O painel foi instalado na Avenida Mauá / Foto: Gabriel Sacchi

Ações sustentáveis pensadas para tentar frear o aquecimento global e mudanças climáticas têm sido pauta de empresas, líderes globais, países e universidades. A compensação de carbono, prática que consiste na redução ou remoção das emissões de dióxido de carbono de uma organização – e também geração de créditos para aqueles que produzem em menor quantidade – é uma das políticas ambientais possíveis para instituições que assumem o compromisso de minimizar os impactos negativos gerados pela sua existência e operação. 

Desde 1993 a PUCRS tem essa preocupação e com o Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza (Pró-Mata), até o momento, já neutralizou mais de 160 mil toneladas de carbono. Recentemente a Universidade inaugurou, na Avenida Mauá, em Porto Alegre, um muro que marca em tempo real a neutralização de CO2 feita pelo Pró-Mata.  

A área de preservação ambiental da Universidade localizada em São Francisco de Paula, possui mais de 3 mil hectares de área preservada e é reconhecida internacionalmente como um dos 25 hotspots de biodiversidade mundial. Além disso, também é considerada a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Rio Grande do Sul. Adquirido em 1993 e mantido com muita dedicação protegido desde então, neste ano o Pró-Mata completa 30 anos consecutivos de acúmulo de biomassa vegetal em área protegida. 

“A PUCRS, com o seu peso institucional, pode e deve conduzir a sociedade por caminhos que levem a uma melhor qualidade ambiental em sentido amplo e tragam dignidade à vida humana, sempre em perfeita integração com a diversidade biológica e as paisagens naturais”, conclui Nelson Fontoura, diretor do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS (IMA). 

Além da atuação do Pró-Mata, a PUCRS lidera inúmeras outras estruturas, pesquisas e iniciativas globais que buscam mitigar a crise climática e a potencializar o uso de energias renováveis. A Universidade está alinhada como os objetivos da ONU para a Agenda 2030, que consiste em um conjunto de programas, ações e diretrizes que orientaram as práticas sustentáveis dos países.  

Conheça conceitos sobre o tema

Área em São Francisco de Paula tem mais de 3 mil hectares / Foto: Divulgação/IMA

Nem todo mundo está familiarizado com os conceitos que permeiam a pauta climática. Para facilitar o entendimento, explicamos alguns termos bastante utilizados por especialistas da área. Confira! 

Aquecimento global 

De maneira geral, o aquecimento global é definido pelo aumento da temperatura dos oceanos. O alto índice de desenvolvimento das sociedades atuais acabam sendo os responsáveis por esse aumento, visto que há uma grande queima de combustíveis fosseis para a produção de energia. Além disso, atividades humanas também contribuem para a produção de gases de efeito estufa (GEE). 

Mudança climática 

São alterações provocadas nos parâmetros de clima que acontecem a longo prazo. E essas mudanças têm causas naturais, como incidência, órbita, La Ninã e El Ninõ, e atividade vulcânica, por exemplo. Também existem as causas antrópicas (aquelas causadas pelo ser humano) como queima de combustíveis fosseis, desmatamento, emissão de gases poluentes, poluição do solo e recursos hídricos.  

Compensação de carbono 

Em linhas gerais, quase todo produto, serviço ou atividade emite algum nível de gás carbônico. Para aquilo que não é possível diminuir ou evitar, é possível recorrer ao processo de compensação de carbono. Uma compensação de carbono é uma redução ou remoção das emissões de dióxido de carbono ou outros gases de efeito estufa feitas em um local para compensar as emissões de outros.  

Biomassa vegetal 

A biomassa vegetal é uma importante fonte de energia limpa, que captura dióxido de carbono da atmosfera formando grandes cadeias de carboidratos como a celulose, hemicelulose, lignina e outras moléculas que compõe a parede da célula vegetal. 

Hotspot de biodiversidade 

São espaços que possuem uma grande diversidade e riqueza de espécies que ou se encontram ameaçados de extinção ou que estão passando por um processo atual de degradação.  

Conheça outras iniciativas  

O projeto “Mulheres na Ciência” é um programa de cooperação entre universidades brasileiras e britânicas para divulgar e estimular a participação de mulheres em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Música) / Foto: Giordano Toldo

Desde sua fundação, a Universidade se preocupa com a geração de desenvolvimento e impacto social. Atualmente, a PUCRS tem projetos e pesquisas que contemplam 16 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. A Universidade conta, desde 2022, com o Laboratório de Desigualdades, Pobreza e Mercado de Trabalho (PUCRS Data Social). A estrutura coordenada por pesquisadores das Escolas de Humanidades e Negócios se dedica a elaborar estudos e relatórios baseados em dados públicos oficiais. Além disso, a Universidade realiza ações para erradicar a fome e o desperdício de alimentos, questão que está relacionada a pobreza e insegurança alimentar.  

A PUCRS também tem projetos e oportunidades voltados à igualdade de gênero como o Mulheres na Ciência além de consultoria exclusiva de carreira para mulheres no mercado de trabalho. Como resposta à desigualdade social, conta com programas de bolsa de estudo para facilitar o acesso à educação aqueles que mais precisam, além de realizar doações de materiais de estudo. 

No campo da saúde, a PUCRS realiza inúmeras pesquisas para impactar no bem-estar e saúde da população no presente e no futuro, como desenvolvimento e testagem de vacinas e também o pioneirismo em um radiofármaco capaz de auxiliar no diagnóstico de doenças como Alzheimer. Outro destaque é a atuação das pessoas que compõe a comunidade universitária, como alunos e alunas, professores e pesquisadores premiados e reconhecidos em diferentes rankings e publicações mundo afora.  

Compromisso com a gestão de resíduos  

A PUCRS é uma das únicas instituições de Ensino Superior do Rio Grande do Sul que possui a licença de operação para o gerenciamento dos resíduos. A licença é fornecida pelos órgãos ambientais e estipula que sejam tratados todos os resíduos gerados pela Universidade.   

Para realizar essa operação, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) orienta e regulariza os processos diferentes para o tratamento de cada resíduo produzido, garantindo o descarte correto e a destinação final adequada para minimizar o impacto ambiental causado pelo lixo. Para reforçar a atitude de cuidado e compromisso com o meio ambiente, a instituição promove constantemente a campanha Descarte Seletivo, uma atitude coletiva 

A partir dessas ações, desde 2018 a Universidade já reciclou mais de 500 toneladas de resíduos, entre eles 7 toneladas de plástico, 156 toneladas de papel e 17 toneladas de vidro, além de 320 toneladas de ferro e alumínio.

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) orienta e regulariza os processos diferentes para o tratamento de cada resíduo produzido / Foto: Giordano Toldo

“Esses números representam quantidades expressivas de petróleo não extraído da natureza e quase 5 mil árvores poupadas.  Tudo o que a PUCRS vem fazendo para o meio ambiente, bem como a revitalização da Avenida Ipiranga, está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, ressalta o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira. 

Meio ambiente, inovação e empreendedorismo 

A conservação do meio ambiente é uma das grandes preocupações que o mundo enfrenta hoje. A PUCRS integra projetos para promover cidades mais sustentáveis, além de também ser sido a primeira Universidade do Sul do Brasil a ofertar o curso de graduação presencial em Engenharia de Energias Renováveis. A instituição também conta com projetos e pesquisas voltadas para entender meios de preservar a vida marinha e terrestre.  

Para além de entender o meio ambiente, é necessário compreender como produzir produtos que gerem o menor impacto em nosso planeta. Neste sentido, por meio de parcerias externas, a Universidade tem buscado assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Sendo uma Universidade que investe em inovação e empreendedorismo, a PUCRS também apoia a promoção de um crescimento econômico sustentável inclusivo, em que trabalho oportunidades de trabalho digno sejam uma possibilidade para todos. 

Como parte das ações da campanha Descarte Seletivo, uma atitude coletiva, colaboradores receberam um copo sustentável / Foto: Giordano Toldo

O Campus da PUCRS possui 55 hectares de extensão e uma rica biodiversidade, com variadas espécies da fauna e da flora. Para manter o equilíbrio ambiental desse ecossistema, a Universidade investe em processos contínuos de monitoramento e controle ambiental que incluem, entre outras ações, o descarte correto dos resíduos produzidos por quem estuda, trabalha e transita por aqui.

Para reforçar a atitude de cuidado e compromisso com o meio ambiente, nesta terça-feira, 28 de junho, foi lançada a campanha Descarte Seletivo, uma atitude coletiva. O evento de lançamento foi realizado no Salão de Atos da PUCRS e contou com a presença do reitor, Ir. Evilázio Teixeira, além de Pró-Reitores, Decanos, Irmãos Maristas, gestores, professores e técnicos administrativos da PUCRS. A ação integra o projeto PUCRS Sustentável.

“Todos temos um papel a desempenhar no cuidado com o nosso Campus e com o meio ambiente. Pequenas atitudes, como fazer o descarte correto de resíduos nas lixeiras correspondentes, já causa um grande impacto, mas precisamos mais do que isso. Como nos diz o Papa Francisco, toda a mudança requer um percurso educativo para construir novos paradigmas capazes de responder aos desafios e emergências do mundo atual”, destacou o reitor da PUCRS.

Entre as ações da campanha está a eliminação do uso de copos plástico em todas as unidades da Universidade. Para contribuir com essa atitude, colaboradores/as receberam um copo sustentável para utilizar diariamente. Além disso, todas as áreas passam a contar com multiplicadores que representam o PUCRS Sustentável, estimulando o engajamento consciente individual e coletivo.

Compromisso com a gestão de resíduos

A PUCRS é uma das únicas instituições de Ensino Superior do Rio Grande do Sul que possui a licença de operação para o gerenciamento dos resíduos. A licença é fornecida pelos órgãos ambientais e estipula que sejam tratados todos os resíduos gerados pela Universidade.

Para realizar a operação, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) orienta e regulariza os processos diferentes para o tratamento de cada resíduo produzido, garantindo o descarte correto e a destinação final adequada para minimizar o impacto ambiental causado pelo lixo.

A partir dessas ações, desde 2018 já reciclamos mais de 500 toneladas de resíduos, entre eles 7 toneladas de plástico, 156 toneladas de papel e 17 toneladas de vidro, além de 320 toneladas de ferro e alumínio. “Esses números representam quantidades expressivas de petróleo não extraído da natureza e quase 5 mil árvores poupadas. Tudo o que a PUCRS vem fazendo para o meio ambiente, bem como a revitalização da Avenida Ipiranga, está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, ressaltou o Ir. Evilázio Teixiera.

Saiba como contribuir

O projeto Descarte Seletivo, uma atitude coletiva conta com uma cartilha que traz orientações e dicas sobre como realizar o descarte adequado de resíduos na Universidade. O material pode ser acessado clicando aqui.

Leia também: 5 atitudes para agir de forma ética com o meio ambiente