A quarta edição da pesquisa “Quem é o estudante da PUCRS?”, liderada pela Pró-Reitoria de Identidade Institucional (PROIIN), através do Grupo de Pesquisa do Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista, já está disponível e pode ser respondida por alunos/as da graduação presencial até o dia 29 de outubro.
O estudo, que busca conhecer e entender o perfil de quem estuda na Universidade, soma-se ao processo de melhorias e de inovação na oferta de ensino e serviços da Universidade, além de contribuir nos direcionadores estratégicos da instituição.
Podem participar todos/as os/as estudantes de graduação presencial maiores de 18 anos e com matrícula ativa na PUCRS. Quem participou nos anos anteriores, está convidado/a a responder o questionário de 2023. O objetivo é acompanhar as variações que podem ter ocorrido nesse período.
Para responder, basta acessar a pesquisa por meio deste formulário online. É preciso concordar com o termo de consentimento e disponibilizar alguns minutos para o preenchimento das informações. A participação é anônima, não sendo necessário se identificar. Para mais informações ou dúvidas, contate o e-mail observató[email protected].
APUCRS tem quase o mesmo número de alunos homens e mulheres e 99,8% de brasileiros. Oito vêm de Guiné Bissau e oito do Uruguai, mas há estudantes até da China, Bulgária, Itália e Espanha. Dos 94% de gaúchos, 68,5% são de Porto Alegre e o restante nasceu em várias partes do Estado (1,6% e 1,3% vêm das vizinhas Viamão e Gravataí e 1,1% de Caxias do Sul). Santa Catarina e São Paulo estão em segundo lugar, ambos com 1,4%, seguidos do Paraná (0,7%) e do Rio de Janeiro (0,6%).
A faixa etária da metade dos alunos é de 20 a 24 anos. Entre 25 e 29, estão 20,2%. Eles entram cada vez mais jovens na Universidade. “Nos últimos 12 anos, a idade média dos vestibulandos diminuiu em um ano”, diz o professor Hélio Bittencourt, da Assessoria de Planejamento e da Faculdade de Matemática. Lembra que, até 2010, todas as escolas brasileiras deveriam adaptar-se para o Ensino Fundamental de nove anos. Mesmo com 12 meses a mais, houve a redução na idade de ingresso.
O curso que tem os alunos mais jovens é Ciências Aeronáuticas (21,8 anos), seguido de Odontologia (22) e Jornalismo (22,1). Na outra ponta, estão na Teologia (média de 35 anos), Ciências Sociais (30,3) e Filosofia (30,1). Ciências Aeronáuticas também chama a atenção em outro quesito: 94,8% são homens. Engenharia de Controle e Automação chega a 93,4%. Entre os mais femininos estão Pedagogia (93,8%) e Nutrição (93,4%).
O coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas, Hildebrando Hoffmann, acredita que os alunos procuram a graduação cedo porque a maioria sonha em ser piloto desde a infância. Grande parte tem familiares ou conhecidos na profissão. “Eles não ficam ‘flutuando’ entre uma tentativa ou outra. Estão determinados. ” Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a partir dos 16 anos, é possível começar a voar, desde que estejam acompanhados de alguém licenciado e portem documento em que os responsáveis declaram sua autonomia. Podem pilotar sozinhos apenas aos 18.
A Faculdade de Ciências Aeronáuticas formou até o momento entre 5% e 6% de mulheres. Hoffmann estima que todas estão exercendo a profissão. Atribui o pequeno número à questão histórica e cultural. Elas pilotam há menos de 35 anos no mundo. “Existia a ideia de que a profissão era para homens porque impunham força, resistência física e determinação. Elas contam com igual habilidade e proficiência, mas entre as próprias mulheres reside suspeita. Em alguns aspectos, até são melhores nesse campo porque obedecem às regras e aos limites, enquanto os homens têm perfil mais explorador”, justifica o professor.
O que era hobby para o avô, o padrinho (que têm licença de piloto privado) e o pai (voa de paraglider, planador e asa delta), será a profissão de Bruna de Almeida, 18 anos, que está no 2º semestre do curso. “Meus pais queriam que eu tivesse diploma, então descobri o curso da PUCRS. Quero me formar no que eu gosto”, afirma ela, natural de Gramado. No início, achava estranho ter aulas quase só com meninos. “Mas eles aceitam muito a gente e até querem que o meio tenha mais mulheres. ”
Leia a reportagem completa na Revista PUCRS nº 176, da página 6 à 11.