Jorge Praiana, de 73 anos, melhorou sua saúde ao participar do PIAFI/ Foto: Arquivo pessoal

Melhorar a condição de saúde de idosos por meio da prática de exercícios físicos: é com esse objetivo que o Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos (PIAFI), promovido pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) da PUCRS, completou seu primeiro ano neste mês de setembro.  

Denise Howes, de 71 anos, faz exercícios no PIAFI várias vezes ao mês/ Foto: Arquivo pessoal

Desde a criação do programa, 200 idosos em vulnerabilidade social receberam orientações sobre prevenção, tratamento e reabilitação de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, fraturas ósseas e insuficiência renal – tudo através de atividades físicas personalizadas e atividades em grupos, que contribuem no processo de envelhecimento e na qualidade de vida. 

“O PIAFI mostra, na prática, que o exercício físico tem um impacto importante em diversos indicadores de saúde, pois já percebemos uma redução na frequência cardíaca, melhora do equilíbrio e flexibilidade do corpo, redução do número de quedas, além de uma redução no consumo de medicamentos”, declara Douglas Sato, diretor do IGG da PUCRS e coordenador do PIAFI. 

Além de resultados físicos, o PIAFI também contribui para a saúde mental dos idosos, aumentando o convívio social e reduzindo os sintomas depressivos dos participantes. Denise Howes tem 71 anos e participa do programa desde o início.  

“O PIAFI mudou toda a minha vida! Tanto a física quando a mental. Quando comecei estava passando por um processo de luto. No início participava uma vez por semana e a partir daí já começou a mudança. É bom conversar com as pessoas que têm a mesma idade que a gente. Tivemos a oportunidade de fazer passeios, encontros. Hoje já faço exercícios três vezes por semana e hidroginástica duas vezes por mês”, conta. 

Resultados positivos também na vida de Jorge Praiana. Aos 73 anos, sente-se mais feliz e alegre. “Entrar no PIAFI foi tudo de bom! Melhorou a minha saúde em geral, a minha memória e só vejo bons resultados. Já perdi quatro centímetros de circunferência de barriga e quilos de peso, tudo com acompanhamento das professoras e estagiários do programa”. 

A previsão é que o PIAFI ocorra até maio de 2024, atingindo um total de 500 idosos atendidos. Por enquanto, as vagas estão esgotadas. A partir de 27 de novembro, caso haja vagas remanescentes, será possível tentar se inscrever diretamente no mezanino do segundo andar do Parque Esportivo, no turno da tarde. 

Ir. Evilázio Teixeira, reitor da PUCRS, e Irmã Inês Pretto, presidente da Sociedade Sulina Divina Providência/ Foto: Diego Furtado

Um acordo de cooperação entre a PUCRS e a Rede de Saúde da Divina Providência (RSDP) – instituições reconhecidas pela atuação no Rio Grande do Sul – prevê o aprimoramento da educação em saúde no Estado e das práticas clínicas no ensino. A principal novidade, prevista ainda para setembro, é o lançamento de edital com prova única para os Programas de Residência Médica e o desenvolvimento de práticas integradas em serviços das duas instituições nos programas em Medicina Comunitária e Saúde da Família e Ginecologia e Obstetrícia. Também os programas da Residência Multiprofissional em Saúde da PUCRS (PREMUS), que tem vagas para profissionais de Enfermagem, Farmácia, Nutrição, Fisioterapia, Psicologia e Serviço Social, passarão a ter inserção em serviços da Rede Divina Providência, além das já realizadas no Hospital São Lucas da PUCRS.  

No convênio, assinado no dia 11 de setembro, as instituições católicas que têm o cuidado em saúde presente no DNA, somam forças por meio de suas áreas de ensino e educação continuada. A parceria visa estabelecer e regulamentar um programa de cooperação acadêmica nas áreas de atuação e interesses comuns, iniciando pela implementação de residências médicas e multiprofissional conjuntas, ampliação de vagas e fortalecimento dos campos de prática. Para um futuro breve, prevê-se ainda o lançamento de um portfólio conjunto de cursos de especialização e extensão.  

O reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, destaca que o acordo firmado entre as instituições é também um benefício para o atendimento em Saúde da capital, que receberá profissionais ainda mais qualificados.

“Atualmente são milhares estudantes e profissionais da saúde em formação na PUCRS e essa parceria nos permite ir além da qualificação dos campos de prática, nos permite potencializar o ensino em saúde preparando profissionais com a missão de cuidado com a vida, diretrizes guias dessas duas instituições. Essa aproximação é, antes de tudo, um compromisso de desenvolvimento mútuo”, ressalta.  

Já a presidente da Sociedade Sulina Divina Providência, Irmã Inês Pretto, escolheu uma passagem bíblica, em Isaías, para representar o que a aliança entre a Rede de Saúde da Divina Providência (RSDP) e a PUCRS buscam: “Alarga o espaço da tua tenda; estica as cordas e finca as estacas”, frase que também serve de inspiração ao Planejamento Estratégico da instituição para 2024-2026, que está em construção.  

Segundo Irmã Inês, as duas instituições religiosas estão unidas no mesmo horizonte do cuidado com a vida: “E não seremos os únicos! Deixaremos os caminhos abertos, pois só alarga o espaço da tenda, os que confiam. E é por aqui que queremos andar fazendo uma caminhada conjunta, somando os nossos carismas em favor das pessoas”, afirmou. 

A pró-reitora de Graduação e Educação Continuada, professora Adriana Kampff, ressalta que o acordo prevê também a atuação conjunta de estudantes, professores e pesquisadores da Universidade e profissionais da rede hospitalar e um conjunto de iniciativas com foco em ensino, pesquisa e extensão como a realização de eventos científicos e atividades acadêmicas colaborativas.  

Ingresso nas residências 

Os editais para ingresso nas residências oferecidas tanto pela Rede Divina Providência quanto pela PUCRS, por meio do Hospital São Lucas, devem ser publicados entre os dias 20 e 25 de setembro nos sites www.pucrs.br e www.divinaprovidencia.org.br.  

Escola de Ciências da Saúde e da Vida inaugura ambulatórios do curso de Odontologia revitalizados/ Foto: Diego Furtado

Foi realizada, na tarde desta quarta-feira (2), a inauguração da modernização das clínicas do Curso de Odontologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. Com um investimento estimado de mais de um milhão de reais, a reestruturação conta com 52 novas cadeiras odontológicas de última geração. Para a decana da Escola, a professora Andrea Gonçalves Bandeira, trata-se de um momento de suma importância para o curso de Odontologia, que em 2023 completou 70 anos. 

É um curso longevo, com muita tradição e história. Mais de 4,5 mil cirurgiões dentistas já foram formados aqui, sem falar nos inúmeros profissionais que realizaram nossos cursos de especialização, mestrado e doutorado. Nada disso seria capaz sem toda a dedicação dos técnicos administrativos, funcionários e corpo docente qualificado e dedicado. Este é um investimento muito significativo em prol de uma formação de qualidade dos nossos alunos e um atendimento especial à comunidade”, declara. 

Esse feito traz um importante benefício, não somente para os alunos, mas principalmente para o grande número de pacientes que são atendidos no Serviço Escola, localizado no prédio 6. O ambulatório do curso é aberto ao público em geral, e os/as interessados/as em receber atendimento podem marcar horário para a triagem em todo o início de semestre, pelo telefone (51) 3353-4106.  

As vagas são distribuídas de acordo com as necessidades acadêmicas, e os pacientes pagam uma taxa de atendimento a cada consulta clínica. Os tratamentos são realizados a preços acessíveis, sendo alguns de forma gratuita. Somente no primeiro semestre de 2023, foram realizadas mais de 2,3 mil consultas odontológicas. “Os novos consultórios contemplam questões essenciais para os atendimentos, como biossegurança e ergonomia, não somente para os pacientes, mas também para alunos e professores”, explica o coordenador do curso de Odontologia da PUCRS, Prof. João Batista Blessmann Weber. 

A cerimônia, que contou com o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, também registrou a presença da professora Andrea; da decana associada, professora Tatiana Quarti Irigaray; da Pró-Reitora de Graduação da Universidade, professora Adriana Justin Cerveira Kampff; do Pró-Reitor de Administração e Finanças, professor Alam de Oliveira Casartelli; da Coordenadora Administrativa, Tamara Georgi, além de docentes, técnicos e técnicos administrativos do curso de Odontologia. 

O reitor declara seu desejo para que o ambulatório revitalizado ajude cada vez mais as pessoas. 

Que esse espaço seja mais que uma localização geográfica dentro de um prédio, que seja um lugar que gere senso de pertencimento e comunidade, de aprendizagem e vida para a nossa comunidade e para todos aqueles que vem aqui buscar alívio de dores e por uma saúde melhor. Quem sabe por um sorriso que ajude a realizar os sonhos.”   

Leia também: Escola de Medicina promove colaboração internacional com instituições de Moçambique e dos EUA 

Colaboração da PUCRS com instituições de Moçambique e dos EUA promovem formação internacionalizada aos estudantes/ Foto: Divulgação

Entre as várias experiências que ajudam a compor a formação acadêmica de um estudante, a internacionalização é uma das mais enriquecedoras: além do contato com uma cultura e idioma estrangeiros, há o benefício do contato com a área de conhecimento/atuação do aluno em outro país, em um contexto social, cultural e econômico diferente. Essa é a proposta da Escola de Medicina da PUCRS, que possui um programa de colaboração internacional com duas instituições no exterior: o Hospital Central de Maputo, em Moçambique, e a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos. O objetivo da iniciativa, que existe desde 2017, é fortalecer a formação humanizada dos estudantes, ampliar sua visão sobre os sistemas de saúde e promover a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais de diferentes países. 

Além dos benefícios para os alunos, a proposta é de melhorar, juntamente com a formação médica, as condições de saúde pública em locais extremamente necessitados. O decano da Escola, Leonardo Araújo Pinto, destaca a relevância do impacto social de iniciativas como essa: 

“Os estudantes têm a oportunidade de vivenciar desafios da saúde em contextos distintos, contribuindo para uma compreensão mais ampla das necessidades e realidades em diferentes países. Esses intercâmbios também trazem benefícios para a assistência médica local, ao trazerem perspectivas e conhecimentos internacionais que podem contribuir para a melhoria dos serviços de saúde oferecidos à população”, pontua. 

Como funciona o projeto 

As inscrições para o programa de colaboração internacional são realizadas por meio de editais internos. Os alunos/as da Escola de Medicina que desejarem participar devem estar cursando entre o 4º e o 6º ano da graduação, além de terem que passar pelos seguintes critérios de seleção: classificação por Coeficiente de Rendimento, avaliação do Currículo Lattes e uma entrevista. 

Os estudantes podem escolher o destino que desejarem, o intercâmbio na Califórnia ou em Moçambique – há um processo distinto para cada um dos dois. “Isso permite que os estudantes personalizem sua experiência de intercâmbio de acordo com seus interesses, objetivos e preferências individuais”, acrescenta Leonardo.  

Ao chegarem ao destino escolhido, são recepcionados pelo setor de internacionalização da PUCRS, onde são apresentados aos aspectos da cultura local e às oportunidades disponíveis na instituição em que atuarão. Então, são recebidos por um professor que irá orientá-los na prática observacional assistida.  

Estudantes brasileiros têm muito a aprender com a medicina dos Estados Unidos e de Moçambique/ Foto: Divulgação

Trocas internacionais de vivências e conhecimentos

Sendo Estados Unidos e Moçambique países tão distintos em aspectos culturais e socioeconômicos, não seria diferente com relação à Medicina. Tanto em termos de exercício da profissão quanto de sistemas de saúde, ambas as nações têm muito a ensinar aos estudantes da PUCRS. 

Os Estados Unidos são conhecidos pela adoção de tecnologias médicas avançadas, o que proporciona aos alunos um aprendizado sobre o impacto dessas inovações na prática clínica. Além disso, o sistema de saúde americano enfatiza a importância da abordagem no paciente, envolvendo-o na tomada de decisões e promovendo a medicina personalizada. Isso ensina aos estudantes sobre a importância da comunicação efetiva e do respeito às preferências e necessidades individuais dos pacientes. Há ainda o fato de que os EUA são líderes em pesquisa médica e desenvolvimento de tratamentos inovadores. “Os estudantes podem aprender sobre a condução de pesquisas clínicas de alta qualidade e como aplicar descobertas científicas na prática médica”, diz o decano. 

Moçambique representa um aprendizado relacionado a desafios. 

“O país enfrenta desafios relacionados a recursos limitados, infraestrutura e acesso a cuidados de saúde. Os estudantes podem aprender sobre como os profissionais médicos lidam com essas limitações e desenvolvem soluções criativas para fornecer cuidados adequados em ambientes com recursos limitados”, explica Leonardo. 

Outro aspecto importante é a valorização da medicina comunitária no país e a importância dada ao atendimento das necessidades de saúde da população local. Medicina preventiva, educação em saúde e engajamento comunitário estão entre os fatores que muito podem acrescentar aos estudantes em termos de aprendizagem. Além disso, Moçambique enfrenta desafios relacionados à saúde pública em geral, como doenças infecciosas e acesso limitado a serviços básicos de saúde. Nesse contexto, os estudantes podem aprender sobre estratégias de saúde pública, como vacinação em massa, controle de doenças endêmicas e programas de promoção da saúde. 

Se os estudantes da PUCRS podem aprender com a medicina americana e moçambicana, a recíproca é verdadeira: os alunos destes países também têm muito a aprender com a medicina brasileira. O principal ensinamento, talvez seja relacionado ao nosso sistema de saúde universal, mais conhecido como Sistema Único de Saúde (SUS). Os alunos estrangeiros têm a chance de aprender sobre os desafios da organização e implementação de um serviço de saúde que seja acessível a todos os cidadãos. 

Há outros aspectos que se destacam na medicina do nosso País. O Brasil é lar de uma série de doenças tropicais, como dengue, malária e febre amarela. A chamada medicina tropical, focada no diagnóstico, prevenção, tratamento e gestão dessas enfermidades, constitui importante aprendizado para os estudantes estrangeiros.  

Muitos aspectos da medicina brasileira são exemplo no exterior/ Foto: Divulgação

A integração entre a medicina tradicional e complementar também é uma longa tradição no Brasil – com a união entre a medicina indígena e a medicina popular, por exemplo. O professor explica que os alunos de Moçambique e dos EUA podem aprender ainda sobre a importância, benefícios e limitações da integração dessas práticas com a medicina moderna. 

Outro ramo da medicina que coloca o Brasil em destaque é o da cirurgia plástica. Nosso País é reconhecido internacionalmente por sua expertise em cirurgia plástica e estética. “Alunos e alunas podem aprender sobre as técnicas e abordagens utilizadas nessa área, bem como sobre a ética e os aspectos psicológicos envolvidos”, ressalta o decano. 

Leonardo frisa, por fim, a forte cultura de pesquisa do Brasil:  

O Brasil possui uma comunidade científica ativa e produtiva, com contribuições significativas em várias áreas da medicina. Os estudantes podem aprender sobre a importância da pesquisa científica, como desenvolver projetos de pesquisa e como aplicar os resultados na prática clínica.” 

Internacionalização é apenas um dos diferenciais da PUCRS 

O projeto de internacionalização traz uma série de benefícios para a carreira médica: experiências clínicas diversificadas, aprendizado multicultural, desenvolvimento pessoal e profissional, pesquisa e colaboração internacional e ampliação da rede profissional. Além de tudo isso, a Escola de Medicina da PUCRS possui uma série de outros diferenciais que contribuem para uma formação integral e multidisciplinar de seus estudantes: 

A estudante Laura Fillmann, da Escola de Medicina, passou três semanas em Los Angeles, atuando em dois estágios diferentes/ Foto: Arquivo pessoal

A aluna Laura Fillmann, realizou dois estágios durante as três semanas que passou nos Estados Unidos: o primeiro foi no centro obstétrico do hospital Cedars-Sinai, em Beverly Hills; o segundo foi com a equipe de cirurgia colorretal no hospital Ronald Regan, no campus da UCLA em Westwood. Ela afirma ter tido uma ótima experiência, destacando a oportunidade de atuar em excelentes hospitais e ver de perto o sistema de saúde americano. 

“Tive a oportunidade de ver coisas que aqui no Brasil eu não teria tanto acesso, como inúmeras cirurgias robóticas: hemicolectomia, retossigmoidectomia, amputação abdominoperineal, herniorrafia inguinal, gastrectomia. Também gostei muito de comparar as práticas estadunidenses com as que havia presenciado aqui no Brasil, às vezes chegando inclusive à conclusão de que fazemos certas coisas melhor! Outro ponto a destacar do estágio foi a universidade em si, fiquei muito impressionada com o campus da UCLA. Os prédios são lindos e a biblioteca parecia ter saído de um filme”, relata a estudante. 

Laura conta que um dos maiores desafios de adaptação para ela foi a questão das diferenças culturais – mas que pode contornar isso observando as ações de seus colegas da UCLA. “Percebia que existiam certos costumes em relação às práticas no hospital que eram diferentes das exigidas aos estudantes de medicina aqui no Brasil”. Segundo ela, os estudantes de lá recebiam uma exigência maior, além de ser um ambiente mais rígido e competitivo. 

Apesar disso, Laura exalta os aprendizados e boas experiências. 

“Tive a oportunidade der ver muitas coisas, considerando que eram dias longos e movimentados, com um grande volume de pacientes. Sempre que voltamos de um lugar tão prestigiado e competitivo, temos a nossa motivação renovada para estudar e nos dedicar ainda mais. Foi uma ótima experiência no geral, apesar de não isenta de dificuldades. Acho que muito mais do que a medicina em si, fui exposta a várias coisas fora da minha zona de conforto, que exigiram certas habilidades que eu percebi que não tenho, mas que me permitiu crescer como estudante e como pessoa”, pontua. 

Augusto Bressanim, participou do programa de colaboração internacional e visitou Maputo e Los Angeles/ Foto: Arquivo pessoal

Ao final de seis anos de curso, o aluno Augusto Bressanim, que participou do programa e visitou os dois países, afirma que foi a experiência mais transformadora de sua vida acadêmica. Em Moçambique, ele acompanhou o trabalho do Dr. Christopher Buck, pediatra americano que há mais de 10 anos trabalha junto ao governo moçambicano na criação de protocolos e estratégias em saúde pública. 

“Pude notar que o heroico trabalho do Dr. Chris mudou o rumo da vida muitas crianças por todo o país ao longo dos últimos anos. Quando voltei para o Brasil, percebi que a história dele, as crianças que acompanhei e a calorosa recepção por parte dos alunos, residentes e professores me ajudaram a encontrar o meu caminho na medicina: fazer pediatria, ajudar populações carentes e caso algum dia tiver a oportunidade, trabalhar com Global Health também”, conta Augusto. 

Sua estadia em Los Angeles também foi de muito aprendizado e novas amizades, além da honra por ter sido ensinado pela excelente equipe de professores da UCLA. 

“Durante meus quase três meses na UCLA, pude atender crianças de diversas origens, inclusive descendentes de brasileiros. Procurei fazer o meu melhor para contribuir com o andamento dos serviços de pediatria que me receberam e para ajudar os pequenos pacientes que ainda têm um longo futuro pela frente. Voltei com saudade e extremamente grato pelo suporte das pessoas que conheci. Trouxe também um sonho de continuar minha formação médica em território americano.” 

Augusto diz que educação de qualidade sempre foi uma prioridade em sua carreira – por essa razão ele escolheu a PUCRS, onde ele pode trabalhar com pesquisa, publicar artigos, escrever capítulos de livros, ministrar monitorias, realizar trabalho voluntário e participar de estágios internacionais. 

“Hoje vejo que essas valiosas experiências moldaram minha forma de pensar e meu futuro como médico. Atualmente sigo estudando com o objetivo de revalidar meu diploma e fazer residência médica em pediatria nos EUA e assim, continuar contribuindo com essa importante ponte que existe entre a PUCRS, UCLA e Moçambique”, conclui. 

Estude Medicina na PUCRS

Práticas no curso de Odontologia, a graduação mais bem avaliada do Sul do País segundo o MEC / Foto: Divulgação

A pandemia de covid-19 evidenciou a importância dos profissionais da saúde no Brasil e no mundo. Enquanto médicos e enfermeiros atuavam na linha de frente, especialistas atendiam em consultórios, psicólogos ajudavam a cuidar da saúde mental e cientistas desenvolviam vacinas em tempo recorde. Esse cenário aumentou a admiração pelas profissões da área e inspirou muita gente a estudar para atuar em prol de quem precisa de cuidados.

Cursar uma graduação na área da saúde, contudo, exige analisar diferentes critérios na hora de escolher onde começar a construir o futuro profissional. A dica é sempre procurar por Instituições de Ensino Superior que valorizem as demandas atuais do mercado e ofereçam, desde o início, a possibilidade de integração com profissionais de diferentes áreas da saúde e experiências práticas, além de uma estrutura completa e segura para aprender.

Os projetos pedagógicos devem espelhar como são os profissionais que o mundo necessita atualmente. Os requisitos vão muito além dos ensinamentos teóricos e técnicos, envolvendo também aspectos como empatia e formação humanística.

“O profissional da saúde de hoje precisa estar atento às necessidades das pessoas e, obviamente, ter uma formação consistente, voltada ao contexto contemporâneo e dentro de uma perspectiva de ensino integral, junto a outros profissionais. Necessariamente, precisa trabalhar em equipe e, nessa perspectiva, deve ter uma de aprendizagem com estudantes e profissionais de outras áreas”, explica a decana associada da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, Marion Creutzberg.

Conheça os cursos na área da Saúde e as formas de ingresso. Escolha o seu caminho na PUCRS.

Aprendizagem contínua e trajetória curricular customizável 

Reconhecida por ser uma das melhores Universidades da América Latina, a PUCRS tem uma oferta completa de formações na área da saúde: são 11 opções de cursos de graduação, sete programas de mestrado e doutorado e mais de 10 opções de especialização, MBA e certificações, além de programas de residências médicas multiprofissionais e em área profissional.

As antigas formações rígidas não têm mais espaço na instituição. Atualmente, estudantes podem customizar parte do curso com disciplinas e projetos de seu interesse, construindo um percurso acadêmico próprio e personalizado, incluindo mais experiências práticas ao longo de toda a formação.

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Estudante de Fisioterapia atuando no Centro de Reabilitação / Foto: Divulgação

“Todos os currículos dos nossos cursos da área da saúde estão organizados com práticas desde o primeiro semestre até as vivências de total imersão no cuidado à pessoa no último ano. O estudante tem a possibilidade de ampliar o aprendizado em laboratórios de pesquisa e simulação realística, seguidos pelos cenários de prática real. Essa é a questão mais importante. Não apenas porque as diretrizes de formação profissional da saúde preveem isso, mas porque entendemos que, realmente, a aprendizagem teórica se torna consistente quando é experienciada”, comenta a professora Marion.

Uma novidade da Universidade que tem como piloto a área da Saúde é a possibilidade que o estudante realize uma trajetória acadêmica cursando disciplinas das duas graduações desde o início, concluindo mais de uma formação em menos tempo. No momento esse percurso é possível entre os cursos de Educação Física e Fisioterapia e Biomedicina e Farmácia.

Referência em cursos da área da saúde

Com o melhor curso de Enfermagem do Brasil, segundo o Ministério da Educação (MEC), a PUCRS também possui o segundo melhor curso de Medicina do País e o curso de Odontologia mais bem avaliado entre as instituições privadas no Rio Grande do Sul. A instituição também oferta os cursos de Psicologia, Gastronomia, Farmácia, Fisioterapia, Biomedicina, Nutrição, Ciências Biológicas e Educação Física.

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Decana associada da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Marion Creutzberg, e a professora e coordenadora de Ensino-Serviço em Saúde, Andrea Gonçalves Bandeira / Foto: Giordano Toldo

Um dos grandes diferenciais, além da excelência, é que a PUCRS é a única universidade do Brasil com um Campus que conta com um ecossistema completo de saúde e bem-estar, multidisciplinar, que combina estruturas de ensino, pesquisa, extensão, inovação, assistência e serviços especializados na área. Isso faz com que quem estuda na instituição tenha atividades práticas em estruturas reconhecidas como Hospital São Lucas (HSL), Instituto do Cérebro (Inscer), Parque Esportivo, Centro de Reabilitação, Centro de Extensão Vila Fátima – unidade de saúde que realiza a atenção à saúde da população, vinculado ao Sistema Único de Saúde, há mais de 40 anos no Bairro Bom Jesus -, além do Biohub | Tecnopuc, iniciativa voltada à geração de negócios inovadores em saúde.

Toda a infraestrutura do Campus da Saúde permite que os acadêmicos se aproximem e vivenciem as rotinas de suas futuras profissões e prestem serviços para a comunidade. Independentemente da ocasião, os estudantes são estimulados para que a centralidade do cuidado esteja no Individuo, colocando a vida no centro de tudo, estimulando o protagonismo das pessoas para a promoção da saúde.

“Outro aspecto a ser destacado é que alunos de graduação, especialização, residência multiprofissional ou em área profissional em saúde, mestrado e doutorado, podem atuar de forma conjunta, criando um espaço diferenciado de aprendizagem que oportuniza o desenvolvimento de um trabalho colaborativo, que só uma Universidade com esse porte pode oferecer”, diz Marion. 

Formação integral e diferenciada 

A professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, Andrea Gonçalves Bandeira, ressalta que a universidade consegue fomentar a formação integral ao criar uma conexão entre diversas carreiras. Isso porque os espaços da instituição permitem que estudantes de diferentes cursos desenvolvam competências colaborativas, valorizando posturas humanas, éticas e críticas.

Estudantes de Medicina, por exemplo, trabalham com alunos dos cursos de Enfermagem, Biologia e Educação Física. Juntos, eles constroem projetos ou produtos que possam contribuir com o desenvolvimento da sociedade.

“Isso é o que se espera hoje dos profissionais da área. Temos inúmeros estudos que mostram que os sistemas de saúde mais eficazes e os cuidados mais seguros partem do momento em que se tem pessoas que trabalham em equipes interprofissionais e que pensam em projetos terapêuticos de forma conjunta. Isso minimiza danos e riscos, trazendo uma efetividade maior para o sistema de saúde e para o cuidado com as pessoas”, afirma Andrea.

A professora destaca ainda que no momento em que se adota o conceito ampliado de saúde, a saúde deixa de ser a ausência de doença, e passa a considerar os determinantes sociais de saúde e suas implicações no processo saúde e adoecimento, como acesso à educação, lazer, saneamento básico. Deste modo, os novos profissionais precisam estar abertos a trabalhar em equipe. “Uma profissão só não dará conta das necessidades sozinha, temos que pensar cada vez mais em uma atuação integrada. Essa é uma perspectiva muito importante que se espera dos profissionais da saúde hoje. O profissional da saúde que o mundo precisa, além de estar sempre atento às necessidades da população, ou do paciente que ele está atendendo, necessita aprender a fazer uma escuta qualificada, e essa escuta qualificada se traduzir em cuidado humanizado e empático, compreender as necessidades e conseguir, junto de uma equipe interprofissional, dar o melhor encaminhamento”, encerra.

Outra vantagem é que quem escolhe a PUCRS para se formar no campo da saúde pode cursar parte da graduação em instituições estrangeiras, por meio da mobilidade acadêmica. Além de colaborar para um currículo mais robusto, a iniciativa permite explorar novas culturas e perspectivas.

profissionais da saúde

Aline Camargo Nunes, enfermeira formada na primeira turma do curso de Enfermagem / Foto: Giordano Toldo

Formada na primeira turma do curso de Enfermagem da PUCRS, Aline Camargo Nunes comenta que o mundo precisa de profissionais com capacidade de ser flexíveis, de se recriar, de se reinventar. – Os profissionais de saúde que vão entrar no mercado de trabalho têm que buscar desenvolver habilidades para enfrentar o inesperado de forma segura para o profissional e para o paciente – comenta. Hoje, ela atua no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e percebe as diferentes possibilidades da universidade foram fundamentais para a construção pessoal e profissional.

“A formação na PUCRS foi essencial para desenvolver minhas potencialidades através de ferramentas que proporcionaram um conhecimento de excelência em contexto em que eu estava me preparando para o mundo”, afirma Aline.

Formas de ingresso

Interessados em estudar saúde na PUCRS podem realizar o Vestibular ou solicitar o ingresso extravestibular. A segunda opção pode ser feita por meio de processo de transferência, ingresso de diplomado, reopção ou reingresso.

*Texto publicado originalmente em GZH.

estude na pucrs ainda em 2023

O Dia Mundial de Doação de Sangue busca incentivar a doação. / Foto: Jeniffer Caetano

O sangue doado por uma pessoa é capaz de beneficiar três pacientes. Embora o ato de doar – que não costuma durar mais de 45 minutos – seja constantemente incentivado pelo Estado e pelas organizações de saúde, a parcela da população que se mostra adepta ainda é muito pequena. Dados coletados pela farmacêutica Abbott, em 2021, apontaram que somente 19% dos brasileiros são doadores regulares. O levantamento destacou também que a falta de informação é um dos principais impeditivos para que 48% dos brasileiros não tenham o costume de visitar hemocentros. 

Para este 14 de junho, Dia Internacional do Doador de Sangue, reunimos oito informações importantes que você precisa saber antes de doar – e que podem te ajudar a se tornar doador/a.

Dúvidas frequentes sobre a doação de sangue 

1) Quem pode doar sangue? 

Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, com mais de 50kg. É preciso apresentar um documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis. Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente.

2) É preciso levar algum documento para a doação de sangue? 

Sim. É preciso apresentar um documento original com foto, expedido por órgão oficial. Exemplos: Carteira de Identidade (RG ou RNE), passaporte, Carteira de Trabalho, Carteira de Identidade de Profissional, Carteira Nacional de Habilitação com foto e Certificado de Reservista.

Banco de sangue do HSL necessita doações de todos os tipos sanguíneos

Fique atento as regras necessárias para a doação de sangue. / Foto: Bruno Todeschini

3) É necessário estar em jejum para doar sangue? 

Não é necessário estar em jejum, mas é importante evitar alimentos gordurosos pelo menos três horas antes da doação.

4) Doar sangue dói? 

Depende de sua própria sensibilidade. A dor é mínima, equivalente àquela sentida ao se fazer exame de sangue ou injeção na veia.

5) Quanto tempo o organismo leva para repor o sangue doado? 

O organismo repõe o volume de sangue doado nas primeiras 72 horas após a doação.

6) Quantas vezes por ano posso doar sangue? 

Os homens devem respeitar o intervalo mínimo de 60 dias entre as doações. Já para as mulheres, o intervalo mínimo é de 90 dias.

7) Quem doa sangue uma vez precisa doar para sempre?  

Não. Você pode doar quantas vezes quiser, parando quando desejar, sem isso afetar a sua saúde.

8) Se eu tive covid-19, posso doar sangue?

Sim. Para doar é preciso esperar dez dias após a recuperação total da Covid-19 para doar. Caso você tenha se vacinado contra o vírus, o prazo para realizar uma nova doação é de dois dias após a vacinação.

Onde doar sangue no Hospital São Lucas 

O Hospital São Lucas da PUCRS e a H.Hemo, maior grupo de serviços de hemoterapia do país, estão unidos para levar ainda mais qualidade e comodidade aos nossos doadores de sangue.

formação de lideranças hsl

Foto: Divulgação Hospital São Lucas

Com o intuito de impulsionar o protagonismo e a autonomia dos colaboradores do Hospital São Lucas (HSL), a PUCRS iniciou a segunda edição do Programa de Desenvolvimento de Lideranças, um curso voltado para diretores, gerentes e coordenadores da instituição. O programa, desenvolvido para apoiar a aplicação dos conhecimentos técnicos pelos times de trabalho do Hospital, contou a expertise do corpo docente da Universidade, envolvendo docentes das Escolas de Negócios, Humanidades e Politécnica.  

Esta edição do curso iniciou em maio deste ano e segue em atividade até novembro. Em 2022, o foco do Programa foi desenvolver competências estratégicas, como tomada de decisão; orientação para o cliente e para o mercado; gestão de pessoas e conflitos; e capacidade para compreender a cultura organizacional da empresa. Para 2023, o objetivo é aprofundar e expandir ainda mais os conhecimentos dos colaboradores e lideranças: segurança psicológica, comunicação, gestão ágil de processos, fundamentos sobre finanças e temáticas sobre a jornada dos agentes envolvidos com a instituição são o foco. 

“O Programa de Desenvolvimento de Lideranças é uma das principais ferramentas que o São Lucas oferece como forma de dar protagonismo às lideranças, o que nos possibilita a qualificação para proporcionar um melhor atendimento aos nossos pacientes e também a todos os liderados da instituição”, ressalta o diretor-geral Saulo Mengarda. 

Para a Educação Corporativa essa parceria entre unidades de negócio é fundamental para impulsionar o ecossistema de ensino, inovação e saúde da PUCRS. “A Universidade está à frente no que diz respeito à ensino e educação. O Hospital São Lucas vive os desafios da área e da gestão da saúde. Assim, unimos prática e ciência para fazermos mais e fazermos melhor”, pontua a Gestora de Educação Corporativa da PUCRS, Lica Marques. 

Projetos de liderança personalizados para cada organização 

Por ser um curso periódico, o Programa de Formação de Liderança desenvolve não somente as competências técnicas, mas também as habilidades comportamentais, chamadas soft skills. Para uma atuação cada vez mais estratégica e humanizada, a Educação Corporativa da PUCRS propôs um curso sob medida para atender o Planejamento Estratégico do Hospital. Lica explica que os conteúdos, atividades, projetos, e até mesmo o corpo docente do curso foi escolhido pensando no modelo de gestão e cultura organizacional do Hospital. 

“Um dos diferenciais dessa formação é que ela foi customizada e pautada na compreensão do posicionamento estratégico do Hospital São Lucas, considerando os objetivos organizacionais da instituição”, explica.  

formação de lideranças hsl

Foto: Divulgação Hospital São Lucas

Esse olhar personalizado é uma premissa dos cursos de Educação Corporativa. Os Projetos de Liderança da Universidade são oferecidos para diversas empresas e organizações, mas sempre alinhados às necessidades de cada negócio.  

“Sempre que uma empresa quiser contratar esse programa de formação da PUCRS, será realizada uma análise das necessidades dessa organização para, assim, termos um escopo alinhado com o que a empresa irá pautar. Cada formação oferecida é única”, destaca Lica.

Cursos In Company são possibilidade de formação com excelência universitária 

No início deste ano, a PUCRS firmou uma parceria com a Tramontina, empresa centenária de atuação nacional e internacional. Em um modelo de Cursos In Company, a Universidade está promovendo, para 70 gestores da companhia, um MBA em Tecnologia para Negócios. Assim como a formação para o HSL, o curso foi desenvolvido para atender às demandas da empresa, respeitando as peculiaridades do negócio e o perfil dos participantes.  

A especialização desenvolvida para a Tramontina conecta diversas áreas de conhecimento e conta com professores tanto da Escola de Negócios, como da Escola Politécnica e Escola de Ciências da Saúde e da Vida.  

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Para saber mais ou contratar um curso sob medida para sua organização, entre em contato pelo e-mail [email protected].

espaço cuidar

Foi inaugurado o Espaço Cuidar, ambulatório do Hospital São Lucas destinado ao atendimento de colaboradores/ Foto: Divulgação | HSL

Já está em funcionamento no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) o Espaço Cuidar, um ambulatório que oferece atendimento com consultas e exames a preços diferenciados para colaboradores e estagiários/as da Universidade, do HSL, do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul e do Parque Esportivo. O objetivo é possibilitar um campo de prática para estudantes da área da Saúde com foco na humanização e a oferta de cuidado integral aos pacientes, integrantes da comunidade universitária.  

A iniciativa que começou com a atuação do hospital e de docentes e estudantes de graduação da Escola de Medicina, no segundo semestre deve contar também com o reforço de estudantes de graduação e da residência multiprofissional da Escola de Ciências da Saúde e da Vida. Com avaliação multidisciplinar, o Espaço Cuidar está localizado no 3º andar do HSL, no conjunto 317, e conta com ambulatórios de clínica geral, doenças renais, hipertensão, doenças do coração, diabete, obesidade, tabagismo e doenças pulmonares. Os exames solicitados em consultas serão realizados no Laboratório Clínico e no Centro de Diagnóstico por Imagem da instituição. 

“O Espaço Cuidar do HSL será mais um benefício muito importante para os colegas da PUCRS, em especial para aqueles que precisam de um atendimento especializado e terão isso a passos de distância, no nosso hospital que é uma referência em saúde no Estado e no País. Contar com o atendimento de nossos estudantes de Medicina e a supervisão direta de médicos renomados será uma oportunidade também para cuidarmos da nossa saúde – cada vez mais – de maneira preventiva, pensando no futuro. Uma oportunidade para cuidarmos da nossa saúde e do nosso bem-estar, destaca Isabel Degrazia, gerente de Gestão de Pessoas da PUCRS.  

Para agendar consultas, interessados/as devem entrar em contato pelo WhatsApp (51) 3320-3354, por meio do ramal 3354 ou presencialmente no Espaço Cuidar. O pagamento tanto das consultas quanto dos exames poderá ser feito por meio de PIX, cartão de débito e crédito e desconto em folha de pagamento (exclusivo para colaboradores). 

Integração entre ensino e a promoção da saúde 

Integração entre ensino e serviço possibilita o desenvolvimento da educação interprofissional/ Foto: Divulgação | HSL

De acordo com o decano da Escola de Medicina, Leonardo Araújo Pinto, a integração entre o ensino e a assistência irá proporcionar benefícios ao aprendizado em temas importantes como diabetes, hipertensão e tabagismo. “Além do benefício para colaboradores, é um espaço de ensino em que professores médicos prestam assistência aos colaboradores ao mesmo tempo que ensinam estudantes, uma prática importante para a formação de médicos clínicos gerais”, explica.  

Andrea Bandeira, decana da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, destaca que essa integração entre ensino e serviço é muito relevante para a promoção da saúde e cuidado integral de colaboradores, além de possibilitar o desenvolvimento da educação interprofissional por meio do encontro e compartilhamento das diferentes profissões da área da saúde. 

“Acreditamos que juntos poderemos qualificar muito a atenção a saúde dos colaboradores além de fortalecer o trabalho colaborativo na área da saúde e a educação interprofissional, pois à medida que os estudantes têm a oportunidade de compartilhar conhecimentos e construir projetos terapêuticos conjuntos, quem ganha com isso é o colaborador que recebe uma atenção à saúde integral e mais segura”, afirma.  

A estudante de Medicina, Carolina Boff Comiran, afirma que o novo espaço possibilita a prática para um atendimento de excelência. “Aqui os estudantes atendem sem a presença de residentes, mas com a supervisão dos professores, e eu acho que é muito importante, pois isso nos deixa mais preparados e experientes para atender nossos pacientes com a qualidade que eles merecem”, completa. 

Referências na área da Saúde 

O diretor geral do Hospital São Lucas, Saulo Mengarda, destaca que a iniciativa visa uma entrega de excelência com um olhar voltado à comunidade universitária: “Teremos o acompanhamento de excelentes profissionais da área, que são referências em seus campos de atuação e também para os estudantes que estarão aprendendo enquanto cuidam da saúde de quem atua no dia a dia do hospital e da Universidade”, ressalta. Confira alguns dos profissionais que já são referência no Espaço Cuidar:  

Daniele Escouto: doutora em Medicina e professora da Escola de Medicina. Realizou programa de Doutorado Sanduíche no King’s College London e desenvolve projetos de pesquisa com ênfase em doenças hipertensivas gestacionais e epidemiologia. 

Andres Ferrari: doutor em Medicina, Tecnologia e Intervenção em Cardiologia e coordenador da área de Estimulação Cardíaca do Laboratório de Eletrofisiologia do Serviço de Cardiologia do HSL. Possui residência médica em Emergência Clínica, especialização em Clínica Médica pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Clínica Médica e especialização em Cardiologia pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Cardiologia. 

André Zanella: doutor em Endocrinologia e membro da Sociedade Latino-Americana de Tireoide e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Contempla o corpo clínico do Serviço de Endocrinologia do HSL, atuando como preceptor no ambulatório de tireoide. 

Gustavo Chatkin: médico pneumologista, membro do Serviço de Pneumologia do HSL e habilitado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia em Prevenção e Tratamento do Tabagismo. É coordenador do Módulo de Emergências Respiratórias do curso de Pós-graduação da Sociedade Brasileira de Pneumologia. 

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Odontologia, novos equipamentos

PPG de Odontologia da PUCRS investiga relação de doenças bucais com o surgimento de outros males no corpo humano/ Foto: Bruno Todeschini

Ao longo da infância, pais costumam lembrar seus filhos constantemente de escovar os dentes, passar fio dental e ir ao dentista. Normalmente, esses bons hábitos são recomendados para evitar cáries, gengivites e outras complicações dentárias. Porém, o que tem sido evidenciado por pesquisadores no mundo inteiro é que a manutenção da boa saúde bucal está associada à redução do risco de diversas doenças crônicas não transmissíveis, como aterosclerose, doenças cardiovasculares, diabetes e até mesmo mortalidade.  

Doenças crônicas não transmissíveis são aquelas que se desenvolvem ao longo da vida, muitas vezes de forma lenta, silenciosa e sem apresentar sintomas. Segundo números da Organização Mundial de Saúde (OMS), estas são responsáveis por 63% das mortes no mundo e são a causa de 74% dos óbitos no Brasil. No Programa de Pós-Graduação em Odontologia da PUCRS, pesquisadores buscam entender de que forma as infecções e doenças de origem bucal se associam com o agravamento de outras doenças no organismo humano.  

Um estudo de meta-análise realizado em parceria entre a PUCRS e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) evidenciou que cerca de 50% das pessoas adultas no mundo tem pelo menos um dente com lesão endodôntica ao longo da vida, destacando esta doença como uma das mais comuns da humanidade. Conforme explica o coordenador e professor do PPG em Odontologia, Maximiliano Schunke Gomes, estes dados revelam que as doenças bucais são mais prevalentes que muitas outras mais conhecidas como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares.  

“Precisamos cada vez mais debater sobre saúde bucal, com mais ações de conscientização e políticas públicas para que a sociedade entenda que as patologias bucais vão além da presença de cáries ou de questões meramente estéticas, mas possuem relação importante com a saúde do organismo como um todo”, destaca o pesquisador.  

Doenças bucais e cardiovasculares 

mestrado e doutorado em odontologia, PPGO

Surgimento de doenças cardiovasculares e AVCs estão associados à presença de doenças bucais/ Foto: iStock

Análises realizadas por pesquisas da PUCRS revelam que as cáries e as infecções endodônticas, gengivais e periodontais têm influência não apenas a nível dentário, bucal ou gengival, mas também impactam a circulação sanguínea do indivíduo. De acordo com Gomes, isso acontece porque as bactérias de origem bucal podem transitar pela corrente sanguínea, além das repercussões imunológicas oriundas da presença de infecções e inflamações bucais, que modificam mediadores das vias inflamatórias de todo o organismo.  

Há alguns anos atrás, um estudo publicado pela equipe do Professor Maximiliano Gomes em parceria com a University of Maryland (EUA) apresentou análises longitudinais com até 40 anos de acompanhamento em um grupo de pacientes norte-americanos, com o objetivo de entender o impacto da presença de infecções endodônticas a longo prazo. 

A pesquisa evidenciou que os pacientes que apresentavam maior carga de doenças endodônticas no início do estudo apresentaram um risco 77% maior de desenvolver complicações cardiovasculares (angina, infarto agudo do miocárdio ou até morte por razões cardiovasculares) a longo prazo, independentemente de idade, sexo, ou mesmo da presença de comorbidades como obesidade, dislipidemia, diabetes, entre outros fatores. 

Em outros estudos conduzidos na PUCRS, foram analisados pacientes do Serviço de Neurologia do Hospital São Lucas, acometidos por Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVC). A doença acontece quando há uma alteração súbita do fluxo sanguíneo cerebral, ocorrendo comprometimento de circulação de sangue na região do encéfalo, podendo causar desde efeitos reversíveis até sequelas irreversíveis como alterações na fala e nos movimentos e até morte. 

Em sua tese de doutorado realizada no PPG em Odontologia da PUCRS, a professora Thayana Leão analisou mais de 400 pacientes acometidos por AVCs, buscando compreender a associação entre a presença de doenças bucais e as sequelas causadas pelo acidente. Três estudos recentes oriundos de sua tese foram publicados em periódicos científicos internacionais, evidenciando que os indivíduos que tinham menos dentes naturais e piores condições de saúde bucal apresentaram risco significativamente aumentado de ter AVC e de apresentar pior desfecho na recuperação. 

“Frente aos resultados das pesquisas que vem sendo realizadas na PUCRS, em conjunto com outras evidências de outros estudos realizados em centros de pesquisa no mundo, podemos relacionar a presença de problemas bucais com maio risco de ocorrência de doenças cardiovasculares, independentemente dos fatores de risco já conhecidos como obesidade, tabagismo e outros. Um aspecto inédito que os resultados de nossos estudos sugerem é que pacientes com AVC e que possuem maior carga de complicações bucais, estão associados a sequelas mais severas do acidente vascular, incluindo risco de óbito”, ressalta Gomes.  

Saúde bucal e condicionamento físico 

Odontologia, Novos equipamentos

Presença de lesões bucais também afeta o condicionamento físico/ Foto: Bruno Todeschini

Outra relação estudada pelo pesquisador e seu grupo de pesquisa é a possível associação entre saúde bucal e aptidão física. Estudos que estão atualmente em andamento no PPG em Odontologia da PUCRS vêm analisando se existe alguma relação entre a presença de lesões bucais e o condicionamento físico. Resultados preliminares de estudos em modelos animais conduzidos no Cembe sugerem que ratos com lesões bucais não se condicionam fisicamente da mesma forma que os animais sem lesões, mesmo treinando pelo mesmo período de tempo. Desta forma, como explica o professor Maximiliano Gomes, outros estudos estão em andamento a fim de investigar a hipótese de que as lesões bucais reduzem ou mesmo anulam os efeitos benéficos do condicionamento físico aeróbio e também do treino anaeróbio.  

Dois estudos anteriores do grupo de pesquisa, que analisaram um grupo de policiais militares, demonstraram estatisticamente que aqueles indivíduos que tinham mais carga de doenças bucais não atingiam níveis tão altos no teste de aptidão física (TAF), mesmo que treinassem regularmente, independentemente de outros fatores como idade ou índice de massa corporal. 

“São resultados iniciais que apontam para afirmar que estas lesões silenciosas bucais possivelmente afetam o condicionamento físico. Não por acaso, atualmente cirurgiões-dentistas atuam em delegações esportivas de alto nível, justamente para prevenir essas infecções e inflamações de origem bucal”, finaliza Gomes. 

Conheça o curso de Odontologia da PUCRS

Mais à direita, em seus primeiros anos, o prédio 6, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, que abriga o curso de Odontologia/ Foto: Arquivo

Em abril de 2023, o curso de Graduação em Odontologia PUCRS completa 70 anos de história, sempre em busca da promoção da saúde bucal e bem-estar de pacientes, ensino aos/às estudantes e estrutura profissional aos/às professores/as. Para a docente Andrea Bandeira, decana da Escola de Ciências da Saúde e da Vida (ECSV), que engloba o curso de Odontologia, a graduação é feita de muitas histórias que se desenrolam na Universidade. 

“Neste dia rememoramos muitos fatos que nos trouxeram até aqui e nos consolidaram ao longo destes anos como um curso de excelência e de destaque. A Odontologia da PUCRS está entre as melhores do Brasil. Além de um corpo docente extremamente qualificado e de uma equipe técnica que se destaca no atendimento a alunos/professores e pacientes, ressaltamos toda a infraestrutura que o curso dispõe, como ambulatórios e laboratórios, o que contribui para a formação integral dos estudantes e que impacta de forma muito positiva a saúde da população”, avalia.  

No dia 25 de abril de 1953, era fundada a Faculdade de Odontologia, inicialmente nas dependências do Colégio Rosário, no bairro Independência e, posteriormente, transferida para o prédio 6 do Campus da PUCRS, onde fica atualmente. Os docentes à frente do curso na época eram o então reitor da Universidade, professor Cônego Alberto Etges, e o Prof. Dr. Elias Cirne Lima, fundador e primeiro diretor da faculdade.  

Em suas sete décadas de atuação, a Odontologia da PUCRS formou aproximadamente 4,5 mil cirurgiões-dentistas, além de inúmeros especialistas, mestres e doutores na área. “Além da graduação, sempre com uma visão inovadora, mantemos um Programa de Pós-Graduação em Odontologia com excelência nacional, formando mestres e doutores para atuarem em diferentes frentes de Ensino e Pesquisa. Diversos egressos deste Programa de Pós-Graduação atuam em Instituições de Ensino Superior, tanto nacionais como internacionais”, explica o atual coordenador professor João Batista Blessmann Weber. 

“As pesquisas geradas pelos nossos docentes e discentes têm contribuído muito para o fortalecimento de evidências científicas nas diferentes áreas de atuação da Odontologia, até em nível internacional”, salienta a professora Ana Maria Spohr, membro da comissão coordenadora do curso.   

Odontologia, novos equipamentos

Curso de Odontologia presta serviços à comunidade por meio de atendimento especializado/ Foto: Bruno Todeschini

Além disso, o curso presta serviço à comunidade por meio de atendimentos nas clínicas do prédio 6, no Hospital São Lucas e em projetos sociais – ao todo, somam-se cerca de 50 mil atendimentos por ano.  

Para o professor Alexandre Bahlis, ex-coordenador do curso, além da história repleta de conquistas, a graduação ainda tem um futuro brilhante pela frente. 

“Com o olhar atento às necessidades acadêmicas para uma formação consistente, integral e humana, através do profundo conhecimento de nossa história, da nossa vocação Marista de ensinar e do comprometimento do nosso corpo docente, podemos projetar com otimismo os rumos do Curso de Odontologia da PUCRS, preparando com excelência nossos alunos para os grandes desafios contemporâneos”, pontua.  

Conheça o curso 

No curso de Odontologia da PUCRS são oferecidas diferentes atividades práticas e disciplinas que integram a prestação de serviços importantes para a comunidade e a preocupação com o impacto social. Além disso, também faz parte da base da graduação o desenvolvimento de habilidades técnicas e humanas. Um dos fatores que coloca o/a estudante da PUCRS em destaque é o completo ecossistema de ensino, pesquisa, inovação e empreendedorismo da Universidade situado em um único campus.   

As instalações do curso comportam sete ambulatórios próprios com mais de 190 consultórios odontológicos, laboratórios de Patologia Bucal, Laserterapia, Radiologia, Estomatologia Clínica e Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial.  

As atividades práticas também acontecem no Hospital São Lucas, no Centro de Extensão Universitária Vila Fátima e em Unidades de Saúde por meio de um convênio com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Toda essa infraestrutura proporciona aos alunos vivências e oportunidades diferenciadas durante toda a sua jornada acadêmica.    

Estude Odontologia na PUCRS