Com mais de 500 trabalhos inscritos, edição comemorativa acontece durante a Semana Acadêmica Integrada 

Ao todo, 86 bancas avaliarão os mais de 500 trabalhos desenvolvidos pelos estudantes com orientação de professores da universidade. / Foto: Giordano Toldo

Entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro acontece o 25º Salão de Iniciação Científica, evento promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e pela Coordenadoria de Iniciação Científica. Neste ano, 511 bolsistas de iniciação científica puderam compartilhar suas pesquisas. O evento acontece durante a Semana Acadêmica Integrada da Universidade. 

A cerimônia de abertura aconteceu na tarde desta segunda-feira, dia 30 de setembro, no Foyer do Salão de Atos. Na ocasião, o reitor da Universidade Ir. Evilázio Teixeira celebrou os 25 anos de história do evento e definiu a iniciação científica como uma das melhores experiências na universidade.  

“Ao longo desses dias, cada trabalho apresentado reflete o empenho dos estudantes e pesquisadores em construir um futuro cada vez mais inovador e, também, mais justo. Eventos como esse permitem o avanço científico e tecnológico”, adicionou. 

Ao todo, 86 bancas avaliarão os mais de 500 trabalhos desenvolvidos pelos estudantes com orientação de professores da universidade. Além disso, 37 estudantes externos de 10 instituições de ensino superior também participam do evento. 

O 25º Salão de Iniciação Científica começou na segunda-feira (30) e segue até quinta-feira (3). / Foto: Giordano Toldo

Para a diretora de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Maria Martha Campos, o evento é motivo de celebração.

“Sem dúvida nenhuma, a PUCRS chegou a 2024, após completar 75 anos, como uma Universidade de excelência em diferentes frentes, incluindo a pesquisa científica. Não poderia ser diferente, considerando-se que a excelência em todos os campos de atuação representa um dos direcionadores estratégicos institucionais. É nesse cenário que se destaca a 25ª Edição do Salão de Iniciação Científica da PUCRS”, adiciona. 

Para a pesquisadora, esse momento marcante está alinhado com o posicionamento atual da Universidade, se traduzindo pelos impactos positivos derivados da imersão científica dos alunos desde o início da sua formação.

“São 25 anos de histórias marcantes e olhos brilhando com a pesquisa, que se traduziram certamente em profissionais melhores e nas mudanças graduais que ajudaram a nossa Universidade a ter o protagonismo atual. A pesquisa da PUCRS não seria a mesma sem nossos alunos de iniciação científica, os de antes, os de agora e, certamente os que virão”, completa Maria Martha. 

Na cerimônia de abertura, coordenadora da Iniciação Científica da PUCRS Laura Utz também compartilhou suas experiências como aluna de iniciação científica, além de homenagear o legado de outros coordenadores que passaram pela gestão da área nos últimos anos.  

“Além de compartilhar seus resultados, o evento é também um treinamento para futuras apresentações em eventos das suas áreas. É uma oportunidade muito grande de aprendizado de como compilar os resultados de um projeto e de como preparar uma apresentação clara e objetiva. Além disso, as discussões e as trocas que ocorrem entre professores e alunos são muito importantes para a formação do estudante como um todo”, adiciona Laura. 

A premiação dos destaques do 25º Salão de Iniciação Científica está marcada para o dia 24 de outubro, das 16h às 18h, no Teatro do prédio 40. 

Fotos: Giordano Toldo

Neste ano, o Salão de Iniciação Científica da PUCRS completa 25 anos de história, consolidando-se como um espaço de socialização das atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação e professores/pesquisadores de diferentes universidades. Neste ano, o evento acontece entre os dias 3 e 7 de junho e as inscrições para apresentação estão abertas.

O evento avalia a participação de bolsistas em projetos de pesquisa de Iniciação Científica, proporciona o intercâmbio de conhecimentos e resultados de pesquisas, além de promover a divulgação da pesquisa no âmbito da graduação. O encontro também oportuniza aos bolsistas um momento de reflexão sobre sua contribuição para a qualificação do projeto de pesquisa de Iniciação Científica.

As inscrições vão até o dia 15 de março, às 18h. Para se inscrever, os/as estudantes deverão preencher o formulário de inscrição e submeter um resumo, que fará parte do ebook do evento.

Para a Diretora de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Maria Martha Campos, o evento contribui para a excelência na formação dos alunos de graduação, sendo uma oportunidade de trocas científicas, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades.

“Em especial, nesta edição dos 25 anos, temos muito a celebrar, considerando o destaque da PUCRS em pesquisa”, adiciona.

Experiências de pesquisa

Na PUCRS, mais de 600 estudantes de graduação integram projetos de pesquisa conduzidos nas sete Escolas. A Iniciação Científica objetiva, além da formação, a capacitação e qualificação de recursos humanos voltados para a pesquisa científica.

Para mais informações sobre o Salão de Iniciação Científica e outras oportunidades de pesquisa na graduação, contate a Coordenadoria de Iniciação Científica pelo e-mail [email protected] ou presencialmente de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h15 na sala 325 do Living 360°.

Inscreva-se no evento

Foto: Matheus Gomes

A iniciação científica é uma oportunidade de se conectar com a pesquisa ainda durante a graduação. O programa permite contato com professores de diferentes áreas, métodos de pesquisa e conexão com grandes questões da atualidade. Em 2022, aconteceu a 23ª edição do Salão de Iniciação Científica, que contou com mais de 600 trabalhos apresentados na modalidade de comunicação oral e mais de 100 bancas avaliativas com a presença de professores avaliadores da PUCRS e de outras instituições. 

O evento visa proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas por bolsistas e voluntários/as de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores/as da Universidade e de outras instituições. Nesta edição, 75 trabalhos obtiveram nota máxima, sendo, portanto, considerados trabalhos destaque. Além destes, seis estudantes saíram vencedores, um em cada grande área do conhecimento, além de três trabalhos agraciados com menção honrosa.  

Quem são os alunos premiados 

Grandes Áreas – Ciências Sociais Aplicadas 

Com a pesquisa intitulada Filogeografia das tartarugas-marinhas do gênero Lepidochelys, a aluna de Ciências Biológicas Bruna Boizonave Andriola estudou os princípios e processos que governam a distribuição geográfica das linhagens genéticas das tartarugas-marinhas do gênero Lepidochelys, com orientação do professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Sandro Luis Bonatto.  

A estudante conta que tentou ingressar em laboratórios diversas vezes até conseguir atuar no Laboratório de Biologia Genômica e Molecular do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS. Seu contato com a prática científica permitiu elaborar projetos de pesquisa e conhecer sua área de vocação dentro da Biologia.  

“A partir da iniciação científica pude conhecer mais sobre evolução e genética e aprender como fazer ciência. Atualmente me vejo seguindo na área de pesquisa e ser reconhecida nisso é um impulso muito incentivador. Trabalhar com bioinformática e genética é o que me cativa, é como estudar para entender a história do mundo”, destaca a aluna.  

Grandes Áreas – Ciências Humanas 

salão de iniciação científica

Foto: Matheus Gomes

A estudante de Psicologia Eduarda Baldissera Rospide foi reconhecida por sua pesquisa sobre Padrões Inflexíveis em Indivíduos com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), com orientação da professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Margareth da Silva Oliveira. O estudo teve como objetivo ver a prevalência dos padrões inflexíveis na população com TOC, no qual é a crença de que o indivíduo deve fazer um grande esforço para atingir elevados padrões internalizados de comportamento e desempenho.  

A aluna descobriu sua paixão em Terapia dos Esquemas ao ingressar no Grupo Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitivo e Comportamental (GAAPCC) do PPG em Psicologia como bolsista de Iniciação Científica. Desde então, desenvolveu projetos de pesquisa com foco em abordar diversos transtornos de personalidade, mudando a forma de encarar, interpretar e reagir aos esquemas. Além do contato com mestrandos, doutorandos e professores do grupo de pesquisa, Eduarda participou de congressos, seminários e outras edições do SIC da PUCRS, onde pode se conectar com outros pesquisadores.  

“Com a convivência do grupo pude conhecer a área que eu amo e entender que quero seguir trabalhando com pesquisa por um bom tempo. Se a gente não busca conhecer as outras áreas a gente acaba não usufruindo de tudo, além de poder ouvir e ter outras visões e conceitos em conjunto é muito bom. Foi ótimo poder encerrar esse ciclo conquistando nas Grandes áreas das Ciências Humanas”, celebrou a estudante. 

Grandes Áreas – Ciências Exatas e Engenharias 

Com o projeto sobre Modelagem Matemática e Desenvolvimento de Simulador do Processo de Extração Supercrítica, o estudante de Engenharia Mecânica Otávio Augusto Fonseca de Oliveira foi destaque das Grandes Áreas e alcançou nota máxima. Sua pesquisa é fruto de sua atuação no Laboratório de Operações Unitárias (Lope), onde estagiou e foi responsável na parte de manutenção e modulação de equipamentos. 

Otávio conta que conheceu a oportunidade de estagiar no laboratório através do PUCRS Carreiras e com passar do tempo foi convidado a integrar o grupo como aluno de Iniciação Científica, pelo pesquisador da Escola Politécnica e coordenador do Lope Eduardo Cassel. Com isso, o estudante pode unir suas duas paixões, trabalhar com equipamentos e também desenvolver projetos de pesquisa na área de Engenharia Mecânica.  

“Com a Iniciação Científica pude me desenvolver nas áreas de projetos, fazer simuladores e equipamentos de forma integrada com o aprendizado acadêmico e científico que estou tendo no laboratório. Fiquei mais motivado ainda quando falaram meu nome como destaque na área de Engenharias, justamente em meu primeiro Salão de Iniciação Científica. Estava bem nervoso e não esperava, foi uma surpresa muito legal”, contou. 

Grandes Áreas – Linguística e Letras 

salão de iniciação científica

Foto: Matheus Gomes

Arthur Trein é estudante de Letras da UFRGS e foi premiado por sua pesquisa intitulada Percepção de Grau de Acento Estrangeiro em Contexto de Inglês como Língua Franca: Sobre o Papel de Falantes e Ouvintes. Orientado pelo professor Ubiratã Kichöfel Alves, o estudante atua na linha de pesquisa de linguística e desenvolvimento de segunda língua no Laboratório de Bilinguismo e Cognição (LABICO), da UFRGS e no grupo de pesquisa ProLinGue – Estudos relacionados ao processamento da linguagem por indivíduos bilíngues e multilíngues.  

O contato com a área se deu pela proximidade com o professor orientador e com outros colegas através de sua participação em diversos congressos, eventos e salões. De acordo com Arthur, essa experiência como bolsista de Iniciação Científica auxilia muito sua construção enquanto estudante durante a graduação.  

“A Iniciação Científica é além de uma forma de construir uma base sólida para ingressar na atuação acadêmica, mas também funciona para entender a importância de uma pesquisa científica séria e teórica na construção do conhecimento e desenvolvimento do país. Foi meu primeiro SIC da PUCRS e achei muito bom o sentimento de voltar para a presencialidade e o reconhecimento dá uma garantia e uma motivação para seguir produzindo e criando”, finalizou.  

Na categoria de Grandes Áreas, também se destacaram os alunos Guilherme Schoeninger Vieira, em Ciências Sociais Aplicadas, e Isadora Nunes Erthal, na área de Ciências da Saúde. Guilherme foi orientado pelo professor Eugênio Facchini Neto e Isadora pela professora Gabriela Heiden Teló.  

Menção Honrosa – Apoio técnico 

Reconhecida no SIC 2022, a estudante de Engenharia Química Vitória Garcia La Porta desenvolveu o estudo nomeado como Apoio Técnico para o Laboratório de Processos Ambientais (LAPA/PUCRS): Manutenção das Rotinas do Laboratório de Bioprocessos, com orientação do professor e pesquisador da Escola Politécnica Cláudio Luis Frankenberg. Com o projeto, a aluna pode unir suas duas paixões: as áreas de Engenharia Química e Bioengenharia.  

Vitória entrou no LAPA como voluntária de Iniciação Científica, e conta que pode realizar projetos científicas com a maioria dos professores de seu curso, além de poder entender na prática qual é o papel do engenheiro químico na pesquisa.  

“As pesquisas influenciam e seus resultados podem ser usados em várias áreas do conhecimento. E isso, a gente percebe atuando em um grupo multidisciplinar e nas discussões em conjunto entre professores, mestrandos e colegas de laboratório. O Salão é um momento fundamental que permite essa possibilidade de conhecer pessoas, fazer contatos, trocar conhecimento e aprender com as bancas”, destaca Vitória.  

Os alunos João Vitor Boeira Monteiro e Júlia Geitens Valente também foram reconhecidos na categoria de Menção Honrosa. João se destacou no tema de Pet Saúde e Júlia em Extensão Universitária. Orientados pelos professores Samuel Greggio e Ivan Carlos Ferreira Antonello respectivamente.  

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Entre os dias 3 e 7 de outubro acontecerá o 23º Salão de Iniciação Científica (SIC) da PUCRS, o encontro que visa proporcionar o intercâmbio de conhecimento e resultados das pesquisas desenvolvidas pelos/as bolsistas de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores. As inscrições estão abertas até o dia 12 de setembro através do link. Na PUCRS, muitos/as estudantes se envolvem com projetos de pesquisa com professores e alunos/as de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. A oportunidade proporciona a conexão com a pesquisa científica, explorando na prática diferentes métodos, assuntos e possibilidades.

A universidade conta com a participação de diversos/as estudantes de graduação, que se destacaram ao longo de sua trajetória em grupos e laboratórios de pesquisa. Saiba de que forma o Programa de Iniciação Científica influenciou na jornada profissional e acadêmica de alguns destes alunos:

Foco no ramo profissional

Guylherme Rodrigues Selli / Foto: Matheus Gomes

O estudante da Escola de Humanidades Guylherme Rodrigues Selli desenvolveu o projeto Ambientes de inovação e sinergia: inteligência geoespacial aplicada à captação e mapeamento de talentos na PUCRS, que recebeu a Premiação de Trabalho Destaque na última edição do SIC. O aluno se destacou desde os primeiros semestres do curso, quando foi convidado por um dos seus professores de sala de aula para ingressar na iniciação científica como bolsista. Atualmente, Guylherme está em seu último semestre e participou do programa por dois anos. De acordo com o estudante, esta oportunidade permitiu que ele conhecesse ainda mais sua área.

“Graças ao contato que tive com a pesquisa, pude conhecer ainda mais na prática quais são as possibilidades que tenho profissionalmente na minha área. Com isso, consegui definir meu foco no ramo de Agronomia, Agronegócio e Tecnologia, depois de aprender mais sobre utilizar softwares e desenvolver autonomia ao longo destes anos na Iniciação Científica”, destacou o aluno.

Contato com profissionais de diferentes áreas

Pedro Antonio Fiori / Foto: Matheus Gomes

Pedro Antonio Fiori, estudante da Escola de Direito, também recebeu o reconhecimento de Trabalho Destaque no SIC 2021, com o projeto Trabalho e Previdência em situação de calamidade – altos estudos em tempos de emergência sanitária por Covid-19. O aluno conta que seu interesse com a pesquisa existe desde o início da faculdade, quando resolveu buscar por conta própria se envolver com a iniciação científica. Nesta busca, entrou em contato com a professora Denise Pires Fincato, que logo se tornou sua orientadora. Desde 2020 envolvido com o Programa, o estudante desenvolveu diversos projetos relacionando as leis trabalhistas e a pandemia de Covid-19, sempre em contato com outros colegas e profissionais da área.

“A experiência da Iniciação Científica proporciona o contato próximo com o professor e com outros colegas que estão no mestrado e doutorado. Essa aproximação proporciona bastante aprendizado de desenvolver projetos com pessoas que já atuam profissionalmente na área, tudo isso estando na graduação, por isso se torna uma experiência rica e única que a PUCRS oferece”, ressaltou o estudante.

Conhecer novas possibilidades

Júlia Maria Kuhl da Silva / Foto: Matheus Gomes

A aluna da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Júlia Maria Kuhl da Silva se destacou por sua atuação com o projeto Efeitos da berberina sobre os déficits cognitivos e comportamentais induzidos por crises convulsivas em peixe-zebra. A estudante ingressou na iniciação científica através de uma colega de turma que avisou de uma oportunidade para bolsista de iniciação científica. Sem conhecer muito sobre a área científica, a aluna resolveu ingressar no programa, participando por mais de três anos em diversos projetos de pesquisa, com orientação da pesquisadora Carla Denise Bonan. Nesta trajetória, Júlia pôde trabalhar com colegas de variadas áreas e projetos em diferentes campos da Biologia.

“A Biologia é uma área muito ampla, tem diversos nichos diferentes do que fazer. Essa experiência me ajudou muito a definir o que eu gosto, conhecer novas áreas e explorar diferentes possibilidades. Além disso, trabalhar com colegas engajados e que se apoiam faz toda a diferença para desenvolver o espírito de equipe e autonomia que vão fazer diferença profissionalmente”, comentou a estudante.

Envolvimento com a rotina de pesquisa

Arthur Angonese / Foto: Matheus Gomes

O aluno Arthur Angonese, da Escola de Medicina, desenvolveu o projeto Identificação dos Mecanismos e das Alterações Celulares pela Infecção com SARS-CoV-2 – Um estudo In Vitro. Seu interesse na área de pesquisa veio desde sua infância por influência familiar do seu pai, que desenvolve estudos na área de Tecnologia. Com isso, o estudante buscou a iniciação científica desde seu primeiro momento na graduação, quando encontrou a oportunidade de atuar como bolsista do programa no Laboratório de Biologia Molecular, com a orientação da pesquisadora Denise Cantarelli Machado. Desde então, Arthur se envolve há mais de dois anos em atividades de pesquisa com outros pesquisadores da área.

“Com a iniciação científica pude me aproximar dessa rotina de pesquisa, escrever artigos, conviver com colegas da área e ter aproximação com áreas e professores que me incentivam diretamente. Com essa experiência ficou muito claro que eu quero seguir nessa área de ciência e docência”, finalizou.

 

Teve início nessa segunda-feira, dia 4 de outubro, a 22ª edição do Salão de Iniciação Científica da PUCRS. Neste ano, 686 estudantes participarão da semana de socialização de atividades de pesquisa que segue até a próxima sexta-feira, dia 8. A cerimônia de abertura foi conduzida pelo coordenador de Iniciação Científica Júlio César Bicca-Marques e contou com a palestra Avaliando percepção em faces: Uma abordagem computacional, apresentada pela professora da Escola Politécnica Soraia Raupp Musse. 

O encontro contou com a participação do vice-reitor Ir. Manuir Mentges; do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva; da coordenadora de Programas Acadêmicos do CNPq, Lucimar Batista de Almeida; e do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs), Odir Dellagostin. 

Em sua fala de acolhimento, o vice-reitor da PUCRS reforçou a importância da iniciação científica como caminho para a inovação e o empreendedorismo, levando ao desenvolvimento do estudante enquanto pesquisador. Mentges afirmou ainda que a partir da vivência, o aluno tem a oportunidade de atuar na geração de soluções para problemas concretos da sociedade. 

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Carlos Eduardo Lobo e Silva agradeceu o apoio da Fapergs e do CNPq no desenvolvimento dos futuros cientistas e reforçou a relevância do evento para o Rio Grande do Sul como oportunidade de compartilhamento de conhecimento e momento de formação para a geração futura de cientistas. Além disso, apresentou o Programa G+1, nova iniciativa da Universidade para que o aluno possa viver a experiência do mestrado durante a graduação. Por meio da novidade, o estudante poderá concluir o mestrado com apenas mais um ano de estudo após o término da graduação. Para isso, ele precisa ter cursado, pelo menos, 50% dos créditos do seu curso de graduação e cumprir com os requisitos previstos no edital de seleção do Programa de Pós-Graduação de seu interesse. 

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Simulação e humanos virtuais 

Professora da Escola Politécnica Soraia Musse palestrou na abertura do evento

Na palestra de abertura, a professora Soraia Raupp Musse apresentou algumas pesquisas conduzidas no Laboratório de Visualização de Humanos Virtuais (VHLab). Soraia destacou a presença de bolsistas de Iniciação Científica que integram os projetos de pesquisa do grupo. 

O VHLab se interessa por problemas de simulação e de percepção de humanos virtuais. “Se por um lado queremos simular a fim de criar cenários que não existem, por outro lado queremos entender como essas imagens são percebidas e compreendidas por nós”, explica a pesquisadora. Indo do reconhecimento facial ao reconhecimento de emoções, os projetos desenvolvidos buscam relacionar os estilos faciais com características emocionais e como isso tem sido trabalhado na área da computação gráfica. 

Sobre o Salão de Iniciação Científica 

encontro é voltado a bolsistas de Iniciação Científica e seus orientadores, vinculados a instituições de ensino de todo o Brasil. O evento busca proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores. Além de promover a divulgação da pesquisa no âmbito da graduação da Universidade e da comunidade científica e acadêmica em geral, e incentivar a participação dos alunos de graduação em programas de Iniciação Científica. 

Na sexta-feira, dia 8 de outubro, às 18h30min, acontece a cerimônia de encerramento com a palestra Quais deveriam ser os conselhos de Cajal para jovens pesquisadorxs em 2021?, conduzida pelo professor da Escola de Medicina Rodrigo Grassi de Oliveira. Neste encontro também serão divulgados os destaques do evento deste ano. Saiba mais no site do evento.

Salão de Iniciação Científica

Evento acontecerá de forma online e síncrona, por meio da plataforma Zoom.

Estão abertas, até as 18h do dia 25 de agosto, as inscrições para o 22º Salão de Iniciação Científica (SIC) da PUCRS. O encontro é voltado a bolsistas de Iniciação Científica e seus orientadores, vinculados a instituições de ensino de todo o Brasil. Devido às recomendações dos órgãos oficiais de saúde e determinações institucionais visando a prevenção da Covid-19, o evento neste ano ocorrerá de forma online e síncrona, por meio da plataforma Zoom. 

O encontro busca proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores. Além de promover a divulgação da pesquisa no âmbito da graduação da Universidade e da comunidade científica e acadêmica em geral, e incentivar a participação dos alunos de graduação em programas de Iniciação Científica. 

“No Salão de Iniciação Científica, os estudantes apresentam seus trabalhos e, em seguida, respondem perguntas realizadas por uma banca. Isso é importante por ser um treino, durante a graduação, para aqueles que desejam seguir no ramo da pesquisa após formados. O evento segue um formato semelhante àquele que esses alunos encontrarão em eventos científicos nacionais e internacionais no futuro”, explica o coordenador da Iniciação Científica, Julio César Bicca-Marques. 

De acordo com o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Carlos Eduardo Lobo e Silva, a bolsa de iniciação científica é uma experiência importante na formação do estudante de graduação. “Essa vivência é muito rica, especialmente, para os estudantes instigados pelo mundo da investigação científica. A PUCRS, em parceria com as agências de fomento, proporciona essa vivência a centenas de estudantes, o que reforça e consolida este diferencial na formação dos nossos alunos”, pontua. 

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Iniciação Científica representa espaço para desenvolvimento acadêmico  

Elisa Marcante, bolsista do professor Julio, participou de uma experiência semelhante no Seminário Interno de Avaliação da Iniciação Científica da PUCRS, onde apresentou o projeto de pesquisa Culturômica da Conservação: mapeando a evolução do interesse por temas ambientais no Brasil e no mundo. Para ela, “essa foi uma experiência interessante”.  

“Fiquei nervosa no começo, mas, assim que apresentei meu trabalho, percebi que não era necessária tanta preocupação. A graduação é um momento de muita experimentação e a pesquisa em que atuo e minha participação no seminário foram experiências que, com certeza, auxiliarão no meu desenvolvimento profissional”.  

Alunos e alunas da PUCRS, assim como externos vinculados a bolsas institucionais da Universidade têm isenção no valor da inscrição. Para os demais estudantes de outras instituições de ensino, o valor da inscrição é de R$ 50, com um limite de 100 inscrições.  

Confira como inscrever seu trabalho no site do evento. 

Saiba mais sobre a IC 

A Iniciação Científica busca proporcionar aos estudantes de graduação, sob orientação de um professor/pesquisador, a aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensamento científico e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa. Saiba mais sobre o programa no site da Iniciação Científica. 

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Rocha-Sanchez trouxe uma abordagem inspiradora em sua palestra. Crédito: Reprodução

Com transmissão ao vivo pelo canal de YouTube da PUCRS, o encerramento aconteceu no último dia 30 e contou com palestra A ciência como instrumento de superação: minha jornada dos macacos amazônicos às patentes médicas, conduzida pela Dra. Sonia M. Rocha-Sanchez da Creighton University, nos Estados Unidos. Rocha-Sanchez relatou sua trajetória de superação pessoal e acadêmicadeixando uma mensagem inspiradora com quatro pontos essenciais: sonhe grande, trabalhe duro, mantenha focado no seu objetivo, acerque-se de pessoas/mentores que te motivem a ser o melhor que você possa ser”.  O evento completo está disponível para visualização.  

O coordenador da Iniciação Científica da PUCRS, professor Júlio César Bicca-Marques, conduziu a cerimônia. A diretora de pesquisa da pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da PUCRS, Fernanda Morroneabriu o evento parabenizando todos os bolsistas e orientadores pelos trabalhos apresentados ao longo da semana. “Sem dúvida foi uma experiência muito enriquecedora pra todos nós. 

Promovido pela pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, o evento teve 749 inscritos e 294 avaliadores. O salão de iniciação científica representa um espaço de socialização de atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação e professores/pesquisadores de diferentes universidades e instituições de pesquisa regionais e brasileiras.  

Confira os alunos destaques, seus trabalhos e respectivos orientadores: 

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Em um ano em que a ciência mostrou-se ainda mais protagonista na sociedade, a 21ª edição do Salão de Iniciação Científica teve seu início nesta segunda-feira, dia 26 de outubro. Pela primeira vez em formato online devido a pandemia da Covid-19, o evento teve mais de 700 inscritos de diferentes áreas do conhecimento. Ao todo, serão 296 avaliadores, sendo 50 de instituições externas.

Promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, o evento representa um espaço de socialização de atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação e professores/pesquisadores de diferentes universidades e instituições de pesquisa regionais e brasileiras.

Para o coordenador da Iniciação Científica da PUCRS, professor Júlio César Bicca-Marques, o evento é uma excelente oportunidade para o aluno de graduação praticar a apresentação e divulgar suas experiências e descobertas científicas. “A realização dessa 21ª edição de modo virtual apresenta a desvantagem de não permitir que essa prática ocorra presencialmente. Contudo, não tenho dúvidas de que ela será muito positiva para os alunos apresentadores ao evidenciar a viabilidade de interações científicas remotas. Essa possibilidade abre, literalmente, janelas para o mundo. Deixo o seguinte recado para todos os alunos: vão em frente, vençam barreiras. O céu é o limite”, afirma.

Valorização da ciência

Com transmissão ao vivo pelo canal de YouTube da PUCRS, a abertura do evento contou com a presença do presidente da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do RS (Fapergs), Odir Dellagostin, que destacou a importância da iniciação científica para o futuro cientista. “É a partir dessa experiência que nasce a paixão pela ciência, que os estudantes possam continuar essa jornada em direção ao aprimoramento da sua formação, do método científico. Que vocês possam dar essa contribuição para a ciência do nosso país e que nossa sociedade possa usufruir deste trabalho”, afirmou.

Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Carla Bonan, a iniciação científica tem um papel fundamental no pensamento crítico e o evento valoriza a ciência e o conhecimento. A pró-reitora também destacou o momento atual, em que pesquisadores do mundo todo buscam soluções para os impactos da pandemia nas nossas vidas. “Estamos vivendo mudanças na forma de viver, de nos relacionar, de fazer ciência. Pela primeira vez em 21 anos, o nosso SIC acontece em formato virtual. É um momento de valorização do trabalho e dedicação dos jovens pesquisadores”, completou.

O reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira também participou da abertura do SIC e destacou o compromisso da Universidade com a ciência. Mesmo diante das adversidades causadas pela pandemia, a pesquisa na PUCRS não parou. “A nossa instituição está atenta aos estudos dos graves problemas contemporâneos. Possuímos, na pesquisa, um dos mais sólidos alicerces, reconhecida nacionalmente e internacionalmente. Tão importante quanto celebrar o caminho percorrido, é fundamental reafirmar o compromisso enquanto comunidade científica com ética, ousadia e dignidade”, afirmou durante a transmissão.

Paixão, dedicação e acaso

A palestra de abertura Ciência e Paixão: Uma união perfeita foi conduzida pelo professor da Escola de Humanidades André Salata. O docente iniciou relembrando sua trajetória como bolsista de IC e como isso o conduziu, mais tarde, para o mestrado e doutorado. Salata destacou Max Weber, que afirmava que o ser humano precisa de motivação para seguir.

Quais são as perspectivas de alguém que, tendo concluído seus estudos superiores, decida dedicar-se profissionalmente à ciência, no âmbito da vida universitária? Max Weber

Relembrando o mito da caverna de Platão, associou a ciência à ruptura da visão obscura e o rompimento com ideias distorcidas ou equivocadas. Para o pesquisador, a ciência é capaz de nos tirar da sombra, questionar, mas não em busca de uma verdade absoluta, mas de um caminho a ser percorrido. “A ciência é o lugar da dúvida, não é lugar de construção de certezas”, afirmou.

A ciência será sempre uma busca, jamais uma descoberta. É uma viagem, nunca uma chegada. Karl Popper

Salata também chamou a atenção para a representação dominante que mostra o cientista avesso a sentimentos. Citando Max Weber, é impossível fazer sem ciência sem paixão. Para o pesquisador, nada é possível sem ela e o mesmo serve para o trabalho científico.

“Quando você faz uma descoberta, quando os dados mostram algo que ninguém havia se dado conta, tudo isso lhe torna ainda mais apaixonado. A paixão forma bons cientistas, estar apaixonado pelo seu tema de monografia, dissertação é fundamental. É aquilo que nos intriga, nos motiva, nos inspira”, afirma.

Não tenho nenhum talento especial. Sou apenas apaixonadamente curioso. Albert Einstein

Para o professor, a paixão deve vir acompanhada de muito trabalho. Enquanto a paixão produz inspiração, a dedicação alcança objetivos. E, por fim, elege mais um ponto abordado por Weber: o acaso. Este não está em nosso controle, mas é o que torna a vida mais emocionante. Não saber ao certo onde a pesquisa lhe conduzirá, os resultados, os avanços, tudo isso contribuirá para uma jornada transformadora.

Encerramento e destaques

Nesta sexta-feira, dia 30 de outubro, das 18h30 às 20h, acontece a palestra de encerramento do evento, também com transmissão ao vivo pelo Youtube. A palestra A ciência como instrumento de superação: minha jornada dos macacos amazônicos às patentes médicas será conduzida pela professora Sonia Rocha-Sanchez, da Creighton University, nos Estados Unidos. Na ocasião também serão apresentados os trabalhos destaque da edição 2020.

Valerie Thomas, Bessie Blount Griffin, Annie Easley, Marie Maynard Daly… Todas mulheres nascidas no século passado. Entre elas havia algo em comum: pioneiras em suas áreas de atuação, foram cientistas renomadas e ajudaram a abrir portas nas áreas de Ciência e Tecnologia, ramos geralmente masculinos. Desde 2015, o dia 11 de fevereiro é lembrado como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (Unesco) e pela ONU Mulheres como forma de promover a conscientização sobre o tema e ampliar o acesso de pessoas diversas na área.

Diretora de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), Fernanda Morrone falou sobre a importância das mulheres e meninas na ciência e o trabalho das pesquisadoras da PUCRS. “Dados mostram que nos últimos anos a proporção de mulheres cresceu entre os pesquisadores, mas ainda permanecem muitos desafios. Os dados também mostram que as mulheres ainda não crescem em posições de destaque na mesma proporção que os homens, assim este é outro desafio que temos que enfrentar” conta Morrone.

Para o futuro, a docente aposta na oportunidade e identificação de novos talentos na área. “Além disso, é fundamental comemorar e divulgar as conquistas já alcançadas, mas ainda é preciso acelerar medidas, através de políticas públicas, para tornar a carreira científica mais igualitária para todos” finaliza.

Avanços e desafios dos últimos anos

A última década ficou marcada pelo avanço das meninas na educação. Dados apontam um aumento pequeno, mas consistente, nas taxas de matrícula de meninas e mulheres em todos os níveis de ensino. O levantamento realizado pelo Instituto de Estatísticas da Unesco (UIS) mostra que de 2000 até 2014 o número de mulheres no ensino superior dobrou no mundo. Apesar das mulheres representarem uma maioria entre os pesquisadores no Brasil, elas não ocupam cargos de liderança na mesma proporção que homens.

Entra as portas de entrada para a ciência, está a iniciação científica. “Aos estudantes que estão na Iniciação Científica, vivam e explorem ao máximo esta oportunidade. Aos que ainda não entraram na pesquisa, façam! Vocês serão profissionais diferenciados” afirma a bióloga Tamiris Salla ao dar dicas para quem quer começar na área. Salla é uma das várias histórias de sucesso do Salão de Iniciação Científica da PUCRS.

O relatório Gender in the Global Research Landscape, da Elsevier, mostra que, no Brasil, as mulheres são maioria na pós-graduação. Segundo a Capes, 55% do total de matriculados e titulados em cursos de mestrado e doutorado eram mulheres em 2015. Na Iniciação Científica, as jovens representavam 56% em 2013. Porém, a distribuição de bolsas de produtividade em pesquisa seguia desigual. Em 2017, as mulheres eram somente 35,5% do total de bolsas de produtividade e 24,6% daquelas de nível 1A, o mais alto da academia. Conhecido como “telhado de vidro”, a expressão diz respeito as barreiras que mulheres enfrentam para ascender na carreira acadêmica.

Maternidade e ciência

O projeto Parent in Science (Pessoas com filhos na ciência) realizou uma pesquisa com 1.182 docentes brasileiras. O resultado mostra que enquanto a produtividade cresce entre cientistas que não são mães, as que têm filhos mostram uma queda no número de publicações em média até aos quatro anos de idade do primeiro filho. O relatório da Elsevier aponta que entre as causas estão a falta de incentivo para mulheres conciliarem o trabalho e a maternidade; e a necessidade de viagens internacionais, muitas vezes realizadas pelos pais ou homens. O estudo levou em consideração o contexto de 20 anos, 12 localidades e 27 áreas do conhecimento.

A cor da ciência

Além do obstáculo de gênero, a cor e a raça são outras barreiras enfrentadas pelas mulheres. Em 2015, entre as bolsistas, apenas 4,6% eram pretas, 20,5% eram pardas, 0,2% eram indígenas e 62% eram brancas, segundo artigo publicado no CNPq. Conforme o relatório de 2017 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), pessoas negras representam apenas 16% dos professores universitários. Entre eles, homens representam 60% do total.

Meninas na Ciências: Uma meta que mobiliza o mundo todo

A inclusão de mulheres na área de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (Stem) faz parte da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da Unesco, com uma nova visão sobre questões sociais e econômicas atuais. “Da perspectiva científica, a inclusão de mulheres promove a excelência científica e impulsiona a qualidade dos resultados em STEM, uma vez que abordagens diferentes agregam criatividade, reduzem potenciais vieses, e promovem conhecimento e soluções mais robustas” de acordo com o material disponibilizado no portal oficial da organização.

Na PUCRS, o incentivo a inclusão e a diversidade é uma das bandeiras levantadas pela decana da Escola Politécnica, Sandra Einloft. A pesquisadora foi um dos destaques da série Trabalhe Como Uma Mulher, da Revista Donna, ao contar sobre a sua trajetória na carreira. Desde o mestrado, Einloft percebeu ser minoria entre os colegas e fez disso uma missão de vida: “sabemos que, em países onde têm mais igualdade, a economia avança mais”. Outro trabalho de destaque realizado na Universidade é o da pesquisadora Magda Lahorgue, que realizou um estudo sobre Características do sono em crianças e adolescentes brasileiros. A análise mostrou que o sono muitas vezes é negligenciado durante a infância e pode acarretar em uma alta taxa de distúrbios do sono na população.

“Saber que existem possibilidades acadêmicas para além da Graduação nos fortalece enquanto profissionais, pois alinhamos à prática conhecimentos atuais e baseados em evidências científicas, favorecendo a troca de experiências com profissionais renomados” conta a perita criminal Luiziana Schaefer, formada em Psicologia pela PUCRS, ao lembrar como a trajetória acadêmica e a pesquisa mudaram o rumo da sua vida.

2019_08_22-Salão de IC 2019(907X550)Com o objetivo de promover um espaço de socialização de atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação, professores e pesquisadores, a PUCRS promove o 20º Salão de Iniciação Científica, de 23 a 27 de setembro. O evento é voltado a bolsistas e seus orientadores, vinculados a instituições de ensino de todo o Brasil. As inscrições de trabalhos foram prorrogadas até a próxima segunda-feira, 26 de agosto e podem ser efetuadas no site http://www.pucrs.br/eventos/inst/salaoic/.

A programação contará também com o Espaço Jovem Cientista, no qual estudantes de educação básica poderão apresentar seus projetos de pesquisa.  As inscrições para o Espaço já estão encerradas. Mais informações neste link: http://www.pucrs.br/eventos/inst/espacojovemcientista/. Saiba mais sobre a iniciação científica em reportagem da Revista PUCRS: http://www.pucrs.br/revista/iniciacao-cientifica-orienta-jovens-pesquisadores/.