Julian fuks, instituto de cultura

Foto: Tomas Bertelsen

O escritor Julián Fuks, destaque na literatura contemporânea brasileira, vem à PUCRS no dia 12 abril. O Instituto de Cultura recebe o autor dos livros A resistência (vencedor do Prêmio Jabuti de 2016) e Procura do romance para um bate-papo com o tema A resistência da literatura. A conversa será mediada pelo também escritor Reginaldo Pujol Filho e conta com a presença de Julia Dantas, escritora e colunista do jornal Zero Hora. O encontro tem entrada gratuita, é aberto ao público e acontece das 19h30min às 22h, no Delfos, no 7º andar da Bibilioteca Central (Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Inscrições podem ser feitas através deste link. Mais informações pelo telefone (51) 3320-3582.

Estilo contemporâneo

A escrita de Fuks se sobressai por testar os limites do romance, exercitando o relato, a reflexão metanarrativa e fundindo ficção e biografia. Seus textos foram publicados em jornais e revistas no Brasil e no exterior. Foi eleito pela revista Granta, em 2012, como um dos vinte melhores escritores brasileiros e conquistou, em 2018, o prêmio Anna Seghers de literatura, na Alemanha.

A resistência

Em A resistência, seu título de estreia, Fucks narra a história de uma família argentina que vem para o Brasil fugindo da ditadura e da repressão. Os pais são perseguidos políticos e veem a necessidade de deixar o país, mesmo que o Brasil não represente um lugar assim tão seguro. O romance combina o drama das relações familiares com um contexto histórico onde a insegurança e o medo são a única certeza.

Exposição Nosso Corpo Estranho

Exposição Nosso Corpo Estranho / Foto: Bruno Todeschini

Nesta quarta-feira, 20 de março, a partir das 19h30min, o bate-papo Artistas, atores ou ficcionistas reúne os artistas Guilherme Dable, Letícia Lopes e o escritor Reginaldo Pujol Filho. O encontro ocorre no 12º andar da Biblioteca Central, prédio 16 do Campus (Av. Ipiranga, 6.681), onde está ocorrendo até 29 de março a exposição Nosso Corpo Estranho. O evento é gratuito e aberto ao público.

A exposição, fruto do trabalho de doutorado em Escrita Criativa de Reginaldo Pujol Filho e do trabalho em colaboração com Guilherme Dable e Letícia Lopes, mistura literatura, ficção, narrativa e artes visuais. Na ocasião, Pujol Filho vai conversar com Guilherme e Letícia sobre o trabalho dos artistas que criaram obras entre a realidade e a ficção, que incorporaram a personalidade de um outro criador para fazer os trabalhos em exposição. A conversa também permitirá falar mais sobre encontros entre literatura e artes, narração nas artes, as artes na literatura, além de conhecer curiosidades sobre os bastidores da exposição.

Sobre os participantes

Exposição Nosso Corpo Estranho

Exposição Nosso Corpo Estranho / Foto: Bruno Todeschini

Guilherme Dable é artista visual e tem mestrado em Poéticas Visuais pelo Instituo de Artes da UFRGS, onde atualmente realiza seu doutorado. É co-fundador do Atelier Subterrânea, espaço independente que atuou baseado em Porto Alegre entre 2006 e 2015. Já realizou exposições individuais em Londres, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Recife, entre outras cidades, além de ter participado de diversas coletivas no Brasil e no exterior. Seu trabalho já foi reconhecido com prêmios, bolsas e residências artísticas e integra coleções com as do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, do Museu de Artes do Rio Grande do Sul, do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, da Fundação Vera Chaves Barcellos entre outras.

Letícia Lopes é bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Participou de exposições coletivas, como Faturas (Memorial do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016), Exigências do Desenho (Acervo Independente, Porto Alegre, RS, 2015) e 20º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (Palácio das Artes, Praia Grande, SP, 2013). Foi selecionada pelo Programa RS Contemporâneo (2016), por meio do qual expôs individualmente Presença Sinistra, com curadoria de Marcelo Campos (UFRJ), no Santander Cultural. Foi contemplada com o Edital para Artes Visuais – Edição 2015 da Fundação Galeria Ecarta (Porto Alegre, RS) com a exposição individual Ode a Phobos – Ou como É Bom Não Ter Memória. No mesmo ano, realizou a individual Exagerar Já É um Começo de Invenção, na Casa Paralela (Pelotas, RS) e, em 2014, participou do Concurso 3º Prêmio IEAVI com Em Minha Fome Mando Eu, na Fotogaleria Virgílio Calegari (Casa de Cultura Mário Quintana), exposição que lhe rendeu o Prêmio de Melhor Exposição (por salas). Pinturas delinquentes: revelações noturnas à margem da tolerância estética ocidental (e suas infiltrações bem-sucedidas)”, publicado pela Cactus Edições ano passado foi selecionado pelo Festival de Fotolivros da Revista Zum, e agora faz parte do acervo da biblioteca do Instituto Moreira Salles de São Paulo.

Reginaldo Pujol Filho é escritor com mestrado e doutorado em Escrita Criativa pela PUCRS. Publicou os livros Só faltou o títuloQuero ser Reginaldo Pujol Filho e Azar do personagem. Além da escrita de ficção, também colabora com veículos de imprensa como Zero Hora, O Globo e Suplemento Pernambuco, com crítica literária e ensaio. É curador da Coleção Gira de literaturas de língua portuguesa da editora Dublinense e ministra cursos de criação literária.

 

Capa do Livro Nosso Corpo Estranho

Foto: Divulgação

Uma proposta que une artes visuais, criação literária e pesquisa acadêmica. A exposição Nosso Corpo Estranho, aberta ao público de 1° a 29 de março, no 12° andar da Biblioteca Central Ir. José Otão, faz parte do desdobramento da pesquisa de doutorado em Escrita Criativa do escritor Reginaldo Pujol Filho, que investigava a presença da literatura em exposições de arte e seu potencial narrativo. Todas as visitas são guiadas, e ocorrem de segunda a sexta-feira, com início às 16h e às 18h, partindo do Instituto de Cultura, no 7° andar da Biblioteca. O agendamento é feito através do e-mail: [email protected]. A inauguração ocorre no dia 28 de fevereiro, às 18h. A entrada é franca, sem necessidade de inscrição prévia.

Pesquisa e Literatura

A exposição tem como ponto de partida textos expositivos que permitem ao público acompanhar a história do artista fictício João Pedro Rodrigues, e, através dele, imaginar as obras de arte. Estes textos se complementam com a interpretação visual desenvolvida pelos artistas Guilherme Dable, Letícia Lopes e Munir Klamt, que criaram em conjunto obras específicas para esta mostra, a partir das narrativas da exposição. É considerado multidisciplinar, o que possibilita o contato com obras inéditas, além do exercício da imaginação e reflexão sobre os pontos de contato entre as criações artísticas e literárias.

NOSSO CORPO ESTRANHO

Abertura:
28 de fevereiro – Quinta-feira, às 18h no 12° andar da Biblioteca Central

Exposição:
De 1° a 29 de março – de segunda a sexta – visitas marcadas com saída às 16h e às 18h do Instituto de Cultura – 7º andar da Biblioteca Central Ir. José Otão

João Silvério Trevisan

Foto: Reprodução

No dia 11 de outubro, das 14h às 17h30min, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural promove o evento Criar, escrever e outras lutas: conversa com João Silvério Trevisan. Escritor, jornalista, dramaturgo e ativista do movimento LGBT, vai falar sobre sua obra no evento coordenado pelo professor da Escola de Humanidades Ricardo Barberena e pelo doutorando em Escrita Criativa do Programa de Pós-Graduação em Letras Reginaldo Pujol Filho. Entrada franca.

Nascido em Ribeirão Bonito (SP), Trevisan é também tradutor, cineasta e coordenador de oficinas literárias. Recebeu inúmeros prêmios em teatro, cinema e literatura, dentre os quais o Jabuti (três vezes) e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (duas vezes). Tem obras traduzidas para o inglês, o alemão e o espanhol. Escreve para jornais e revistas de todo o País e do exterior. Alguns de seus livros: Testamento de Jônatas deixado a David (1976); As incríveis aventuras de el cóndor (1980); Em nome do desejo (1983); Vagas notícias de Melinha Marchiotti (1984); Devassos no paraíso (1986); O livro do avesso (1992); Ana em Veneza (1994), agraciado com o Prêmio Jabuti em 1996; Troços & destroços (1997); Seis balas num buraco só: a crise do masculino (1998); Pedaço de mim (2002); Rei do cheiro (2009). Neste ano, lançou a obra Pai, pai, sobre suas memórias a respeito da homossexualidade e a difícil relação com o pai.

 

 

 

Paris,França,Université Paris-Sorbonne,Universidade Sorbonne

Foto: paris-sorbonne.fr

A PUCRS e a Université Paris-Sorbonne promovem o Simpósio Internacional A espera/ À espera: figurações do contemporâneo – l’attente/en attente: figurations du contemporain, nos dias 6 e 7 de outubro, nas dependências da instituição francesa. O evento reunirá pesquisadores de diversas instituições acadêmicas e espaços culturais para discutir questões teóricas, necessárias para a análise das obras literárias em seu conjunto, até estudos pontuais sobre livros e autores específicos, incluindo ainda interpretações sobre o campo literário atual. A iniciativa resulta da produtiva parceria entre o Curso de Letras da PUCRS e a Université Paris-Sorbonne.

De acordo com o professor do Programa de Pós-Graduação em Letras, Ricardo Barberena, “a contemporaneidade tem sido marcada por diferentes traumas do transitar (refugiados, subalternidades sociais, minorias identitárias). Discutiremos, ao longo do Simpósio como a literatura brasileira contemporânea está dialogando com esse delicado momento de crise global”.  O docente acrescenta que “as diferentes procedências dos participantes apontam para variadas perspectivas teóricas e metodológicas em debate no encontro. Os trabalhos têm como preocupação central o fazer literário no contexto atual”, explica.

Além de Barberena, que participa do evento como organizador e palestrante, a comitiva da PUCRS é formada pelos docentes do Curso de Letras Altair Martins, Cristiano Baldi e Arthur Telló (palestrantes), os doutorandos Reginaldo Pujol Filho e Natasha Centenaro (palestrantes) e o doutor pela PUCRS e agora professor Universidade de Lile (França), Vinicius Carneiro.