Alunos e alunas da PUCRS podem se inscrever para o Hackatruck Makerspace até o dia 30 de junho, curso EAD promovido pela IBM Brasil e Flex, em colaboração com a Apple, e executado pelo Instituto de Pesquisas Eldorado, o qual a Universidade é parceira. Para fazer parte do mundo maker, fique atento/a aos prazos.
A atividade é pensada principalmente para profissionais e estudantes da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e apresenta práticas em desenvolvimento iOS para aplicativos móveis com aplicação em Internet das Coisas (IoT).
O HackaTruck MakerSpace é inspirado pelo conceito maker, com o seu laboratório móvel constituído como um makerspace, um espaço onde alunos e alunas criam e desenvolvem protótipos relacionados aos temas estudados.
O nome vem da sua proposta original: oferecer uma capacitação itinerante – literalmente sobre rodas – e fomentar as práticas criativas. Porém, durante a pandemia da Covid-19, as atividades são realizadas na modalidade online, totalmente a distância.
Dentre os conhecimentos apresentados no projeto estão lógicas de programação, orientação a objetos, Swift, JavaScript e RESTful APIs. No laboratório móvel, na modalidade presencial, a capacitação também abrange Programação Swift, Cloud Services, Serviços Cognitivos e Internet das Coisas, de forma colaborativa e prática.
Segundo o portal oficial da iniciativa, por meio de práticas de experimentação “o HackaTruck MakerSpace vem para incentivar e reforçar a vocação de alunos em tecnologia, reduzindo a carência de profissionais qualificados em tecnologia móvel”, com foco na participação das instituições de ensino superior parceiras.
Para receber o certificado de participação do curso EAD é necessário atingir pelo menos 70% de aproveitamento ao final do projeto.
Confira fotos de outras edições do HackaTruck MakerSpace que aconteceram na PUCRS.
O NAVI, Hub de Ciência de Dados e Inteligência Artificial liderado pelo Tecnopuc e pela Wisidea Ventures, aceleradora de empresas de base tecnológica, foi criado com o propósito de conectar empreendedores, pesquisadores, investidores, estudiosos e interessados na área. Esse espaço inovador será inaugurado oficialmente no dia 24 de junho, às 17h, em uma transmissão ao vivo realizada através do canal da PUCRS no YouTube.
Participarão do evento o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira; o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Universidade, Jorge Audy; o gestor de Relacionamento e Negócios do Tecnopuc, Leandro Pompermaier; e o coordenador do Hub pela Wisidea Ventures, Rodrigo Leal de Moraes.
Para Jorge Audy, o movimento de criação de hubs de Inovação temáticos leva o Tecnopuc para um novo patamar no apoio e fomento ao desenvolvimento de negócios em áreas estratégicas para a Universidade. “Uma dessas áreas é a Inteligência Artificial e Ciência de Dados, com o NAVI. Nele, temos a parceria com a Wisidea Ventures, que está acelerando startups de base tecnológica. Por isso, temos a perspectiva de um crescimento significativo dessas empresas, seja via Track Startup, com nossos estudantes de graduação e pós-graduação, seja na própria dinâmica do Tecnopuc. Destaco muito especialmente o patrocínio master do Banrisul ao NAVI, parceiro essencial da inovação no nosso ecossistema de inovação e no nosso Estado”.
“É só o início do Hub que com certeza apoiará o desenvolvimento de talentos e de negócios de impacto para a sociedade”, complementa Audy.
Já Rodrigo Leal, CEO e cofundador do NAVI, afirma que “o Hub surge em uma iniciativa inédita para o Sul, mas também inovadora para o Brasil, com o objetivo de ser um elo entre o mercado, a comunidade acadêmica e a sociedade”.
O NAVI viabiliza a aceleração de novos negócios através de uma metodologia que inclui mentorias, conexões com investidores e outros agentes do mercado e aproximação com empresas consolidadas. Além disso, o Hub conecta, por meio de um programa, startups que tenham como diferencial a aplicação da Inteligência Artificial em seus produtos, e que já tenham desenvolvido um mínimo produto viável (MVP), para início de validação com clientes e/ou usuários. Por fim, também é voltado para profissionais que tenham interesse em empreender e acadêmicos que buscam transformar conhecimento em negócios.
O programa de startups, com duração de 12 meses é dividido em quatro etapas:
Guilherme Garcia, assistente de startups do NAVI, explica que é possível terminar o programa antes do prazo previsto, e até mesmo depois, pois varia muito de empresa para empresa. “Queremos, além de tudo, modelos de negócios que tenham impactos sociais, pois essa é uma das frentes do Hub. Nosso objetivo é encontrar ideias inovadoras e com consequências positivas para a sociedade”, pontua.
Com foco no desenvolvimento das startups e empreendedores, ele busca, ao final do processo, consolidar uma taxa atrativa e recorrente de crescimento para a startup, sustentabilidade do negócio e captação financeira para alavancagem.
Qualquer startup pode se inscrever para o programa, independentemente de ter ou não relação com a PUCRS. Inclusive, podem participar empresas que não estejam em Porto Alegre, uma vez que é possível a participação a distância. O programa aceita inscrições a todo momento, além de lançar pelo menos um edital anual para recrutar mais iniciativas.
O Hub conta com amplo espaço para realização de eventos e reuniões. Como proposta do modelo de funcionamento do NAVI, a infraestrutura do espaço proporciona uma experiência imersiva e diversificada aos empreendedores e pesquisadores residentes. Sendo assim, o espaço é ideal para startups e grupos realizarem workshops, talks, pitches e palestras.
A troca de experiências e o diálogo aberto são incentivados entre os diversos membros do Hub. Por esse motivo, o NAVI é organizado com mesas centrais e compartilhadas, copa acessível a todos os membros, banheiros e sala de recepção.
Além disso, as startups e grupos de pesquisas possuem cabines individuais com paredes rebaixadas para aumentar a visibilidade e interatividade entre os grupos de trabalho, assim como salas de reuniões privativas para temas que requeiram maior atenção e cautela. Ao todo, o Hub possui mais de 80 postos de trabalho.
O NAVI faz parte de um complexo na área de Ciência de Dados e Inteligência Artificial, em que além do centro de pesquisa, ensino e inovação, fazem parte, também os cursos de graduação e pós-graduação, que são os primeiros presenciais nessa área na região.
Por meio de um convênio assinado no início do ano, a PUCRS e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP/RS) estão restaurando centenas de celulares que são disponibilizados para estudantes da rede pública de ensino que não têm recursos para acompanhar as aulas remotas no contexto da pandemia. Os aparelhos, que são preferencialmente smartphones, foram apreendidos na rede prisional e passam por uma triagem feita no Laboratório de Projetos em Engenharia (LPE) da Escola Politécnica.
Até o momento, o LPE já recebeu 358 aparelhos para a análise. Após passar pela revisão inicial do hardware, higienização adequada e formatação para excluir todos os dados, técnicos/a e estudantes que atuam no laboratório fazem a instalação dos aplicativos que são necessários para o acesso às aulas.
O professor Anderson Terroso, responsável na PUCRS pelo andamento do projeto do MP, nomeado de Alquimia II, explica que o objetivo é ajudar a diminuir as barreiras das desigualdades sociais que foram enfatizadas pela pandemia: “Antes os pais ou responsáveis pelos alunos tinham que ir até a escola e buscar os materiais impressos para que eles pudessem fazer as atividades”.
A retomada da vida em sociedade pós-pandemia passa por diferentes áreas. A tecnologia, por sua vez, tem o papel democrático fundamental de aproximar a informação e o conhecimento que às vezes parece distante de quem mais precisa. E a atuação de estudantes nesse momento é um dos principais fatores que viabilizam as ações solidárias.
Essa é uma prática comum em sala de aula na Escola Politécnica, que alinha o conhecimento acadêmico com iniciativas que ajudam a melhoras a vida das pessoas. É o exemplo do Aplicativo Adoção, desenvolvido também em parceria com o MP, e que até agosto de 2020 já havia ajudado 38 crianças e adolescentes a encontrarem novas famílias.
Para o reitor, Irmão Evilázio Teixeira, o papel da Universidade vai muito além dos muros do Campus. “A educação superior deve almejar a criação de uma nova sociedade em que as desigualdades sociais não sejam normalizadas. Isso passa também por atuar de forma a impactar positivamente a vida da comunidade em que está inserida, olhando desde a base do ensino até o acesso à profissionalização. No contexto da pandemia, não apenas nossos profissionais, mas nossos estudantes de diferentes áreas, para além da saúde, têm tido um papel muito importante na busca de soluções que resolvam os problemas que estamos vivenciando hoje”, destaca.
Segundo o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, a parceria com a PUCRS é um exemplo de como cada um pode fazer a sua parte pela mudança social: “Para além da questão tecnológica em si, a sociedade demanda organizações menos burocráticas e mais flexíveis e orientadas a resultados. Ninguém almeja mudar a realidade sozinho. Precisamos aprofundar programas de cooperação, somando inteligências corporativas para fazer mais e melhor com a nossa legislação”.
O promotor de Justiça Fernando Alves, formado em Direito pela PUCRS, foi o idealizador do projeto. Ele conta que graças à parceria, o que era apenas uma ideia se tornou um projeto duradouro. “O Alquimia II é uma forma única de colocar a estrutura da Universidade e o sistema de justiça juntos nessa luta. O projeto iniciou de modo temporário e artesanal, mas teve grande impacto social com a participação e o conhecimento técnico da comunidade acadêmica”, acrescenta.
Grande parte dos/as especialistas da área da Educação defendem a continuidade da adaptação das aulas na modalidade online para evitar a proliferação da Covid-19. Por isso ações como o projeto Alquimia II são tão importantes. Ao mesmo tempo que ajudam a levar internet a locais antes sem acesso, permitem que crianças e adolescentes aprendam de casa.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 5,5 milhões de alunos e alunas tiveram problemas para estudar em 2020, devido às dificuldades de implementação do ensino remoto no Brasil. Em março, o Banco Mundial projetou que o número de estudantes no ensino fundamental que não conseguem ler ou compreender textos simples pode aumentar de 50% para 70% no País.
De 12 a 15 de abril, às 15h, acontecem os primeiros encontros virtuais da série sobre inovação e empreendedorismo organizada pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear). Os eventos gratuitos terão 1h30min de duração cada e são voltados para estudantes de graduação da PUCRS. A atividade contará como curso de extensão e, ao final, poderá ser solicitado o certificado de participação pelo e-mail [email protected].
As vagas são limitadas para uma melhor experiência de realidade virtual (VR). Para participar, inscreva-se no link do evento de acordo com o dia: 12 de abril, 13 de abril, 14 de abril e 15 de abril.
Após a recepção, que será realizada pela plataforma Zoom, um novo link será disponibilizado para que os/as participantes possam ingressar no ambiente de realidade virtual VRoom, desenvolvido pela empresa parceira DBServer, instalada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS.
O espaço criado no VRoom simula uma galeria de descobertas, com painéis, murais interativos, possibilidade de personalizar um avatar e interagir com os/as demais participantes. A equipe do Idear trabalhará a importância do desenvolvimento de diferentes competências a partir de relatos e de trocas de experiências ao longo do curso.
A ação contempla as sete Escolas da PUCRS, como forma de fomentar a inovação e o empreendedorismo que faz parte da base curricular de todos os cursos.
Confira como funcionará a dinâmica dos encontros:
Ao final do encontro será possível tirar dúvidas e realizar um feedback sobre os aprendizados ao longo do curso de extensão.
Caso o número de pessoas interessadas ultrapasse o limite comportado pela plataforma, de 20 usuários/as por sessão, o Idear organizará novos eventos para quem manifestou interesse na primeira edição da série.
Desenvolvido pela Toth Lifecare, startup instalada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), o Smart Check é um monitor de sinais vitais multiparamétrico que auxilia na triagem e internação hospitalar. O equipamento, que traz rapidez e precisão aos atendimentos médicos, prezando pela segurança de pacientes e profissionais da saúde, começou a ser elaborado em 2014.
O monitor foi desenvolvido antes da pandemia e pensado em conjunto com o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), com recursos da Financiadora de Inovação e Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (Finep/MCTI). Investimento fundamental para a conclusão do projeto e que ajudou a diminuir os riscos de produção e viabilizou testes dos protótipos na emergência do HSL, até a aprovação pela Anvisa.
Eduardo Marckmann, CEO da Toth Lifecare e mestre em Economia pela PUCRS, explica que a triagem pode ser realizada em setores de emergência, em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), por exemplo: “Quando o paciente chega com uma queixa, nós temos que classificar ele como alto, médio e baixo risco de contaminação e dar um desfecho. O monitor tem um software que faz essa avaliação, auxiliando as equipes de saúde”.
O equipamento permite medir temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial, glicose e a saturação de oxigênio de forma integrada, dispensando a utilização de diferentes ferramentas para cada necessidade e funcionando como um modelo de pré-triagem que auxilia na chegada de pacientes aos hospitais. Em menos de um minuto o monitor faz a medição e passa os dados para o prontuário eletrônico automaticamente.
O Smart Check é conectado a um software que transmite todas as informações coletadas para um computador por meio do Wi-Fi, evitando erros de transcrição. “Todas as leituras são feitas juntas e muito mais rápidas. Além de otimizar o processo, também minimiza a possibilidade de erros. É uma tecnologia própria para este tipo de monitoramento, que é diferente de pacientes de UTI, que têm acompanhamento constante”, complementa Marckmann.
Fabiano Hessel, professor da Escola Politécnica da PUCRS e coordenador do Grupo de Sistemas Embarcados, também participou da equipe que desenvolveu o equipamento. Segundo ele, o Smart Check tem a capacidade de processamento de informações, não apenas de coleta. “É um equipamento mais robusto que o normal, que conta inclusive com um carrinho de transporte para ajudar na mobilidade”, destaca.
Assista ao vídeo de triagem da Smart Check:
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A startup surgiu em 2008, fruto da união de profissionais com ampla experiência na criação de equipamentos médicos. Estruturada no Tecnopuc, a Toth Lifecare tem foco na pesquisa e desenvolvimento de equipamentos médicos, com o objetivo de oferecer produtos seguros, confiáveis e inovadores para o público.
Quando se pensa na área da saúde, fica cada vez mais evidente a importância e a necessidade de soluções inovadoras e rápidas para resolver as demandas que surgem. Aliar tecnologia e ciências da saúde e da vida mostra-se fundamental e, por isso, profissionais com essas habilidades acabam se destacando no mercado.
Conforme os coordenadores da especialização em Inovação e Tecnologia em Saúde, professores Rafael Reimann Baptista e Cristina Moreira Nunes, esses três temas se relacionam na medida em que visam contribuir para a ampliação de conhecimentos, qualificando profissionais para a criação de soluções inovadoras e para o desenvolvimento de pesquisas relevantes para a sociedade. O curso, que é inédito, tem início previsto para agosto. As inscrições estão abertas no site do Educon.
Baptista e Cristina contam que, a partir de uma abordagem contemporânea e prática, com conteúdos alinhados às necessidades do mercado, a qualificação dos alunos se dará pela utilização de ferramentas computacionais para solução dos problemas. O curso ainda irá debater assuntos relacionados a ciência de dados e inteligência artificial aplicados à saúde.
“Inovação e Tecnologia em Saúde é uma especialização com visão interdisciplinar, que valoriza o trabalho colaborativo e o desenvolvimento de competências empreendedoras a partir da relação entre as Escolas de Ciências da Saúde e da Vida e Politécnica da PUCRS”, destacam os professores.
A fim de possibilitar que os estudantes ampliem conhecimentos em inovação e tecnologia em saúde, estando aptos a criar soluções inovadoras e desenvolvendo competências, habilidades e atitudes no que se refere à prática interprofissional e empreendedora, o curso conta com duas importantes parcerias: o BioHub e a InovaPUCRS.
O BioHub é uma iniciativa da PUCRS que, através do Parque Científico e Tecnológico – Tecnopuc, do Instituto do Cérebro (InsCer), do Hospital São Lucas (HSL) e das Escolas da Universidade, atua em um conjunto de ações sincronizadas entre as áreas com o objetivo de promover a inovação, conectando talentos e conhecimentos para gerar negócios inovadores em ciências da vida. Ele contempla mais de 90 laboratórios e mais de 100 grupos de pesquisa, além de inúmeros institutos e centros de pesquisas, sendo de uma base consistente para gerar conhecimento com potencial de se transformar em negócios.
Já a Rede InovaPUCRS congrega o conjunto de atores, ações e mecanismos relativos ao processo de inovação e empreendedorismo da PUCRS, articulando todos os envolvidos no ensino, pesquisa e extensão.
Segundo os coordenadores da pós-graduação em Inovação e Tecnologia em Saúde, é importante que profissionais da área tenham conhecimento sobre esses assuntos para que se mantenham atualizados. Nesse sentido, ao final do curso os profissionais serão capazes de desenvolver e aprimorar tecnologias para a saúde, bem como práticas colaborativas e empreendedoras. “A especialização ainda é uma ótima oportunidade de networking para os estudantes, que também poderão se inserir em atividades de diversas áreas do conhecimento dentro da Universidade”, concluem.
Em parceria com o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), o Centro Social Marista (Cesmar) lançou o curso Full Stack Social (“pilha cheia” em inglês). O curso, que é vinculado ao programa Jovem Aprendiz, é destinado a jovens de 16 a 22 anos em situação de vulnerabilidade social e que moram em regiões próximas à PUCRS. A pré-inscrição deve ser realizada pelo formulário eletrônico até o final de fevereiro.
As aulas iniciam em 17 de maio e serão ministradas no Tecnopuc, por meio do Centro de Inovação e do Hub Social, com o objetivo de promover o contato com empresas parceiras em potencial. “Os alunos e alunas ingressam como Jovens Aprendizes, já com o apoio de alguma empresa parceira. Assim, se espera que ao final do programa o grupo esteja capacitado e já iniciando suas carreiras nas áreas”, explica Michael Mora, coordenador do Centro.
A expressão Full Stack é muito utilizada na área de tecnologia e se refere à formação de profissionais com habilidades para atuar no processo de desenvolvimento de uma aplicação web, que são sistemas de informática projetados para utilização através de um navegador.
Márcia Broc, responsável do Cesmar pela gestão do projeto, relembra de jovens que já passaram pelos cursos do Centro e conta como surgiu a ideia do projeto. “Ofertamos o curso de Programação de Software por mais de cinco anos. Formamos mais de 100 jovens nesse curso, muitos deles estão trabalhando e ganhando a vida nessa área, com aquilo que aprenderam conosco. A última turma que formamos foi em setembro de 2020. Nós paramos para reformular o projeto e foi aí que nasceu a ideia de fazermos um curso de desenvolvimento web, mais focado nos produtos digitais”, conta.
Segundo Márcia, a capital gaúcha mantém boas oportunidades na área de TI. “Hoje nós temos pelo menos 170 vagas nessa área em aberto em Porto Alegre. As empresas de desenvolvimento de sistemas têm muita dificuldade para encontrar profissionais, justamente pela carência que se tem de pessoas formadas. Motivados por esse contexto, por essa missão de incluir jovens no mundo do trabalho, nós resolvemos lançar esse curso. Queremos alianças e parceiros que estejam interessados em desenvolver seu papel social”, comenta.
Além de ajudar a gerar oportunidades, o Full Stack contribui para o aumento da diversidade em ambientes corporativos, com o apoio de empresas que estejam comprometidas em compartilhar suas expertises organizacionais em prol do desenvolvimento humano e social. “Em tempos tão desafiantes, as oportunidades na área da tecnologia vêm se mostrando promissoras e, a partir de capacitações como esta, evidenciam que podem contribuir para desenvolver, incluir e impactar positivamente a comunidade”, destaca Ana Lúcia Maciel, líder na área de impacto social do Tecnopuc.
O curso tem a duração prevista de 14 meses, com 30 vagas. Os/as estudantes serão divididos em duas turmas nos turnos da manhã e tarde. Pela manhã, as aulas acontecerão das 8h às 12h e, pela tarde, das 13h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira. Quem estiver estudando deverá fazer o curso no turno inverso às aulas da escola.
O programa incluiu: carteira assinada por alguma empresa parceira desde o primeiro dia, além de receber todos os benefícios como trabalhador/a com vínculo especial de trabalho. Confira os requisitos necessários:
As empresas que tiverem interesse em participar do projeto como parceiras, ou colaborar de outro modo, podem fazer isso de duas maneiras:
As organizações podem registrar o interesse em colaborar com o projeto neste formulário ou pelo e-mail [email protected] e aguardar o retorno.
A PUCRS foi uma das 15 instituições selecionadas para integrar a Rede Nagi Digital, que tem como objetivo apoiar a gestão da inovação para a transformação digital do setor produtivo. Estruturada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC), com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a rede surge em um contexto de crise – provocada pela pandemia da Covid-19 -, no qual a transformação digital é acelerada, trazendo novas respostas e soluções.
O projeto tem a intenção de contribuir na redefinição de estratégias de empresas, visando incorporar a tecnologia como elemento chave dos negócios e integrar operações e o capital humano em processos digitais e vice-versa. Para isso, neste primeiro momento a Universidade, ao lado das outras instituições selecionadas, irá auxiliar no aperfeiçoamento das metodologias de gestão da inovação por meio de um de alinhamento conceitual.
Essa etapa inicial, que iniciou no dia 2 de fevereiro e segue até 27 de abril, conta com oficinas teóricas e práticas. Após o alinhamento, as instituições que tiverem seus projetos-pilotos aprovados receberão apoio financeiro para aplicar a metodologia em empresas.
Operacionalizada pela Escola de Negócios em parceria com o Tecnopuc, a proposta da PUCRS será focada em atender o setor da saúde. A professora Ionara Rech, coordenadora do projeto, acredita que a expertise da Universidade em gestão da inovação em função do Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação, que esteve em operação de 2012 a 2016, foi um dos pontos fortes para a seleção. “Nossa metodologia é baseada em estudos científicos já realizados e foi validada por meio da aplicação com 45 empresas do Rio Grande do Sul. Agora teremos a oportunidade de atualizá-la para a transformação digital e atender um setor que é complexo e que tem necessidades importantes no momento que estamos passando”, destaca.
O projeto da Rede Nagi Digital tem duas grandes etapas: a primeira consiste na capacitação, por meio de oficinas com temáticas diferentes voltadas às instituições selecionadas. Em um segundo momento, será elaborada uma metodologia única de gestão para transformação digital. No fim de 2021, as instituições com os projetos selecionados irão desenvolver um projeto piloto para aplicarem essa metodologia. “Passando para a segunda etapa, juntamente como Tecnopuc e com o ecossistema de empreendedorismo e inovação da Universidade, vamos buscar articular organizações, startups, empresas e academia em prol de soluções para o setor de saúde, essencial para o momento que enfrentamos como sociedade para o futuro dos negócios”, conclui a professora Ionara.
A Aquiris Game Studio, empresa que faz parte do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), está entre as 500 empresas de maior crescimento nas Américas, de acordo com a lista divulgada em 2020 pelo jornal Fination Times. E a desenvolvedora inicia o ano com uma notícia animadora: irá experimentar um novo modelo de negócio e passará a integrar o catálogo de jogos da Apple Arcade, conhecida como a “Netflix dos Games”.
Para Israel Mendes, publicitário formado pela Escola de Comunicação Artes e Design da PUCRS (Famecos) e confundador da Aquiris, estar entre as empresas de maior crescimento nas Américas é sinal de reconhecimento. “Acho que isso demonstra o poder da indústria criativa, mas em especial da indústria de games. Eu costumo dizer que fazer jogos é construir realidades e universos alternativos. Acho que o fator da imersão e o fator lúdico são super atraentes para quem quer ter outra vivência dentro dos jogos que são criados, e a Aquiris faz isso”, conta.
A Apple Arcade, disponível a todos usuários da Apple, funciona como o modelo de assinatura mensal. A Aquiris estreia na plataforma com o jogo de aventura Wonderbox, com lançamento previsto para o primeiro trimestre deste ano. Nele é possível passar por obstáculos, enfrentar caminhos repletos de desafios, construir cenários e personalizar os recursos criando a própria aventura.
“Ele é mais do que um jogo para ser jogado, é para ser criado – e essas criações serão entregues para outras pessoas jogarem. E o mais bacana é que de um jogo irão surgir outros jogos, por isso o nome é Wonderbox: The Adventure Maker. Para quem joga e curte esse gênero, vai significar muita coisa”, explica.
A empresa teve início em fevereiro de 2007 com foco em projetos de realidade virtual, quando a tecnologia era uma novidade. “Não existia óculos de realidade virtual e todos esses acessórios que hoje são muito falados. O que usávamos era, principalmente, a tecnologia de games para permitir que as pessoas visualizassem, testassem e brincassem com produtos do mundo real. Fomos a primeira a fazer uso comercial de Unity no Brasil, pioneira nesse sentido”, relembra Israel.
Conforme empresa foi crescendo, o portfólio passou a oferecer produtos de advergames, a junção de advertising e games, que no começo eram gratuitos para o público: “Eram jogos feitos para publicidade, pois trabalhei durante bastante tempo em agências de comunicação e comecei a vender a Aquiris, que naquele momento era a ‘Empresa do Israel’. Com o tempo, obviamente, eu fiquei muito menor que a empresa”. Na época, com o recente lançamento do iPhone e sem as lojas de aplicativos, não existia conteúdo gratuito e de qualidade em tamanha oferta: “Estávamos realmente à frente do tempo e entregando o que hoje chamamos de apps gratuitos”.
Com a migração para a área do entretenimento, Israel conta que surgiram oportunidades de desenvolver produtos próprios, como jogos para as empresas Cartoon Network e Globo. “Passamos a criar games para divulgar conteúdos, não tínhamos mais anunciantes. Depois passamos a fazer jogos próprios e migramos o modelo de negócio da empresa”.
No início de 2019, a Aquiris foi o primeiro estúdio brasileiro de games a ser convidado para fazer parte do Serviço de Subscription da Apple, a Apple Arcade. A empresa, que chegou ao Tecnopuc em 2011, iniciou com três pessoas, além de Israel, Mauricio Longoni e Amilton Diesel, os sócios fundadores da empresa. Atualmente, 145 pessoas fazem parte da Aquiris Games Studio. “Prevemos mais crescimento para 2021, não quantitativo, mas, principalmente, qualitativo. Queremos, cada vez mais, melhorar os talentos que temos”, destaca Israel.
Para Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, a Aquiris tem uma das “mais belas e representativas trajetórias das startups criadas no Tecnopuc”, fruto de spin-off da área acadêmica da PUCRS. “Quando os fundadores iniciaram o empreendimento em uma área nova e desafiadora, tinham toda a energia e coragem para criar e desbravar um novo segmento no nosso ecossistema. Hoje, com clientes como Cartoon Network, Nickelodeon e Warner, além de criações próprias, já recebeu importantes aportes financeiros, como da CRP, ampliou sua equipe, área de atuação e ambientes de produção e desenvolvimento”, comenta.
“A trajetória acadêmica e profissional do Israel Mendes, jovem estudante da Famecos na época da criação da empresa, representa bem o padrão de qualidade internacional que a Aquiris atingiu” JORGE AUDY.
Para André Pase, professor da Famecos e pós-doutor em Jogos Eletrônicos, a Aquiris sempre apresenta inovação e alta qualidade nos projetos. Hoje a empresa é parceira do curso de Especialização de Desenvolvimento de Jogos da PUCRS, promovido pela Escola Politécnica e pela Famecos. “A Aquiris tem um programa bem legal de bolsas para os melhores alunos. Além de professores do curso que trabalham lá. Muitas vezes profissionais observam os trabalhos dos alunos”, ressalta.
O professor ainda destaca o desenvolvimento da Aquiris até o momento: “Se há anos era uma empresa escolhida para demonstrar o potencial da Unity com demonstrações técnicas, o que já era um feito, nesse período lançou até jogo em caixinha física para PlayStation e agora é uma das escolhidas da Apple para o Apple Arcade. Ou seja, tem excelência técnica e de conteúdo”, elogia.
Estão abertas as inscrições para que healthtechs possam integrar o HealthPlus Innovation Center, uma iniciativa que faz parte do BioHub PUCRS, ação que conecta o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), Instituto do Cérebro (InsCer), Hospital São Lucas (HSL) e Escolas da Universidade. As empresas têm até o dia 31 de março de 2021 para submeter as suas ideias no site, junto com pitch deck e vídeo pitch.
As etapas seguintes envolvem a avaliação e seleção das startups que serão convidadas a participar do Demoday. As finalistas apresentarão seu pitch para uma banca composta por executivos da GROW+ e do Tecnopuc, em um evento online.
O Health Plus Innovation Center é uma parceria com a GROW+, criada para fomentar o empreendedorismo, a inovação e a cultura digital nas organizações de saúde através da colaboração e da cocriação entre startups e grandes organizações. É uma oportunidade para empreendedores se conectarem em um cluster exclusivo de inovação em saúde.
Head do Healthplus, Cristiano Englert comenta que a ideia é atrair mais empreendedores à participar de um intenso e rico networtking presencial e digital, sempre com o empreendedorismo no centro e a saúde como elemento principal de todas as ideias e inovações que estão sendo criadas. “O HealthPlus Innovation Center é um espaço com uma energia pulsante, no qual startups trazem soluções inovadoras para ajudar nessa jornada de transformação de hospitais, operadoras de planos de saúde e a indústria”, relata.
Podem participar startups de saúde que estejam a partir da fase de prototipagem, em validação, tração ou escala e tenham CNPJ ativo e regularizado, sem qualquer tipo de pendência.
Entre as áreas prioritárias estão players com soluções em medicina de precisão, gerenciamento de doenças crônicas, saúde preventiva, acesso à saúde, bem-estar e saúde mental, eficiência operacional, analise preditiva para gestão da saúde, ferramentas de comunicação e soluções de varejo para a saúde.
“Estar no ambiente do HealthPlus Innovation Center é a oportunidade de empreender em um ecossistema de inovação de alta qualidade, com mentorias e parceiros prontos para impulsionar negócios voltados para a área da saúde. Em um contexto como o que vivemos em 2020 e seguimos neste início de 2021, nosso propósito é ser um vetor de transformação social a partir da inovação em uma área tão importante quanto a da saúde”, destaca Cíntia Becker, coordenadora do BioHub PUCRS.
Leia também: BioHub conecta talentos e conhecimento para gerar negócios na área da saúde
As startups residentes do HealthPlus Innovation Center terão um espaço exclusivo em um ecossistema que é referência em saúde, e poderão participar de eventos promovidos no local. Entre os benefícios exclusivos estão mentorias com nomes de referência do mercado, uma plataforma exclusiva para acompanhamento e evolução da maturidade do negócio e acompanhamento de provas de conceito.
“A estrutura é sensacional e a credibilidade da GROW+ e do Tecnopuc é muito importante para a evolução de empreendedores. O grande diferencial é a troca que acontece ali, que é muito rica justamente por estarmos em um espaço com outros empreendedores da saúde, com as mesmas dores, e abertos à colaborar. Criamos uma verdadeira comunidade”, comenta Luciano Lorenz, CEO da WebMed, uma das healthtechs atualmente residentes do ambiente.
O Brasil conta atualmente com 671 startups voltadas para a área da saúde. Em 2020, elas foram uma das campeãs na atração de recursos do mercado de capital de risco – foi o segundo setor a receber mais aportes. No total, foram 53 rodadas de investimentos, que juntas, somaram US$ 106,1 milhões de acordo com o Inside Healthtech Report, levantamento mensal realizado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da empresa de inovação aberta Distrito. O montante é 70% superior aos US$ 62 milhões captados em 2019.