Protótipo desenvolvido pela PUCRS começa a ser utilizado em oito hospitais

Protótipo impresso na impressora 3D / Foto: Divulgação/PUCRS

Criado por pesquisadores da PUCRS, o protótipo conector para sistema de alto fluxo impresso em 3D possibilita que pacientes em tratamento com Covid-19 recebam maior fluxo de oxigênio, diminuindo a necessidade de intubação. Até o momento, já foram produzidos 120 protótipos que estão sendo utilizados em oito hospitais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais: Hospital São Lucas, PUCRS (RS), Hospital Independência (RS), Hospital Divina Providência (RS), Hospital São José (RS), Hospital Santa Isabel (RS), Hospital Estrela (RS), Hospital Bruno Born (RS) e Hospital Nossa Senhora de Fátima (MG). 

De acordo com um dos responsáveis pela criação do protótipo, o chefe do Serviço de Clínica Médica no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e professor na Escola de Medicina Giovani Gadonski, resultados preliminares analisados no HSL – primeiro hospital a utilizar a peça impressa –, mostram que o aumento do fluxo no oxigênio pode reduzir em até um terço a necessidade de intubação. Todas as instituições participantes da pesquisa, que aderiram ao Acordo de Cooperação, estão simultaneamente coletando dados para ampliar a abrangência e qualificação da pesquisa. 

Protótipo desenvolvido pela PUCRS começa a ser utilizado em oito hospitais

Como funciona o protótipo do conector / Foto: Divulgação/PUCRS

A peça, impressa no IDEIA/Tecnopuc FabLab, pode ser conectada na estrutura de suplementação de oxigênio já existente em qualquer hospital. Com o cateter de alto fluxo, é possível fornecer até 30 litros de oxigênio por minuto, sendo que, nos aparelhos convencionais, a quantidade é de até 15 litros de oxigênio por minuto. O dispositivo oferece mais conforto ao paciente e possibilita inclusive a alimentação oral, o que é impossível com a máscara, ou mesmo quando intubado. 

Para o professor Eduardo Giugliani, diretor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico (IDEIA) e responsável pela produção das peças 3D, sob o contexto científico e tecnológico o projeto permite consolidar iniciativas integradas entre vários centros de pesquisa da PUCRS e demonstrar o potencial de uma ação interdisciplinar. Estiveram envolvidos na criação do protótipo múltiplos atores: médicos, engenheiros, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos (tecnologia e saúde), entre outros. 

Impacto da pesquisa na sociedade 

Para o médico e professor Giovani Gadonski, o conector é motivo de alegria por comprovar mais uma vez o impacto da pesquisa no dia a dia da sociedade. “Para quem está inserido na universidade como professor e na assistência dentro do hospital, poder desenvolver uma alternativa que possa ajudar as pessoas no enfrentamento da doença é muito gratificante. Me sinto privilegiado por estar dentro de uma instituição que proporciona um ecossistema de inovação que permite a aplicação translacional da pesquisa e assistência no mesmo ambiente”, comenta. 

Para Giugliani outro aspecto que cabe destaque é a urgência em que foi efetivada a pesquisa e a rápida trajetória até a prototipagem do conector, em um processo com duração inferior a 60 dias. “Processo que não seria possível em uma Instituição que não apresenta características e competências tão interdisciplinares como a PUCRS, capacidade de resposta rápida e efetiva para uma ação em rede, além de contar com um capital humano altamente qualificado, em todos os níveis demandados”, completa. 

Como cuidar da saúde da pele em meio à rotina da pandemia

Foto: Pexels

Após mais de um ano de pandemia da Covid-19, máscaras, protetores faciais e álcool em gel se tornaram alguns dos acessórios mais comuns na rotina de quem precisa sair de casa. Porém, ao utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por longos períodos, a superfície da pele pode ficar com marcas e até mesmo machucados. 

Profissionais da linha de frente do combate ao coronavírus têm apresentado peles extremamente avermelhadas, muitas vezes com irritações, feridas e até manchas”, conta  Roberta Palazzo, professora do curso de Biomedicina da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenadora da pós-graduação em Estética e Cosmética: Gestão, Negócios e Procedimentos da PUCRS. Já para o público geral, os casos mais relatados são o de surgimento de acne, coceira, descamação, ressecamento, oleosidade, poros dilatados e flacidez. 

Por que o uso da máscara promove alterações na pele? 

Uma das causas é o aumento da temperatura dentro da máscara, por causa da respiração. Isso faz com que a transpiração seja maior e, consequentemente, a desidratação da pele também. Uma reação natural de defesa do corpo para isso é produzir oleosidade, cerca de 10% a mais a cada elevação de 1°C. 

Outra modificação é a do pH cutâneo, que costuma ser levemente ácido pela presença ácidos graxos e ácido lático no sebo e no suor, respectivamente. Com a maior produção desses fluidos o resultado é uma maior acidificação,  causando o desequilíbrio da microbiota cutânea, surgimento de infecções e agravamento de condições pré-existentes como rosácea e psoríase. 

O uso prolongado de máscara também foi associado a alterações na elasticidade da pele, por causa do calor e da umidade. O microambiente criado promove uma série de estímulos repetitivos e desconectados das condições atmosféricas reais, gerando as alterações e fatiga cutânea. 

Como minimizar o impacto dessa nova rotina na pele? 

Confira algumas orientações de Roberta que podem ajudar na saúde e na recuperação da sua pele: 

Aprenda com uma estrutura de ensino completa 

Como cuidar da saúde da pele em meio à rotina da pandemia

Foto: Charlotte May/Pexels

Se o seu sonho é atuar na área da saúde, conheça as diferentes opções de cursos oferecidos pela PUCRS, como a Biomedicina, por exemplo. O curso forma profissionais capacitados/as para as atividades de biomedicina estética, diagnóstico por imagem e terapia, análises clínico-laboratoriais e toxicológicas, reprodução humana, ciências forenses, genética, entre outros campos de atuação. 

E para você continuar se qualificando, conheça a pós-graduação em Estética e Cosmética: Gestão, Negócios e Procedimentos do PUCRS Online e amplie seus horizontes em um dos mercados mais promissores do Brasil e do mundo: a indústria da beleza e do bem-estar. 

24 de março marca o Dia Mundial de Combate à Tuberculose

Foto: Pavel Danilyuk/Pexels

Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1982, o dia 24 de março é conhecido como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Estima-se que cerca de uma a cada quatro pessoas no planeta esteja infectada com o Mycobacterium tuberculosis (MTB), o principal agente causador da doença em humanos. Além de ser transmissível, é uma das 10 principais causas de morte em todo o mundo e a que mais mata por um único agente infeccioso. 

Felizmente, o século 21 tem sido frutífero no quesito de inovação para o tratamento da tuberculose (TB). Após um longo período sem novas alternativas terapêuticas no mercado, a última década testemunhou a aprovação de três fármacos: Bedaquilina (2012), Delamanid (2014) e Pretomanid (2019), novos medicamentos para o tratamento de variantes resistentes da TB. No entanto, a capacidade adaptativa das microbactérias demonstra que alternativas terapêuticas devem continuar sendo prioridade na agenda global de saúde. 

Os dados de resultados de tratamentos mais recentes mostram uma taxa internacional de sucesso de 57% em tratamentos. Além disso, cerca de 85% das pessoas que desenvolvem tuberculose podem ser tratadas com sucesso, seguindo um regime de medicamentos por alguns meses. 

Tuberculose e Covid-19

Segundo o diretor geral OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a pandemia ocasionada pelo SARS-CoV-2 ameaça desfazer os ganhos obtidos nos últimos anos no combate à tuberculose. Dados coletados em países com elevados números de casos da doença mostram quedas acentuadas nas notificações de novos casos em 2020.  

A modelagem da OMS sugere que, só em 2020, uma diminuição de 50% na detecção de casos de TB poderia resultar em 400 mil mortes adicionais em apenas três meses. Em resposta, a OMS está trabalhando para apoiar os países na manutenção da continuidade dos serviços essenciais de saúde, inclusive para tuberculose. 

A campanha de combate deste ano, promovida pela organização, tem como tema O tempo está passando, onde pede mais comprometimento das lideranças governamentais e da iniciativa privada por meio de ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e incentivo à pesquisa para erradicar a doença até 2030. 

Ações do INCT-TB 

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Foto: Gilson Oliveira

Desde 2008 a PUCRS sedia o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Tuberculose (INCT-TB) junto ao Centro de Pesquisas em Biologia Molecular (CPBMF) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida. O INCT-TB tem desenvolvido pesquisas que visam contribuir com o conjunto de fármacos utilizados para o tratamento da tuberculose.  

Utilizando estratégias baseadas em alvos moleculares oriundos de rotas bioquímicas essenciais para viabilidade do bacilo ou otimizando estruturalmente compostos químicos a partir de dados de triagens fenotípicas, o grupo tem obtido moléculas promissoras. “Mais que artigos científicos e formação de recursos humanos especializados, essas pesquisas desenvolvidas têm acelerado o ritmo de pedidos de proteção intelectual da instituição”, comenta Pablo Machado, pesquisador no INCT-TB.  

Desde 2019, a PUCRS vem solicitando anualmente pelo menos um pedido de depósito de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) descrevendo moléculas com elevada capacidade de inibir o crescimento do bacilo e, a maior parte dessas, com mecanismos de ação elucidados. “A potência de algumas das estruturas desenvolvidas pelo CPBMF excede em mais de 100 vezes a capacidade de inibição de fármacos como a isoniazida, utilizada como primeira linha de tratamento da tuberculose. Tais resultados têm gerado a expectativa de que as pesquisas desenvolvidas na PUCRS possam se traduzir em inovações terapêuticas para o tratamento”, completa o pesquisador.

Equipe do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul produzirá novo radiofármaco / Foto: Divulgação

O Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) passou a produzir oficialmente o radiofármaco Neuraceq neste mês. A substância, que nunca foi utilizada no Brasil, auxilia no diagnóstico de pacientes com comprometimento cognitivo e que apresentem quadros da doença de Alzheimer. A produção experimental do radiotraçador, realizada no final de 2020, ocorreu com sucesso.

Jaderson da Costa, diretor do InsCer, foi o anfitrião da reunião de abertura do projeto de Avaliação de neuroimagem estrutural e molecular em síndromes demenciais, que aconteceu no começo de março. O encontro virtual oficializou a produção do Neuraceq no País e contou com a presença de instituições parceiras, como UFPR/CETAC, DASA, Instituto de Pesquisa D’Or, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, United Health Group Brasil, UNICAMP e Hospital Albert Einstein.

Para a produção do radiofármaco está sendo utilizado o equipamento Synthera +, da empresa IBA, instalado no InsCer. Após o período de desenvolvimento do projeto a máquina permanecerá no Brasil para dar continuidade à iniciativa, fruto da colaboração entre InsCer, grupo R2IBF e a empresa Life Molecular Imaging, desenvolvedora do produto.

Jaderson da Costa em reunião com parceiros do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul / Foto: Reprodução

Segundo Louise Hartmann, coordenadora do Centro de Produção de Radiofármacos do InsCer, a colaboração por parte das instituições foi de suma importância para a implementação da iniciativa: “Com essa união vamos conseguir incluir um número maior de pacientes no estudo em um curto período de tempo. O desafio será a logística de distribuição, pois o produto deve ser aplicado no mesmo dia de fabricação, pois não é possível estocar este tipo de produto”.

A importância do radiofármaco

O Neuraceq identifica a existência de placas beta-amilóides no cérebro de pacientes (placas características do Alzheimer), sendo um marcador assertivo no diagnóstico para esta doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes.

Segundo o Ministério da Saúde, 11,5% das pessoas com 65 anos ou mais são acometidas no País pela doença , que também atinge 1,2 milhões de brasileiros e brasileiras, conforme informações da Associação Brasileira de Alzheimer. Este número tende ainda a aumentar, como um dos efeitos do envelhecimento da população.

Monitor de sinais vitais auxilia na triagem de casos de Covid-19

Foto: Finep

Desenvolvido pela Toth Lifecare, startup instalada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), o Smart Check é um monitor de sinais vitais multiparamétrico que auxilia na triagem e internação hospitalar. O equipamento, que traz rapidez e precisão aos atendimentos médicos, prezando pela segurança de pacientes e profissionais da saúde, começou a ser elaborado em 2014.

O monitor foi desenvolvido antes da pandemia e pensado em conjunto com o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), com recursos da Financiadora de Inovação e Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (Finep/MCTI). Investimento fundamental para a conclusão do projeto e que ajudou a diminuir os riscos de produção e viabilizou testes dos protótipos na emergência do HSL, até a aprovação pela Anvisa.

Eduardo Marckmann, CEO da Toth Lifecare e mestre em Economia pela PUCRS, explica que a triagem pode ser realizada em setores de emergência, em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), por exemplo: Quando o paciente chega com uma queixa, nós temos que classificar ele como alto, médio e baixo risco de contaminação e dar um desfecho. O monitor tem um software que faz essa avaliação, auxiliando as equipes de saúde.

Como funciona o monitor

O equipamento permite medir temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial, glicose e a saturação de oxigênio de forma integrada, dispensando a utilização de diferentes ferramentas para cada necessidade e funcionando como um modelo de pré-triagem que auxilia na chegada de pacientes aos hospitais. Em menos de um minuto o monitor faz a medição e passa os dados para o prontuário eletrônico automaticamente.

O Smart Check é conectado a um software que transmite todas as informações coletadas para um computador por meio do Wi-Fi, evitando erros de transcrição. “Todas as leituras são feitas juntas e muito mais rápidas. Além de otimizar o processo, também minimiza a possibilidade de erros. É uma tecnologia própria para este tipo de monitoramento, que é diferente de pacientes de UTI, que têm acompanhamento constante, complementa Marckmann.

Fabiano Hessel, professor da Escola Politécnica da PUCRS e coordenador do Grupo de Sistemas Embarcados, também participou da equipe que desenvolveu o equipamento. Segundo ele, o Smart Check tem a capacidade de processamento de informações, não apenas de coleta. “É um equipamento mais robusto que o normal, que conta inclusive com um carrinho de transporte para ajudar na mobilidade”, destaca.

Assista ao vídeo de triagem da Smart Check:

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Sobre a Toth Lifecare

A startup surgiu em 2008, fruto da união de profissionais com ampla experiência na criação de equipamentos médicos. Estruturada no Tecnopuc, a Toth Lifecare tem foco na pesquisa e desenvolvimento de equipamentos médicos, com o objetivo de oferecer produtos seguros, confiáveis e inovadores para o público.

Estudantes vacinaram mais de mil pacientes em uma semana e seguem atuando na imunização

Estudantes do curso de Enfermagem atuando na imunização / Foto: Divulgação

Desde o início de fevereiro mais de 20 estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e profissionais da saúde do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) estão atuando na campanha de imunização contra a Covid-19. Em março, 13 alunos e alunas e cinco docentes do curso de Enfermagem da PUCRS estão auxiliando na Campanha de Vacinação contra a Covid-19 na Unidade de Saúde Modelo de Porto Alegre e na US Santa Marta. Na última semana, 1283 pessoas foram imunizadas. 

Nas próximas semanas o grupo atuará em unidades de saúde do Distrito Docente Assistencial (DDA) da PUCRS, que contemplam as regiões Leste, Nordeste, Partenon e Lomba do Pinheiro. Os DDAs são estruturas de Integração Docente Assistencial (IDA) aos serviços de saúde de Porto Alegre que possibilitam que a realidade das atividades acadêmicas esteja conectada às demandas da comunidade. 

A professora Janete Urbanetto, coordenadora do curso de Enfermagem, destaca a relevância da ação para a contenção do coronavírus: 

“Participar de um momento tão importante e esperado como esse tem sido muito gratificante para estudantes e professores. Mesmo com toda a complexidade que estamos vivendo, atuar na prevenção primária por meio da vacinação nos traz a esperança de dias melhores e da redução da circulação da Covid-19″. 

A do CEUVF segue trabalhando em parceria com as equipes volantes das Secretaria de Saúde de Porto Alegre (SMS). Além disso, em março o CEUVF também passou a ser um dos pontos de vacinação na Capital gaúcha, seguindo as datas e horários previstos pela SMS. Entenda como estão funcionando os modelos de atuação: 

O grupo de estudantes, que já tem experiência de campo, também recebeu capacitação, retomando o protocolo de imunização, procedimentos técnicos e de higienização. 

Estudantes vacinaram mais de mil pacientes em uma semana e seguem atuando na imunização

Foto: Divulgação

Para quem sonha em cuidar 

A área da saúde permite uma atuação de grande importância para a sociedade. Na PUCRS, estudantes contam com uma estrutura completa de ensino, pesquisa, assistência e inovação. Conheça os diferentes cursos oferecidos! 

Além das Escolas de Ciências da Saúde e da Vida e de Medicina, o Campus da Saúde da PUCRS conta com Parque Esportivo, Hospital São Lucas (HSL), Instituto do Cérebro (InsCer), BioHub, Centro de Reabilitação e, em breve, o Centro Interdisciplinar de Saúde. 

HSL é considerado um dos melhores hospitais do País em ranking internacionalO Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) é um dos 100 melhores hospitais do país, segundo a pesquisa The World´s Best Hospitals 2021 – Brazil, da revista norte-americana Newsweek e da empresa Statista, uma das maiores e mais respeitadas globalmente na área de dados de mercado, negócios e consumo. 

O ranking, que divulgado recentemente, levou em conta a avaliação mundial de 2 mil hospitais ao redor do mundo nos seguintes quesitos: 

O ranking está em sua terceira edição e, além do Brasil, elenca os melhores hospitais em países como Austrália, Canadá, Alemanha, Japão e Inglaterra, entre outros. 

Para Leandro Firme, diretor-geral do HSL, a posição de destaque do Hospital na pesquisa é uma honra. “Tivemos um ano intenso, tomado por muitos desafios superados e este reconhecimento sinaliza que estamos no caminho certo. Mesmo diante da velocidade do avanço e todos os impactos desta pandemia, nosso time esteve e ainda está focado em proporcionar a melhor experiência aos nossos clientes”. 

Leandro ressalta ainda a qualidade e segurança na assistência prestada que fazem parte da rotina da instituição. “Ainda no ano de 2020, os nossos processos e práticas foram recertificados por um dos modelos de certificação internacional mais renomados do mundo. Investimos em novos e inovadores serviços e ainda evoluímos na atualização do nosso parque tecnológico. Ressalto a dedicação, o comprometimento e a coragem dos nossos profissionais que não medem esforços para continuar cumprindo a nossa missão: cuidar e salvar vidas todos os dias”.

Pós pediatria, IPB, pesquisa, laboratório, microscópio

Foto: Bruno Todeschini

Quando se pensa na área da saúde, fica cada vez mais evidente a importância e a necessidade de soluções inovadoras e rápidas para resolver as demandas que surgem. Aliar tecnologia e ciências da saúde e da vida mostra-se fundamental e, por isso, profissionais com essas habilidades acabam se destacando no mercado. 

Conforme os coordenadores da especialização em Inovação e Tecnologia em Saúde, professores Rafael Reimann Baptista e Cristina Moreira Nunes, esses três temas se relacionam na medida em que visam contribuir para a ampliação de conhecimentos, qualificando profissionais para a criação de soluções inovadoras e para o desenvolvimento de pesquisas relevantes para a sociedade. O curso, que é inédito, tem início previsto para agosto. As inscrições estão abertas no site do Educon. 

Aulas terão abordagem contemporânea e prática 

Baptista e Cristina contam que, a partir de uma abordagem contemporânea e prática, com conteúdos alinhados às necessidades do mercado, a qualificação dos alunos se dará pela utilização de ferramentas computacionais para solução dos problemas. O curso ainda irá debater assuntos relacionados a ciência de dados e inteligência artificial aplicados à saúde. 

“Inovação e Tecnologia em Saúde é uma especialização com visão interdisciplinar, que valoriza o trabalho colaborativo e o desenvolvimento de competências empreendedoras a partir da relação entre as Escolas de Ciências da Saúde e da Vida e Politécnica da PUCRS”, destacam os professores.

Parceria com BioHub e InovaPUCRS qualifica experiência durante a pós-graduação 

Curso inédito incentiva busca por soluções inovadoras na área da saúde

Foto: Pexels

A fim de possibilitar que os estudantes ampliem conhecimentos em inovação e tecnologia em saúde, estando aptos a criar soluções inovadoras e desenvolvendo competências, habilidades e atitudes no que se refere à prática interprofissional e empreendedora, o curso conta com duas importantes parcerias: o BioHub e a InovaPUCRS. 

O BioHub é uma iniciativa da PUCRS que, através do Parque Científico e Tecnológico – Tecnopuc, do Instituto do Cérebro (InsCer), do Hospital São Lucas (HSL) e das Escolas da Universidade, atua em um conjunto de ações sincronizadas entre as áreas com o objetivo de promover a inovação, conectando talentos e conhecimentos para gerar negócios inovadores em ciências da vida. Ele contempla mais de 90 laboratórios e mais de 100 grupos de pesquisa, além de inúmeros institutos e centros de pesquisas, sendo de uma base consistente para gerar conhecimento com potencial de se transformar em negócios.  

Já a Rede InovaPUCRS congrega o conjunto de atores, ações e mecanismos relativos ao processo de inovação e empreendedorismo da PUCRS, articulando todos os envolvidos no ensino, pesquisa e extensão. 

Inovação, tecnologia e o futuro da saúde 

Segundo os coordenadores da pós-graduação em Inovação e Tecnologia em Saúde, é importante que profissionais da área tenham conhecimento sobre esses assuntos para que se mantenham atualizados. Nesse sentido, ao final do curso os profissionais serão capazes de desenvolver e aprimorar tecnologias para a saúde, bem como práticas colaborativas e empreendedoras. “A especialização ainda é uma ótima oportunidade de networking para os estudantes, que também poderão se inserir em atividades de diversas áreas do conhecimento dentro da Universidade”, concluem. 

Estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida participam de treinamento para integrar a campanha de vacinação da Secretaria Municipal de Saúde, Enfermagem, Vacina, Coronavírus

Foto: Bruno Todeschini

Em meio às incertezas sobre como será a vida pós-pandemia, a aprovação para o uso emergencial da vacina contra a Covid-19 em grupos prioritários simboliza a possibilidade de dias melhores. Para auxiliar na vacinação, estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e profissionais da saúde do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) estão atuando em parceria com as equipes volantes da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS) na campanha de imunização. 

Mais de 20 estudantes de 11 cursos da saúde participam da ação, por meio do Programa de Educação Tutorial para Saúde da PUCRS (PET-Saúde), que já integra outras campanhas de vacinação do governo, através de um edital de colaboração. O projeto é organizado pelo Ministério da Educação e conta com supervisão e acompanhamento de docentes da Escola em práticas de campo. 

Neste sábado, 6 de fevereiro, o grupo realizou a imunização a domicílio de pessoas com mais de 60 anos e acamadas, em conjunto com o Exército. Para isso, 11 estudantes do curso de Enfermagem receberam uma capacitação na tarde da última sexta-feira, retomando o protocolo de imunização, procedimentos técnicos e de higienização. “A equipe conta com alunos e alunas que estão no último ano do curso ou inseridos no PET e que já tenham experiência de campo. Estamos prontos e com o treinamento necessário para esse tipo de atividade”, explica a professora Janete Urbanetto, coordenadora do curso de Enfermagem. 

Assistência à saúde para quem mais precisa 

Estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida participam de treinamento para integrar a campanha de vacinação da Secretaria Municipal de Saúde, Enfermagem, Vacina, Coronavírus

Foto: Bruno Todeschini

O Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) é um programa que, desde 1980, interage com a comunidade de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social das proximidades do Campus da PUCRS. Denise Matos, enfermeira que presta assistência a pacientes do CEUVF, conta que atuar no combate à pandemia é ajudar a escrever a história. 

“Por meio de uma ação colaborativa e articulada com órgãos de saúde participarmos como agentes ativos deste momento tão significativo e transformador de valorização da ciência e da tecnologia, de reconhecimento das ações de saúde comunitária e, acima de tudo, de esperança em um futuro melhor para todos e todas DENISE MATOS.

Um termo de cooperação assinado com o Município de Porto Alegre em 2020 prevê que a equipe de enfermagem do CEUVF atue diariamente junto à equipe volante da Gerência Distrital (GD) Leste/Nordeste (Leno) para a vacinação contra Covid-19. 

Utilizando os aprendizados de sala de aula na prática 

Ao escolher ingressar no curso de Enfermagem, Júlia Luvizon conta que já sabia que estaria na linha de frente de momentos como esse. Ao receber o convite fiquei muito animada. É uma chance de colocar em prática o que estou aprendendo na graduação. Sabemos que o vírus é algo muito sério e sentir medo faz parte, mas por já ter estagiado durante a pandemia e saber do tamanho do cuidado dos nossos professores com os alunos, me sinto segura e extremamente feliz de poder ajudar”, destaca. 

Sobre a importância de a Universidade oferecer assistência qualificada para a população, a professora Andrea Bandeira, coordenadora do PET e da Coordenadoria Ensino-Serviço na Saúde (DAA-Prograd), explica que “o trabalho em equipe e a prática colaborativa contribuem de forma efetiva para o melhor atendimento das necessidades da população, focando no cuidado e na segurança de pacientes. Para Clarissa Rodrigues, aluna do curso de Enfermagem que participará como vacinadora voluntária na imunização, esse é um momento histórico muito feliz: 

Acredito que é extremamente engrandecedor para a formação profissional estar presente e atuando nesse ato tão simples e ao mesmo tempo tão cheio de significado e esperança, que é vacinar. É o reflexo do trabalho árduo da ciência em prol da vida.

A PUCRS é uma das únicas universidades com um campus da saúde completo e estrutura de ensino, pesquisa, assistência e inovação integrados, com diferentes opções de cursos de graduação e pós-graduação. Saiba como estudar na PUCRS! 

Desde o início da pandemia os/as estudantes vêm produzindo materiais informativos com o acompanhamento de docentes. Os conteúdos são divulgados em serviços de saúde e também nas redes sociais. 

Leia também: Covid-19: HSL vacinou hoje a milésima profissional da saúde 

Covid-19: HSL vacinou hoje o milésimo profissional da saúde

Foto: Reprodução/HSL

Na tarde desta sexta-feira, 29 de janeiro, o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) atingiu a importante marca de mil profissionais que já receberam a primeira dose da CoronaVac, vacina desenvolvida pela Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, e da qual a instituição participou dos testes clínicos. Além da imunização gradual das equipes que atuam na linha de frente do combate à pandemia, os voluntários e as voluntárias que receberam a dose placebo do estudo também já foram imunizados, obedecendo o distanciamento social e evitando aglomerações. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no dia 17 de janeiro o uso emergencial da CoronaVac e, desde então, os grupos prioritários previstos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação têm sido chamados em etapas para a aplicação da vacina. 

Para Isabelita da Silva Gouveia, que foi a milésima pessoa a ser vacinada no HSL, fazer parte dessa iniciativa que impacta toda a sociedade é muito significativo. A gente estava esperando há tanto tempo por esse momento, passando por tantas coisas, o medo. Isso mexe muito com a nossa área. Esse momento foi muito esperado e está sendo muito abençoado hoje”, conta com emoção a técnica de enfermagem do HSL. 

Covid-19: HSL vacinou hoje o milésimo profissional da saúde

Isabelita da Silva Gouveia, técnica de enfermagem do HSL / Foto: Reprodução/HSL

“Na primeira fase, estão os trabalhadores da Saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, população indígena e comunidades tradicionais ribeirinhas. Em um segundo momento, entram pessoas de 60 a 74 anos”, explica a medida divulgada. 

Em Porto Alegre, a pesquisa foi coordenada pelo médico Fabiano Ramos, chefe do serviço de Infectologia do HSL. Ele também conduz e assessora a elaboração de protocolos de prevenção, segurança e tratamento contra a Covid-19. Conheça melhor o seu trabalho na matéria completa da Revista PUCRS (páginas 40 e 41) e confira a homenagem feita pela PUCRS.