Educação Inclusiva: contribuições da Neurociência e das tecnologiasA inclusão de pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou transtornos de aprendizagem é um tema que possibilita infinitas discussões. E a universidade é um dos melhores ambientes para esse debate. Pensando nisso, o Centro de Apoio Discente da PUCRS preparou um seminário sobre Educação Inclusiva: contribuições da Neurociência e das tecnologias, que acontece no dia 6 de novembro, das 9h45min às 18h30min. Inscreva-se neste link. 

Importantes estudos estão sendo produzidos nos ambientes acadêmicos e precisam ser compartilhados com a sociedade em geral. Mais do que nunca, com os novos tempos, principalmente durante a pandemia, as tecnologias e a neurociência têm contribuído muito, tanto para quem aprende quanto para quem ensina”, conta a coordenadora do Centro Vanessa Manfredini, professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. 

“A Educação Inclusiva é o meio para transformar a sociedade que temos na sociedade que queremos: o lugar para TODO MUNDO”, TÂNIA BRITTES.

A ideia do evento surgiu a partir das demandas pedagógicas que chegam ao Núcleo de Apoio à Educação Inclusiva. “Pensamos nesse ano em compartilhar os conhecimentos de profissionais da Neurociência e de Tecnologias Assistivas utilizadas no ensino-aprendizagem de estudantes com deficiência ou necessidades específicas”, explica Tânia Brittes, especialista em inclusão e técnica do Centro. 

Mas o que é Educação Inclusiva?  

Educação Inclusiva: contribuições da Neurociência e das tecnologias

Foto: Marcus Aurelius/Pexels

É necessário pensar além, não somente tornando o espaço físico escolar acessível para todas as pessoas. “Trata-se também do respeito e da valorização das diferenças humanas e do auxílio no processo formativo dos nossos estudantes. Para compreender melhor e colocar a Educação Inclusiva em prática no cotidiano é necessário trazer a discussão para todos os espaços, como os acadêmicos, por exemplo”, destaca a coordenadora do Centro Vanessa Manfredini. 

Porque falar sobre o tema 

Pelo menos 45 milhões de pessoas no Brasil têm algum tipo de deficiência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, cerca de 24% da população do País. Apesar disso, apenas 1% desse grupo está empregado, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2015. 

Mas a falta de inclusão impacta também em coisas ainda mais simples do dia a dia. Somente 4,7% das calçadas no Brasil são acessíveis e, mesmo em São Paulo, uma cidade considerada mais sensível aos problemas de mobilidade urbana, o número sobe apenas para 9%.  

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2005) seria um passo em direção à mudança dessa realidade no futuro: “destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. Segundo a Lei de Cotas (Lei nº 8213/1991), empresas que têm entre 100 e 200 funcionários/as devem destinar 2% das vagas para pessoas reabilitadas ou com deficiência. 

Fique ligado na programação 

Confira os temas e profissionais que participação de cada painel. A abertura acontecerá às 9h45min e o encerramento às 19h. 

Tecnologia Assistiva e Inclusão 

Com Débora Conforto (PUCRS), Marlise Geller (Ulbra) e Andréa Poletto Sonza (IFRS). A diretora de Graduação da PUCRS Adriana Kampff será a mediadora do encontro. 

Contribuições da Neurociência para a Inclusão 

Com Aline Fay (Letras/InsCer– PUCRS) e Rochele Paz Fonseca (Psicologia – PUCRS). Vanessa Manfredini também será a mediadora do encontro. 

Relato sobre as experiências do trabalho das participantes com inclusão e encerramento. 

seminário_acordo_brasil__santa_séCom a presença de juristas, religiosos e acadêmicos, o Seminário sobre o acordo entre o Brasil e a Santa Sé tem como objetivo de refletir questões tributárias, serviços de saúde e educação, o reconhecimento do casamento religioso com efeito civil e da homologação do Estado, a índole própria do sacerdócio católico, do seu exercício e da vida religiosa consagrada. O evento ocorrerá nos dias 16 e 17 de outubro, no Auditório do Prédio 9 da PUCRS (Av. Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre). A programação completa pode ser conferida aqui. A inscrição é aberta ao público em geral, no valor de R$ 50,00. Alunos e Alumin PUCRS (diplomados) têm acesso a valor diferenciado. Todas as inscrições podem ser feitas no link, mediante preenchimento do formulário.

Confira os palestrantes:

Sobre o acordo entre o Brasil e a Santa Sé
Firmado em 2008, o acor­do pre­vê o tra­ta­men­to a ser da­do às or­ga­ni­za­ções ecle­siás­ti­cas que, além dos seus fins re­li­gi­o­sos, tam­bém têm ob­je­ti­vos de as­sis­tên­cia e so­li­da­ri­e­da­de so­ci­al; ao pa­trimô­nio his­tó­ri­co, ar­tís­ti­co e cul­tu­ral da Igre­ja e aos lu­ga­res de cul­to. Pre­vê ain­da a li­ber­da­de de pres­tar as­sis­tên­cia re­li­gi­o­sa e es­pi­ri­tu­al aos do­en­tes ou pes­so­as pri­va­das de li­ber­da­de e da edu­ca­ção re­li­gi­o­sa nas es­co­las.

seminario, faesp, segurança públicaQuebrando o tabu: a cultura de negação dos direitos humanos será o tema do XII Seminário Externo da Faesp, promovido pela PUCRS e pela Fundação de Apoio ao Egresso do Sistema Penitenciário, no dia 18 de outubro. A programação conta com dois painéis. Às 8h45min, será abordado o tema Bandido bom é bandido morto? Senso comum, condição humana, estereótipo do criminoso e seletividade penal, que terá como debatedores o professor da PUCRS Ricardo Timm, a diretora do documentário Central Tatiana Sager e o jornalista, roteirista e co-diretor do documentário Central, Renato Dornelles.

Às 10h15min, Você daria emprego a um ex-presidiário? Reabilitação criminal e reinserção social será o assunto debatido pelo professor da PUCRS Aury Lopes Jr, a assistente social e diretora do Departamento de Tratamento Penal da Susepe Mara Minotto e um egresso da Faesp.

O evento é voltado a acadêmicos de graduação e pós-graduação, diplomados da PUCRS e profissionais da área de segurança pública. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas na secretaria da Escola de Direito da PUCRS, 8º andar do prédio 11 do Campus. Informações pelo telefone (51) 3320-3634.

12º Seminário Internacional de História da Literatura, PUCRS, Escola de HumanidadesOcorre de 17 a 19 de outubro, no auditório do prédio 8 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), o 11° Seminário Internacional de História da Literatura. Promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, o evento pretende congregar estudiosos e pesquisadores da História da Literatura para trocas de experiências sobre questionamentos atuais da área, bem como divulgar pesquisas realizadas no país e estimular a preservação da memória nacional. As atividades se dividem em conferências, mesas-redondas, sessões de comunicação, lançamentos de livros e até mesmo um minicurso com o tema Literatura y cultura latinoamericanas en proceso, ministrado nas manhãs dos dias 18 e 19 de outubro por Ana Pizarro, da Universidade de Santiago do Chile.

A abertura do evento será no dia 17, às 9h. Informações adicionais, como a programação completa e os preços dos ingressos, podem ser conferidas neste link. As inscrições para assistir ao Seminário terão início no dia 8 de agosto. As atividades são abertas ao público e valem como horas complementares para alunos da PUCRS.

Inscrições de trabalhos

Interessados em apresentar artigos poderão inscrevê-los até o dia 31 de julho, pelo e-mail [email protected]. Elas serão selecionadas pela comissão científica do evento, que avaliará a vinculação da proposta à área da História da Literatura. A forma como o artigo deve ser redigido e mais informações em relação à inscrição estão disponíveis neste link.

Silvio Meira abriu o Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017

Foto: Camila Cunha – Ascom/PUCRS

Com o Centro de Eventos lotado, o professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Silvio Meira abriu o Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017 da PUCRS nesta quarta-feira, 1º de março, palestrando sobre Inovação na Educação Superior. Antes de iniciar a sua fala, recebeu as boas vindas do Reitor, Ir. Evilázio Teixeira, e da Pró-Reitora Acadêmica, Mágda Cunha. O Reitor também saudou todos os presentes e celebrou a chegada de 24 novos docentes à Universidade.

Ir. Evilázio lembrou que a educação não permite apatia, pois é um trabalho que lida com o ser humano, que é um ser capaz de crescer, se desafiar e de transformar a si mesmo e a natureza. Durante seu discurso, propôs que todos colocassem no horizonte três princípios para praticar durante o ano: coerência (ser aquilo que se fala), simplicidade (relações genuínas, e não de poder) e consistência (terminar aquilo que começou). “Tudo é negociável, menos os valores. Precisamos cada vez mais ser uma comunidade efetiva, que aprende. Que junto com nossos estudantes possamos abrir essa maravilha chamada conhecimento”, disse.

Durante a palestra, Meira recordou que em 2018 a PUCRS completará 70 anos. Para ele, a preocupação principal é o futuro, o que seria um problema para qualquer instituição, principalmente se projetado a longo prazo. “O que podemos fazer hoje para que em 2148 possamos comemorar os 200 anos da instituição? ”, questionou. Para responder, Meira resgatou o significado de devoção citado pelo Reitor no início do evento. “Quando o Irmão Evilázio cita a devoção, ele está falando de comunidades com membros compartilhando o mesmo propósito”, afirmou.

 

Futuro do ensino

Para Meira, o mais difícil é fazer os alunos se engajarem no processo de aprender. Como exemplo de aprendizado bem-sucedido e completamente diferente do da sala de aula tradicional, ele citou um vídeo no Youtube que mostra um laboratório de física móvel (uma van, um pêndulo e um balão), onde um homem ensina como funciona o movimento do balão de acordo com o movimento do carro. O vídeo tem mais de 6 milhões de visualizações. “Esse é o fim da sala de aula, fazer coisas criativas e diferentes. Não tem um garoto que eu tenha mostrado esse vídeo que não compartilhou com outros 10 amigos que mostraram para os pais. Esse é o processo de aprendizagem”, analisa. O palestrante ainda complementou que é preciso se envolver em outro ritmo de descoberta e se relacionar com tutores e mentores e não professores. “Existem 41 milhões de artigos no Wikipedia e eu preciso de um professor lendo algo no quadro? Tem alguma coisa completamente errada com isso do ponto de vista da eficiência”, acredita.

 

Saiba mais:

Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017

Foto: Camila Cunha – Ascom/PUCRS

Docentes e técnicos administrativos da Universidade participaram nesta quinta-feira, 2 de março, das diversas mesas redondas que integram as atividades do Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017. Dentre as atividades, o tema O Futuro do Trabalho: Formando Jovens Protagonistas para Inovação foi foco de debate no auditório do prédio 5.

A mesa foi apresentada pela coordenadora acadêmica do Idear, Ana Cecília Nunes, e contou com a presença do professor adjunto da Fundação Getúlio Vargas Newton Monteiro de Campos Neto e do consultor de empresas Alejandro Olchik. “A criatividade e o potencial de criação dos alunos são essenciais para a formação de protagonistas dentro da universidade”, afirmou Olchik, que também defendeu a adoção de modelos colaborativos de ensino através da criação de turmas multidisciplinares e de avaliação entre os próprios estudantes, por exemplo. Na opinião do professor da Faculdade de Comunicação Social, Ilton Teitelbaum, o debate foi essencial para fomentar a discussão sobre a reformulação do ensino em sala de aula, especialmente às vésperas do início de um novo semestre.

No auditório do prédio 9, o tema foi a Educação Socialmente Responsável: Desafios de Um Mundo em Transformação. A professora da Escola de Humanidades Inês Amaro defendeu os valores essenciais para a formação acadêmica, como cidadania, ética e aspectos relacionais que envolvam a participação do aluno em projetos de extensão comunitária. Já a aluna de estágio pós-doutoral em Educação da PUCRS Pricila Kohls dos Santos abordou os motivos de permanência e evasão de acadêmicos das universidades, apontando estratégias para solução dos problemas identificados. Um dos espectadores da atividade, o coordenador de projetos especiais do Tecnopuc Carlson Aquistapasse, lembrou que é importante que se discuta com os colegas assuntos ligados à interação social e políticas integradas. “Na Universidade, devemos dar mais atenção aos objetivos sociais que podem trazer benefícios à comunidade”.

O Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017 encerra nesta sexta-feira, 3 de março, com a realização de oficinas que envolvem áreas de formação diversas. A lista completa das oficinas pode ser conferida neste link. Informações complementares podem ser obtidas no site www.pucrs.br/eventos/inst/desenvolvimentoacademico2017. Dúvidas podem ser solucionadas pelo e-mail [email protected] e por meio dos telefones (51) 3320-3630 ou (51) 3353-4306.

RIO DE JANEIRO 15/09/2015 GLOBO UNIVERSIDADE SILVIO MEIRA FGV - BOTAFOGO - RJ FOTO RENATO VELASCO

Foto: Renato Velasco

Nos dias 1º, 2 e 3 de março a PUCRS promove o Seminário de Desenvolvimento Acadêmico, evento voltado para professores e técnicos administrativos da PUCRS. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas pelo site www.pucrs.br/eventos/desenvolvimentoacademico. O tema em destaque será “A Inovação na Educação Superior”, abordado pelo professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Silvio Meira. A conferência será no Centro de Eventos (prédio 41), às 17h15. Para Meira, inovação é mudança e tem impacto na vida das pessoas. “Tudo ao redor da educação, em todos os níveis, está mudando muito, e muito rapidamente. Se a educação não mudar, se os comportamentos associados ao processo educacional não mudarem, todas as instituições, estruturas e organizações, métodos, processos e conteúdos educacionais que conhecemos (e admiramos) se tornarão irrelevantes porque deixarão de atender a demanda do seu contexto. Ultrapassadas, obsoletas, elas serão substituídas por outras formas e locais de aprendizado”, afirma.

Ao falar em inovação na sala de aula, Meira aponta que o principal problema a ser resolvido no processo de aprendizado é o engajamento dos alunos. “Há algo essencialmente errado na escola como ela existe hoje. À medida que o tempo passa, os alunos, que deveriam estar cada vez mais envolvidos no processo de aprendizado, estão cada vez mais distantes. Os resultados estão aí, nas avaliações do sistema de ensino público e privado”, comenta. A mudança para Meira não depende de novos investimentos ou tecnologias de ponta, mas de uma revisão das bases sobre as quais o sistema educacional está assentado. “É preciso centrar o sistema no aprendiz, para que os resultados, através dele, fluam para a economia e sociedade como um todo”, complementa.

Para a educação superior, Meira aposta em modelos de comunidades de aprendizado, e não de ensino, centradas no aluno, no contexto da vida real, fora da escola. “No dia em que mudarmos a estrutura do ensino superior de disciplinas isoladas, de outras disciplinas e do mundo ao redor, e passarmos a ter, em larga escala, um aprendizado em contexto e contínuo, por e para toda a vida, vamos mudar o mundo”, garante.

O Seminário de Desenvolvimento Acadêmico é organizado pela Coordenadoria de Ensino da Pró-Reitoria Acadêmica e, além da conferência de abertura, terá mesas redondas e oficinas. Conheça a programação no site citado.

 

Por que a inovação na educação é fundamental para o futuro do País, da sua democracia e da sociedade?

Parafraseando uma definição de Peter Drucker, pode-se dizer que inovação é a mudança de comportamento de agentes, em um dado contexto, como participantes de qualquer ação. Se o contexto é a sociedade, sabemos que ela está mudando. Se são os mercados, idem. Se são as profissões, elas mudaram muito mais nos últimos 50 anos do que nos 200 anos anteriores. E mudarão mais nos próximos 25 do que mudaram nos últimos 100, talvez 200 anos. Ao contrário do que muitos, mesmo dentro do ambiente educacional, pensam e professam, o essencial no processo educacional não é o ensino, mas o aprendizado. Se eu puder aprender fora do sistema, de forma mais eficaz e eficiente, por que é mesmo que eu iria perder meu tempo com o sistema?

 

É possível inovar em sala de aula sem recorrer às tecnologias?

É preciso repensar a sala de aula. Talvez até acabar com a sala e a aula. Já há um número de escolas assim, onde a sala e a aula foram trocadas por ambientes de aprendizado baseado em problemas, no contexto de projetos, muitos deles reais e concretos. Um exemplo é o Olin College: em uma disciplina de produtos e mercados, os aprendizes têm que conceber, criar, operar e gerenciar um negócio real e lucrativo no mercado. Em outra, times multidisciplinares de aprendizes passam a cadeira construindo sistemas, que eles escolhem, para entender os princípios da engenharia. Tudo na prática, sem ficar numa sala de aula com um instrutor projetando slides que versam sobre textos de livros que eles poderiam ter lido antes, para discutir, debater e/ou aplicar em um projeto no laboratório. Nenhuma destas inovações recorre a tecnologias especiais, mas a uma mudança radical no comportamento dos agentes envolvidos, tanto os professores e instrutores como aprendizes.

 

Se nem todo o uso de tecnologia em sala de aula quer dizer inovação, então de que forma a tecnologia pode realmente ajudar a inovar na educação?

Tecnologia pode ter um papel fundamental quando tiver um propósito dentro, ou como parte de um conjunto de métodos e processos de um sistema. Imagine um laboratório de química numa escola onde nem os instrutores sabem para que usá-lo no processo de aprendizado. Qual seria sua utilidade? “Soltar” os alunos no laboratório, misturando coisas, para ver o que aconteceria, até que alguém descobrisse alguma coisa útil ou causasse um incêndio ou explosão? Isso não é razoável, certo? Agora imagine a Wikipedia, com algum software adicional por trás, como parte de um processo de aprendizado de história: que tal descobrir qual foi a relevância de R, no episódio E, dando no máximo C clicks a partir da página P? Aí tem tecnologia, propósito, método e processo, e é completamente diferente de pedir para os alunos encontrarem a resposta na web. O último método é uma busca sem qualquer consideração, Google resolve para o aluno, quase certamente. O primeiro método é um desafio, tem contexto e limites, ponto de partida, envolve reflexão, aprendizado verdadeiro. A forma da tecnologia realmente ajudar na inovação, no processo educacional, é ser usada para criar engajamento, participação, criatividade e aprendizado verdadeiro e não, simplesmente, habilidade no uso das ferramentas pura e simplesmente. Afinal, do ponto de vista de tecnologias da informação e comunicação, elas mudam tão rapidamente que você nunca “sabe”, mesmo, usá-las… está sempre aprendendo.

 

Que tipo de inovação na educação superior é capaz de mudar o sistema educacional?

A educação superior, de várias formas, oferece, ao mesmo tempo, muito mais e muito menos formas de inovar. Mais, porque trata de aprendizes mais experientes, pelo menos em tese, no processo de aprendizado. Menos porque a vasta maioria dos professores do ensino superior tem muito pouca experiência prática nas duas coisas que mais interessam aos alunos. Primeiro, os docentes não são especialistas na criação de oportunidades de engajamento no processo de aprendizado e sim num certo domínio do conhecimento. Segundo, considerando que o ensino superior é o último estágio de aprendizado formal dos alunos antes do mercado, o docente clássico, “de sala de aula”, não tem a experiência prática de mercado, seja lá qual for o mercado, que cativaria seus alunos. Resultado? Na maioria dos casos, os alunos se tornam autodidatas na teoria e aprendem a prática no mercado. E as escolas superiores, quase todas, em quase todos os países, não estão conseguindo mudar este estado de coisas.

 

Cônsul da Itália, Nicola Occhipinti

Foto: consportoalegre.esteri.itônsul

O Programa de Pós-Graduação em Educação promove nesta quinta-feira, 1º de setembro, o seminário A Pesquisa em História da Educação na Itália – Tendências e Perspectivas. A atividade contará com palestras abertas ao público e entrada franca, que acontecem na sala 307 do prédio 15 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). A última, que ocorre das 18h às 19h, terá a presença do Cônsul da Itália, Nicola Occhipinti, e do professor da Università degli Studi di Macerata Roberto Sani. Essa atividade abordará a Pesquisa Histórica Educativa na Itália e na Europa nos Últimos 30 Anos: Fonte, Metodologia e Itinerário Historiográfico.

Pela manhã, das 9h às 12h, a professora Anna Ascenzi, da Università degli Studi di Macerata, falará sobre o Museu Escola Paolo e Ornella Ricca da Università degli Studi di Macerata e a Valorização do Patrimônio Histórico-Educativo Local e Nacional. Logo após, ela ministra uma atividade, das 15h30min às 17h30min, com o tema A Manualística Escolar e os Livros de Texto: Balanço Historiográfico e Novas Perspectivas de Pesquisa.

Fachada do prédio 50

Foto: Arquivo – Ascom/PUCRS

Na próxima terça-feira, 28 de junho, ocorre o seminário empresarial Branding e Propriedade Intelectual, promovido pela Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS. Os palestrantes serão Ricardo Sant’Anna Ramalho, advogado e diretor jurídico do escritório Paulo Afonso Pereira Propriedade Intelectual e juiz leigo do 3º Juizado Especial Cível de Porto Alegre/RS; e o publicitário Flávio Brasil, sócio e diretor de criação da agência porto-alegrense República das Ideias. O seminário ocorre no auditório térreo do prédio 50, no Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). O evento é aberto ao público e tem entrada franca. Não é necessário realizar inscrição.

 

Programação

Seminário Sobre Guerras e ReligiõesQual é o limite da tolerância? Esta será uma das perguntas norteadoras da segunda edição do seminário Sobre Guerras e Religiões, que ocorre na próxima terça-feira, 24 de maio. A programação completa está no site guerrasereligioes.wordpress.com. As atividades serão realizadas no auditório do prédio 11 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). O seminário é aberto ao público, tem entrada franca e não é necessário realizar inscrição. É organizado pelo Grupo de Pesquisa Filosofia da Idade Média, do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Escola de Humanidades.

A proposta do evento é apontar de que forma concepções filosóficas, teológicas e antropológicas influenciaram na história ocidental e na realidade atual, levando em conta que guerras e religiões acompanham o homem até hoje.