Com a intenção de pensar sobre a saúde mental nos diversos âmbitos da vida, a campanha Janeiro Branco atua na prevenção ao adoecimento psicoemocional nas sociedades, nas vidas de indivíduos e nas instituições sociais. A campanha é uma importante ferramenta de conscientização sobre autocuidado, compreensão sobre as emoções, sensação de bem-estar e harmonia, o reconhecimento dos nossos limites e dificuldades, a forma de viver, se relacionar com os outros. O mês de janeiro é convidativo a darmos início à uma jornada e, por esse motivo, é também escolhido para chamar a atenção da humanidade para a necessidade de cuidados emocionais e psicológicos.
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Além dos desafios cotidianos, a pandemia provocada pela Covid-19 trouxe mudanças significativas em todas as dimensões da vida, como trabalho, estudo e relacionamentos. Vivemos um cenário de distanciamento social, incertezas e medos que impactam na nossa estabilidade emocional. O trabalho presencial foi adaptado para o home office, os encontros com amigos se tornaram chamadas de vídeo, os eventos são transmitidos de forma online. E em meio a toda essa reinvenção e adaptabilidade, em qual momento você cuidou da sua saúde psicoemocional?
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Manter o bem-estar diante de cenários complexos e de mudanças repentinas não é tão simples quanto parece. Ao planejar o seu ano, planeje também a forma como você irá cuidar da sua saúde. Afinal, você precisa de um equilíbrio entre o corpo e a mente para ter uma rotina saudável. Lembre-se: cuidar da sua mente, é cuidar da sua vida.
No vídeo abaixo, o psicólogo e consultor do PUCRS Carreiras Andrêus Sousa traz informações e dicas que podem lhe auxiliar nessa jornada de cuidados. Confira:
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No último final de semana o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) trouxe O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira como tema central da prova de redação. A proposta veio de encontro à campanha do Janeiro Branco e mobilizou debates sobre o assunto. E uma das formas mais eficazes de se combater o preconceito e o tabu em torno desse tema é por meio de informação e conhecimento de qualidade.
A saúde mental e emocional é uma pauta que precisa estar presente o ano todo, não apenas em datas específicas. Para Patrícia Teixeira, coordenadora do Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista, a escolha do tema foi muito pertinente: “interessante que a redação propunha uma elaboração interventiva de ações em respeito aos direitos humanos e promoção da vida. Adolescentes e jovens sinalizam alertas importantes diante do quadro social que vem impactando diretamente sua condição emocional e física. O repertório juvenil pede por atuações atentas, empáticas e conectivas, potencializando o ser, o conviver, o conhecer e o fazer de modo mais integral”.
Para Adriana Evaldt, estudante da Escola de Humanidades PUCRS e membro do Grupo de pesquisa do Observatório Juventudes: “O impacto na saúde mental é presente, principalmente, na vida de adolescentes e jovens, sendo a questão de adoecimentos tão séria quanto de outras doenças já muito abordadas. Um exemplo visível e recente é o cenário de preocupação no período da pandemia”.
Em 2020, foi lançado o guia Saúde mental de adolescentes e jovens em contextos educativos: relações de cuidado humano, com o objetivo de apresentar um olhar informativo e interventivo, dedicado ao cuidado com a vida de adolescentes e jovens impactadas pelo contexto contemporâneo. A publicação foi elaborada pelo Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista com o apoio de profissionais da Assessoria de Proteção à Criança e ao Adolescente, Gerência Educacional dos Colégios da Rede Marista e Núcleo de Apoio Psicossocial da PUCRS.
Para Simone Martins, supervisora educacional dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista e integrante da equipe técnica de redação do guia, “o cuidado com a vida, em todas as suas dimensões, constitui-se princípio da proposta educativa. Os espaços de vivências, escutas e diálogos individuais ou coletivos, mediados pelo uso das tecnologias digitais contribuíram à manutenção de vínculos e das relações de cuidado humano no ano que passou e continuarão fazendo parte das intencionalidades pedagógicas a toda comunidade educativa, em 2021″.
Promover vivências, formações, rodas de conversa e compartilhamento de informações são ações primordiais para que os estigmas sobre as doenças mentais sejam superados e que a sociedade possa, de fato, colaborar com o acolhimento e inclusão de todas as pessoas de forma natural e respeitando os direitos humanos.
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