Considerando a dinâmica habitual de deslocamentos de pessoas na cidade, inclusive de indivíduos contaminados pela Covid-19, um grupo de estudantes da PUCRS desenvolveu uma plataforma que permite simular a movimentação da população de Porto Alegre. Chamada de LODUS, a tecnologia foi concebida para ser uma ferramenta que auxilie na tomada de decisões na área da mobilidade urbana. A iniciativa conta com a coordenação da professora Soraia Musse, da Escola Politécnica da PUCRS, e o envolvimento dos alunos de Ciência da Computação André Antonitsch (mestrado), Amyr Borges (pós-doutorado), Diogo Schaffer (graduação), Douglas Schlatter (graduação), Gabriel Fonseca (mestrado) e Vinicius Cassol (pós-doutorado).
O projeto para criação da plataforma obteve recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Essa solução é uma das primeiras entre as ações que envolvem o novo Centro de Pesquisa, Ensino e Inovação em Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS que terá também, a partir de 2021, o primeiro curso de bacharelado em Ciência de Dados e Inteligência Artificial (IA) da região Sul do País.
Para realizar projeções a ferramenta dispõe de dados gerados pela empresa In Loco, que possui um sistema de geolocalização; além de informações da Prefeitura de Porto Alegre e do Censo Demográfico do Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A nossa tecnologia apresenta visualmente gráficos, entre eles, um mapa 3D da cidade em que se consegue simular os deslocamentos entre os bairros a partir das movimentações das pessoas via o GPS dos seus celulares. Também pode projetar situações de lockdown, eventos na cidade, estimativas de contágio e alguns dados comportamentais da população”, explica Soraia.
A plataforma simulou diferentes cenários analisando a presença de torcedores da dupla Gre-Nal nos estádios, caso estivessem sendo frequentados durante a pandemia. Considerando as capacidades da Arena do Grêmio e do Beira Rio e os bairros em que estão localizados, a tecnologia projetou um maior número de contágios em 150 dias (aproximadamente 5 meses) após a realização de uma partida.
Com variações de ocupação dos estádios entre 20% e 80% das capacidades, o simulador analisou exemplos de baixas chances de contato com pessoas distantes, com máscaras e mais cuidadosas e altas chances de contágio, com torcedores sem máscara e se abraçando. Para realizar um parâmetro de porcentagens de contaminações, uma linha base que indica a realidade de infecções em Porto Alegre foi utilizada. Confira os resultados:
ARENA DO GRÊMIO
Ocupação do estádio | 20% | 80% |
Alta chance de contágio |
54 mil pessoas (100% a mais da linha base) |
60 mil pessoas (122% mais da linha base)
|
Baixa chance de contágio |
30 mil pessoas (11% a mais da linha base) |
37 mil pessoas (37% a mais da linha base) |
BEIRA RIO
Ocupação do estádio | 20% | 80% |
Alta chance de contágio |
58 mil pessoas (114% a mais da linha base) |
61 mil pessoas (125% a mais da linha base)
|
Baixa chance de contágio | 33 mil pessoas
(22% a mais da linha base) |
41 mil pessoas
(51% a mais da linha base) |
Nos casos simulados, o aumento de pessoas contagiadas, conforme descrito, é avaliado aproximadamente cinco meses depois da realização da partida. Após o dia do jogo, as pessoas que estavam no estádio e se contagiaram, retornam para suas casas e passam a infectar outras que, por sua vez, contagiam outras e assim sucessivamente. “No caso das partidas de Grêmio e Inter, é interessante ver que o jogo no Beira Rio acabou contagiando mais pessoas após 150 dias. Existem algumas possibilidades para isso ter acontecido. Primeiramente, há uma diferença na localização dos bairros dos estádios em Porto Alegre. Em segundo lugar, existe uma aleatoriedade na movimentação das pessoas na cidade, uma vez que não conhecemos as origens e destinos dos cidadãos em Porto Alegre. Essas duas questões variam as chances de contágio”, analisa a professora da PUCRS.
A plataforma também mostra a estimativa com maiores e menores chances de contágio e como a movimentação das pessoas na cidade impacta no contágio. Durante a simulação não houve qualquer restrição à movimentação das pessoas, mesmo as que supostamente testaram positivo para a Covid-19. Soraia explica que os resultados de simuladores são dificilmente avaliados como a realidade, pois não se tem detalhes da exata movimentação das pessoas, individualmente, bem como todos os detalhes que envolvem as chances de contágio existentes no dia a dia delas. “O importante das simulações é desenhar cenários e avaliar possíveis impactos, para que pessoas responsáveis possam tomar decisões”, ressalva.
O simulador será um legado para a capital gaúcha, pois pode reproduzir diversas projeções de concentração de pessoas, indicando as rotinas padrões de Porto Alegre. “A ferramenta LODUS é adaptável, ou seja, pode ser utilizada para várias situações críticas a serem analisadas”, aponta a professora da PUCRS.
Ainda segundo Soraia, a plataforma pode ser customizada também para outras cidades. “Será possível simular um novo tipo de catástrofe, projetar a abertura ou fechamento de avenidas em determinados horários, as ocupações nas linhas ônibus, entre outras possibilidades que envolvem a mobilidade urbana”, conclui.
Confira a demonstração em vídeo de como funciona a plataforma:
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Pelo terceiro ano consecutivo Henrique Dias Pereira dos Santos, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica da PUCRS, foi vencedor no Latin America Research Awards (Lara), premiação promovida pelo Google. Essa é a oitava edição do programa, criado com o propósito de impulsionar a inovação na região e premiar projetos acadêmicos que visam identificar e propor soluções tecnológicas para problemas reais do cotidiano das pessoas.
O projeto Validação da Identificação de Eventos Adversos por Aprendizado de Máquina em Situações Reais, orientado pela professora Renata Vieira, deu vida à startup NoHarm.ai, implantação comercial sem fins lucrativos da pesquisa. Desenvolvida em conjunto com a farmacêutica do Grupo Hospitalar Conceição, Ana Helena Ulbrich, a startup busca agilizar e dar segurança ao trabalho da Farmácia Clínica dentro de hospitais.
“Ela é uma ferramenta que traz diversas inteligências para a farmacêutica, desburocratizando o processo de revisão das prescrições medicamentosas”, afirma Ana. A NoHarm.ai já está atendendo oito hospitais distribuídos nas cidades de Porto Alegre, Passo Fundo, Belo Horizonte, Aracaju e Rio de Janeiro.
Dentre os projetos selecionados pelo Lara em 2020, 13 são do Brasil, dois do Chile, quatro da Argentina, um do Peru, um da Colômbia e um do México. Desde seu lançamento, em 2013, o programa já destinou aproximadamente 3 milhões de dólares a mais de 146 projetos de universidades de toda a região.
“Os prêmios do Google foram fundamentais para validar a contribuição científica do projeto para a ciência da computação e viabilizar economicamente a transformação do projeto de pesquisa em um produto que entrega valor para a o sistema de saúde”, comemora Santos.
Confira edições anteriores do prêmio: Alunos da PUCRS vencem o Prêmio LARA 2019, promovido pelo Google e Doutorandos em Ciência da Computação vencem programa de pesquisa do Google
Um projeto fruto da parceria entre o Centro de Estudos da Educação Superior da PUCRS e do Conselho de Formação em Educação da Administração Nacional de Educação Pública (ANEP), no Uruguai, promoveu discussões sobre o futuro e os desafios da Educação 2050. O projeto aconteceu no formato de Collaborative Online International Learning (COIL), reconhecido pela Columbus Hub Academy.
O tema surgiu a partir de uma iniciativa da UNESCO, na qual faz um convite para toda sociedade para discutir os futuros da educação, tendo como horizonte o ano de 2050. As contribuições serão analisadas e publicadas em um documento sobre os futuros da educação no contexto global.
Coordenado pela professora da Escola de Humanidades e coordenadora do CEES, Marília Morosini e pela professora Patrícia Vieira do CFE/ANEP, grupos de discussão foram formados para refletir sobre os contextos brasileiro e uruguaio ao longo do mês de novembro. Com encontros online, o projeto contou com a presença de estudantes de mestrado e doutorado em Educação (contexto brasileiro) e professores em formação permanente (contexto uruguaio).
Os grupos focais realizados manifestaram convergências tanto nas preocupações como nas esperanças para o futuro da Educação em 2050. As discussões sobre os principais desafios permearam as questões relacionadas aos avanços do uso da tecnologia em todos os setores da sociedade, e a esperança de que as novas gerações tenham a capacidade de fazer um uso crítico, autônomo e responsável das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
As discussões contemplaram ainda a necessidade de respeito às distintas culturas, e o exercício das diferenças, enfatizando a importância de reconhecer o capital humano, sustentado no trabalho coletivo, respeitando o espaço e as características individuais do outro. Outro desafio observado é a formação dos professores para o uso das TICs, por isso, os grupos sugerem que deverá haver uma formação permanente, que busque desenvolver novas estratégias didático-pedagógicas para as necessidades impostas por um contexto em movimento e em constantes mudanças.
O papel dos Estados também foi contemplado nas discussões. Na opinião dos participantes, os Estados deverão empenhar-se em desenvolver políticas públicas que preencham as lacunas existentes e evidentes neste momento pandêmico, especialmente para o uso e acesso às tecnologias digitais, constituídas como ferramentas nos processos de ensino e aprendizagem. Deverá ser garantido a estudantes, famílias e professores, a participação em programas de inclusão digital que visam a inclusão de todos no uso eficaz das ferramentas digitais como inputs educativos.
A defesa da educação como um direito de todos, a necessidade imperativa de respeito e a empatia pelo outro e outras culturas também foram destaque durante as discussões. Os grupos também abordaram a necessidade de promover a autonomia do estudante, preparar o professor para ensinar em novos contextos, transcendendo o disciplinar e navegando pelos limites da resolução de conflitos dentro e fora da sala de aula.
“Os participantes acreditam que será necessário ultrapassar os limites do conhecimento, despertar a curiosidade, originalidade e espírito investigativo dos estudantes através de um encontro pedagógico em que o diálogo, o respeito e as emoções assumem um papel importante, e mediante o aprender pela pesquisa. Trata-se de ensinar de uma perspectiva planetária e construir uma ética da humanidade que ofereça uma educação mais justa e fraterna”, completa Marília.
De acordo com a professora da Escola de Humanidades, a realização de um projeto de colaboração internacional e online com outra instituição promove aos participantes oportunidades de aprendizagem internacional e intercultural mesmo com a permanência no local, permitindo que as vivências de contextos reais e distintos.
“Além disso, um projeto como este potencializa redes colaborativas de ensino, pesquisa e extensão entre as pessoas e instituições participantes, além de possibilitar o desenvolvimento de metodologias de inovação pedagógica no ensino e na pesquisa em educação. Convém destacar ainda que os participantes deste projeto receberão uma certificação internacional da Columbus Hub Academy“, adiciona Marília.
O Collaborative Online International Learning (COIL) refere-se às experiências de mobilidade virtual, ou seja, proporcionar dinâmicas à distância interagindo com as instituições internacionais parceiras. Um COIL pode ser utilizado para desenvolver projeto à distância entre duas ou mais instituições, competências interculturais, habilidades digitais e troca de conhecimento e aprendizagem.
O mundo vai ser dominado por robôs como nos filmes futuristas? Provavelmente não. Mas não se pode negar que a tecnologia é cada vez mais presente e praticamente indispensável no dia a dia das pessoas. Na PUCRS são ofertados cinco cursos relacionados à área e com diferentes enfoques. Inscreva-se neste link para o Vestibular 2021 ou aproveite a sua nota do Enem para ingressar nos cursos de Ciência de Dados e Inteligência Artificial, Engenharia de Software, Ciência da Computação, Engenharia de Computação ou Sistemas de Informação.
A área segue em constante crescimento, sendo uma das principais apostas para as grandes carreiras das próximas gerações. Das 15 profissões emergentes em 2020 mapeadas em estudo realizado pelo LinkedIn no Brasil, nove estão diretamente relacionadas à Tecnologia da Informação.
Para ajudar você a entender melhor a diferença entre eles e escolher qual combina mais com o que você sonha para o seu futuro, confira destaques de cada curso:
O novo curso Ciência de Dados e Inteligência Artificial, primeiro presencial do Sul do Brasil na área, nasce em um ecossistema composto por ensino, pesquisa e inovação. Na era do Big Data, a informação é um dos ativos mais valiosos e sua importância só tende a aumentar.
A graduação conta com estrutura de pesquisa de ponta de relevância internacional com o Centro de Pesquisa, Ensino, Inovação em Ciência de Dados. Treine algoritmos de aprendizado de máquina e descubra novas áreas do conhecimento e oportunidades de negócio inovadoras.
Engenharia de Software é o curso para quem deseja trabalhar principalmente com desenvolvimento de software. Inovador em sua concepção, foi criado a partir de uma demanda da indústria regional e nacional que carece de profissionais com este perfil.
Focado em modelagem computacional e desenvolvimento de algoritmos para a solução de problemas complexos, o curso de Ciência da Computação aborda linguagens de programação, sistemas operacionais, redes e sistemas distribuídos, desenvolvimento de jogos e muito mais.
O foco do curso de Sistemas de Informação é analisar, desenvolver, integrar e gerenciar os sistemas e a infraestrutura de TI correspondente, em sintonia com as estratégias organizacionais. Possui nota máxima no Enade, ocupando a 1ª posição entre os cursos da Região Sul e a 1ª posição entre todas as instituições privadas do País.
No curso de Engenharia de Computação é trabalhado o desenvolvimento de computadores e suas aplicações e projetos de hardware e de software. Interage simultaneamente com sistemas eletrônicos (hardware), principalmente eletrônica digital, e programação de computadores (software).
Quer saber mais? Inscreva-se aqui para o Vestibular 2021 e venha descobrir com a gente novas formas de programar o futuro e mudar a vida das pessoas com a tecnologia.
A PUCRS está com inscrições abertas para o Vestibular 2022 e os interessados em ingressar na área de dados podem se inscrever no curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial (IA), o primeiro presencial da região Sul do Brasil. Com duração de quatro anos, a graduação nasceu em um ecossistema de inovação composto por um Centro de Pesquisa, Ensino e Inovação, pós-graduação stricto e lato sensu já consolidadas, com reconhecimento internacional, e o hub de IA e Ciência de Dados do Tecnopuc.
Segundo o coordenador do curso, professor Daniel Antonio Callegari, os estudantes que concluírem a graduação conseguirão empregar modelos, ferramentas e técnicas para diversos contextos organizacionais e sociais, sejam privados ou públicos, nacionais ou internacionais.
“O profissional estará apto a exercer múltiplas atividades, atuando como cientista de dados, engenheiro ou arquiteto de dados, engenheiro de IA e Machine Learning, analista de inteligência de mercado, dentre outras possibilidades que a área oferece”, ressalta.
Entre os diferenciais oferecidos pela instituição por meio da Escola Politécnica, além do corpo docente formado por renomados acadêmicos e profissionais da indústria, está a possibilidade de interação com o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, de excelência internacional, no qual é possível cursar disciplinas de mestrado ou doutorado durante a graduação, abordando com mais profundidade conteúdos que estão sendo pesquisados no Brasil e no exterior.
Ações de pesquisa de ponta e desenvolvimento de ações vinculadas a este tema são uma realidade na PUCRS há quase uma década. Com o novo curso e o Centro de Pesquisa, a universidade agrega à trajetória na área o compromisso com a formação completa de profissionais, da graduação à pós-graduação, fomento a negócios inovadores e parcerias internacionais.
Faça download do Guia completo do Curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS neste link.
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Das 15 profissões emergentes em 2020 mapeadas em estudo realizado pelo LinkedIn no Brasil, nove estão diretamente relacionadas à Tecnologia da Informação. Apesar de o mercado precisar de pelo menos 70 mil profissionais com perfil tecnológico por ano, o Brasil forma apenas 46 mil, o que torna o segmento ainda mais competitivo, segundo o relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
Leia também: PUCRS lança iniciativa inédita em Ciência de Dados e Inteligência Artificial
Inteligência Artificial, Machine Learning, hackers… já se perdeu com tantos termos ou bateu um pouco de medo? A tecnologia ainda não evoluiu ao ponto de ser possível encontrar carros voadores nas ruas ou dispositivos que transmitam os aromas das comidas pela televisão. Mas já existem formas de rastrear todos os lugares que você visita, mapear quais são seus gostos e indicar produtos que você quer – mas nem sabia ainda.
A sociedade está vivendo na era do Big Data, onde a informação é um dos ativos mais valiosos e sua importância só tende a aumentar. Desvende dados, antecipe o futuro, desenvolva novas tecnologias de maneira ética e responsável em conexão com as principais tendências do mundo no novo curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS. Saiba mais sobre os dez anos de atuação da universidade na área neste link!
Mas se a tecnologia tem tanto “poder”, isso faz dela uma vilã ou aliada? Bom, isso depende de como as pessoas a utilizam. Confira algumas dicas de cuidados e novidades sobre o tema:
Originalmente, a Inteligência Artificial é uma disciplina da Ciência da Computação. Mas, nos dias de hoje, pode-se dizer que a IA é a tecnologia capaz de reproduzir o comportamento humano para tomadas de decisão.
Dois dos seus pilares mais conhecidos são o machine learning (aprendizado de máquina) e o deep learning (aprendizagem profunda).
O primeiro diz respeito ao uso de algoritmos para organizar dados, reconhecer padrões e fazer com que computadores possam aprender. Já o segundo parte do aprendizado de máquina que, por meio de algoritmos de alto nível, reproduz a rede neural do cérebro humano.
Saiba mais: Inteligência Artificial: conceito e como dominá-la e Diferença entre Machine learning e Deep learning.
O mundo está melhorando ou piorando com a chegada da tecnologia? Segundo uma das aulas de Tiago Mattos, futurista e um dos maiores líderes empresariais do Brasil, a tecnologia traz novas soluções e, com elas, novas questões e problemas para serem discutidos.
Por exemplo: hoje as pessoas vivem em uma das épocas mais pacíficas da história. Mesmo assim, a sensação de que há muita violência é algo presente. Ambas afirmações podem estar corretas, mas o acesso à informação, facilitado pela tecnologia e a internet, ajudam a discutir sobre isso
Se todo mundo pode produzir conteúdo e postar a qualquer momento, como saber quais informações são verdadeiras e quais fontes são confiáveis?
O professor Marcelo Crispim da Fontoura, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, preparou algumas dicas, como identificar fontes e comparar as informações, por exemplo. Confira neste link.
Os crimes cibernéticos são uma prática criminosa que, em geral, tem como objetivo ganhar dinheiro a partir dos dados coletados ou por motivos pessoais e políticos.
Confira neste link as dicas do PUCRS Online de como se prevenir utilizando ferramentas simples e acessíveis.
Ao contrário do senso comum, Transformação Digital não tem a ver com tecnologia diretamente, mas sim com estratégias e novas formas de pensar. Envolve Inovação Digital, mas mais ainda Transformação Estratégica.
Nestes tempos de transformação a sociedade acompanha uma aceleração sem precedentes de mudanças – seja nas nossas vidas, nas organizações ou na sociedade.
Segundo o artigo de Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, para obter sucesso em momento de transformação é necessário ter pessoas motivadas, uma liderança inspiradora e capacidade de construir uma visão de futuro compartilhada.
Com a proposta de fomentar a inovação, o empreendedorismo e os negócios de impacto, a 7º edição do Tecnopuc Talks falará sobre Inovação na prática. Renata Zanuto, Co-Head do Cubo Itaú, e Rafael Prikladnicki, diretor do Tecnopuc, serão hosts do bate-papo com Lívia Cunha, fundadora da Cuco Health, e Rafael Madke, CEO do Grupo RPH. O evento acontece no dia 1 de setembro, às 11h, pelo YouTube da PUCRS. Inscreva-se aqui!
Saiba mais sobre os/as profissionais que compartilharão boas práticas dos ecossistemas de tecnologias e inovação:
Empreendedora filha de médico e apaixonada pela área da saúde, Lívia Cunha é fundadora e CEO da CUCO Health, startup de cuidado digital que auxilia milhares de pacientes com a jornada do tratamento para que tenham melhores resultados de saúde. Destaque no setor das Healthtechs, Lívia foi a primeira mulher da América Latina selecionada para participe do programa Apple Entrepreneur Camp e foi eleita em 2020 uma Forbes 30 Under 30, lista restrita com jovens com menos de 30 anos que estão transformando o setor em que atuam.
O empreendedor atua em radiofarmácia desde 1996, iniciando sua carreira como consultor em diversos projetos na área. Atualmente CEO do Grupo RPH, organização instalada no Tecnopuc. A empresa foi avaliada em R$ 100 milhões pela Ygeia Medical, o que colocou o Grupo no caminho para se tornar o segundo unicórnio do Tecnopuc (unicórnio é uma empresa avaliada em US$ 1 bilhão). A empresa fabrica kits não radioativos que são vendidos para todo o mercado brasileiro de medicina nuclear, e exportados para vários países.
Com mais de 10 anos de mercado e atuação na IBM, onde liderou a área de Developer Ecosystem & Startups, hoje, Renata é co-head do Cubo Itaú, responsável pelas conexões entre startups e demais agentes do ecossistema para geração de negócios e valor ao mercado. Formada em Administração de Empresas pela PUC-SP, com especialização em Gerenciamento Estratégico & Marketing Internacional pela University of LA Verne (EUA) e Pós-graduada em Marketing, pela ESPM.
Diretor do Tecnopuc e professor da Escola Politécnica e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da PUCRS. Também atua como presidente do conselho consultivo da IEEE Software Magazine. Doutor em Ciência da Computação pela PUCRS, com estágio de doutorado na University of Victoria no Canada. É pesquisador 1D do CNPq com atuação principal nas seguintes áreas: gestão de equipes remotas, métodos ágeis, startups, ciência, tecnologia e inovação. Aprofundou os estudos sobre gestão de ecossistemas de inovação na Anprotec (Brasil) e Innopolis Foundation (Coréia do Sul) e em liderança na Insper (Brasil) e Instituto Rutemberg (Israel). Em 2011, recebeu o prêmio Tese Inovação Gaúcha, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs).
A evolução da sociedade passou por diversas ondas ou etapas, desde a posse da terra como principal fator de geração de riqueza, passando pela Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, deslocando o eixo para as máquinas e as indústrias. Na segunda metade do século XX, a revolução da tecno ciência muda novamente os principais fatores de geração de riqueza, com a emergência da sociedade do conhecimento, com o foco na tecnologia e na inovação. Neste século XXI, diversos eventos e sinais vêm sendo enviados do futuro com relação à um novo ciclo de transformação na sociedade, onde a crise sanitária que vivemos é somente um destes sinais. As questões sociais, em especial o desafio da desigualdade em suas diferentes dimensões e as questões ambientais, em especial as mudanças climáticas e os impactos no meio ambiente, são temas centrais com relação ao próprio futuro da humanidade.
Você entra na sala de aula, que pode ser em um prédio, ou virtual. Colegas de diferentes áreas se conectam por uma plataforma online, ou estão reunidos em grupos, com mobiliários e acessórios móveis – que possibilitam diferentes organizações e estilos de dinâmicas. Enquanto os professores preparam as apresentações e os materiais necessários, a turma já acessou o conteúdo de apoio disponibilizado digitalmente antes da aula. Diferentes pontos de vista são propostos para a mesma questão, com abordagens e perspectivas variadas, aplicadas a mais de uma área do conhecimento e atuação. Seja bem-vindo à Educação do futuro.
Apesar do teor “futurista”, essas práticas já são uma realidade nas melhores universidades do mundo, inclusive na PUCRS. Mesmo com os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus, diversas instituições passaram por uma aceleração digital para se adequar à essa realidade. “Sem dúvidas, isso vai afetar a educação com uma transformação profunda. A área terá que saber como se ressignificar no mundo pós-pandemia, no que quer que venha a ser o novo normal”, destaca Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS.
Atributos falados há algum tempo ganharam ainda mais evidência nesse período: pensamento crítico, colaboração, comunicação, criatividade e responsabilidade social. A evolução das práticas em sala de aula vai além de metodologias modernas, com realidade virtual (VR), atividades em vídeos, computadores e transmissões online. Confira essas e outras tendências no ensino e como as novas tecnologias ajudarão em abordagens complexas de situações cotidianas:
Há décadas o maior desafio do Brasil é a educação. Tanto em termos de qualidade quanto em termos de inclusão, explica Audy. “O ensino é a base de um processo de formação para a cidadania, um eixo estratégico para promover o desenvolvimento humano e social, além de se constituir no maior patrimônio de um povo. É um fluxo contínuo, que evolui para o reconhecimento e o fomento da Ciência, da Tecnologia e da Inovação”, destaca. Esses fatores influenciam para que os indicadores de desenvolvimento de uma nação cresçam social, ambiental e economicamente.
“Não acredito que seremos menos globais, mas acho que seremos globais de uma forma diferente”
Apesar de ainda ser um pouco cedo para entender a real extensão e os impactos da pandemia do novo coronavírus, é possível ter alguns insights em meio ao processo. “Parece-me que teremos, de forma geral, um mundo que repensará a globalização como a entendíamos até pouco tempo. Não acredito que seremos menos globais, mas acho que seremos globais de uma forma diferente. Com uma atenção muito mais ao local, para o interior das pessoas, olhando para dentro”, destaca Audy.
A pandemia mostrou novamente a importância das Universidades no combate às crises, através da Pesquisa, da Ciência e da Tecnologia. Igualmente, a Educação ocupou um papel de destaque, com a adoção massiva das tecnologias de informação e comunicação como mediações que anunciam novos modelos.
“Essas áreas possuem importância estratégica e são estruturantes de uma nação no século 21. Não somente para enfrentar pandemias, mas também para criar novas formas para superar os problemas históricos da sociedade”, comenta Audy sobre um desenvolvimento igualitário e sustentável para combater a fome, mudanças climáticas, consumo de energia e outros.
Os esforços das instituições de ensino historicamente permitiram que novas soluções pudessem ajudar a comunidade. No caso da atual pandemia, em meio a tantas incertezas, pesquisadores(as) da PUCRS desenvolveram um novo teste, mais rápido e barato, para a Covid-19; um laboratório criou um serviço para divulgar informações confiáveis sobre o coronavírus; uma força-tarefa se uniu para combater a proliferação do vírus; ao todo, 2,5 mil máscaras produzidas pelo Tecnopuc foram doadas para instituições de saúde; entre tantas outras iniciativas.
Os espaços tradicionais de ensino contam cada vez mais com a contribuição dos ambientes digitais e novas opções, as “salas de aulas do futuro”. É o caso do Living 360º, prédio de três andares e 10 mil m² que conta com diversos ambientes de estudo, bem-estar e convívio. Os equipamentos modernos, mesas, cadeiras e móveis adaptáveis permitem a aplicação de metodologias de ensino inovadoras. Inspirado em grandes universidades internacionais, promove a integração entre estudantes de diferentes níveis e áreas do conhecimento.
Para complementar as metodologias presenciais, ferramentas digitais são utilizadas como forma de aprofundar assuntos trabalhados em sala de aula. Graças a essas boas práticas, durante a pandemia, alunos da PUCRS puderam dar continuidade aos seus estudos com a mesma qualidade que estavam acostumados na dinâmica presencial, através de transmissões ao vivo, materiais de apoio, fóruns de debates e muito mais.
Com um ensino além da sala de aula, há alguns anos surgiu também o Pós-PUCRS Online, um modelo pioneiro de educação continuada no Brasil, que combina a excelência do ensino da Universidade com a experiência de profissionais que são referência no mercado.
Esse é o conceito do Lifelong Learning, ou Educação Continuada. Apesar de não ser algo tão novo, é apontado como uma das principais exigências do mercado. O que você estudou no início de uma graduação há quatro anos, por exemplo, apesar de não “envelhecer” ou ser invalidado, já passou por atualizações. Além de se manter em dia com as novidades da sua área de estudo, esse conceito também reforça a importância e o impacto de aprender coisas novas, de diferentes campos de atuação.
“A Pedagogia tem na sua experiência o estudo do como se ensina e o como se aprende e, portanto, está utilizando deste momento para pensar as diversas formas de pensar o fazer. A educação do futuro será construída a partir desta base, de como vamos superar este e os próximos desafios”, conta Andreia Mendes, professora de Psicologia na Escola de Ciências da Saúde e da Vida e de Pedagogia na Escola de Humanidades e pesquisadora da PUCRS. Os cursos de MBA, por exemplo, são alternativas para quem quer continuar estudando, mas com foco em gestão e liderança. Assim como o Mestrado e Doutorado, para quem quer se dedicar à pesquisa e a carreira acadêmica.
Saiba mais: 11 motivos para fazer um MBA
“Quando falamos sobre carreira é fundamental que se possa vivenciar na prática aquilo que estudamos teoricamente. Só assim conseguimos ter uma visão real sobre as profissões e o mercado de trabalho e, consequentemente, tomar decisões de carreira mais conscientes”, explica Gabriela Techio, psicóloga consultora do PUCRS Carreiras.
Enquanto, de um lado, os candidatos buscam se atualizar e aprender habilidades cada vez mais exigidas, como um segundo ou terceiro idioma, conceitos de programação e formas de mensurar resultados, por exemplo, do outro, as corporações também tentam se preparar. “As empresas estão buscando aprender como inserir no seu dia a dia o uso de novas tecnologias, a acompanhar os colaboradores em novos formatos de trabalho”, destaca a consultora.
Saiba mais: 5 dicas: torne o seu currículo atrativo
O empreendedorismo está ligado a um conjunto de competências e habilidades que todas as pessoas têm e que envolvem a geração de ideias, a identificação de oportunidades, a capacidade de mobilização de recursos e de colocar idealizações em prática, explica Katine Fasolo, professora da Escola de Negócios da PUCRS. “Por isso, falar sobre empreendedorismo é muito importante, desde criança, mas especialmente na faculdade. É onde os alunos têm todo um sistema de apoio e incentivo para investigar problemas e buscar soluções”, afirma.
Katine também é docente no Projetos Desafios, uma disciplina eletiva idealizada pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear), que incentiva a atitude empreendedora e de inovação através de desafios temáticos. Neste semestre, duas empresas residentes do Tecnopuc, Toughtworks e Hardfun, irão elaborar as propostas para os alunos: Como reduzir a desigualdade e promover a inclusão e a diversidade na área de TI?; e Como provocar transformações efetivas na educação por meio da mobilização digital?.
Saiba mais: 5 dicas: como reduzir os riscos da pandemia para quem empreende
“Permitir que o conhecimento possa ser acessado por todos é uma forma de ajudar a superar realidades desiguais, de modo a promover um desenvolvimento mais justo e sustentável. Temos que aprender isto de uma vez por todas. Não podemos esperar mais”, enfatiza Audy ao abordar alguns pontos importantes para mudar essa realidade:
A pandemia mostrou uma realidade complexa das questões sociais enfrentadas pela população brasileira. “A Covid-19 escancarou, novamente as mazelas estruturais: dificuldades de acesso e de vida. Computadores, celulares e internet não são uma realidade para todos”, destaca Andreia Mendes.
Além dos espaços de aprendizagem, a PUCRS oferece diversas estruturas de apoio e serviços como o Núcleo de Apoio Psicossocial, o Parque Esportivo, o Centro de Pastoral. “Serviços que podem ajudar os alunos no cuidado integral, vivenciando ações de cultivo da interioridade e da espiritualidade, que juntas com as outras ações, contribuem com um olhar para o ser humano de modo mais holístico, buscando integrar diversas dimensões como corpo, mente e espírito”, explica Malone Rodrigues, filósofo consultor dos projetos da Pastoral. A prática da meditação, por exemplo, pode contribuir para a saúde emocional.
“Sem cultura, a Educação não se fixa”
Para Fernanda Montenegro, a grande dama do Teatro, “a Educação é um esqueleto. O que dá a dimensão dele, a carnadura, é a cultura”. Ao receber o Mérito Cultural da PUCRS, em 2019, enfatizou a importância da defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. O Instituto de Cultura da PUCRS mantém uma programação completa, possibilitando, inclusive, que o conhecimento chegue na casa de quem está em distanciamento social. Diversas lives, tutoriais e shows foram preparados durante o período da pandemia.
Inscrições abertas para todos os processos de ingresso, seja parte da mudança no mundo!
Além dos danos causados à saúde, a pandemia do novo coronavírus trouxe um abalo significativo também no setor econômico. Pensando nisso, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) criou um programa de aceleração que terá início em agosto, no Rio Grande do Sul. O BRDE Labs irá escolher 10 empresas de tecnologia do Estado, ainda em fase inicial, para ajudar a escalar o negócio, desenvolver seu produto e se aproximar de investidores e potenciais clientes. O projeto será conduzido pela Aliança para Inovação, que envolve as três principais universidades do estado – PUCRS, UFRGS e Unisinos – em parceria com a aceleradora Ventiur.
A estrutura do Tecnopuc Startups oferecerá oportunidades para as startups localizadas no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc); tanto na área de capacitação, quanto de fomento ao desenvolvimento dos seus planos de negócio. Transmissões ao vivo com sociólogos, economistas e outros profissionais que ajudem a delinear a economia no cenário pós-coronavírus também estarão disponíveis para o público, de forma gratuita.
Para o professor Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e membro do Comitê Estratégico da Aliança para a Inovação, este é um projeto que ocorre em um momento muito importante para todo o ecossistema de inovação gaúcho. “A iniciativa oferece uma oportunidade de desenvolvimento de novos negócios com foco na aplicação de novas tecnologias para o desenvolvimento da indústria, do comércio e do agronegócio, em um momento de crise”.
O objetivo é estimular negócios inovadores que desenvolvam softwares, aplicativos ou hardware para melhorar a produção de indústrias, do comércio e da cadeia do agronegócio após o controle da pandemia. As empresas receberão ajuda de custo e mentoria durante quatro meses. As três melhores startups receberão uma premiação do BRDE ao final do programa, além da possibilidade de aporte adicional por parte da rede de investidores da Ventiur e apoiados pelo banco