inovação em Porto Alegre, formada pela UFRGS, PUCRS e Unisinos, lançaram na tarde da última terça-feira, dia 7 de agosto, o Programa Start.Edu. A iniciativa visa atrair startups que proponham soluções inovadoras para a rede municipal de ensino.

A cerimônia ocorreu no Tecnopuc Crialab e contou a presença do prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior; do secretário da Smed, Adriano Naves de Brito; do presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Valter Nagelstein, entre outras autoridades e convidados.

O programa busca conectar professores, alunos, pais, gestores e sociedade, com o propósito de ampliar a qualidade dos processos de aprendizagem nas escolas. Para isso, selecionou 20 desafios identificados pela Smed, alocados em três dimensões: Desafios para Promoção da Aprendizagem; Gestão Escolar e Gestão das Aulas; e Melhoria dos Serviços Públicos na Educação.

Marchezan Júnior sugeriu às universidades a extensão do projeto para as áreas da saúde, segurança e assistência social.  “Peço ajuda de vocês para que possamos fazer essa experiência em outros setores do município. Precisamos sair da tese dos discursos e ir para a prática para dar mais qualidade de vida às pessoas”, afirmou.

 

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Secretário de Educação apresenta o programa
Foto: Camila Cunha

Como participar

Para participar do projeto, os empreendedores devem acessar o edital no site da Smed e realizar inscrição. Serão selecionadas propostas que possam contribuir com os desafios de qualificar os processos de aprendizagem e o desempenho dos alunos, ampliar a eficiência da gestão escolar e melhorar os serviços prestados pela Secretaria ao cidadão. O programa não prevê transferência de recursos, mas oportuniza que os empreendedores testem em situações reais seus modelos de negócio.

 

Doação de licenças de uso de livros

Durante o lançamento, a Fundadora da Plataforma Digital de Leitura Elefante Letrado, Scheila Vontobel, anunciou a doação da licença de uso dos mais de 400 livros direcionados a crianças e jovens até o quinto ano do ensino fundamental para as escolas do município. “Sabemos que não basta oferecer livros, mas ensinar a ler e é um prazer poder contribuir com o processo de evolução do ensino das crianças”, destacou.