Dia Mundial do Urbanismo

Foto: Camila Cunha

Responsável por moldar parte importante da cultura e história da sociedade, arquitetura pode ser um verdadeiro universo a explorar. A primeira coisa que quem deseja atuar nessa área precisa saber é: há muitas possibilidades no mercado para esses profissionais. Abrangendo temas como paisagismo e urbanismo, a Arquitetura é intrínseca ao caminhar da humanidade e, obviamente, o progresso da tecnologia também se faz presente e influente neste campo do conhecimento. 

Camila Fujita, professora e integrante da comissão coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica da PUCRS contextualiza:  

“Os avanços científicos e tecnológicos recentes têm influenciado tanto a forma de pensar como fazer e experienciar a arquitetura, por meio da interação em ambientes virtuais e de realidade aumentada, de novos softwares de criação e gerenciamento, de tecnologias e da automação para a construção civil, bem como das tecnologias da informação e comunicação aplicadas às cidades e aos espaços públicos, dentre muitos outros.” 

Inovações tecnológicas traçam novos caminhos para a área 

Assim como em tantas outras áreas do conhecimento, a arquitetura entra em uma nova era, na qual novas tecnologias modificam cada vez mais tanto o trabalho de arquitetos/as quanto ambientes projetados por esses profissionais. A coordenadora do curso, Maria Alice Medeiros Dias, elenca como importantes e inovadoras as tecnologias relacionadas à modelagem 3D, realidade aumentada, automação residencial e nanotecnologia. 

De acordo com a pesquisadora, que tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase no Projeto de Espaços Livres Urbanos, ferramentas de modelagem tridimensional possibilitam maior eficiência, economia e integração à execução de projetos de casas e edifícios. Um exemplo de inovação nessa área é o Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, em português. Trata-se de uma metodologia que estabelece diretrizes e parâmetros para melhorar o fluxo de trabalho em áreas como Arquitetura, Engenharia, Administração Economia e Ciência da Computação. O BIM geralmente é comportado por softwares de modelagem como o Autodesk Revit e o Graphisoft Archicad. 

Foto: Jonathan Heckler

A automação residencial modifica a forma como o ser humano interage com os ambientes e equipamentos à sua volta. Além disso, a realidade aumentada tem se mostrado útil em transações no mercado imobiliário e a nanotecnologia vem contribuindo para a descoberta de materiais inovadores e mais sustentáveis. “A arquitetura se transforma na mesma medida que o conhecimento e a tecnologia, pois tudo e todos necessitam estar e interagir em algum lugar, seja esse real e/ou virtual”, diz. 

Outro tema constante, cuja incorporação ao trabalho dos arquitetos já se mostra como um passo natural, é o metaverso. Isso se deve ao fato de que a proposta de integração entre os ambientes real e virtual já é algo presente no cotidiano da profissão por meio do crescente uso de recursos computacionais.  

“Nesta nova camada de experiências da realidade, em qualquer que seja a oportunidade de negócio ou desenvolvimento de serviços será necessário trazer referências espaciais de lugares e ambientes, oportunizando a participação do arquiteto e urbanista. Temos, inclusive, egressos do curso que já estão atuando nesta área”, comenta Maria Alice. 

Um curso que prepara para um mercado repleto de novidades 

Em constante atualização, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica é composto de uma nova e atual matriz curricular que inclui muitas das novas transformações tecnológicas e mercadológicas. Entre as reflexões e atividades propostas estão uma maior integração e aplicação dos conhecimentos por meio de aulas e práticas nos diversos ateliês do curso, laboratórios, além de viagens de estudo, vivências com profissionais do mercado e aproveitamento de ambientes de aprendizagem dentro e fora do Campus. O ensino, sobretudo nos ateliês de projeto, ocorre essencialmente por meio de metodologias ativas que buscam dar conta de transmitir as melhores práticas da atualidade e realizar um acompanhamento próximo e atento ao desenvolvimento do/da estudante.  

As professoras explicam que os próprios edifícios e espaços abertos do Campus da PUCRS servem como verdadeiras aulas práticas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. Além de tudo isso, o curso de graduação oportuniza aos alunos viagens de estudo, que são essenciais para a construção de repertório profissional. Nessas viagens, estudantes visitam especialmente patrimônios edificados do Rio Grande do Sul, com o acompanhamento de professores especialistas na área. 

A interdisciplinaridade presente na Escola Politécnica, onde também estão diferentes cursos de Engenharia, promove no curso a abordagem de temas como eficiência energética, gestão, empreendedorismo e sustentabilidade. Este último, em especial, é um tema constante no mercado atual e em toda a sociedade, – conforme ressalta Raquel Rodrigues Lima, também integrante da comissão coordenadora da graduação: 

Foto: Jonathan Heckler

“Nosso curso tem tradição na discussão deste tema e proporciona ao estudante oportunidade de explorar e aprofundar este debate. O tema da sustentabilidade urbana comparece de modo transversal, do primeiro ao último nível da graduação, por meio do ensino nas disciplinas, atividades de extensão e pesquisa, palestras e eventos promovidos”. 

Escola Politécnica é berço de projetos que visam o impacto social 

Com um longo histórico de ensino, pesquisa e extensão, o curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS está direcionado especialmente a temas como inovação social e sustentabilidade. Um exemplo é o projeto Urbanistas Contra o Corona, realizado em 2020. A ação, que reuniu professores, alunos e egressos do curso, tinha como propósito formar uma rede de apoio no Estado e produzir soluções emergenciais a fim de garantir equidade social e espacial nos espaços periféricos, diante da pandemia de Covid-19. O projeto integra uma rede nacional de instituições de ensino, de classe e outras organizações.  

Também há o projeto Service Learning, que oportuniza parcerias entre disciplinas do curso e instituições que trazem para dentro da sala de aula desafios que precisam de soluções. A disciplina proporciona a interação dos estudantes com representantes de associações de moradores, como a Associação Integração dos Anjos e a Associação de Amigos da Praça David Ben-Gurion, além das prefeituras de Guaíba, Imbé, Osório e Porto Alegre, a Câmara de Vereadores da capital e a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC). 

Em cada semestre, estudantes desenvolvem projetos e posteriormente os apresentam aos representantes das instituições parceiras. Entre os resultados já foram entregues ideias para projetos urbanos em cidades, estudos para praças urbanas e habitação social, oficinas sobre arquitetura e sustentabilidade urbana para estudantes de comunidades carentes, entre outros.   

Estude Arquitetura e Urbanismo na PUCRS

Jorge Audy é o representante da PUCRS, COMUNG e da comunidade acadêmica nacional no Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. / Foto: Giordano Toldo

Em nenhum outro tempo na história das nações a Educação e a Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) foram tão importantes para as sociedades, atuando como fatores determinantes do desenvolvimento social, ambiental e econômico. Soberania nacional na contemporaneidade envolve o domínio do ciclo científico e tecnológico bem como sua aplicação nas empresas e na sociedade por meio da inovação. Assim a UNESCO entende o papel da Educação Superior no século XXI. 

Desde o mês de outubro ocorrem diversos encontros regionais preparatórios para a V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (V CNCTI), lançada pela Presidência da República e sob responsabilidade do Ministério de Ciência e Tecnologia (criado como resultado da I CNCTI em 1985). O tema será a Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido, tendo como objetivo propor ações e recomendações para o Plano Decenal de Ação de CT&I 2025-2035. A Conferência é uma oportunidade única e necessária para aprofundar as questões relativas às áreas de CT&I e buscar os consensos possíveis entre os diversos níveis de governo, as empresas, as universidades e a sociedade civil organizada sobre a importância da inovação para nosso país concretizar seu futuro de protagonista no cenário social, ambiental e econômico mundial. 

Entre as temáticas centrais da Conferência estão as questões referentes aos eixos estruturantes que norteiam a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI 2024-2030):  recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, ao desenvolvimento social e ambiental, a inovação nas empresas e a priorização dos programas e projetos estratégicos nacionais. Quais serão nossos focos no futuro, seja nas áreas tecnológicas (Inteligência Artificial, Terapias Avançadas, Semicondutores…), seja nas áreas de aplicação (Saúde, Educação, Alimentação, Indústria, …)? A participação de representantes dos diversos segmentos da sociedade é da máxima importância em função da necessidade da geração de consensos, não só sobre a importância da CT&I para o futuro do país como uma nação autônoma e soberana, mas também as formas e modelos de financiamento e investimento nesta área, tanto nos setores públicos como privados. 

A Conferência foi lançada pelo Presidente da República quando da instalação do Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCT/PR) da Presidência da República em julho deste ano. As reuniões preparatórias começam a ocorrer em novembro deste ano nas diversas regiões do país, seguidas pelas reuniões estaduais e regionais sob responsabilidade do CONFAP (Confederação das Fundações de Apoio à Pesquisa) e do CONSECTI (Confederação das Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação). Em junho de 2024 a V CNCTI ocorrerá em Brasília, tendo como Secretário Geral o Prof. Sérgio Rezende, ex Ministro de CT&I do Brasil.    

As grandes soluções para os graves problemas e desafios que vivemos estão na CT&I. Somente para usar um exemplo recente, a crise sanitária que vivemos mostrou isso com clareza. A identificação destes problemas e desafios nacionais futuros permitirão a priorização de projetos científicos transdisciplinares nacionais de longo alcance, que induza projetos em rede, interligando pesquisadores e centros de investigação nacionais e internacionais. Análise de cenários e planejamento são ferramentas fundamentais para a identificação dos consensos mínimos para a construção de um futuro melhor para nossa nação, conectando finalmente os planos de desenvolvimento nacional com a CT&I..   

Em tempos onde temas como a paz e as mudanças climáticas dominam os acontecimentos, emerge cada vez a educação e a CT&I como fatores centrais, talvez únicos, que possam nos ajudar a superar os desafios, disseminando uma cultura de respeito à valores globais necessários, como os direitos humanos, a justiça, a paz, sustentabilidade ambiental, o respeito à diversidade e a redução às desigualdades. 

Neste contexto, a V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação deverá perseguir uma agenda focada na busca dos consensos mínimos necessários para a proposição de políticas e diretrizes que mostrem o caminho para a inserção do Brasil entre os grandes países do mundo, tendo a educação e CT&I como os pilares do processo de desenvolvimento social, ambiental e econômico no próximo decênio. Estaremos prontos para gerar entre consensos?   

Jorge Audy
Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc; Membro do CCT/PR

*Texto originalmente publicado em GZH

Rafaela Albuquerque, de 21 anos, foi uma das contempladas no Projeto Gladys. / Foto: Giordano Toldo

Rafaela Albuquerque, de 21 anos, ouviu o chamado para seu curso superior ideal de forma bem inusitada: durante a pandemia, com toda a desinformação que circulava nas redes sociais, surgiu nela a vontade de entender melhor os dados que estavam sendo divulgados. O gosto pela visualização e entendimento desses dados a levou a buscar formas de ingressar na área da Tecnologia de Informação (TI). Hoje, ela está no quinto semestre do curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial na PUCRS, como bolsista integral pelo Projeto Gladys. 

Pioneiro na área e único presencial no Sul do Brasil, o curso oferece aos alunos um aprendizado consistente e amplo, com base em um currículo inédito, diferenciado e preparado por um time de professores/as que possui vasta experiência, tanto na docência quanto no mercado de trabalho. A graduação em Ciência de Dados e Inteligência Artificial forma profissionais aptos a exercer múltiplas atividades, atuando como cientistas de dados, engenheiros/as ou arquitetos/as de dados, engenheiros/as de IA e Machine Learning, analistas de inteligência de mercado, entre outros.  

Para Daniel Callegari, professor da Escola Politécnica e coordenador do curso, a graduação é diferenciada em relação às demais do mercado, possuindo interação com o programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, de excelência internacional, e interação com o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) da PUCRS, considerado o melhor do Brasil. 

“Os egressos possuem uma visão profunda de temas como programação, estatística, Machine Learning e a oportunidade de certificações de estudos durante a graduação, que possibilitam cursar disciplinas de diversas áreas e laboratórios de ensino e pesquisa em áreas de seus interesses”, destaca ele. 

Espaços de aprendizagem diversos e corpo docente em sintonia com o mercado 

Living 360, Laboratório de Redes de Computadores e Laboratório de Alto Desempenho: estes são alguns dos principais espaços educacionais utilizados pelo curso de Ciência de Dados e IA – o conjunto de laboratórios totaliza cerca de 500 estações de trabalho disponíveis aos alunos. Além disso, Daniel destaca as três disciplinas de Projeto em Ciência de Dados, nas quais os alunos têm contato com experimentos, provas de conceito e projetos reais de empresas e organizações parceiras do curso, executados em um ambiente inovador destinado ao desenvolvimento de atividades práticas do curso. Nela, os estudantes exercitam a resolução de situações reais de projetos, vivenciando, ao longo do curso, desafios que irão encontrar no mercado de trabalho.  

Leia mais: Engenharia de Computação: laboratórios e conexão com a indústria fazem toda a diferença na formação

Nossos espaços de aprendizagem possibilitam que os alunos adquiram e dominem conceitos básicos e avançados da área de Ciência de Dados e IA. Estes conceitos habilitam os estudantes a atuar no mercado, desenvolvendo modelos e soluções tecnológicas para quaisquer verticais da indústria”, destaca. 

O espaço favorito de Rafaela na Escola é o Laboratório de Programação (LAPRO), que ela frequenta para estudar e se concentrar nas tarefas – além de estar repleto de computadores e impressoras à disposição dos estudantes. Paralelo a isso, ela destaca a estrutura curricular do curso e como ela impacta no aprendizado: Por mais técnicas que sejam algumas disciplinas, elas nos ensinam a lidar com os dados de forma responsável.” 

Rafaela enfatiza que todo o currículo do curso é orientado por dados. / Foto: Giordano Toldo

Outro grande mérito do curso está em seu corpo docente extremamente qualificado e em sintonia com as tendências do mercado. “Eles estão comprometidos em se manter atualizados por meio de diversas estratégias, como participação ativa em eventos científicos e sociais, envolvimento em pesquisas, networking profissional, formação continuada e colaboração direta com a indústria”, descreve o coordenador. Muitos professorem têm inclusive participação em empresas e startups de escopo nacional e internacional – tudo isso permite uma atuação efetiva dos docentes e a promoção de um ensino de qualidade aos alunos. 

Por que estudar Ciência de Dados na PUCRS? 

Internet das Coisas (IoT), cidades inteligentes, veículos autônomos, computação vestível, inteligência artificial e robótica: esses são alguns dos novos conceitos e tecnologias que surgem com a interconexão maciça dos mais diversos tipos de dispositivos eletrônicos usados por todos e em todo lugar. Nesse mundo em constante evolução tecnológica, é preciso profissionais para atender as demandas que vêm com essa evolução. “A PUCRS forma profissionais com o perfil mais completo possível, que os habilita a atuar em todas as áreas que necessitem de soluções inovadoras envolvendo descoberta e processamento de dados”, afirma Daniel. 

Ele ainda destaca o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS como o único do seu formato na região Sul, que integra ações com o Tecnopuc e com o Centro de Pesquisa, Ensino e Inovação em Ciência de Dados. 

“A graduação em Ciência de Dados, bem como os demais cursos de TI da PUCRS, tem seus currículos revisados constantemente, seguindo suas referências nacionais e internacionais. Outro fato importante é a proximidade dos cursos de TI com o Tecnopuc. Existem muitas possibilidades de atuação dos estudantes, desde os semestres iniciais, dentro do ecossistema de inovação do Parque, seja por meio dos programas de estágio de empresas parceiras, seja através dos programas de inovação e empreendedorismo existentes”, comenta o professor. 

Entre tantas instituições, Rafaela escolheu a PUCRS para cursar sua graduação, pois a Universidade oferece a ela recursos que não se encontra em qualquer lugar: ajuda psicológica aos alunos, espaços de lazer e descontração, aconselhamento de carreira e de estudos e segurança no campus são alguns dos fatores destacados pela estudante. 

Leia também: Construção de um futuro energeticamente mais sustentável é o foco da graduação em Engenharia de Energias Renováveis da PUCRS

“No que se refere ao meu curso, acredito que, entre as instituições que disponibilizam cursos na área, a estrutura da PUCRS é a melhor. Temos professores renomados e com vasta experiência tanto acadêmica como na indústria, e nosso currículo é extremamente orientado a dados. Além disso, são poucas as universidades que dão todo esse apoio para os estudantes, todo o suporte que a Universidade dá é simplesmente incrível”, diz a estudante.

Estude Ciência de Dados e Inteligência Artificial na PUCRS

Isadora Guerra conheceu o curso de Sistemas de Informação em uma Feira de Carreiras e se encantou pela área/ Foto: Giordano Toldo

Isadora Guerra sempre teve uma ligação com a área administrativa: gestão de pessoas, gestão de tempo, organização e microeconomia são alguns dos temas sobre os quais ela mais gostava de estudar. No entanto, não se sentia totalmente contemplada pela ideia de cursar Administração. Até que, quando estava no último ano do Ensino Médio, na Feira de Carreiras da PUCRS, a jovem de 20 anos foi apresentada aos cursos da área de Tecnologia da Informação (TI) da Universidade. Foi quando ela conheceu a graduação em Sistemas de Informação – o que a fez se encantar pela possibilidade de unir a área de administração e a tecnologia. 

 “Entrei na Universidade e descobri o quanto me identifico com essa área, e gosto dos processos de criação de software, sendo a paixão pela administração um diferencial extremamente positivo, necessário e requisitado no mercado”, conta ela. 

Quem também encontrou seu caminho na PUCRS na área da TI foi a estudante Tainara Chaves. Natural de Arroio do Tigre, uma pequena cidade no centro do Estado, ela se mudou para Porto Alegre em 2019, logo após concluir o Ensino Médio. Após cursar alguns semestres de Física em outra universidade, percebeu que não era aquilo o que queria – porém, foi por meio da Física que ela teve contato com a área da TI e com a linguagem de programação, pelas quais logo se apaixonou. 

“Quando entendi que a física não era o que eu estava procurando, apesar de gostar muito, procurei o lugar que iria me oferecer a melhor estrutura durante essa jornada acadêmica. Sabendo que o mercado da tecnologia está cada vez mais amplo e com muitas oportunidades, busquei entender onde eu me encaixava nisso. Dentro dos cursos que a PUCRS disponibilizava, o curso de Sistemas de informação é o que mais se encaixou no meu perfil. Tanto por ser um curso mais voltado para a gestão e mesmo assim formar um profissional que poderá atuar em todas as áreas, costumo falar que é um ‘pouquinho’ de todos os cursos da computação”, explica Tainara. 

Tainara cursou, mas percebeu que a área de TI era sua verdadeira paixão/ Foto: Giordano Toldo

Com o avanço cada vez mais rápido da tecnologia, o mercado se mostra um terreno bastante fértil para os profissionais de TI. O curso de Sistemas de Informação da PUCRS forma profissionais especializados na identificação de soluções dessa área, capazes de apoiar os processos das organizações da melhor maneira. As disciplinas do curso abordam as áreas mais importantes da tecnologia da informação e também da administração, preparando os estudantes para atuarem na indústria de software como gerentes de tecnologia, gerentes de projetos, analistas de teste, desenvolvedores de software, entre outros. 

Alessandra Dutra, professora da Escola Politécnica e coordenadora do curso, destaca que além de grande tradição e reconhecimento no mercado, o curso conta com corpo docente altamente qualificado, integração com o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, que possui excelência internacional, e interface com o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) da Universidade. Entre os diversos papéis que cabem aos profissionais dessa área, estão: gerência de tecnologia, gerência de projetos, análise de testes, administração de banco de dados, desenvolvimento de software, entre outros. 

“Os egressos deste curso focam principalmente nos aspectos de desenvolvimento, aplicação e implantação de infraestrutura, sistemas, metodologias e aplicações, enquanto trata em toda a sua abrangência de questões organizacionais, de sistemas de informação e tecnologia da informação”, acrescenta a docente.

Leia mais: Engenharia de Computação: laboratórios e conexão com a indústria fazem toda a diferença na formação (pucrs.br)

Laboratórios atuam efetivamente no desenvolvimento dos estudantes 

Os alunos do curso de Sistemas de Informação contam com uma ampla gama de espaços de aprendizagem dentro da Escola Politécnica. Alguns dos principais laboratórios do curso são o Laboratório de Redes de Computadores, o Laboratório de Computação Gráfica, o Laboratório de Organização de Computadores e o Laboratório de Alto Desempenho. Além desses, há também a Agência Experimental de Engenharia de Software (AGES), um espaço inovador especialmente projetado para o desenvolvimento de atividades práticas de Engenharia de Software. 

A Agência Experimental de Engenharia de Software (AGES) é um espaço amplamente utilizado pelos Foto: Giordano Toldo

A AGES é querida por muitos alunos, como é o caso de Tainara, que, por estar realizando um projeto de pesquisa, utiliza muito o espaço. “Estou no segundo semestre do curso e participando de uma pesquisa sobre Discalculia do Desenvolvimento, na qual estou no processo de desenvolver um aplicativo de realidade mista para alunos com necessidades específicas”, conta. Além dela, Isadora também gosta muito da AGES: 

“É meu espaço preferido, por ser um ambiente colorido e super funcional, onde consigo encontrar meus amigos e fazer trabalhos em grupo. É um espaço físico dinâmico, com televisões, computadores e salas pensadas para times de TI, que podemos usufruir ao longo do curso. Acredito que essa seja a melhor estrutura física disponibilizada”, afirma ela. 

Há ainda várias outras salas, incluindo um laboratório geral aberto aos/as estudantes em tempo integral. “Este conjunto de laboratórios totalizam cerca de 500 estações de trabalho disponíveis aos alunos. A PUCRS também disponibiliza o Centro de Apoio Discente, criado para auxiliar os estudantes em questões como saúde mental, aprendizagem e inclusão, diz Alessandra. Todos esses espaços e laboratórios são fundamentais para a aprendizagem dos/as alunos/as, pois possibilitam que adquiram e dominem conceitos básicos e avançados. Estes conceitos habilitam os estudantes a atuarem no mercado, desenvolvendo soluções tecnológicas que envolvam todas as áreas de tecnologia. 

Leia também: 11 cursos da PUCRS recebem nota máxima do Guia da Faculdade do Estadão

Por que estudar Sistemas de Informação na PUCRS? 

A tecnologia, e com ela a sociedade, estão em constante evolução: interconexão maciça dos mais diversos tipos de dispositivos eletrônicos usados por todos e em todo lugar, diversos conceitos e tecnologias novas, como Internet das Coisas (IoT), cidades inteligentes, veículos autônomos, computação vestível, inteligência artificial e robótica. Em busca de atender a todas essas demandas, a PUCRS forma os profissionais de TI com o perfil mais completo possível, que os habilita a atuar em todas as áreas que necessitem de soluções inovadoras envolvendo hardware e software. 

Outro ponto forte do curso, além dos espaços, é o corpo docente, que se mantém constantemente atualizado em relação às tendências do mercado. 

Corpo docente qualificado e estrutura excepcional estão entre as qualidades que tornam diferenciado o curso de Sistemas de Informação da PUCRS/ Foto: Giordano Toldo

Os docentes estão comprometidos em se manter atualizados por meio de diversas estratégias, como participação ativa em eventos científicos e sociais, envolvimento em pesquisas, networking profissional, formação continuada e colaboração direta com a indústria. Muitos destes docentes são participantes de empresas e startups de escopo nacional e internacional. Essas estratégias permitem que eles propiciem aos alunos uma educação de qualidade, alinhada com as últimas tendências e necessidades do mercado global”, explica a professora. 

A conexão com o mercado e a inovação foram os principais fatores que levaram Isadora a escolher a PUCRS: 

“Além da PUCRS ter um dos melhores desempenhos do país no curso de Sistemas de Informação, acomoda o 4º maior ecossistema de inovação do mundo, o Tecnopuc, que oferece inúmeros projetos e oportunidades para os estudantes. Tive a oportunidade de participar da Hackatona de Engenharia de Software organizada pela Universidade, evento conhecido e patrocinado por grandes empresas do País, o que me deu visibilidade e abriu portas para cursos e até mesmo para meu primeiro estágio, sendo esse dentro do próprio Tecnopuc”, relata a estudante. 

Já Tainara conta que, por ter estudado em outra instituição antes da PUCRS, percebe a diferença da Universidade em relação às outras, desde aspectos estruturais até os mais humanos: 

“A PUCRS tem me surpreendido positivamente. Ter estudado em outra instituição me concede o direito de poder comparar as duas e saber que é muito discrepante. Desde o primeiro semestre fui muito bem recebida pela Universidade e pela coordenação do curso. A profa. Alessandra foi muito simpática e ofereceu a oportunidade para os alunos dos primeiros semestres criando um grupo de estudos, onde desde o início do curso desenvolvemos projetos e aprendemos linguagens como Javascript, CSS e HTML – até a comunicação com os professores é diferente. Desde que cheguei na PUCRS, me senti abraçada.” 

ESTUDE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA PUCRS

Alunos da Escola Politécnica participam de parceria com a University of California, Irvine (UCI)/ Foto: Divulgação | Tecnopuc

Em 2022, a PUCRS e a Universidade da Califórnia, Irvine (UCI) formalizaram uma parceria que promoveu a versão conjunta do Beall and Butterworth Product Desing Competition. Por meio dos parques tecnológicos, as universidades propiciaram a interação entre os alunos da Escola Politécnica da PUCRS com estudantes de Engenharia e Ciência da Computação da UCI. A iniciativa, que é promovida anualmente pela UCI, incentiva a criação de novas tecnologias ou soluções para problemas de Design que tenham potencial para comercialização. 

Entre Agosto de 2021 e o início de 2023, Rafael Prikladnicki, professor da Escola Politécnica, atuou como pesquisador visitante na UCI. A permanência do docente na Universidade de Irvine nesse período foi um dos fatores que impulsionou a parceria entre as duas universidades – o acordo entre as duas instituições foi formado em 2022 no Tecnopuc Experience. Além do professor Prikladnicki, estavam presentes no evento Leandro Pompermaier, (Gestor de Relacionamento e Negócios do Tecnopuc), Rafael Chanin (que na ocasião atuava como Líder do Tecnopuc Startups), David Ochi (Diretor da competição na UCI) e Pedro Matia (aluno da Escola Politécnica e participante da competição). 

Dividido nessas duas áreas, os participantes trabalharam para desenvolver produtos voltados ao mercado brasileiro e americano. A avaliação dos trabalhos foi realizada por uma banca avaliadora formada por especialistas do mercado e por professores da PUCRS e da UCI, e os vencedores foram anunciados no dia 24 de maio. O grupo vencedor, Nimko, é formado pelos alunos do 4° semestre da Engenharia de Software da PUCRS, Thomas Melison, Felipe Rava e Léo Falcão, além de mais quatro alunos da UCI. Eles desenvolveram um aplicativo, com inteligência artificial, para equilibrar o que seria benéfico para a saúde física e mental das gestantes. Os alunos da PUCRS foram responsáveis por desenvolver o protótipo do aplicativo, como toda a parte de design e front-end da plataforma.  

Parceria entre a PUCRS e a UCI faz parte das iniciativas de internacionalização do Tecnopuc/ Foto: Divulgação | Tecnopuc

“Foi muito bom ter essa experiência. Eles foram bem receptivos e conseguimos nos comunicar bem. Foi uma ótima experiência para aprender inglês, conhecer outras culturas e desenvolver o aplicativo”, afirma Thomas.

Como parte do prêmio, os alunos vencedores da  PUCRS e da UCI poderão visitar a universidade parceira. O trio soube da parceria entre PUCRS e UCI em uma das disciplinas do curso. Eles escolheram o grupo em que iam trabalhar a partir da descrição da proposta, realizada pelos alunos da UCI. A partir de então, os estudantes se conectaram e passaram a trabalhar em conjunto. Sandra Einloft, Decana da Escola Politécnica, ressalta a felicidade em ver que os estudantes da Escola foram os vencedores da competição.

“É fantástico para o aprendizado, não só a técnica, mas por poder conviver com pessoas de outra cultura e falar outra língua. Agora, ser vencedor, é maravilhoso”, comenta a decana. Daniela Eckert, líder do Tecnopuc Startups, também relata a experiência. “O programa é uma a oportunidade de fazer conexões e dar os primeiros passos para desenvolver negócios globais sem sair do RS. Ter essa visão empreendedora e global é essencial nos dias de hoje. Promover essas conexões na academia faz parte do propósito do Tecnopuc”, afirma.  

A parceria entre PUCRS e UCI é uma das ações de internacionalização do Tecnopuc. O Desenvolvimento dessas iniciativas faz parte do planejamento estratégico do Parque que visa promover ações globais. Esse posicionamento tem duas frentes, a que busca uma educação empreendedora mais globalizada e outra que visa desenvolver negócios globais conectando startups e empreendedores a investidores e empresas de grandes centros, como São Paulo e Estados Unidos. A parceria entre as duas universidades para o desenvolvimento do programa com os alunos faz parte da frente de educação empreendedora.   

Leia também: Conheça as diferenças entre os cursos da área de TI

Reitoria recebe visita da secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado, Simone Stülp/ Foto: Diego Furtado

Nesta segunda-feira, 15 de maio, o reitor da PUCRS, Irmão Evilázio Teixeira, recebeu a visita da secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado do Rio Grande do Sul (Sict), Simone Stülp. A PUCRS integra, desde 2018 a Aliança para Inovação, protagonizando junto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), iniciativas que contribuem para potencializar o cenário da inovação e desenvolvimento no Rio Grande do Sul e no País.  

Projetos em parceria voltados à educação e à potencialização do setor da inovação e empreendedorismo no Estado foram os temas debatidos. Também estiveram presentes o vice-reitor, Irmão Manuir Mentges, o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, e o relações Institucionais da Reitoria, Solimar Amaro. 

No período da tarde a secretária participou da abertura do encontro do Conselho Estratégico e Comitê Gestor da Rede RS Startup, no Tecnopuc, em que membros da Sict, da Aliança para Inovação e da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação, estiveram reunidos para estabelecer as ações do planejamento estratégico da rede para o período 2023-2026. 

Dia Mundial do Urbanismo

Foto: Camila Cunha

Responsável por moldar parte importante da cultura e história da sociedade, arquitetura pode ser um verdadeiro universo a explorar. A primeira coisa que quem deseja atuar nessa área precisa saber é: há muitas possibilidades no mercado para esses profissionais. Abrangendo temas como paisagismo e urbanismo, a Arquitetura é intrínseca ao caminhar da humanidade e, obviamente, o progresso da tecnologia também se faz presente e influente neste campo do conhecimento. 

Camila Fujita, professora e integrante da comissão coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica da PUCRS contextualiza:  

“Os avanços científicos e tecnológicos recentes têm influenciado tanto a forma de pensar, como fazer e experienciar a arquitetura, através da interação em ambientes virtuais e de realidade aumentada, de novos softwares de criação e gerenciamento, de tecnologias e da automação para a construção civil, bem como das tecnologias da informação e comunicação aplicadas às cidades e aos espaços públicos, dentre muitos outros.” 

Inovações tecnológicas traçam novos caminhos para a área 

Assim como em tantas outras áreas do conhecimento, a arquitetura entra em uma nova era, na qual novas tecnologias modificam cada vez mais tanto o trabalho de arquitetos/as quanto ambientes projetados por esses profissionais. A coordenadora do curso, Maria Alice Medeiros Dias, elenca como importantes e inovadoras as tecnologias relacionadas à modelagem 3D, realidade aumentada, automação residencial e nanotecnologia. 

De acordo com a pesquisadora, que tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase no Projeto de Espaços Livres Urbanos, ferramentas de modelagem tridimensional possibilitam maior eficiência, economia e integração à execução de projetos de casas e edifícios. Um exemplo de inovação nessa área é o Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, em português. Trata-se de uma metodologia que estabelece diretrizes e parâmetros para melhorar o fluxo de trabalho em áreas como Arquitetura, Engenharia, Administração Economia e Ciência da Computação. O BIM geralmente é comportado por softwares de modelagem como o Autodesk Revit e o Graphisoft Archicad. 

Foto: Jonathan Heckler

A automação residencial modifica a forma como o ser humano interage com os ambientes e equipamentos à sua volta. Além disso, a realidade aumentada tem se mostrado útil em transações no mercado imobiliário e a nanotecnologia vem contribuindo para a descoberta de materiais inovadores e mais sustentáveis. “A arquitetura se transforma na mesma medida que o conhecimento e a tecnologia, pois tudo e todos necessitam estar e interagir em algum lugar, seja esse real e/ou virtual”, diz. 

Outro tema constante, cuja incorporação ao trabalho dos arquitetos já se mostra como um passo natural, é o metaverso. Isso se deve ao fato de que a proposta de integração entre os ambientes real e virtual já é algo presente no cotidiano da profissão por meio do crescente uso de recursos computacionais.  

“Nesta nova camada de experiências da realidade, em qualquer que seja a oportunidade de negócio ou desenvolvimento de serviços será necessário trazer referências espaciais de lugares e ambientes, oportunizando a participação do arquiteto e urbanista. Temos, inclusive, egressos do curso que já estão atuando nesta área”, comenta Maria Alice. 

Um curso que prepara para um mercado repleto de novidades 

Em constante atualização, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica é composto de uma nova e atual matriz curricular que inclui muitas das novas transformações tecnológicas e mercadológicas. Entre as reflexões e atividades propostas estão uma maior integração e aplicação dos conhecimentos por meio de aulas e práticas nos diversos ateliês do curso, laboratórios, além de viagens de estudo, vivências com profissionais do mercado e aproveitamento de ambientes de aprendizagem dentro e fora do Campus. O ensino, sobretudo nos ateliês de projeto, ocorre essencialmente por meio de metodologias ativas que buscam dar conta de transmitir as melhores práticas da atualidade e realizar um acompanhamento próximo e atento ao desenvolvimento do/da estudante.  

As professoras explicam que os próprios edifícios e espaços abertos do Campus da PUCRS servem como verdadeiras aulas práticas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. Além de tudo isso, o curso de graduação oportuniza aos alunos viagens de estudo, que são essenciais para a construção de repertório profissional. Nessas viagens, estudantes visitam especialmente patrimônios edificados do Rio Grande do Sul, com o acompanhamento de professores especialistas na área. 

A interdisciplinaridade presente na Escola Politécnica, onde também estão diferentes cursos de Engenharia, promove no curso a abordagem de temas como eficiência energética, gestão, empreendedorismo e sustentabilidade. Este último, em especial, é um tema constante no mercado atual e em toda a sociedade, – conforme ressalta Raquel Rodrigues Lima, também integrante da comissão coordenadora da graduação: 

Foto: Jonathan Heckler

“Nosso curso tem tradição na discussão deste tema e proporciona ao estudante oportunidade de explorar e aprofundar este debate. O tema da sustentabilidade urbana comparece de modo transversal, do primeiro ao último nível da graduação, por meio do ensino nas disciplinas, atividades de extensão e pesquisa, palestras e eventos promovidos”. 

Entre os eventos mais recentes relacionados a essa temática está o Congresso Internacional: Sustainability the City and Society 2023, promovido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo em conjunto com a Escola Politécnica, Escola de Humanidades, Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA – PUCRS/UFRGS), Departamento Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional (PROPUR/UFRGS). O congresso corre entre 19 a 21 de outubro de 2023, no Campus da PUCRS. 

Escola Politécnica é berço de projetos que visam o impacto social 

Com um longo histórico de ensino, pesquisa e extensão, o curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS está direcionado especialmente a temas como inovação social e sustentabilidade. Um exemplo é o projeto Urbanistas Contra o Corona, realizado em 2020. A ação, que reuniu professores, alunos e egressos do curso, tinha como propósito formar uma rede de apoio no Estado e produzir soluções emergenciais a fim de garantir equidade social e espacial nos espaços periféricos, diante da pandemia de Covid-19. O projeto integra uma rede nacional de instituições de ensino, de classe e outras organizações.  

Também há o projeto Service Learning, que oportuniza parcerias entre disciplinas do curso e instituições que trazem para dentro da sala de aula desafios que precisam de soluções. A disciplina proporciona a interação dos estudantes com representantes de associações de moradores, como a Associação Integração dos Anjos e a Associação de Amigos da Praça David Ben-Gurion, além das prefeituras de Guaíba, Imbé, Osório e Porto Alegre, a Câmara de Vereadores da capital e a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC). 

Em cada semestre, estudantes desenvolvem projetos e posteriormente os apresentam aos representantes das instituições parceiras. Entre os resultados já foram entregues ideias para projetos urbanos em cidades, estudos para praças urbanas e habitação social, oficinas sobre arquitetura e sustentabilidade urbana para estudantes de comunidades carentes, entre outros.   

Estude Arquitetura e Urbanismo na PUCRS

Capaz de assumir a forma de imagem, textos e até músicas, a inteligência artificial (IA) generativa tem provocado diferentes reações após o recente lançamento do ChatGPT, uma tecnologia que simula a conversa humana por meio de mensagens de texto. Este subcampo da inteligência artificial é capaz de criar novos conteúdos por meio de machine learning, uma tecnologia apta a dar vida às ideias de criadores de áreas como publicidade, marketing e criação.  

Em 2022, alguns lançamentos de inteligência artificial generativa chamaram a atenção e até mesmo chegaram às mãos do público, ocasionando debates sobre seus impactos em diferentes áreas do conhecimento: o DALLE-2, que assim como o ChatGPT, foi criado pela OpenAI, e o Stable Diffusion e o Dream Studio, da Stability AI. Analistas preveem que, até 2030, essa indústria deve fazer circular US$ 110 bilhões. É unânime que IA generativa se tornará mais popular e que é mais um campo da Tecnologia da Informação que necessitará de profissionais habilitados.  

Segundo o coordenador do curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS e doutor em Ciência da Computação, Daniel Callegari, à medida em que a IA passa a ser empregada em todas as verticais de mercado, a demanda por profissionais capazes de lidar com essas tecnologias só aumentará. 

“A formação nessa área do conhecimento passa a ser uma oportunidade de atuar na ponta inovadora da ciência e de sua aplicação prática, podendo gerar uma diferença real no mundo. Adicionalmente, os salários tendem a ser muito atrativos; e o ambiente de trabalho tende a ser muito dinâmico, com novos desafios frequentes”, comenta. 

Mercado de inteligência artificial generativa abre oportunidades 

Todas as áreas do conhecimento serão direta ou indiretamente impactadas pela IA à medida em que os modelos vão sendo aprimorados. Especificamente o subcampo da inteligência artificial generativa, hoje usada principalmente por pesquisadores e desenvolvedores, deve chegar a empresas e consumidores comuns para aplicações simples como escrever e-mails, decupar reuniões e indicar tópicos importantes, elaborar propostas de vendas, criar peças publicitárias e até fazer a recomendação de produtos.  

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É provável que a IA continue a ser integrada a uma variedade de indústrias e tecnologias, potencialmente levando a mudanças significativas na forma como vivemos e trabalhamos. Segundo Callegari, é possível apontar alguns exemplos de áreas que serão mais impactadas: o diagnóstico de doenças, veículos autônomos, detecção de fraudes financeiras, melhora em processos de manufatura, recomendações personalizadas no varejo, previsão de estoque e até mesmo textos jurídicos.  

machine-learning e inteligência artificial generativa

Decisões sobre produtos, negócios e até de gestão de talentos estão sendo tomadas com base na leitura de dados 

É fato que em um mundo acelerado movido a tecnologias, profissionais capazes de analisar e cruzar dados para solucionar problemas complexos em situações de incerteza são cada vez mais valorizados e decisivos em organizações de todos os tipos. Por este motivo separamos alguns motivos para apoiar quem ainda está em dúvidas sobre cursar Ciência de Dados e Inteligência Artificial:  

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Uma das áreas que mais se desenvolve atualmente: neste conteúdo falamos com destaque sobre inteligência artificial generativa, mas estamos na era do Big Data, na qual a informação é um dos ativos mais valiosos e sua importância só tende a aumentar. O curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS é o único bacharelado presencial do Sul do Brasil. Ele se difere das demais opções pela consistência, atualidade e abrangência. Por ser uma formação mais aprofundada, o estudante tem contato com um volume maior de disciplinas e conhecimentos, ampliando as oportunidades de atuação no mercado de trabalho. 

Poderá aplicar os conhecimentos em qualquer outra área de domínio: cada vez mais, todas as áreas do conhecimento precisam profissionais capazes de desvendar tendências, antever o futuro e desenvolver novas tecnologias de maneira ética e responsável, em conexão com as principais tendências do mundo: saúde, direito, finanças, marketing. Diferente dos tecnólogos, os bacharelados são reconhecidos por se configurarem em uma formação mais profunda, abrangente e completa. O curso da PUCRS tem um currículo sintonizado com as principais referências internacionais da área, especialmente da Europa e Estados Unidos. 

Demanda crescente por profissionais qualificados: com a crescente demanda das empresas e organizações por soluções analíticas, a busca por cientistas de dados segue em alta. Na economia digital, dados estão entre os bens mais valiosos para uma empresa. Decisões sobre produto, sobre o negócio e até de gestão de talentos estão sendo tomadas com base na leitura de informações cada vez mais complexas. O relatório do Fórum Econômico Mundial (2020) sobre profissões do futuro aponta que cientista de dados, especialistas em inteligência artificial e Big Data, estão entre as profissões que terão maior aumento de demanda até 2025. O Fórum prevê a criação de 97 milhões de novos empregos no mundo. 

Salários muito atrativos: um estudo feito pela consultoria Bain & Company em conjunto com a comunidade de data science brasileira Data Hackers, mostra que os cientistas de dados estão sempre observando novas oportunidades, mesmo quando estão satisfeitos com o atual emprego. Segundo a pesquisa, a remuneração dos profissionais da área de dados aumentou significativamente entre 2019 e 2021, com um aumento médio de cerca de 40%. A proporção de entrevistados ganhando R$ 12 mil por mês ou mais subiu de 10,2% em 2019 para 24,1% em 2021. A pesquisa ouviu 2.645 profissionais de ciência de dados de todo o Brasil. 

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cursos de TI, Ciência de Dados, Ciência da Computação

Pesquisas mostram que a remuneração dos profissionais da área de dados aumentou significativamente entre 2019 e 2021, com um aumento médio de cerca de 40% Foto: Pexels

Oportunidades globais: que empresas do mundo todo estão buscando profissionais nessa área nós já sabemos, mas como se preparar para as melhores oportunidades? Na PUCRS, por meio do Programa de Mobilidade Acadêmica, é possível escolher, ainda durante a graduação, seu próximo destino de estudos em Universidades parceiras em mais de 20 países. O programa é uma oportunidade de prática de segundo idioma, contato com novas culturas e internacionalização do currículo. 

Além da interação com o programa de Pós-Graduação em Computação da PUCRS, estudantes podem cursar disciplinas da pós durante a graduação, abordando com mais profundidade conteúdos que estão sendo pesquisados no Brasil e no mundo. Outro diferencial é a interação com o Tecnopuc, considerado o maior Parque Tecnológico do Brasil, onde há possibilidades de bolsas e estágios logo no início do curso.  

Clique aqui para conhecer detalhes sobre o bacharelado em Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS.  

ESTUDE CIÊNCIA DE DADOS E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 

 

A Bienal retornou para construir novos olhares. Com a “Dimensão do indizível” – tema da 13ª edição – novas luzes foram trazidas para a união da arte, natureza e tecnologia, promovendo parcerias em uma travessia para propostas ousadas e contemporâneas.  Um dos espaços do evento, que ficou situado no Instituto Caldeira, teve uma mostra muito especial, que nasceu com os artistas passando por um período de vivências e experiências, associando arte aos avanços da tecnologia.

Para tanto, aproveitando a metáfora do futebol em tempos de Copa, uma preparação dedicada e criteriosa, sem deixar de ser flexível iniciou ainda em 2021, contando com equipes interdisciplinares que atuaram em sintonia e cumplicidade com as propostas dos artistas. A intenção da Bienal era também “construir” seu público em um dos ambientes inovador de Porto Alegre, transformando a trilha dos artistas em uma “residência artística”.

Entraram em campo professores, pesquisadores e técnicos da PUCRS, com a ideia de apoiar a conexão da arte com a ciência e a tecnologia, e estabelecer juntos um campo de pesquisa e desenvolvimento. A liderança desta etapa, em sintonia com a curadoria da Bienal, foi exercida pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo IdeiaPUCRS – ambientes voltados à criatividade, inovação e prototipagem.

Foram meses de trabalho conjunto, com protótipos, experimentos, e inovações, identificando pesquisadores para consultas sobre aves, massas, som, eletrônica, luz, e muitos outros temas! Os números surpreendem. Foram mais de 800h de impressão 3D, 300h de apoio técnico, sete mil formiguinhas “impressas”, utilização de laboratórios da PUCRS por artistas daqui e mesmo de fora do Rio Grande do Sul, em uma sinergia que engrandece e amadurece o nosso ecossistema como um todo.  

Aprendizagem muito rica, também, para um centro de saber e conhecimento como a Universidade, oferecendo uma visão maior e melhor da vida assim como ela é: sistêmica, complexa e interdisciplinar. Arte e tecnologia. Sim, estamos voltando a respirar, com esperança no futuro! 

Act in Space

O grupo vencedor IntOrbit agora leva seu projeto para ser apresentado na etapa internacional em Cannes, na França

Durante 24 horas, entre os dias 18 e 19, o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (IDEAR) recebeu pessoas com um interesse em comum: encontrar respostas para as necessidades do futuro, inventando novos usos e serviços da tecnologia espacial para resolver problemas sociais e enfrentar os desafios do mundo atual. O grupo Team IntOrbit, formado pelos/as estudantes Maria Eduarda D’avila Dlugokinski, João Paulo Camargos Carneiro, Gian Schmidt Azambuja e João Cairuga, levou o primeiro lugar na etapa nacional do Act in Space e agora vai para Cannes, na França, concorrer com pessoas de todo o mundo por prêmios que vão desde uma experiência antigravidade até a mentoria de agências espaciais.

Maria Eduarda, aluna do primeiro semestre de Ciências da Computação, bolsista pelo PoaTek e integrante da equipe vencedora conta que este foi seu primeiro hackaton e que não esperava a vitória, considerando que seu grupo escolheu um assunto complexo.

“O nome do nosso grupo é IntOrbit (Int de inteiro e Orbit de órbita) e o nosso nome de projeto é Orbital Quantum Computer. Nosso projeto é colocar um computador quântico em órbita através de um satélite e assim conseguir usar 100% de um computador quântico – algo que ainda não é possível e o objetivo é justamente usar a capacidade máxima dele”, explica a estudante.

Incentivo ao uso de tecnologias e dados espaciais

O Act in Space foi pensando para incentivar a consciência do empreendedorismo, entendendo que o espaço pode contribuir para o crescimento social e econômico para além do seu ecossistema. Assim, os desafios propostos no evento orbitavam em torno do desenvolvimento do uso e aplicação de tecnologias e dados espaciais, além, é claro, do uso do espaço para benefício da Terra e da humanidade.

Act in Space

Participantes do evento passaram 24 horas dentro da PUCRS

“O evento estimulou a interdisciplinaridade e integrou participantes de diversas áreas, como Design, Psicologia, Jornalismo, Educação Física, Computação, Engenharia Agrônoma, entre outros. Durante as 24h de evento interruptas, os participantes puderam planejar, criar e desenvolver seus projetos, com o auxílio de mentores qualificados, com bases nos desafios estipulados pela organização mundial do evento. Novas amizades foram criadas e muitas ideias inovadoras nasceram durante os dias 18 e 19 de novembro”, pontuou a professora da Escola Politécnica da PUCRS Cristina Nunes.

A diversidade presente entre os/as participantes chamou atenção, inclusive para quem frequenta hackatons há mais tempo, como Natália Dal Pizzol, estudante do terceiro semestre de Ciência da Computação.

“Eu adoro participar de hackatons e gostei muito que esse foi dentro da PUCRS, pois tive bastante contato com os colegas que eu já conheci na faculdade, mas também com pessoas de outros cursos. Este foi o evento mais diverso que eu participei, em questão de cursos mesmo – design, física, psicologia – e isso refletiu muito nas soluções que foram bem diferentes e divertidas”, conta.

Para quem participou pela primeira vez, como a estudante Júlia Mendes Ribeiro, o Act in Space foi uma oportunidade de aprendizado em diferentes áreas. Mesmo sendo estudante de negócios e não de tecnologia, que é o público predominante em hackatons como essa, a participante sentiu confiança.

Os desafios

Act in Space

Cada equipe escolheu um desafio para desenvolver ao longo do Act in Space e, ao final, apresentar para uma banca

Cada um dos nove grupos participantes escolheu um desafio para desenvolver seu projeto no momento da inscrição. Os desafios estavam divididos em quatro blocos principais – seja um jogador newspace #Space4.0; negócios da vida cotidiana; voe até a lua e além; e o espaço para a Terra e para a Humanidade – com propostas que iam desde a criação de um satélite reciclável, inteligência artificial para precisão (que busca reduzir erros de GPS), reduzir em 50% o impacto da aviação no clima, criação de painéis solares, entre outros.

Os grupos tiveram acesso à mentoria com professores especialistas em negócios ao longo da competição, a fim de solucionar as dúvidas que surgiram durante o desenvolvimento dos projetos. Os critérios de avaliação foram apresentados durante o evento e, ao final, cada time teve oito minutos para apresentar o seu projeto para uma banca. A estudante Natália pontua que apesar de ficar nervosa com a apresentação para os avaliadores, foi uma oportunidade para treinar e receber feedbacks sobre uma ideia.

“Gostamos muito da experiência, foi muito legal ficar 24 horas trabalhando em um mesmo projeto, um projeto que a gente sabe que realmente vai trazer um benefício para a humanidade e impactar a vida das pessoas, seja aqui na terra ou no espaço. Nós crescemos muito como profissionais, como pessoas e aprendemos muito”, complementaram os participantes Vinícius Mateus Strassburger e Daniel Henrique Strassburger.

A etapa nacional agora vai apresentar seu projeto no evento final em Cannes, na França, entre os dias 13 e 14 de fevereiro de 2023. Além disso, o melhor projeto tem participação garantida no Programa de Modelagem de Negócios do Tecnopuc, o Startup Garage 2023. O programa conta com mentoria gratuita na área de negócios.