Foto: Pressphoto/Freepik

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Entender um paciente sob diversos ângulos para avaliá-lo é o desafio dos profissionais que escolhem a Avaliação Psicológica como caminho para a carreira. A área, segundo a professora do curso de Psicologia da Escola de Humanidades da PUCRS Tatiana Irigaray, é uma das mais procuradas por psicólogos. Por isso, a Universidade está com inscrições abertas para a 1ª edição do Curso de Especialização Avaliação Psicológica. As aulas capacitarão os alunos a realizar a avaliação psicológica em diferentes contextos, como clínico, organizacional, hospitalar, entre outros, com responsabilidade e ética. As inscrições estão abertas até 8 de março, devem ser realizadas no site educon.pucrs.br e são direcionadas a psicólogos graduados.

Tatiana, que coordena o curso, explica que a atividade é complexa e exige preparo técnico para a realização. “Isso visa a uma compreensão dinâmica do funcionamento do paciente, tanto de suas potencialidades quanto de suas dificuldades”, esclarece a coordenadora. Ela ainda explica que a área requer um processo amplo de investigação. “Envolve a interação de dados de diferentes fontes, como testes, entrevistas, observações e dinâmicas de grupos, buscando conhecer o entrevistado e sua demanda”.

Além de aulas teóricas, os alunos terão a possibilidade de realizar quatro atividades práticas. Nesses momentos, eles atenderão pacientes com a supervisão dos professores, com a proposta de aplicar a técnica da avaliação psicológica. Outros pontos abordados no curso serão a ética que envolve essa área de atuação do profissional e a elaboração de documentos com os resultados do processo. As aulas ocorrerão nas quartas-feiras, das 18h45min às 22h45min.  Mais informações estão disponíveis no site citado.

 

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Foto: Divulgação

O Curso de Pós-Graduação em Finanças, Investimentos e Banking da Escola de Negócios da PUCRS promove, no dia 22 de fevereiro, uma palestra com o professor, comentarista e colunista Samy Dana. A temática abordada será a Psiconomia, área que alia o estudo da Economia e da Psicologia e se concentra na experiência humana em contextos econômicos, como a vida profissional e o mundo dos negócios.

O evento é aberto ao público e ocorre no Teatro do prédio 40 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) a partir das 19h30min.  As inscrições podem ser realizadas neste link. Para alunos e diplomados da Universidade, a entrada é gratuita. Informações complementares podem ser acessadas no Facebook.

Sobre o palestrante:

Samy Dana é professor da Fundação Getulio Vargas, comentarista do programa Conta Corrente (Globo News) e do telejornal Hora 1 (Rede Globo). É também colunista do Portal G1 de notícias, da Época Negócios e da Rádio Globo. Possui mestrado em economia e doutorado em administração, além de ser Ph.D. em Business.

O professor possui mais de 15 anos de experiência em consultorias e apresentação de palestras. É autor de vários livros ligados a finanças, economia e negócios. Entre os mais conhecidos estão as obras “Seu Bolso”, “Em busca do Tesouro Direto” e “Finanças Femininas”.

Crianças, Ambiente, Natureza, Floresta, Mata, Livros, Leitura

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O curso de extensão Psicologia Ambiental e a Infância: Temas de Estudo, Pesquisa e Prática, promovido pela Escola de Humanidades da PUCRS, está com inscrições abertas até 13 de março. A capacitação é presencial e irá abordar a psicologia ambiental e suas aplicações teóricas e de pesquisa na infância, integrada com as áreas da psicologia do desenvolvimento e educacional. As inscrições podem ser realizadas no site educon.pucrs.br ou no Centro de Educação Continuada, sala 201 do prédio 40 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3727 ou no site citado.

Homem, Olhar, Quadriculado, Pensamento

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Estão abertas as inscrições para três cursos de extensão na área da Psicologia, promovidos pela Escola de Humanidades da PUCRS. As opções são A Interface da Abordagem Cognitivo-Comportamental com o Contexto Escolar, com inscrições até este domingo, 15 de janeiro, Psicologia Hospitalar: Tendências Atuais, até o dia 16 de janeiro, e Psicologia Ambiental e a Infância: Temas de Estudo, Pesquisa e Prática, com prazo final para inscrição no dia 13 de março. As aulas começam um dia após o término das inscrições.

O procedimento pode ser realizado no site educon.pucrs.br ou no Centro de Educação Continuada, sala 201 do prédio 40 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Informações adicionais no site citado ou pelo telefone (51) 3320-3727.

Mão, Pessoa, Remédios

Foto: jarmoluk / pixabay.com

Uma pesquisa realizada na PUCRS com 626 pessoas trans alerta para uma situação grave: 66,3% das mulheres não consultam um médico para utilizar hormônios. Das 291 que responderam sobre esse tema, 39,2% compram hormônios pela internet e 27,1% conseguem com amigos ou conhecidos. “Utilizar hormônios sem monitoramento pode ocasionar problemas de saúde graves do ponto de vista cardíaco, ósseo e até oncológico”, alerta o coordenador da pesquisa e professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Escola de Humanidades da PUCRS Ângelo Brandelli Costa.

O estudo, intitulado Healthcare Needs of and Access Barriers for Brazilian Transgender and Gender Diverse People, foi realizado em parceria com os Hospitais de Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foram consultadas 626 pessoas trans de 18 a 64 anos do Rio Grande do Sul e de São Paulo, que responderam a questionário pela internet e nos hospitais citados. Entre os pontos abordados nas perguntas estavam questões relacionadas ao acesso livre a hormônios, monitoramento médico, procedimentos cirúrgicos e discriminação durante o tratamento.

Professor Ângelo Brandelli Costa

Ângelo Brandelli Costa

Os motivos para a negativa na procura por especialistas também foram abordados no estudo: 43,2% disseram evitar os serviços de saúde quando precisaram por serem trans. A maioria das pessoas, 58,7%, que afirmaram ser vítimas de discriminação durante um atendimento médico de saúde, se privaram de procura-lo quando necessário. O número cai para 17,8% quando os entrevistados não sofreram discriminação. Entre as opções do questionário estavam: profissional de saúde alegou não ter conhecimento suficiente para prestar atendimento; não utilizou o nome social da pessoa; a ridicularizou durante o atendimento. Para Brandelli, o dado é grave, porque esse público já tem problemas para acessar os serviços por motivos financeiros e por causa do desenho do Sistema Único de Saúde (SUS). “Quando as pessoas trans conseguem superar essas barreiras institucionais, existem as barreiras dos profissionais que as tratam com diferença e isso faz com que elas evitem buscar serviços de saúde, mesmo quando precisam”, ressaltou o professor. De acordo com ele, é preciso deixar as políticas públicas mais inclusivas e incorporar discussões sobre o tema nas formações dos profissionais de saúde.

Brandelli esclarece que o objetivo da pesquisa é expor a necessidade de abordar o preconceito no tratamento não só de pessoas trans, mas também em relação à raça e classe social, por exemplo. “Muitos profissionais podem dizer ‘eu nunca vi uma pessoa trans’, mas é possível que essa população não acesse esses serviços com receio da forma de tratamento. Então é preciso desenvolver campanhas contra essas atitudes”, propõe. Agora, o coordenador conta que está escrevendo um novo artigo sobre essa coleta de dados. O foco será o acesso aos procedimentos de HIV, como medicamentos e testes. “Esse é um dos agravos mais prevalentes nas mulheres trans, principalmente no Rio Grande do Sul, que é um dos estados com maior índice dessa epidemia”.

 

Outras descobertas

O projeto também revela que de 83 homens trans, 46 nunca encontraram um médico para prescrever hormônios, ou seja, 55,4%. Por outro lado, de 56 mulheres trans, 22 contam que nunca conseguiram um médico para receitar o medicamento, o que representa 39,3%. Em relação a procedimentos médicos, como modificações do corpo, cirurgias de afirmação de gênero, implante de silicone, entre outros, 64,2% alegam não ter dinheiro para pagar, ou seja, 278 de 433 pessoas trans. O professor Angelo diz que essas questões mostram uma discrepância. “O SUS cobriria esses procedimentos. Então por que as pessoas não estão conseguindo fazer?”, questiona ele. Entre as 102 mulheres trans que já fizeram procedimentos médicos, 76,8% optaram por clínicas privadas e apenas 18,6% por clínicas públicas. Para o professor, os números falam por si. “São questões graves que mostram a falha do sistema de saúde, que dificulta o acesso à saúde das pessoas trans”, analisa.

 

Perfil dos participantes

Brandelli explica que, para definir o perfil dos participantes, foram feitas duas perguntas: “qual o sexo que foi designado ao nascer?” e “como se identifica agora?”. Qualquer discordância entre os dois questionamentos inclui a pessoa no estudo. A maioria dos integrantes são homens e mulheres trans, mas também responderam ao questionário pessoas com outra identidade de gênero, por exemplo aquelas que se identificam como não binárias, agêneras, queer, entre outros. Só no Facebook do Brasil estão disponíveis 17 opções de gênero.

 

Origem da pesquisa

O professor conta que esteve no Canadá há aproximadamente dois anos e conheceu a professora da University of Western Ontario, Gretha Bauer, coordenadora de um projeto chamado TransPulse. A iniciativa é um levantamento sobre a vida das pessoas trans composto por perguntas envolvendo problemáticas enfrentadas por esse grupo. “Achamos a iniciativa importante, porque não temos muito diagnóstico da vida das pessoas trans aqui no Brasil em vários aspectos, principalmente na saúde, então adaptamos esse questionário para cá”.

Homem, Olhar, Quadriculado, Pensamento

Foto: geralt / pixabay.com

O curso de Psicologia da Escola de Humanidades da PUCRS está com inscrições abertas para cursos de extensão. As oportunidades envolvem temas como Casais – Situações de Crise e Compreensão Sistêmica; Psicologia Ambiental e a Infância: Temas de Estudo, Pesquisa e Prática; Autoria e Criação em Psicanálise – Sándor Ferenczi – módulo 1; A Interface da Abordagem Cognitivo-Comportamental com o Contexto Escolar; e Saúde Mental & Trabalho: Uma Leitura Psicanalítica. Informações sobre inscrições, datas, corpo docente e plano de disciplinas de cada curso podem ser obtidas no site educon.pucrs.br. Outras dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone (51) 3320-3727.

Aids, Fita Vermelha

Foto: Adair Gomes / Imprensa MG / fotospublicas.com

Nesta quarta-feira, 7 de dezembro, ocorre o bate-papo Psicologia e HIV/Aids: Prevenção, Aconselhamento, Adesão ao Tratamento e Crítica. O evento é aberto ao público e terá como palestrante Veriano de Souza Terto Junior, que atua na coordenação de projetos da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia) desde 1989, tratando de temas como políticas públicas, direitos humanos, homossexualidade e sexualidade. Para participar, não é necessário realizar inscrição. A palestra acontece entre 10h e 11h30min no auditório do 9º andar do prédio 11 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre).

A atividade é promovida pelo Núcleo de Estudos e Intervenção Psicossocial à Diversidade (NEPSiD), do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Escola de Humanidades da PUCRS, e pelo Grupo de Estudos de Educação e Relações de Gênero (Geerge), do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Foto: Rudamese/Pixabay

Escutar é acolher.  É com foco nessa premissa que, há dez anos, o Centro de Atenção Psicossocial (CAP) da PUCRS auxilia professores e alunos da Universidade por meio da escuta e do acompanhamento de situações que interfiram no crescimento pessoal e profissional. No ano de inauguração, 2006, foram atendidas 368 pessoas. Já no registro anual de 2015, foram contabilizadas 1180 consultas, representando um aumento de 320%. Para a Coordenadora de Relacionamento Psicossocial e psicóloga do CAP, Dóris Helena Della Valentina, a tecnologia mudou significativamente a vida das pessoas. “Apesar dos benefícios, ela empobreceu a capacidade de enfrentar situações, causando ansiedade e estresse”.

O olhar voltado ao ser humano ao longo de uma década reforça a preocupação em oferecer uma formação integral para a comunidade acadêmica, o que abrange não só os conhecimentos científicos, mas também a preparação física, mental, social e espiritual. Atualmente, o CAP conta com a atuação interdisciplinar da psicóloga Dóris, do psicopedagogo Rafael Iassin Abdalla Maihub, do psiquiatra e psicanalista Edgar Chagas Diefenthaeler e do assistente social Francisco Arseli Kern.

A psicóloga ressalta a importância da entrevista de acolhimento, método desenvolvido para o amparo inicial de todos os que buscam o Centro. Quando a procura é por aconselhamento psicológico, Dóris identifica a demanda a nível individual, contextual e grupal. Após a escuta, ela ajuda a lidar com o sofrimento de maneira autônoma. Eles recebem apoio para enfrentar períodos de transição, de transformação e de adaptação a novas realidades, como ocorre com estudantes recém-saídos do Ensino Médio, por exemplo. Os atendimentos também auxiliam com dificuldades de interação social, sexualidade, términos de relacionamentos, conflitos familiares e problemas decorrentes de dificuldades financeiras.

Ao longo de dez anos, demandas relacionadas à dificuldade de aprendizado também se tornaram frequentes. Segundo o psicopedagogo Rafael Maihub, os temas recorrentes envolvem estresse antes de avaliações, pressões pré-prova e desafios do início e do final dos cursos. Após a acolhida, o profissional auxilia, de maneira personalizada, na resolução dessas questões. Dentre as práticas, estão a confecção de tabelas para a organização do tempo e dos estudos, além de dicas de técnicas para o aprimoramento do aprendizado. “É indescritível o que sentimos ao saber que ajudamos a transformar a vida de uma pessoa”, reflete. Ele salienta que a vitória dos alunos é o que recarrega suas energias.

Muitas vezes, as emoções podem interferir no rendimento acadêmico e na vida pessoal dos estudantes e dos professores. O apontamento é do médico psiquiatra e psicoterapeuta Edgar Chagas Diefenthaeler, que ressalta a atuação multiprofissional da equipe. “Não há psicoterapia ou prescrição de medicamentos no CAP, mas nos preocupamos com a atenção psicossocial e, se necessário, com a condução da pessoa a serviços especializados internos ou externos”, explica. Casos mais graves podem ser encaminhados para hospitais. Já a atuação do assistente social Francisco Arseli Kern envolve a identificação das necessidades e o estabelecimento de um processo de mediação dos conflitos sociais que os cercam. Se for preciso, pode haver reuniões com o estudante e com pessoas do seu círculo familiar, por exemplo. Também é fornecido apoio aos alunos estrangeiros que optam por estudar na PUCRS. A intervenção é individualizada, podendo ocorrer, se necessário, o deslocamento do profissional até o paciente.

Mudança de demanda

Ao longo dessa década de funcionamento, a rotina de atendimentos mudou. À frente do CAP há oito anos, Dóris diz não haver mais épocas de pico, como início ou final de semestre, por exemplo. “Atualmente, nossos acompanhamentos são contínuos; muitas vezes auxiliamos os estudantes desde sua entrada na Universidade até a formatura”. Ela comemora a qualidade da equipe interdisciplinar, que, muitas vezes, se reúne para atender um paciente e a sensibilidade que todos possuem para ajudar aqueles que necessitam de apoio em períodos de fragilidade. “Acolher as pessoas e ajudá-las a encontrar seu caminho é um desafio e é fascinante”, vibra.

O Centro de Atenção Psicossocial fica localizado na sala 803 do prédio 40 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) e funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 21h. As consultas são destinadas a professores e alunos da Universidade e são gratuitas. O agendamento pode ser feito pelo e-mail [email protected], pelo telefone (51) 3320-3703 ou pessoalmente.

 

 

Experiências Religiosas/Espirituais e Fenômenos Anômalos: Diagnóstico, Manejo e PesquisaEstão abertas as inscrições para o único curso do Brasil que trata da compreensão e da prática profissional em relação a Experiências Religiosas/Espirituais e Fenômenos Anômalos: Diagnóstico, Manejo e Pesquisa, oferecido pela Escola de Humanidades da PUCRS. A perspectiva das aulas é estritamente acadêmica e o enfoque é a saúde mental. O curso busca auxiliar os participantes a identificar diferenças entre experiências anômalas saudáveis e patológicas, além de apresentar possibilidades de manejo clínico de pessoas que dizem ter tido experiências anômalas e/ou religiosas/espirituais. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas até 20 de outubro no site educon.pucrs.br. Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3727.

As aulas serão ministradas pela professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS Letícia Alminhana, que pesquisou sobre o tema recentemente na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Além dela, o professor Leonardo Martins, da Universidade de São Paulo, especialista no assunto, também será docente do curso. As atividades ocorrem nos dias 21 de outubro, das 17h às 21h15min, e 22 de outubro, das 8h50min às 12h25min e das 14h às 20h. As aulas serão na sala 407 do prédio 11 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre).

Projeto MargensPOA

Foto: facebook.com/margenspoa

Segundo o último censo da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), realizado em 2011, só em Porto Alegre 1.347 pessoas vivem em situação de rua. Todavia, estudos indicam que, atualmente, este número já tenha ultrapassado 4.300. Com o intuito de ouvir esse grupo e fazer com que a sociedade escute sua voz, a estudante do 6º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS (Famecos) Helen Raphaelli criou o projeto MargensPOA. A ideia é desenvolver ações para expor de forma impactante e reflexiva a realidade das pessoas que vivem na rua, além de auxiliar essa parcela da população a compreender os direitos básicos de todos os cidadãos. Participam da iniciativa 20 pessoas, sendo que nove, incluindo a idealizadora, são alunos da PUCRS. Entre eles estão Ellen Baldissera, Guilherme Oliveira, Ingrid Barreto, Letícia Tonelo, Lorenzo Tedesco e Natalia Pegorer, do curso de Publicidade e Propaganda da Famecos, Álvaro Carvalho, do curso de Hotelaria, e Natália Salvador, do curso de Psicologia.

Participantes do projeto MargensPOA

Participantes do projeto MargensPOA
Foto: Conrado Gabriel

Hellen conta que a ideia surgiu de uma repulsa à desigualdade social observada na cidade. Por isso, o projeto pretende alertar a população para a existência de um grupo de pessoas que não tem casa e que não é ouvido. As ações serão realizadas em diversos meios, como exposições de fotografias, campanha do agasalho, distribuição de frases de impacto pela cidade e entrega em residências de cartas baseadas em entrevistas com pessoas em situação de rua. Além disso, outra ação consiste em diminuir a temperatura de um cinema para mostrar aos presentes o que sentiriam se morassem na rua. No final do ano, o grupo disponibilizará uma árvore de natal em algum ponto da cidade para que as pessoas doem presentes.

Durante ato realizado no Parque Farroupilha neste mês, uma declaração chamou a atenção do grupo. Os integrantes estavam escrevendo em papelões frases, como “e se essa fosse a sua cama hoje?”. Enquanto isso, um homem em situação de rua parou para observar e disse “eu só queria ouvir um eu te amo”. A frase emocionou os participantes do MargensPOA, que viram um dos objetivos do projeto ser alcançado em uma das primeiras iniciativas. Mas, além de impactar as pessoas com ações como a descrita, o grupo também quer escutar esta parcela da população, para que eles relatem seus problemas. Uma ação planejada pela equipe é informá-los sobre direitos básicos, como atendimento médico no SUS.