grupo de pesquisa aids

Pesquisadores Lucas Viscardi, Marina Feijó, Anna Martha Fontanari e Angelo Brandelli. / Foto: Matheus Gomes

O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH ou HIV, do inglês Human Immunodeficiency Virus) causa a deterioração progressiva do sistema imunológico, que propicia o desenvolvimento de infecções potencialmente mortais, se não tratadas. Dentre as principais vias de transmissão estão as relações sexuais desprotegidas, a partilha de seringas contaminadas, e a transmissão entre mãe e filho durante a gravidez ou amamentação.  

Por definição da UNAIDS, devido aos contextos de vulnerabilidade, o HIV afeta desproporcionalmente pessoas que usam drogas injetáveis, transgênero, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens e pessoas encarceradas. Reconhecidos como populações-chave, esses grupos representam globalmente 65% dos casos da infecção pelo HIV. 

A política de Aconselhamento e Testagem Voluntária de HIV (ATV-HIV ou VCT-HIV em inglês) teve início no mundo em 1985, nos Estados Unidos, com a disponibilização da testagem gratuita fora dos bancos de sangue. Porém, em 1990, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, aconselhou o desuso do Aconselhamento e Testagem Voluntária de HIV (ATV-HIV). De acordo com Ângelo Brandelli, pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, esta decisão foi realizada sem considerar as particularidades e necessidades dos grupos mais afetados pelo HIV. 

O professor coordena o Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais (PVPP/PUCRS), responsável por desenvolver diversos estudos sobre HIV/Aids. Mais recentemente, o grupo teve a pesquisa intitulada Eficácia do Aconselhamento e Teste Voluntário de HIV (ATV-HIV) para redução de risco sexual entre populações-chave: uma revisão sistemática e meta-análise publicada na revista científica sobre medicina, The Lancet, do Reino Unido. Seus resultados propõem uma modificação em políticas internacionais em saúde ao comprovar a importância do ATV-HIV para reduzir comportamentos de risco de HIV entre populações-chave.  

Impacto do Aconselhamento e Testagem Voluntária de HIV 

grupo de pesquisa aids

Foto: Anna Shvets/Pexels

De acordo com o estudo desenvolvido pelos pesquisadores Lucas Viscardi, Marina Feijó e Anna Martha Fontanari, dos Programas de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde e Psicologia, o Aconselhamento e Testagem Voluntária de HIV (ATV-HIV) fornece aconselhamento antes e depois do teste, com o objetivo de promover estratégias de redução de risco, promover apoio e garantir a vinculação aos cuidados. A fase de pré-teste consiste em descrever brevemente os benefícios do teste, o significado dos resultados e as possibilidades em caso de diagnóstico de HIV positivo.  

Já na etapa pós-teste, o aconselhamento varia de acordo com o resultado. Aqueles casos que avaliaram HIV positivo, o pós-teste inclui explicar os resultados, ensinar sobre prevenção do HIV, fornecer preservativos e demais ações que fornecem suporte após um evento de mudança de vida daquela pessoa. O profissional de saúde então deve assegurar o encaminhamento para cuidados especializados e encorajar o teste de HIV dos parceiros sexuais. Desta forma, a pesquisa avaliou a eficácia de estudos de intervenção sobre o ATV-HIV para redução de risco sexual entre as populações-chave. 

O estudo aponta que o ATV-HIV é uma ferramenta eficaz para reduzir comportamentos de risco de HIV entre populações-chave, especificamente entre pessoas que usam drogas e homens que fazem sexo com homens. Foi identificado que a exposição ao aconselhamento diminuiu a frequência de relações sexuais desprotegidas e aumentou a frequência do uso de preservativo exclusivamente entre participantes HIV-positivos e casais sorodiscordantes, além de reduzir a incidência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre os participantes HIV-negativos e não testados.  Além disso, destacou-se a importância de aplicar uma diretriz clara do ATV-HIV, bem como realizar o treinamento adequado dos aconselhadores.  

Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais 

A atuação do PVPP/PUCRS ganhou destaque internacional em temas sobre a psicologia do preconceito, os modelos da cognição social e do minority stress, e sua relação com processos psicossociais como educação e saúde. Além disso, o grupo produz e avalia intervenções para a mudança de atitudes como a redução do preconceito e acesso à saúde. Outro escopo, seus estudos se concentram em entender de que forma a discriminação afeta os processos de saúde e adoecimento, especialmente saúde mental e infecções sexualmente transmissíveis. 

As linhas de pesquisa e intervenção são: estudos sobre populações em vulnerabilidade considerando diversos marcadores como gênero, identidade de gênero, orientação sexual, raça/cor/etnia, status migratório, classe social, entre outros; avaliação do preconceito e da discriminação; desenvolvimento de instrumentos; revisões sistemáticas; estudos epistemológicos e históricos; e emprego de técnicas experimentais em psicologia social e saúde, com o uso de vinhetas. Saiba mais sobre as iniciativas de pesquisa do grupo.  

Leia também: 80,7% das pessoas com HIV relatam dificuldade para contar às pessoas sobre seu diagnóstico

exercícios físicos para idosos

Foto: Cottonbro / Pexels

A exercício físico durante a senioridade impacta positivamente no bem-estar dos idosos, melhorando a saúde física e mental, e preservando a autonomia em tarefas do cotidiano, por exemplo. A doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica, da Escola de Medicina, Clarissa Biehl Printes é um exemplo de pesquisadora que se dedica a desenvolver evidências científicas aplicadas ao público idoso.  

Sua pesquisa atua por meio da atividade física na área de Gerontologia Preventiva, responsável por unir diferentes áreas de conhecimento e de pesquisa no processo de envelhecimento preventivo, para promover a saúde com prevenção de fatores de risco e doenças crônicas não transmissíveis. O projeto de Clarissa tem orientação do professor Rafael Reimann Baptista e busca avaliar o impacto do exercício físico na função cardiorrespiratória, de força-resistência, no desempenho locomotor, nas funções cognitivas e na qualidade de vida.  

“Nesta pesquisa, buscamos valorizar essa área largamente explorada nos países europeus por integrar o exercício físico, a natureza, um ambiente familiar e social saudável, valorizando sua aplicação aos idosos. Temos a certeza de que esse modelo poderá ser seguido por outros pesquisadores e profissionais de educação física, permitindo novos conhecimentos e mais uma Gerontoatividade a ser valorizada e adotada no nosso país”, destaca.

Pesquisa em Orientação aplicada 

exercício físico para idosos

Foto: Barbara Olsen / Pexels

Clarissa Biehl Printes é educadora física, doutora em Ciências do Esporte pela Universidade de Córdoba, da Espanha. Atualmente, a aluna desenvolve seu segundo doutorado em Envelhecimento devido a linha de pesquisa desenvolvida na PUCRS nesse campo, e forte interesse profissional entre a ciência do exercício clínico e o envelhecimento. A doutoranda explica que o idoso praticante de exercício físico sai em vantagem em relação ao não praticante quanto a sua saúde e anos vividos com saúde e qualidade. 

Atualmente, sua tese de doutorado está na 19ª semana, onde idosos realizam um percurso pré-definido na modalidade de Orientação aplicada presencialmente ao ar livre no campus da PUCRS. A pesquisa é pioneira no uso desta modalidade em pesquisa e até outubro serão 24 semanas de atividades de trabalho que consistem em avaliações físicas, biomecânicas, avaliações cognitivas e psicológicas. 

O objetivo principal é demonstrar o efeito da modalidade por meio de comparação entre a modalidade de Orientação e Pedestrianismo (caminhada) que acontece no Parque Esportivo também duas vezes por semana, com duas turmas de idosos ativos e um grupo controle (grupo de idosos que servirá como base de comparação para o grupo que recebe o tratamento em teste).  

De acordo com Clarissa, essa comparação entre os efeitos de ambas modalidades se faz necessária, pois elas utilizam a caminhada como base, porém a orientação se diferencia pela causa de um efeito direto sobre as habilidades mentais devido ao estresse cognitivo do uso do mapa e orientação no percurso. 

Benefícios dos exercícios para os idosos 

exercício físico para idosos

Foto: Marcus Aurelius / Pexels

A doutoranda já evidenciou diversos pontos importantes ao longo do avanço de sua pesquisa e ressalta que a experiência de estudos com o grupo de idosos tem demonstrado componentes que irão influenciar nas decisões de atuação para melhorar a saúde e qualidade de vida dos idosos. 

Alguns dos benefícios apontados por Clarissa são a recuperação e o aumento da condição/aptidão cardiorrespiratória com repercussão direta sobre a saúde cardíaca, vascular, respiratória e cerebral. Além da recuperação e aumento da condição/aptidão muscular com repercussão direta sobre a saúde muscular, de prevenção de sarcopenia (perda de massa muscular) e dinapenia (perda de força muscular) com impacto direto sobre a funcionalidade, independência e risco de quedas.  

A aluna conta que o exercício físico também tem impacto sobre a saúde óssea, pois combate o desenvolvimento de osteopenia e osteoporose, outro grande problema em saúde pública. Ela pontua também que os efeitos da atividade física no cérebro são protetores por diversos mecanismos fisiológicos no ambiente cerebral, como melhora da integridade vascular cerebral, hormonal, neuronal e outros.  

“Assim, a prática constante também influencia positivamente sobre a saúde mental, combate a depressão, ansiedade pelo desencadeamento de uma melhor função de neurotransmissores e hormônios típicos liberados no exercício físico, como beta endorfinas, serotonina, dopamina, esta última importantíssima para combater doenças neurodegenerativas como a doença de Parkinson”, afirma. 

Leia também: Programa busca incentivar a atividade física para idosos

dia do triatlo, companhia dos cavalos

Foto: Divulgação Companhia dos Cavalos

Cada vez mais popular no País, o Triatlo celebra o seu dia neste 18 de agosto. Criado nos Estados Unidos durante os anos 70 e praticado no Brasil a partir de 1980, o esporte é indicado para todos os públicos e já conquistou uma legião de atletas – profissionais e amadores/as – no mundo todo. Para quem ainda não está familiarizado, esse esporte se destaca por ser altamente dinâmico, envolvendo três esportes em sequência: natação, ciclismo e corrida.  

Além de ser considerado uma modalidade olímpica desde os jogos de Sydney, na Austrália em 2000, o Triatlo está mais próximo de você do que parece. Para apresentar as possibilidades da categoria, convidamos Cleimar Rodrigo Tomazelli, profissional de Educação Física e sócio proprietário da Companhia dos Cavalos, escola situada no Parque Esportivo da PUCRS, para contar mais detalhes sobre como a companhia funciona.  

Como é praticar Triatlo na Companhia dos Cavalos? 

Focada em difundir os benefícios do esporte da forma mais ampla possível, a escola adotou como o lema a frase “Triatlo para todos”. Seguindo essa lógica, a companhia atende todos os públicos e diferentes níveis técnicos. A metodologia utilizada foi desenvolvida pela própria equipe e é adequada a cada perfil de aluno/a, desde iniciantes, que nunca praticaram triatlo e pretendem ter uma nova experiência, até atletas experientes que procuram o alto rendimento.  

“Nós respeitamos as características  de cada aluno e aluna, levando em conta essas individualidades para elaborarmos o treino mais adequado possível para cada tipo de atleta. Com isso, a aprendizagem se torna muito mais eficaz e dinâmica”, destaca o profissional.  

É importante destacar também que qualquer pessoa, independentemente de idade, pode participar. Cleimar explica que, caso alguém não saiba nadar, poderá realizar alguns meses de aulas na Escola de Natação do Parque Esportivo e, logo após, ingressar com segurança no triatlo. Além disso, quem pratica o esporte na Companhia dos Cavalos também tem o direito de usar os demais serviços da escola, mesmo fora do Parque, sem pagar nenhuma taxa extra por isso. 

Quais as vantagens de praticar Triatlo no Parque Esportivo? 

O maior benefício está na comodidade: o/a aluno/a poderá realizar as três modalidades (natação, bicicleta e corrida) sem sair do Parque Esportivo. Isso porque o/a atleta tem acesso à estrutura do Parque Esportivo, tendo à disposição uma das melhores piscinas olímpicas cobertas e térmicas do Brasil.  

“O nosso treinador fica na borda da piscina em dois dias da semana. Também temos dez rolos estacionários para que os/as alunos/as possam pedalar de forma indoor, na beira da piscina. A corrida pode ser realizada num percurso de 770 m, dentro do Parque, e também na pista de atletismo oficial, dentro do estádio olímpico da PUCRS”, ressalta. 

Cleimar também pontua que os/as alunos/as de Triatlo também podem utilizar a piscina com raia livre, de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 22h30, e nos sábados das 8h às 13h. Sem contar a possibilidade de estacionar gratuitamente em um local seguro e coberto, dentro do complexo do Parque Esportivo. 

“Nós prezamos por um atendimento totalmente personalizado, com os treinadores disponíveis em todas as modalidades de forma presencial e online, pelo WhatsApp, Instagram, e-mail e aplicativo TREINUS, onde os treinos ficam disponíveis para o/a aluno/a acessar de qualquer lugar, desde que tenha internet.”

Como faço para estabelecer metas e objetivos no Triatlo? 

Cleimar é enfático ao dizer que a primeira pergunta da anamnese, entrevista conduzida pelo profissional da saúde, é justamente sobre qual a meta ou objetivo do novo/a aluno/a ao entrar na Cia dos Cavalos. A partir da resposta, é analisado se aquilo é condizente com a atual condição física do aluno. “Somos totalmente sinceros para que a pessoa não se sinta frustrada ao ter como objetivo algo totalmente fora da sua realidade. Nesses casos, com todo o cuidado, explicamos tecnicamente o porquê deveríamos rever a meta para que, passo a passo, possamos avançar com segurança e muita saúde”.  

dia do triatlo

Foto: Arquivo Pessoal

João Pedro Miranda Difini, 26 anos, acadêmico de Medicina na PUCRS, conta que dar o melhor de si para conseguir performar ao nível amador é a sua meta no Triatlo. Para ele o esporte é muito mais do que um hobby ou entretenimento.  

“Para mim, o Triatlo é um estilo de vida, é o alicerce de uma rotina saudável. Faz parte da minha rotina assim como qualquer compromisso, por isso, tento conciliar sempre com a rotina da faculdade na medida do possível”, comenta João, que irá participar do torneio Ironman 70.3 Floripa no ano que vem. 

Sobre a Companhia dos Cavalos 

Criada em agosto de 2011, a Companhia dos Cavalos tinha a corrida de rua como foco. Aos poucos, viram a necessidade de ampliar o leque de serviços, expandindo para as modalidades trail, duatlo, aquatlo e triatlo. Atualmente, é uma das maiores assessorias esportivas do Sul do Brasil, com quase 300 alunos/as ativos/as. Além dos treinos, são realizados diversos eventos internos, esportivos e sociais, promovendo integração, novas relações e fortalecendo amizades e a união do grupo. 

Além disso, a Cia dos Cavalos é a única assessoria esportiva do Brasil que possui à disposição dos/as alunos/as treinos em uma piscina olímpica térmica coberta e uma pista de atletismo oficial, de maneira exclusiva, e no mesmo complexo esportivo.  

Curiosidade sobre o nome da escola 

Desde os tempos mais remotos, o cavalo sempre esteve ao lado dos humanos. Foi meio de transporte quando não existiam outras opções, ajudou a arar terras para o plantio dos alimentos, travou duras batalhas, arriscando a própria vida em várias guerras, e sempre foi um fiel e leal companheiro.  

“Símbolo de força, coragem, trabalho, lealdade e amizade, não foi muito difícil escolher o coletivo “Companhia” para se aliar ao nome desse fantástico animal, formando assim a equipe Companhia dos Cavalos”, conta Cleimar.  

AGENDE SUA AULA EXPERIMENTAL

atividade física para idosos

Foto: Divulgação

Melhorar a condição de saúde de idosos em vulnerabilidade social por meio da prática de exercícios físicos. Esse é o objetivo do Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos (PIAFI), promovido pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) e do Hospital São Lucas (HSL), ambos unidades da PUCRS, em parceria com o Conselho Municipal do Idoso em Porto Alegre (COMUI).  

Neste 26 de julho, Dia dos Avós, a pauta ganha um significado ainda maior, pois reforça a importância do incentivo ao bem-estar integral da pessoa idosa. Pensando nisso, o programa compreende diferentes modalidades, as Gerontoatividades, em que o objetivo é a prevenção e o tratamento das principais doenças que incidem no envelhecimento e dos sintomas que comprometem a qualidade de vida dos idosos. A partir desse trabalho, busca-se colaborar para que estas pessoas consigam envelhecer com autonomia e independência.  

“O envelhecimento com qualidade é um dos maiores desafios da nossa sociedade atual, tanto que a OMS declarou a década de 2021-2030 como a década do envelhecimento saudável. O PIAFI tem o objetivo ambicioso de inserir a atividade física personalizada para cada idoso como uma medida de saúde pública para reduzir o risco de doenças crônicas, promover a interação social, assegurar a funcionalidade e independência dos nossos idosos”, explica diretor do IGG, Douglas Kazutoshi Sato. 

Atividade física para idosos 

atividade física para idosos, prática esportivas, piafi

Foto: Bruno Todeschini

Coordenado pelo IGG, o Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos tem a meta inicial de prestar assistência gratuita para 200 idosos em vulnerabilidade social, residentes de Porto Alegre. Os idosos terão acesso ao programa por meio do atendimento nos ambulatórios do SUS do Hospital São Lucas da PUCRS. Então, serão encaminhados pelos médicos assistentes a participarem do projeto, que ocorrerá nas instalações do Parque Esportivo da PUCRS.  

Nesta etapa inicial, estão sendo realizadas capacitações dos profissionais de Educação Física que irão monitorar as atividades realizadas com os integrantes do Programa. Inicialmente, serão formadas turmas de 25 idosos para a realização de atividades como Ginástica Curativa Chinesa, Caminhada Orientada, Pilates, Danças Circulares, Atividade Aquáticas, entre outras.  

Posteriormente, os idosos atendidos nos postos de saúde do Município de Porto Alegre também poderão participar do Programa, desde que tenham uma indicação médica e a realizem uma avaliação física de pré-participação. 

“Tudo isso tem o objetivo final de servir como um exemplo de como podemos melhorar a qualidade de vida dos idosos que vivem na nossa cidade de Porto Alegre”, afirma Sato. 

Leia também: Entrevista: Bernardinho comenta os impactos do esporte no desenvolvimento profissional

atividade física para idosos

Foto: Divulgação

Melhorar a condição de saúde de idosos em vulnerabilidade social por meio da prática de exercícios físicos. Esse é o objetivo do Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos (PIAFI), promovido pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) e do Hospital São Lucas (HSL), ambos unidades da PUCRS, em parceria com o Conselho Municipal do Idoso em Porto Alegre (COMUI).  

Neste 26 de julho, Dia dos Avós, a pauta ganha um significado ainda maior, pois reforça a importância do incentivo ao bem-estar integral da pessoa idosa. Pensando nisso, o programa compreende diferentes modalidades, as Gerontoatividades, em que o objetivo é a prevenção e o tratamento das principais doenças que incidem no envelhecimento e dos sintomas que comprometem a qualidade de vida dos idosos. A partir desse trabalho, busca-se colaborar para que estas pessoas consigam envelhecer com autonomia e independência.  

“O envelhecimento com qualidade é um dos maiores desafios da nossa sociedade atual, tanto que a OMS declarou a década de 2021-2030 como a década do envelhecimento saudável. O PIAFI tem o objetivo ambicioso de inserir a atividade física personalizada para cada idoso como uma medida de saúde pública para reduzir o risco de doenças crônicas, promover a interação social, assegurar a funcionalidade e independência dos nossos idosos”, explica o diretor do IGG, Douglas Kazutoshi Sato. 

Atividade física para idosos 

atividade física para idosos, prática esportivas, piafi

Foto: Bruno Todeschini

Coordenado pelo IGG, o Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos tem a meta inicial de prestar assistência gratuita para 200 idosos em vulnerabilidade social, residentes de Porto Alegre. Os idosos terão acesso ao programa por meio do atendimento nos ambulatórios do SUS do Hospital São Lucas da PUCRS. Então, serão encaminhados pelos médicos assistentes a participarem do projeto, que ocorrerá nas instalações do Parque Esportivo da PUCRS.  

Nesta etapa inicial, estão sendo realizadas capacitações dos profissionais de Educação Física que irão monitorar as atividades realizadas com os integrantes do Programa. Inicialmente, serão formadas turmas de 25 idosos para a realização de atividades como Ginástica Curativa Chinesa, Caminhada Orientada, Pilates, Danças Circulares, Atividade Aquáticas, entre outras.  

Posteriormente, os idosos atendidos nos postos de saúde do Município de Porto Alegre também poderão participar do Programa, desde que tenham uma indicação médica e realizem uma avaliação física de pré-participação. 

“Tudo isso tem o objetivo final de servir como um exemplo de como podemos melhorar a qualidade de vida dos idosos que vivem na nossa cidade de Porto Alegre”, afirma Sato. 

Leia também: Entrevista: Bernardinho comenta os impactos do esporte no desenvolvimento profissional

A PUCRS, por meio do núcleo de pesquisa Human Factors and Resilience Research (HFACTORS), iniciou um projeto com profissionais da área da saúde em Porto Alegre. O objetivo é identificar questões relacionadas a bem-estar, saúde mental e segurança a partir da percepção desses profissionais, que estão entre os que mais sofrem de esgotamento no ambiente de trabalho. 

Apesar de não haver perguntas relacionadas à pandemia de Covid-19, os resultados do estudo deverão ser impactados por esse contexto e mostrar, de alguma forma, como essa área foi afetada. A meta é que aproximadamente 500 pessoas do setor da saúde, que atuem em hospitais, respondam a questionário com uma série de variáveis, como liderança, carreira e autocuidado. A pesquisa inicia sendo aplicada com os funcionários do Ernesto Dornelles, em um segundo momento sendo aplicada no Hospital São Lucas da PUCRS e posteriormente ampliada para outras instituições hospitalares da Capital. 

“Essa pesquisa está sendo realizada justamente em um momento de pandemia que é um importante estressor. É um momento histórico que estamos vivendo, de imprevistos e de incertezas”, observa uma das pesquisadoras envolvidas Maria Isabel Barros Bellini, que é professora do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da PUCRS. 

Segundo a pós-doutoranda do HFACTORS Fernanda Xavier Arena, os profissionais da saúde já têm um índice elevado de esgotamento. “A pandemia aumentou ainda mais o sofrimento”, acrescenta. 

Nesse sentido, a pesquisa também observará a presença de práticas de autocuidado, as quais servem de estratégia para lidar com o estresse causado pelo trabalho. Uma revisão de pesquisas sobre o assunto mostrou que atividades de lazer, esporte, atenção plena e meditação, por exemplo, reduzem o risco de desenvolvimento da síndrome de Burnout, que o esgotamento decorrente de estresse crônico no local de trabalho, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

As pesquisadoras consideram que, durante a pandemia, alguns espaços que funcionavam como locais de interação, atividades e lazer foram fechados, o que contribuiu processos de sofrimento e isolamento. “Com o agravamento dos sintomas, vem a importância do autocuidado como uma das formas de enfrentamento”, ressalta Bellini. 

De forma geral, o estudo trará um panorama, a partir de múltiplas variáveis, sobre a relação dos trabalhadores com o seu trabalho. “Queremos entender um pouco mais a relação que os trabalhadores têm com seu trabalho e sobre o próprio contexto desse ambiente e desse trabalho realizado”, explica a doutoranda Daniela Boucinha, psicóloga que também faz parte da equipe. 

A pesquisadora informou que o objetivo é também investigar a influência que a liderança exerce sobre as questões relacionadas a bem-estar, saúde mental e segurança. “Queremos saber da relação entre líderes e liderados”, disse Boucinha. 

Entre os benefícios da pesquisa, Arena, que é assistente social e tem doutorado em Psicologia, observa que, a partir do conhecimento das percepções dos trabalhadores, é possível elaborar alternativas. Segundo ela, o conhecimento das condições de trabalho auxilia no aprimoramento das práticas de autocuidado, o que também impacta na melhoria das condições de trabalho na otimização do atendimento prestado. 

A pesquisa conta ainda com a professora de Psicologia da PUCRS Manoela Ziebell de Oliveira e com a pós-doutoranda Lidiany de Lima Cavalcante e tem característica interdisciplinar. O grupo de trabalho se ampara na experiência de projetos desenvolvidos desde 2014 com abordagem de Fatores Humanos e Engenharia de Resiliência no setor de óleo e gás. Por demanda externa, agora expande sua atuação para o segmento da saúde. 

Sobre o HFACTORS 

O Human Factors and Resilience Research (HFACTORS) é núcleo vinculado à Escola Politécnica da PUCRS, em parceria com a Escola de Negócios, formado por profissionais de diferentes formações, como Engenharia de Resiliência, Sociologia, Serviço Social, Psicologia, Engenharia, Mídia e Gestão do Conhecimento. A equipe estuda e desenvolvendo soluções, principalmente de segurança, em sistemas sociotécnicos complexos. O que vincula todos os pesquisadores do núcleo é a abordagem de Fatores Humanos a qual observa a interação do homem com o ambiente de trabalho, incluindo os fatores ambientais e organizacionais. A Coordenação Geral do HFACTORS está sob a responsabilidade do Prof. Dr. Eduardo Giugliani.

esportes no inverno

Foto: Alesia Kozik/Pexels

Durante o inverno, é comum que as pessoas apresentem um apetite maior – principalmente por alimentos gordurosos – e menos disposição para sair de casa e praticar atividades físicas. No entanto, há aqueles que vão na contramão dessa tendência e procuram manter o hábito de fazer exercícios mesmo nos dias mais frios. 

Quem está nesse caminho são os comunicadores Alice Bastos Neves e Luciano Périco, que protagonizam a série Caminhos Para a Vitória. Produzida pelo Grupo RBS em parceria com a PUCRS, e exibida às terças-feiras durante o Globo Esporte, a série em formato de reality show foi gravada em diferentes lugares do Campus da Saúde, como o Hospital São Lucas e o Parque Esportivo.

A segunda temporada, cujo primeiro episódio estreou no dia 17 de maio, acompanha Alice e Lucianinho se preparando para cobrir a Copa do Mundo no Catar, que ocorrerá em novembro deste ano. Além da imersão nos aspectos da cultura local, os episódios mostram os jornalistas indo a consultas médicas, treinos de academia e até mesmo correndo na Rústica de Porto Alegre.  

Para aqueles que, assim como os dois apresentadores, pretendem manter o hábito da prática de esportes no inverno e, ao mesmo tempo querem cuidar da alimentação, o professor Giuseppe Potrick Stefani, docente do curso de Nutrição da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, dá dicas de como cuidar do bem-estar físico nos dias mais gelados. Confira:

1) Mantenha-se hidratado

É importante manter a hidratação tanto antes quanto após o exercício físico. Durante o inverno podemos reduzir naturalmente o consumo de líquidos sem mesmo perceber. Tomar de um a dois copos médios e meio duas horas antes do início do exercício garantirá que você irá iniciar o treino hidratado(a).

2) Preste atenção aos sinais do corpo

Fique atento(a) aos sinais que seu corpo está comunicando. No frio, geralmente comemos mais e fazemos refeições com um padrão mais denso de energia. A sensação de saciedade após uma refeição pré/pós-treino deve ser observada com cautela para não haver exageros no consumo.

3) Busque opções quentes de lanches

Caminhos para a Vitória será protagonizado por comunicadores do Grupo RBS

Reality show será protagonizado pelos comunicadores Luciano Périco e Alice Bastos Neves / Foto: André Ávila/Agência RBS

É sempre bom variar o tipo de refeição, especialmente nos dias frios. Monotonia alimentar é um hábito que todos nutricionistas incentivam que se abra mão. Portanto, se puder ser uma versão quente, mude!

4) INCLUA LEGUMES COZIDOS NAS REFEIÇÕES

Inclua mais vegetais refogados ou cozidos na sua alimentação. No frio, geralmente, uma salada fria não é a primeira escolha de muitas pessoas. Por isto, opções veganas quentes que podem enriquecer a cor e qualidade nutricional do seu almoço e/ou jantar. Sempre que possível, tente optar por opções orgânicas, especialmente de feiras próximas a você.

5) USE BEBIDAS QUENTES COMO ACOMPANHAMENTO NOS LANCHES

Cafés, chás e outras bebidas quentes são excelentes opções para acompanhar lanches intermediários. Sempre que possível, use opções saudáveis para deixar seu lanche mais saboroso e até mesmo ganhar um “plus” de desempenho físico. Café em doses habituais pode ser um excelente estimulante para aumentar o desempenho do seu treino. Só cuide para não exagerar na dose de uma só vez! 

Dica bônus PARA FAZER ESPORTES NO INVERNO: 

Evite esquentar preparações com suplementos de proteínas: o aquecimento excessivo presente em preparações “fit” contendo suplementos de whey protein acaba desnaturando proteínas da receita. Isso significa que você não perderá o conteúdo total de proteínas, mas o calor irá modificar os efeitos biológicos delas. Por isso, busque consumir as preparações frias ou em temperatura ambiente. 

Leia também: 5 dicas: cuidados para se ter com a saúde ao longo do ano 

esportes no inverno

Foto: Alesia Kozik/Pexels

Durante o inverno, é comum que as pessoas apresentem um apetite maior – principalmente por alimentos gordurosos – e menos disposição para sair de casa e praticar atividades físicas. No entanto, há aqueles que vão na contramão dessa tendência e procuram manter o hábito de fazer exercícios mesmo nos dias mais frios. 

Quem está nesse caminho são os comunicadores Alice Bastos Neves e Luciano Périco, que protagonizam a série Caminhos Para a Vitória. Produzida pelo Grupo RBS em parceria com a PUCRS, e exibida às terças-feiras durante o Globo Esporte, a série em formato de reality show foi gravada em diferentes lugares do Campus da Saúde, como o Hospital São Lucas e o Parque Esportivo.

A segunda temporada, cujo primeiro episódio estreou no dia 17 de maio, acompanha Alice e Lucianinho se preparando para cobrir a Copa do Mundo no Catar, que ocorrerá em novembro deste ano. Além da imersão nos aspectos da cultura local, os episódios mostram os jornalistas indo a consultas médicas, treinos de academia e até mesmo correndo na Rústica de Porto Alegre.  

Para aqueles que, assim como os dois apresentadores, pretendem manter o hábito da prática de esportes no inverno e, ao mesmo tempo querem cuidar da alimentação, o professor Giuseppe Potrick Stefani, docente do curso de Nutrição da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, dá dicas de como cuidar do bem-estar físico nos dias mais gelados. Confira:

1) Mantenha-se hidratado

É importante manter a hidratação tanto antes quanto após o exercício físico. Durante o inverno podemos reduzir naturalmente o consumo de líquidos sem mesmo perceber. Tomar de um a dois copos médios e meio duas horas antes do início do exercício garantirá que você irá iniciar o treino hidratado(a).

2) Preste atenção aos sinais do corpo

Fique atento(a) aos sinais que seu corpo está comunicando. No frio, geralmente comemos mais e fazemos refeições com um padrão mais denso de energia. A sensação de saciedade após uma refeição pré/pós-treino deve ser observada com cautela para não haver exageros no consumo.

3) Busque opções quentes de lanches

Caminhos para a Vitória será protagonizado por comunicadores do Grupo RBS

Reality show será protagonizado pelos comunicadores Luciano Périco e Alice Bastos Neves / Foto: André Ávila/Agência RBS

É sempre bom variar o tipo de refeição, especialmente nos dias frios. Monotonia alimentar é um hábito que todos nutricionistas incentivam que se abra mão. Portanto, se puder ser uma versão quente, mude!

4) INCLUA LEGUMES COZIDOS NAS REFEIÇÕES

Inclua mais vegetais refogados ou cozidos na sua alimentação. No frio, geralmente, uma salada fria não é a primeira escolha de muitas pessoas. Por isto, opções veganas quentes que podem enriquecer a cor e qualidade nutricional do seu almoço e/ou jantar. Sempre que possível, tente optar por opções orgânicas, especialmente de feiras próximas a você.

5) USE BEBIDAS QUENTES COMO ACOMPANHAMENTO NOS LANCHES

Cafés, chás e outras bebidas quentes são excelentes opções para acompanhar lanches intermediários. Sempre que possível, use opções saudáveis para deixar seu lanche mais saboroso e até mesmo ganhar um “plus” de desempenho físico. Café em doses habituais pode ser um excelente estimulante para aumentar o desempenho do seu treino. Só cuide para não exagerar na dose de uma só vez! 

Dica bônus PARA FAZER ESPORTES NO INVERNO: 

Evite esquentar preparações com suplementos de proteínas: o aquecimento excessivo presente em preparações “fit” contendo suplementos de whey protein acaba desnaturando proteínas da receita. Isso significa que você não perderá o conteúdo total de proteínas, mas o calor irá modificar os efeitos biológicos delas. Por isso, busque consumir as preparações frias ou em temperatura ambiente. 

Leia também: 5 dicas: cuidados para se ter com a saúde ao longo do ano 

Nas últimas semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou novos casos da varíola dos macacos em países que são não endêmicos para o vírus. A doença se manifestou em países da Europa, como Reino Unido, Espanha e Portugal e também na América do Norte, nos Estados Unidos e Canadá. Por enquanto, no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são três casos suspeitos, um deles no Rio Grande do Sul, e a varíola dos macacos já causa alerta na população e na comunidade científica.

O professor da Escola de Medicina e Chefe do Serviço de Infectologia e Controle de Infeccção do Hospital São Lucas da PUCRS, Diego Rodrigues Falci, destaca a importância de diferenciar as doenças varíola e varíola dos macacos para não causar mais alvoroço na população. O docente explica que a varíola é uma doença que já foi erradicada e que o nome “varíola dos macacos” surgiu de uma tradução do termo em inglês “monkeypox”.

A professora de Infectologia da Escola de Medicina, Patrícia Fisch ressalta que os principais fatores que contribuíram para a erradicação da varíola foram a existência de uma vacina efetiva e disponível, a inexistência de portadores assintomáticos da doença e o fato de que apenas os humanos eram reservatórios para os vírus. Já a varíola dos macacos (monkeypox em inglês) é uma doença viral, causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, com sintomas similares aos da varíola, porém menos graves.

“Diferentemente da varíola que foi erradicada no mundo, a varíola dos macacos segue ocorrendo em países da África Central e Ocidental e é considerada uma zoonose – uma doença transmitida de animais para humanos. Vários animais já foram relacionados a essa transmissão, como esquilos, ratos e diferentes espécies de macacos”, explica a docente.

Transmissão e Sintomas

A transmissão da Monkeypox ocorre principalmente em áreas de floresta tropical da África e ocasionalmente dissemina-se para outras regiões do globo, de acordo com Falci. Sua transmissão é chamada de zoonótica, quando transmite do animal para o homem, através de mordidas, arranhões, consumo e preparação de carne contaminada, contato direto ou indireto com fluidos ou lesões. Além disso, a doença pode ser transmitida de humano para humano através de gotículas respiratórias e contato prolongado direto ou indireto com fluidos corporais ou material das lesões.

Por conta disso, a professora Patrícia destaca que a transmissão de varíola dos macacos entre humanos é considerada limitada. A docente destaca que diferente de outros vírus com transmissão facilitada entre humanos, como o da Covid-19 ou o sarampo, acredita-se que para a transmissão de varíola dos macacos é necessário contato físico próximo com uma pessoa que apresente sintomas, como ocorre durante as relações sexuais, quando há contato pele a pele mais intenso, além de exposição de mucosas.

Os infectologistas da Escola de Medicina também informam que os principais sintomas da varíola dos macacos são febre, erupção cutânea com bolhas em rosto, mãos, pés e/ou genitais, aumento de linfonodos, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.  Já o período de incubação varia entre 5 a 21 dias, e a doença geralmente dura de 2 a 4 semanas, uma condição autolimitada associada a uma baixa taxa de letalidade (cerca de 1%).

Chegada da varíola dos macacos ao Brasil

Entre os dias 13 e 21 de maio de 2022, foram notificados à OMS 92 casos confirmados e 28 casos suspeitos em 12 países não-endêmicos para varíola dos macacos. Os casos foram identificados em vários países da Europa, na América do Norte e na Austrália. Já os países onde a doença é considerada endêmica são Benin, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Gabão, Gana, Costa do marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa e Sudão do Sul. No dia 30 de maio o Ministério da Saúde do Brasil confirmou que investiga e monitora três casos suspeitos em território nacional.

Patrícia comenta que, com esse novo surto em países não-endêmicos, existe a possibilidade de a doença chegar ao Brasil já que atualmente o mundo todo é uma grande aldeia global conectada por vasta malha aérea. Porém com uma identificação precoce de casos suspeitos é possível realizar o manejo clínico adequado e a rápida instituição das medidas necessárias para bloqueio da transmissão. Para isso, também é importante intensificar as medidas de vigilância e de informação da população a fim de promover o rápido reconhecimento dos eventuais casos.

O professor Diego Falci evidencia que os cuidados para serem tomados são a higiene das mãos, essencial para a prevenção de diversas doenças infecciosas, e evitar contato com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Além disso, Patrícia realça o isolamento domiciliar dos casos (suspeitos e confirmados) e usar máscara se necessidade de contato próximo a alguém com sintomas. 

O Hospital São Lucas da PUCRS está à disposição e atento para a evolução desta reemergência da doença e todas as medidas serão seguidas para garantir a segurança da comunidade e de todas e todos os usuários e profissionais do Hospital. Acesse o site para mais informações.

nanotecnologia

A nanotecnologia garante camadas de proteção antivirais e antimicrobianas às máscaras./Foto: Lucas Villela

A rotina intensa de um hospital pede proteção extra para os/as funcionários/as, principalmente em um contexto de pandemia. Para contribuir com a segurança sanitária do Hospital São Lucas (HSL) da PUCRS, a Nanowear, startup que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), realizou a doação de mil máscaras com nanotecnologia aos colaboradores.  

Conhecida como uma pequena solução para grandes problemas, a nanotecnologia consiste em comprimir, controlar e utilizar as propriedades da matéria em nanoescala. Desenvolvidas em 2021, a produção das máscaras contou com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em programa de combate à Covid-19.  

Os itens são fabricados com material 100% algodão e a nanotecnologia garante camadas de proteção antivirais e antimicrobianas sem interferir nas características do tecido. As máscaras ainda possuem propriedade de hidrorrepelência, ou seja, não molham nem sujam com facilidade. É importante lembrar que elas não substituem os EPIs, mas são uma excelente alternativa para o dia a dia.

Diana Jardim, coordenadora de inovação do HSL e do BioHub PUCRS, destaca que a Nanowear realiza diversas ações de responsabilidade social, inclusive oferecendo jalecos hospitalares a preços similares à roupa sem a tecnologia, levando todos os benefícios a muito mais pessoas. “É com muito orgulho que contamos com esse empreendimento no nosso ecossistema de saúde, Universidade, laboratórios, hospitais e empresas parceiras”

Atuação próxima e responsável 

Além da doação das máscaras, a Nanowear está planejando um teste com a área de controle de infecções hospitalares e com os laboratórios da Universidade para comprovar que mesmo as bactérias mais resistentes são repelidas pela nanotecnologia.  

 “No propósito de levar nanotecnologia de forma acessível para as pessoas, a Nanowear tem trabalhado no pilar social e desenvolvendo ações constantes que possam levar os produtos com nanotecnologia para as pessoas”, explica Andrè Flôrès, chefe de inovação da Nanowar.  

A startup já atua com nanotecnologia no segmento de alimentos e calçadista. Atualmente, produz todo tipo de enxoval hospitalar e consegue oferecer em torno de 30% de economia com redução no consumo de água, insumos e energia. Além disso, a tecnologia ajuda na diminuição da contaminação por bactérias e vírus, reduzindo desgastes, sujeiras e danos nos tecidos.  

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Cirurgia de Parkinson

Foto: Hospital São Lucas/Divulgação

Cerca de 1% da população acima de 65 anos possui Doença de Parkinson, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Essa condição é ocasionada por uma degeneração de células responsáveis por produzir uma substância chamada dopamina, que realiza a comunicação entre neurônios. Sua falta ocasiona os principais sintomas do Parkinson: tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações tanto na fala quanto na escrita. 

Pensando em melhorar a vida desses pacientes, Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) agora oferece a Deep Brain Stimulation, uma cirurgia para os portadores da doença. Nela, são implantados eletrodos para modular os estímulos elétricos nas regiões afetadas pelo Parkinson. Com isso, o paciente pode manter seu desempenho motor por mais tempo.  

Quem pode fazer a cirurgia?  

A Doença de Parkinson não possui cura, entretanto, o uso de medicamentos é capaz de manter a vida do paciente mais estável. “A maioria das pessoas responde bem aos medicamentos nos primeiros anos e depois o remédio começa a causar complicações, provocando distúrbios de movimentos em decorrência da medicação”, explica o neurocirurgião do HSL Paulo Petry Oppitz. Nesses momentos, os médicos podem precisar aumentar a dose dos medicamentos e, em alguns casos, isso já não é suficiente para controlar os sintomas de forma satisfatória: é aí que entra a cirurgia.  

De acordo com a neurologista Sheila Trentin, existem alguns critérios aos quais o paciente deve atender para estar apto a realizar o procedimento cirúrgico:  

Em relação a esse último critério, ela ainda explica que, mesmo nos casos mais graves de Parkinson, a medicação faz efeito. No entanto, o tempo de efeito do remédio diminui. “Existe, ainda, uma exceção que é o caso do tremor: esse sintoma pode não responder bem aos remédios e costuma ter excelente resposta à cirurgia. Inclusive, além dos pacientes com Parkinson, aqueles que possuem Tremor Essencial também podem ser beneficiados por esse procedimento”, complementa.  

Como funciona o atendimento no HSL? 

Para ter certeza de que o paciente está apto a realizar a cirurgia, é importante realizar uma avaliação médica com um neurologista, que o encaminhará para um neurocirurgião. Esses atendimentos são realizados pelo Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital São Lucas. O agendamento de consultas particulares ou por convênio podem ser realizadas através do telefone (51) 3320-3200, do WhatsApp (51) 98502-1128 ou do site do Hospital 

saúde, bem-estar

Foto: iStock

Em parceria com o Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG), a startup Dieta Vida realizou recentemente a etapa final do seu projeto-piloto. A atividade contou com um grupo de 30 pessoas, entre 65 e 83 anos, e integra o programa online de reeducação alimentar e qualidade de vida desenvolvido pela startup.  

A plataforma apresenta aulas gravadas, curtas e práticas sobre nutrição funcional, terapia holística e gastronomia. Além disso, os usuários podem tirar dúvidas, baixar e-books em PDF e assistir, ao vivo, mentorias sobre como montar uma dieta de forma individualizada 

Embora a startup já houvesse validado a sua metodologia de um ponto de vista técnico, a usabilidade da plataforma e a efetividade para pessoas que procuram uma melhora da saúde por meio da alimentação, a intenção do projeto é legitimar esse modelo para o público 60+ e outros grupos segmentados, como o público empresarial.  

Resultados na prática 

A nutricionista e empreendedora Ana Júlia Canfild conta que o projeto teve muita participação e engajamento do público. Essa foi a primeira vez que a startup trabalhou com um grupo nessa faixa etária.  

“O piloto foi importantíssimo para provar que mesmo sendo uma solução totalmente online, funciona também para idosos. Outro aprendizado é que tínhamos a impressão de que o engajamento só existia quando a pessoa pagava, mesmo que um valor simbólico, para esse tipo de serviço. Mas vimos que o grupo mobilizou a todos, fazendo com que houvesse um aproveitamento de quase 100%”, pontua.  

Ana Júlia ainda comenta que a startup se mostrou uma oportunidade para empresas que querem oferecer esse tipo de serviço como benefício aos funcionários ou que identificaram a necessidade de melhora da saúde e peso de um grupo específico. 

Nair Mônica do Nascimento, de 67 anos, conta que perdeu dois quilos em uma semana utilizando a plataforma da Dieta Vida. “Foi supertranquilo acessar a plataforma, aprendi muito com a nutricionista e senti muita segurança. A integração com o grupo também me ajudou nesse processo” 

Irany Salete Coelho, de 66 anos, exalta sua participação no projeto Dieta Vida.  

A startup 

A Dieta Vida é uma healthtech investida e acelerada no HealthPlus, centro de inovação liderado pela GROW e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A estrutura é conectada ao BioHub, iniciativa que reúne toda a expertise da PUCRS nas áreas de saúde, tecnologia e inovação, envolvendo as Escolas da Universidade, Hospital São Lucas, Tecnopuc e Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).  

A coordenadora do BioHub, Diana Jardim, destaca a importância de viabilizar esse tipo de conexão, que entrega mais saúde para as pessoas e aumenta a autoestima e a longevidade.  

“Este case em especial foi lindo de ver! A melhor idade exaltando energia e felicidade com os resultados alcançados! A Dieta Vida transformou a experiência com a tecnologia em algo acessível e prazeroso, oportunizando escala e inovação em saúde e bem-estar”.

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