Foto: Giordano Toldo

O futuro quase sempre causa ansiedade, principalmente quando uma prova pode ser o início de uma mudança de vida. O vestibular acaba sendo muitas vezes o divisor de águas para quem está saindo do ensino médio e enxerga a graduação como algo definitivo para a vida toda. Para entender melhor a ansiedade pré-vestibular funciona e buscar formas de acalmar essa sensação, convidamos a professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Manoela Ziebell de Oliveira para comentar o assunto. Confira!

Sensação de angústia pode ser prejudicial 

Segundo a professora, há vários fatores que causam ansiedade em estudantes. Entre esses aspectos, está a mudança de rotina para quem está terminando o Ensino Médio. O distanciamento dos/as amigos/as e do próprio ambiente escolar, que foi sua realidade durante tanto tempo, pode provocar esse sentimento. Muitos/as alunos/as também não se sentem prontos/as para abandonar a escola e entrar na universidade.

“Eles têm uma trajetória em geral longa nas escolas antes de irem para a universidade. Então esse luto por uma experiência que está encerrando, o não saber como que vai ser dali adiante, pode ser um dos motivos”, comenta.

A própria prova também gera essa ansiedade pré-vestibular, pois, por mais que os/as alunos/as estudem, se preparem e recebam orientação, não há como saber com exatidão quais conteúdos específicos cairão nos exames. Além disso, alguns estudantes têm mais dificuldade em determinados conteúdos, o que se soma à ansiedade pela prova em si.

Escolha do curso também é um fator ansiogênico

Manoela explica que muitos estudantes ficam ansiosos/as por conta da escolha do curso: alguns sentem que essa escolha é algo com que terão que se comprometer pelo resto da vida – o que não necessariamente é verdade.

“É uma primeira escolha, para criar uma trajetória acadêmica e profissional. E esse momento, muitas vezes, vem com o peso de que ‘eu estou fazendo a escolha que vai ter que durar para sempre’. Quando entendem que essa é uma escolha que não necessariamente é para sempre, que é a melhor escolha que estão fazendo neste momento, às vezes ajuda a aliviar um pouco a ansiedade”, destaca a professora.

Foto: Gabriel Schimidt

Além disso, a expectativa pelo resultado da prova também pode ser um fator determinante para o surgimento da ansiedade. Afinal, quando se faz uma avaliação, há a expectativa de ser aprovado. No entanto, a professora destaca que a ansiedade não é de todo ruim: o fato de os/as estudantes estarem em estado de alerta e temerem pelo seu desempenho na prova pode ajudá-los/as a ficar mais atentos/as e a se preparar melhor para o exame.

A ansiedade passa a ser algo negativo quando se torna excessiva e atrapalha antes e no momento da prova. Esse excesso pode ser prejudicial justamente por fazer a pessoa se sentir mal fisicamente e por desviar o foco do objetivo que está à sua frente para o desconforto que se está sentindo. Isso também pode atrapalhar o/a aluno/a na gestão do tempo de prova, além de outros entraves.

“Isso pode fazer com que o/a estudante perca alguma informação importante em um enunciado de uma questão. A ansiedade excessiva também pode prejudicar o/a aluno/a antes da prova, por exemplo, porque pode afetar o sono e a alimentação, e tudo isso vai tirando energia, frisa a docente.  

Ansiedade é difícil de controlar, mas não impossível  

O principal motivo tanto da própria ansiedade pré-vestibular quanto da dificuldade em controlá-la é o fato de haver muitas coisas em jogo: futuros, escolhas profissionais e a aprovação do exame.

Manoela ainda ressalta a importância de procurar ajuda de um/a profissional, caso o sentimento de ansiedade se torne excessivo e atrapalhe de fato a vida da pessoa. Além disso, ela ainda aconselha a realização de treinos e simulados antes das provas de vestibular, isso pode ajudar a adquirir a prática da gestão do tempo durante os exames, por exemplo.   

Outra dica é praticar o mindfulness – que nada mais é do que um exercício de concentração para focar totalmente no agora. Para ela, atos como focar na respiração e colocar prioridades no papel também pode ajudar.

“Conseguir perceber a relevância, conseguir perceber prioridades, traçar estratégias para se preparar, caso esse seja o problema. Tentar fazer esse exercício de colocar o foco em algum lugar, que pode ser na respiração, pode ser em alguma atividade física, pode ser na alimentação. Isso vai ajudando a gente a ficar mais tranquilo e vai ajudar de maneira geral a cuidar da ansiedade”ressalta.  

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O Programa de Residências Multiprofissionais do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) está com inscrições abertas para o processo seletivo de residentes das áreas de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Farmácia. O Programa de Residência Multiprofissional e em Área Uniprofissional da Saúde da PUCRS (PREMUS), que prevê o pagamento de bolsas aos residentes no valor de R$ 4.106,09 pelo Ministério da Saúde, tem o intuito de formar profissionais especialistas em campos de atuação estratégicos para o SUS. Interessados/as podem fazer sua inscrição para o processo seletivo até o dia 1º de novembro através do site oficial. 

Promovido pela Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e pelo HSL, com apoio dos Ministérios da Saúde e da Educação, o PREMUS engloba as seguintes ênfases: Urgência, Saúde do Idoso, Apoio Diagnóstico e Terapêutico, Física Médica do Radiodiagnóstico e Física Médica da Radioterapia. Confira os diferenciais das três residências: 

Urgência 

Destinado a profissionais da saúde das áreas de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Serviço Social, o curso busca formar especialistas, na modalidade Residência Multiprofissional, fundamentados nas diretrizes do SUS, com ênfase no campo de atuação da urgência e emergência.

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Saúde do Idoso 

Para enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas. A residência, além de formar especialista em Saúde do Idoso, busca desenvolver senso crítico dos profissionais perante as necessidades do sistema de saúde. Também é esperado que o/a profissional seja capaz de trabalhar a inter e multidisciplinaridade em relação à saúde integral da pessoa idosa ao final do curso.  

Inscreva-se

Apoio Diagnóstico Terapêutico 

A residência é destina a profissionais de Farmácia e busca formar especialistas com ênfase no campo de atuação estratégico e prioritário para o sistema.  Ao final da especialização, o/a profissional também deve ser capaz de planejar as intervenções com indivíduos, família e coletividade em níveis assistenciais de Atenção Primária, Secundária e Terciária, considerando o perfil epidemiológico da população, os princípios do SUS e o conhecimento próprio da área profissional. 

Inscreva-se

Física Médica do Radiodiagnóstico

Para pessoas com graduação no bacharelo em Física, o curso tem como objetivo ampliar o conhecimento dos/as profissionais sobre os efeitos das radiações ionizantes e não ionizantes sobre a matéria e os tecidos biológicos.

Inscreva-se

Física Médica da Radioterapia

Também destinado a pessoas que possuem o bacharelado em Física, na especialização é esperado que o profissional desenvolva práticas para dar vazão a complexidade da assistência na área da radioterapia, a partir de uma perspectiva inter e multidisciplinar e conforme os princípios e diretrizes do SUS.

Inscreva-se

Saiba como participar 

Além da inscrição, que deve ser realizada única e exclusivamente pelo site, é necessário realizar o pagamento do DOC, que será impresso ao término do preenchimento da ficha de inscrição, no valor de R$ 230,00 (duzentos e trinta reais). A inscrição somente estará confirmada após efetivado o pagamento do DOC. 

CONFIRA O EDITAL

desenvolver soft skills

As habilidades interpessoais serão tão importantes quanto as habilidades práticas no mundo do trabalho. / Foto: Tima Miroshnichenko/ Pexels

O mundo do trabalho vem passando por diversas transformações impulsionadas por avanços tecnológicos — muitas delas já podem ser sentidas. Um relatório do Fórum Econômico Mundial aponta que 96% das empresas brasileiras estão buscando a automatização. No entanto, apesar de indicar um futuro cada vez mais digital, o estudo também mostra que as habilidades interpessoais, chamadas soft skills, estão se tornando cada vez mais importantes.  

Para além das hard skills (habilidades consideradas técnicas, como saber manusear um equipamento específico, por exemplo), os profissionais do futuro vão precisar desenvolver também uma série de competências comportamentais como pensamento analítico e inovação; inteligência emocional; resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade; raciocínio lógico; criatividade, originalidade e iniciativa entre outros.  

O professor da Escola de Negócios da PUCRS André Duhá explica que a maior parte dessas competências não podem ser aprendidas apenas lendo livros, e que será preciso o engajamento efetivo dos/as alunos/as no processo de aprendizagem.  

“Habilidades cognitivas superiores, atitudes positivas no trabalho e competências comportamentais, por exemplo, só poderão ser desenvolvidas através da aplicação prática dos conceitos, reflexões profundas sobre os resultados obtidos e sobre o contexto, assim como por meio da busca incessante de oportunidades para exercitar as habilidades humanas”, destaca. 

Para acompanhar as transformações e movimentos do mercado, é fundamental se manter atualizado. A psicóloga e supervisora do PUCRS Carreiras, Ana Cecília Petersen, explica que profissionais devem estar preparados para se adaptar às disfunções do mundo do trabalho e, para isso, a aprendizagem contínua é essencial.  

“Um bom ponto de partida para desenvolver as habilidades mais desejadas pelo mundo do trabalho é abrir a mente e estar atento ao seu entorno – boas ideias dificilmente surgem ‘do nada’. É fundamental ter uma visão de mundo, compreendendo o que está acontecendo ao nosso redor, quais são as tendências de mercado e cultivar um olhar curioso com sede de explorar novas possibilidades”, explica.

As mudanças do mercado de trabalho já impactam a maneira de aprender em sala de aula.  Jaqueline Maia, professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, acredita que o aprendizado e a adaptação precisam ser constantes e que profissionais de áreas distintas têm muito a aprender uns com os outros.  

“Se você é um estudante da Escola Politécnica, por exemplo, você vai ter que trabalhar as suas habilidades de inteligência emocional e liderança. Se você é um estudante da área da Saúde, é preciso estar aberto para trabalhar com questões de tecnologia. No entanto, desenvolver essas habilidades não significa que você vai fazer tudo. Porque não é possível ser bom em tudo, mas é possível aprender a trabalhar de forma colaborativa. Você pode não ter facilidade com tecnologia, mas pode trabalhar com pessoas que te ajudem a desenvolver essa habilidade”, defende Jaqueline.

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Ensino ligado ao mercado de trabalho 

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Os/as professores da PUCRS estão sempre se atualizando em busca de novidades do mercado de trabalho para compartilhar com estudantes. / Foto: Bruno Todeschini

Na PUCRS, estudantes são preparados para as mudanças e desafios do mercado de trabalho desde o início do curso. A coordenadora do curso de Comunicação Empresarial, Denise Pagnussatt, explica que a formação na Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) já é pensada para contemplar o desenvolvimento das habilidades elencadas pelo Fórum Econômico Mundial. A professora salienta que é importante que o profissional esteja preparado para se transformar e evoluir frente às novas possibilidades que são criadas.  

“Na Famecos, os/as estudantes contam com aulas práticas de caráter inovador; aulas reflexivas que ajudam a compreender o contexto e buscar respostas às perguntas complexas do tempo atual; e aulas vivenciais com a participação de empresas, entidades, governo que trazem demandas ligadas à comunicação, artes e design para que os alunos busquem soluções. Além disso, também vivenciam a possibilidade de participar de laboratórios de aprendizagem desde o primeiro dia de aula, palestras, oficinas, debates que fomentam o olhar para novas práticas e novas opções de atuação profissional para cada um dos estudantes da Escola.” 

Os/as professores são facilitadores do processo refletivo e de aprendizado dos alunos e das alunas. André explica que os/as docentes estão engajados/as em criar ambientes propícios à experimentação e aplicação dos conhecimentos em contextos próximos à realidade que os alunos irão encontrar no seu dia a dia profissional.  “Além disso, estamos utilizando metodologias cada vez mais ativas de ensino, levando a um maior engajamento dos alunos, onde eles se tornam os verdadeiros protagonistas do processo de ensino-aprendizagem.” 

Denise explica que os/as docentes, a partir das suas experiências no mercado e na Universidade, ajudam os/as estudantes a comporem novas possibilidades de atuação no mercado. A professora destaca que é possível aprender tanto as habilidades técnicas como as interpessoais. 

“O mercado sempre estará em mudança. Com o avanço da tecnologia, especialmente com a inteligência artificial, ainda há muito para evoluir no campo da comunicação, artes e design. Na minha visão, haverá a diminuição de algumas atividades que podem ser automatizadas, que ainda são realizadas por humanos. Além disso, serão abertas novas formas de atuar na área, usando o bem mais precioso que os seres humanos têm: sentir e refletir com consciência sobre o impacto do seu trabalho junto à sociedade”.

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Oportunidades dentro e fora da Universidade 

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Os/as estudantes já tem o contato com o mercado de trabalho na sala de aula. / Foto: Giordano Toldo

A PUCRS conta com uma estrutura única de ensino e vem há 75 anos se modernizando para atender as necessidades dos/as estudantes. No primeiro semestre de 2023, a Universidade ampliou seu ecossistema empreendedor ao lançar o Tecnopuc Business. O projeto, que é liderado pela Escola de Negócios e pelo Tecnopuc, busca inovar o modelo de educação em negócios no Rio Grande do Sul, de forma que estudantes se conectem desde o início com o mundo do trabalho. 

Para ir além, em 2019, a instituição unificou seus serviços de estágio e carreira, criando o PUCRS Carreiras: um serviço destinado a ajudar e orientar estudantes e egressos da Universidade a na colocação no mercado de trabalho. Em quatro anos o PUCRS Carreiras já realizou mais de 32 mil contratos de estágios. Além de promover a empregabilidade, o serviço oferece diversas iniciativas, todas elas focadas no desenvolvimento humano e na conexão com possibilidades de emprego. Ana Cécilia Petersen explica que na PUCRS alunos/as podem contar com um amplo leque de possibilidade para impulsionar sua trajetória de crescimento.  

Desde consultoria de carreira e acesso a vagas de estágio e vagas efetivas, até a participação em eventos e programas bem interessantes, como a Feira de Carreiras, Open Office, Programa Power Skills, Programa de Mentoria e Talentos em Ação. É uma verdadeira caixinha de surpresas para quem quer ir mais longe. Podemos dizer que o PUCRS Carreiras é uma valiosa ferramenta para que os alunos da universidade tenham apoio, de forma gratuita, orientação e oportunidades que os auxiliem a trilhar um caminho de sucesso e crescimento profissional em suas respectivas áreas de atuação”. 

Estude na PUCRS

As duas equipes com pesquisadores da PUCRS foram premiadas. / Foto: Divulgação

As equipes lideradas pelas pesquisadoras da PUCRS Manoela Ziebell de Oliveira e Clarissa Pinto Pizarro de Freitas foram premiadas em um desafio nacional de pesquisas psicoeducacionais. Promovido pela Rede Nacional Ciência para a Educação (CpE), pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) e pelo Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP), o desafio consistiu em analisar um banco de dados com mais de 100 mil estudantes brasileiros do Ensino Fundamental e Médio. A apresentação dos resultados para a banca avaliadora aconteceu durante o 11º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica, na primeira semana se julho, em Brasília. 

O reconhecimento abrange a entrega de um valor em dinheiro e a publicação de um artigo, com os resultados de suas análises. A equipe liderada por Manoela Oliveira e formada pelo pesquisador Wagner Machado, pela pós-doutoranda Thaline Moreira e pela mestranda Jéssica Machado respondeu à pergunta “Quais as variáveis da escola e dos alunos que prediziam as taxas de abandono escolar?”. Para Manoela, a participação no desafio foi superinteressante, já que seu grupo conseguiu dar conta das diferentes tarefas envolvidas na resolução do problema.  

“Fizemos reuniões semanais e algumas imersões, em que cada integrante pode trazer seus insights e hipóteses sobre como analisar os dados ou interpretá-los. A apresentação para uma banca de especialistas interessados também foi muito legal. Normalmente não temos oportunidade de conversar com as pessoas que consomem os resultados das nossas pesquisas com a intenção de transformá-las em ações. Por isso essa troca foi muito rica. Espero poder participar de novas edições no futuro”, destaca. 

O prêmio concedido aos/as pesquisadoras abrange uma entrega em dinheiro e a publicação de um artigo científico. / Foto: Divulgação

Já a equipe liderada por Clarissa Freitas e formada por pesquisadores da Universidade de São Francisco (USF), de São Paulo, respondeu à pergunta “Quais variáveis da escola e características individuais dos estudantes predizem o pertencimento e a violência escolar?”.   Clarissa ressalta que foi uma excelente oportunidade de aprendizado, desenvolvimento profissional e fortalecimento de parcerias.  

“Ao longo do desafio, tivemos a oportunidade de trabalhar com um banco de dados envolvendo mais de 40 mil estudantes de diferentes regiões do Brasil. Realizamos uma análise multinível, evidenciando que as características dos participantes, envolvimento dos pais e infraestrutura da escola influenciam no desempenho dos estudantes, assim como nas percepções deles sobre o pertencimento escolar e exposição a situações de violência escolar. Ganhar o prêmio foi um grande reconhecimento e ajudou a valorizar todas as horas dedicadas para o trabalho”, finaliza.  

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Marcela Alves Sanseverino é Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Psicologia na PUCRS. / Foto: Arquivo pessoal

A doutoranda do Programa de Psicologia da PUCRS Marcela Alves Sanseverino desenvolveu um projeto que estimula a motivação para a prática de atividades físicas. Intitulado Programa para Adesão do Comportamento de Exercitar-se (PACE), tem formato de terapia breve – já que tem início, meio e fim, e foca em estratégias comportamentais e motivacionais que promovem autoconhecimento por meio do exercício físico.  

Com orientação do professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde Wagner de Lara Machado, a doutoranda realizou, durante oito semanas, encontros individuais com os participantes, abordando um conjunto de temas e metas a serem cumpridas. Para compartilhar os resultados das atividades, a Marcela criou o Instagram @exercíciocomsentido, onde relata a mudança de visão dos participantes em relação ao momento do exercício físico. 

O trabalho da doutoranda se conecta com o primeiro relatório global lançado em 2022 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os impactos do sedentarismo para a população mundial. Até 2030, espera-se que 500 milhões de pessoas desenvolvam doenças não transmissíveis (DNTs), como problemas cardiovasculares e diabetes, resultando em custos anuais de US$ 27 bilhões, caso não sejam implementadas pelos governos ações para incentivar os exercícios. 

Em 2018, a OMS também lançou o Global Action Plan on Physical Activity 2018-2030: More Active People for a Healthier World (Gappa), uma campanha para que os países incentivassem a população a tornar-se mais ativa. De acordo com dados divulgados pela organização, cerca de 3,2 milhões de pessoas morrem todos os anos ao redor do mundo em decorrência de problemas relacionados à inatividade física, número que enquadra o sedentarismo como quarto principal fator de risco de morte. A meta global da OMS é atingir uma redução de 15% na prevalência de inatividade física até 2030. No sul do Brasil, um estudo evidenciou que o número de pessoas que são inativas foi de 48%, com o agravamento da pandemia da Covid-19.  

Exercício físico como uma oportunidade de autoconhecimento 

Para desenvolver o PACE, a doutoranda revisou a literatura para encontrar técnicas pautadas em evidências científicas. O programa original reúne técnicas comportamentais e motivacionais para pessoas que queiram iniciar uma prática de exercício físico, seja aquela pessoa que já faz algum exercício e precisa complementar sua prática, seja aquela que não faz nenhum exercício e precisa começar. O PACE oferece suporte durante a jornada inicial para facilitar o encontro de uma modalidade que combine com a pessoa iniciante e contemple seus objetivos com a prática de exercício.  

De acordo com Marcela, a partir do avançar das conversas semanais, os participantes conseguiram identificar porque praticar exercício é importante para si. Atualmente, com sua tese finalizada, autora busca incorporar os aprendizados no mercado de trabalho, levando a possibilidade de mais pessoas encontrarem sua motivação para prática e desenvolverem estratégias comportamentais fundamentais para manutenção do exercício físico a longo prazo. Para então, poder desenvolver mais pesquisas sobre a efetividade do programa e contribuir para que um manual possa ser criado para que mais pesquisadores e profissionais da psicologia possam colocar o PACE em prática. 

“O exercício passou de uma obrigação e sim um momento de conexão consigo mesmo ou uma prática que ajudaria a alcançar suas aspirações de vida. Além disso, os participantes mencionaram que adquiriram estratégias que levariam para o resto de vida, se sentido capazes de manter algum nível de atividade física, mesmo frente a mudanças nas suas rotinas”, finalizou a doutoranda. 

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O professor Wagner de Lara é um dos participantes do projeto. / Foto: Giordano Toldo

A PUCRS está atuando, por meio da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, em parceria com o Núcleo de Psiquiatria (NuPsiq) do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) em um projeto inédito de prevenção em saúde mental para médicos e residentes gaúchos. A iniciativa foi aprovada em abril pela Comissão Estadual de Residência Médica (Cerem-RS): além de altas demandas relacionadas ao tema, em 2021, o Cerem realizou um levantamento a fim de medir o impacto da pandemia em médicos e estudantes de Medicina no Estado. 

O projeto terá como foco a redução de estigma e prevenção à saúde mental e identificação de riscos. Isso se desenvolverá a partir da criação de um Grupo Técnico (GT) composto por várias instituições representativas e científicas – entre elas a PUCRS. A participação da Universidade se dará por meio do grupo de pesquisa Avaliação em Bem-estar e Saúde Mental (ABES) da Escola, comandado pelo professor e pesquisador Wagner de Lara Machado. Além dele, a aluna Danielle Louize Almeida Lopes Bueno também está participando da iniciativa.  

Tivemos uma reunião em 2022 com a atual gestão do sindicato, na qual foi alinhada a parceria para realizar um levantamento sobre a saúde mental de residentes”, diz o professor. 

Segundo Wagner, os dados da pesquisa serão coletados por meio de um questionário a ser respondido por médicos residentes, abrangendo fatores como sintomas de transtornos mentais, uso de álcool e substâncias, o fenômeno do Burnout e características sociodemográficas e laborais.  

O pesquisador destaca a importância da saúde mental para os profissionais da saúde e o quanto ela influencia no exercício da profissão. Ele ressalta que o período de residência pode ser muito estressante e, somado a outras questões pessoais e profissionais, pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos mentais. 

“Revisões sistemáticas indicam que cerca de um terço desta população irá experimentar sintomas de ansiedade e depressão. Alguns estudos indicam que estes números pioraram durante a pandemia. Acreditamos que conhecer as demandas desta população é crucial para a criação de um espaço de acolhimento e para oferta de serviços especializados.”

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Ana Carolina Trajano participou da Conferência Nacional de Saúde entre os dias 2 e 5 de julho. / Foto: Arquivo pessoal

A aluna do oitavo semestre do curso de Psicologia da Escola de Ciências e Saúde da Vida da PUCRS Ana Carolina Trajano foi selecionada para participar da 17ª Conferência Nacional de Saúde como monitora de pesquisa. Junto a outros/as pesquisadores/as e especialistas da área, Ana pode debater sobre as propostas e diretrizes elaboradas em conferências municipais, estaduais e livres. Com o tema Garantir Direitos, defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia, a Conferência, que aconteceu em Brasília entre os dias 2 e 5 de julho, contou com a presença de mais de seis mil pessoas para discutir os rumos da saúde pública e do Sistema Único de Saúde (SUS). 

A estudante, que também é bolsista do Prouni, integra desde abril deste ano a pesquisa Saúde e democracia: estudos integrados sobre participação social, do Conselho Nacional de Saúde (CNS). O projeto foi o primeiro a ser apresentado pelo CNS à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Ana celebra essa conquista e explica como foi realizar o processo seletivo que culminou na sua participação na conferência. 

“Era necessário ser estudante de graduação ou pós-graduação, fazer uma carta motivacional apontando os motivos de querer participar da pesquisa e do evento, bem como a própria opinião sobre o SUS, o posicionamento sobre controle social e uma descrição das experiências. Com isso, foi avaliado e, em maio, fui selecionada entre os cem de 400 inscritos”, conta Ana Carolina

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Durante a graduação, Ana vem conquistando seu espaço dentro da pesquisa em saúde. Além de atuar como bolsista do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (Pet-Saúde/Gestão e Assistência), também é estagiária da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul. Agora, faz parte da célebre instância colegiada, deliberativa e permanente do SUS e que faz parte da estrutura organizacional do Ministério da Saúde.  

O Conselho Nacional de Saúde existe para fiscalizar e monitorar as políticas públicas de saúde, levando as solicitações da população ao poder público, realizando conferências e fóruns de participação social. O conselho tem papel fundamental na aprovação do orçamento da Saúde e no acompanhamento da sua execução, garantindo que todo o cidadão brasileiro tenha o direito gratuito à saúde integral de qualidade. 

Prouni garantiu oportunidade de ocupar espaços de pesquisa 

Ana Carolina é bolsista integral do Programa Universidade Para Todos (Prouni), e foi através dele que a estudante conseguiu ingressar no ensino superior. Além de valorizar projetos governamentais que buscam incentivar a educação, Ana vê o Prouni como uma forma de forma de ocupar espaços que possivelmente não ocuparia, não fosse por meio do programa.  

“Espero que possamos continuar fomentando e incentivando os jovens, para que participem destes espaços e tenham estas experiências de educação. Que possam alcançar o Ensino Superior, porque é algo que constitui nossa identidade também”, revela a futura profissional. 

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A estudante espera que a Psicologia conquiste ainda mais espaços de atuação, seja na Educação ou na Saúde. Apaixonada pelo curso, ela afirma ter interesse por temas como saúde mental, saúde integral e multiprofissional, e saúde coletiva. O caminho que vem sendo trilhado pela estudante é motivo de destaque na Universidade. A professora do curso de Psicologia da PUCRS e coordenadora do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP) Roberta Fin Motta conta que sente orgulho da estudante.  

“A Ana participou das três etapas da conferência de saúde, em nível municipal, estadual e, nesse momento, estará participando da Conferência Nacional de Saúde em Brasília. Uma experiência única em prol do Sistema Único de Saúde e das políticas públicas.” 

Ângelo Brandelli Costa

A pesquisa se articula com o Ministério da Saúde, e para o professor Ângelo Brandelli o tema ainda enfrenta barreiras no Brasil. / Foto: Norma Mortenson/Pexels

O grupo Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais (PVPP), coordenado pelo professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, Ângelo Brandelli Costa, desenvolveu o projeto “Eficácia e efetividade de intervenções de educação sexual para adolescentes: uma síntese de evidências para políticas públicas”. Os pesquisadores do grupo propuseram uma série de ações para representantes da gestão pública, de organismos internacionais, da sociedade civil e da academia baseando-se em evidências que ressaltam a importância de agir em prol da educação sexual no ambiente escolar, nos serviços de saúde e nas universidades do Brasil.  

O projeto foi contemplado na Chamada do Ministério da Saúde para estudos de Revisões Sistemáticas, Revisões de Escopo e Sínteses de evidências para políticas com foco nas áreas de atenção domiciliar, saúde do adolescente e inquéritos de saúde. A equipe composta por pós-doutorandas, doutorandas, mestrandas e bolsistas de apoio técnico e de iniciação científica, realizou oficinas de capacitação na metodologia de elaboração de sínteses de evidências criada pelo Ministério da Saúde, resultando na produção de resumos de 38 publicações científicas internacionais sobre o tema em linguagem acessível.  

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O projeto contou com o diálogo com especialistas que trouxeram suas experiências e contribuições para nortear o pensar das iniciativas propostas pelo grupo. De acordo com o professor Brandelli, o tema da educação sexual ainda enfrenta barreiras sociais para ser implementado efetivamente no Brasil, e o diálogo deliberativo é um momento-chave para engajar representantes de diversos pontos de vista, de modo a debater soluções e unir forças para superar preconceitos e receios. 

“A adolescência é uma fase do desenvolvimento humano que envolve mudanças biológicas, emocionais e sociais do sujeito. As intervenções de educação sexual podem desempenhar um papel-chave em acompanhar jovens nesse processo de descoberta, apoiando o desenvolvimento de relacionamentos mais saudáveis, o respeito à diversidade de gênero e a prevenção de desfechos indesejados, como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), a gravidez não-planejada e a violência sexual”, destaca o pesquisador.

Intervenções e ações em prol da educação sexual  

Ângelo Brandelli Costa

O professor Ângelo Brandelli de Psicologia coordena o grupo de pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais. / Foto: Giordano Toldo

O projeto desenvolvido na PUCRS destaca a importância de construir materiais sensíveis a diferentes contextos e públicos, com especial atenção para meninas, pessoas LGBTQIA+, pessoas negras, pessoas em situação de vulnerabilidade social e adolescentes vinculados a algumas religiões. O pesquisador Bradelli destaca que são essenciais o financiamento contínuo das ações e a capacitação para que profissionais de educação e de saúde possam desenvolver abordagens pedagógicas atualizadas e informadas por evidências, utilizando recursos educacionais que engajem os adolescentes. 

Com isso, a partir das pesquisas e conversas construídas pelo grupo da PUCRS foram apresentadas três opções de intervenções quepodem ser fornecidas de forma presencial ou online por profissionais treinados ou entre pares de adolescentes, conforme nomeia o coordenador do projeto: 

Intervenções no ambiente escolar

Englobam uma definição ampla de saúde sexual e adotam abordagens positivas, afirmativas e inclusivas da sexualidade humana em tópicos variados como a valorização da diversidade sexual, prevenção da violência no namoro e do parceiro íntimo, desenvolvimento de relacionamentos saudáveis, prevenção do abuso sexual infantil e melhor aprendizagem social/emocional em diferentes níveis escolares.

Intervenções em serviços de saúde

Na modalidade educativa breve, ocorrem principalmente em serviços de atenção primária, com duração de 15 a 60 minutos cada, realizadas tanto individualmente quanto em grupo. Os métodos aplicados envolvem desde comunicação oral direta até uso de ferramentas audiovisuais, como vídeos e softwares. 

Intervenções nos campi universitários

São focadas em abordar a violência sexual, incluindo programas de treinamento de autodefesa, intervenções focadas nos espectadores e distribuição de pôsteres educativos. 

“Para informar as políticas públicas voltadas a esse tema, no entanto, é necessário combinar as melhores evidências científicas disponíveis com um levantamento de experiências, visões e valores de públicos-chave, os quais podem contribuir para superar os tabus que ainda rondam essa temática”, finaliza o pesquisador.

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Curso de Psicologia da PUCRS completa 70 anos de tradição/ Foto: Diego Furtado

Em junho de 2023 o curso de graduação em Psicologia da PUCRS chega aos 70 anos. Muitos dos profissionais que atuam hoje em todo o País e mundo afora passaram pelo curso da Escola de Ciências da Saúde e da Vida que hoje tem mais de mil e quinhentos estudantes desenvolvendo habilidades para atuar como psicólogos/as.  

O curso da PUCRS, primeiro da Região Sul e segundo a ser criado no Brasil, oferece uma formação completa para quem deseja compreender a subjetividade humana em sua complexidade de modo reflexivo e crítico. Fundado em 30 de junho de 1953, inicialmente estava vinculado à então Faculdade de Filosofia, localizada no Colégio Marista Rosário, mas com o desenvolvimento da área no País e com a regulamentação da profissão, foi se adequando às regulamentações e normativas vigentes. O curso de Psicologia da PUCRS sempre primou pela consonância com as diretrizes para a formação de psicólogos. A regulamentação da profissão no Brasil ocorreu apenas em 27 de agosto de 1962, e o reconhecimento oficial em outubro de 1965. 

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A professora Andrea Bandeira, decana da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, destaca que a trajetória de pioneirismo e dedicação de um corpo técnico zeloso e ativo é motivo de orgulho e comemoração para a PUCRS.

“É com muita alegria que celebramos os 70 anos do curso de Psicologia.  Neste momento, revive-se muitos fatos que trouxeram o curso até aqui e o consolidaram ao longo destes anos como um curso de excelência e de destaque. A trajetória de pioneirismo de um curso fundado antes mesmo da regulamentação da Psicologia como profissão no Brasil demonstra isso. Essa história foi e segue sendo construída diariamente a muitas mãos, com gestores, docentes, estudantes, egressos, técnicos administrativos, supervisores, parceiros de distintos cenários de prática, que se comprometem com uma formação integral, de qualidade e atenta as necessidades da sociedade”, celebra.  

Pioneirismo e excelência à serviço da formação de novos profissionais  

Currículo em constante atualização promove formação integral e completa. / Foto: Divulgação PUCRS

O currículo, que está em constante atualização, é baseado nos aspectos teóricos, científicos, epistemológicos, culturais e contextuais que orientam a Psicologia, sempre orientado para as demandas da sociedade brasileira. Ao longo do curso, os/as estudantes vivenciam atividades práticas, tendo contato com diferentes abordagens teóricas e campos de atuação da Psicologia. E, ao final das suas formações, podem contar com competências voltadas para as variadas  práticas profissionais da área.  

Segundo a coordenadora, professora Tatiane Baierle, a Psicologia da PUCRS oportuniza interface com a arte, com o campo da saúde, com o campo das organizações, com instituições educativas, com o esporte e com a justiça. “São diferentes frentes de trabalho que possibilitam ao estudante que se insira na comunidade – inicialmente de forma mais teórica e futuramente de forma mais prática”, ressalta.  

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Com o objetivo principal de formar psicólogos/as generalistas, teórica e tecnicamente embasados/as, para atuar em diferentes cenários socioculturais e profissionais, o curso oferece um serviço-escola em Psicologia com diferentes áreas de atuação e com 49 anos de experiência. Durante quase meio século de atuação, o SAPP consolidou a sua relevância tanto para os/as estudantes como para o público atendido diariamente. Somente em 2022, foram realizados 4.070 atendimentos e, neste ano, de janeiro até maio, o espaço já soma mais de 2.500. Atualmente, o serviço de acolhimento é responsabilidade de 11 psicólogos/as supervisores/as e 90 estagiários/as.   

Com o objetivo de formar profissionais capazes de compreender os sujeitos e seus processos de subjetivação de forma integral, os acadêmicos de Psicologia da PUCRS possuem mais de 200 locais para realizar suas práticas de estágio nas mais diferentes áreas, como empresas, escolas, clubes esportivos, tribunais, entre outros. Empenhados/as no desenvolvimento profissional, na atuação ética, na transformação social e na promoção da saúde, o curso também desenvolve suas atividades profissionalizantes no Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (US Vila Fátima). 

A professora Tatiana Baierle destaca a excelência dos professores e supervisores que atuam na formação dos futuros psicólogos na PUCRS. “São um corpo técnico que busca a consolidação da ciência e da profissão no País, com base na perspectiva ética e no respeito aos direitos humanos.”  

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De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida é o segundo melhor curso de graduação em Psicologia do Brasil e o primeiro do Rio Grande do Sul.  

ESTUDE PSICOLOGIA NA PUCRS

Práticas no curso de Odontologia, a graduação mais bem avaliada do Sul do País segundo o MEC / Foto: Divulgação

A pandemia de covid-19 evidenciou a importância dos profissionais da saúde no Brasil e no mundo. Enquanto médicos e enfermeiros atuavam na linha de frente, especialistas atendiam em consultórios, psicólogos ajudavam a cuidar da saúde mental e cientistas desenvolviam vacinas em tempo recorde. Esse cenário aumentou a admiração pelas profissões da área e inspirou muita gente a estudar para atuar em prol de quem precisa de cuidados.

Cursar uma graduação na área da saúde, contudo, exige analisar diferentes critérios na hora de escolher onde começar a construir o futuro profissional. A dica é sempre procurar por Instituições de Ensino Superior que valorizem as demandas atuais do mercado e ofereçam, desde o início, a possibilidade de integração com profissionais de diferentes áreas da saúde e experiências práticas, além de uma estrutura completa e segura para aprender.

Os projetos pedagógicos devem espelhar como são os profissionais que o mundo necessita atualmente. Os requisitos vão muito além dos ensinamentos teóricos e técnicos, envolvendo também aspectos como empatia e formação humanística.

“O profissional da saúde de hoje precisa estar atento às necessidades das pessoas e, obviamente, ter uma formação consistente, voltada ao contexto contemporâneo e dentro de uma perspectiva de ensino integral, junto a outros profissionais. Necessariamente, precisa trabalhar em equipe e, nessa perspectiva, deve ter uma de aprendizagem com estudantes e profissionais de outras áreas”, explica a decana associada da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, Marion Creutzberg.

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Aprendizagem contínua e trajetória curricular customizável 

Reconhecida por ser uma das melhores Universidades da América Latina, a PUCRS tem uma oferta completa de formações na área da saúde: são 11 opções de cursos de graduação, sete programas de mestrado e doutorado e mais de 10 opções de especialização, MBA e certificações, além de programas de residências médicas multiprofissionais e em área profissional.

As antigas formações rígidas não têm mais espaço na instituição. Atualmente, estudantes podem customizar parte do curso com disciplinas e projetos de seu interesse, construindo um percurso acadêmico próprio e personalizado, incluindo mais experiências práticas ao longo de toda a formação.

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Estudante de Fisioterapia atuando no Centro de Reabilitação / Foto: Divulgação

“Todos os currículos dos nossos cursos da área da saúde estão organizados com práticas desde o primeiro semestre até as vivências de total imersão no cuidado à pessoa no último ano. O estudante tem a possibilidade de ampliar o aprendizado em laboratórios de pesquisa e simulação realística, seguidos pelos cenários de prática real. Essa é a questão mais importante. Não apenas porque as diretrizes de formação profissional da saúde preveem isso, mas porque entendemos que, realmente, a aprendizagem teórica se torna consistente quando é experienciada”, comenta a professora Marion.

Uma novidade da Universidade que tem como piloto a área da Saúde é a possibilidade que o estudante realize uma trajetória acadêmica cursando disciplinas das duas graduações desde o início, concluindo mais de uma formação em menos tempo. No momento esse percurso é possível entre os cursos de Educação Física e Fisioterapia e Biomedicina e Farmácia.

Referência em cursos da área da saúde

Com o melhor curso de Enfermagem do Brasil, segundo o Ministério da Educação (MEC), a PUCRS também possui o segundo melhor curso de Medicina do País e o curso de Odontologia mais bem avaliado entre as instituições privadas no Rio Grande do Sul. A instituição também oferta os cursos de Psicologia, Gastronomia, Farmácia, Fisioterapia, Biomedicina, Nutrição, Ciências Biológicas e Educação Física.

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Decana associada da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Marion Creutzberg, e a professora e coordenadora de Ensino-Serviço em Saúde, Andrea Gonçalves Bandeira / Foto: Giordano Toldo

Um dos grandes diferenciais, além da excelência, é que a PUCRS é a única universidade do Brasil com um Campus que conta com um ecossistema completo de saúde e bem-estar, multidisciplinar, que combina estruturas de ensino, pesquisa, extensão, inovação, assistência e serviços especializados na área. Isso faz com que quem estuda na instituição tenha atividades práticas em estruturas reconhecidas como Hospital São Lucas (HSL), Instituto do Cérebro (Inscer), Parque Esportivo, Centro de Reabilitação, Centro de Extensão Vila Fátima – unidade de saúde que realiza a atenção à saúde da população, vinculado ao Sistema Único de Saúde, há mais de 40 anos no Bairro Bom Jesus -, além do Biohub | Tecnopuc, iniciativa voltada à geração de negócios inovadores em saúde.

Toda a infraestrutura do Campus da Saúde permite que os acadêmicos se aproximem e vivenciem as rotinas de suas futuras profissões e prestem serviços para a comunidade. Independentemente da ocasião, os estudantes são estimulados para que a centralidade do cuidado esteja no Individuo, colocando a vida no centro de tudo, estimulando o protagonismo das pessoas para a promoção da saúde.

“Outro aspecto a ser destacado é que alunos de graduação, especialização, residência multiprofissional ou em área profissional em saúde, mestrado e doutorado, podem atuar de forma conjunta, criando um espaço diferenciado de aprendizagem que oportuniza o desenvolvimento de um trabalho colaborativo, que só uma Universidade com esse porte pode oferecer”, diz Marion. 

Formação integral e diferenciada 

A professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, Andrea Gonçalves Bandeira, ressalta que a universidade consegue fomentar a formação integral ao criar uma conexão entre diversas carreiras. Isso porque os espaços da instituição permitem que estudantes de diferentes cursos desenvolvam competências colaborativas, valorizando posturas humanas, éticas e críticas.

Estudantes de Medicina, por exemplo, trabalham com alunos dos cursos de Enfermagem, Biologia e Educação Física. Juntos, eles constroem projetos ou produtos que possam contribuir com o desenvolvimento da sociedade.

“Isso é o que se espera hoje dos profissionais da área. Temos inúmeros estudos que mostram que os sistemas de saúde mais eficazes e os cuidados mais seguros partem do momento em que se tem pessoas que trabalham em equipes interprofissionais e que pensam em projetos terapêuticos de forma conjunta. Isso minimiza danos e riscos, trazendo uma efetividade maior para o sistema de saúde e para o cuidado com as pessoas”, afirma Andrea.

A professora destaca ainda que no momento em que se adota o conceito ampliado de saúde, a saúde deixa de ser a ausência de doença, e passa a considerar os determinantes sociais de saúde e suas implicações no processo saúde e adoecimento, como acesso à educação, lazer, saneamento básico. Deste modo, os novos profissionais precisam estar abertos a trabalhar em equipe. “Uma profissão só não dará conta das necessidades sozinha, temos que pensar cada vez mais em uma atuação integrada. Essa é uma perspectiva muito importante que se espera dos profissionais da saúde hoje. O profissional da saúde que o mundo precisa, além de estar sempre atento às necessidades da população, ou do paciente que ele está atendendo, necessita aprender a fazer uma escuta qualificada, e essa escuta qualificada se traduzir em cuidado humanizado e empático, compreender as necessidades e conseguir, junto de uma equipe interprofissional, dar o melhor encaminhamento”, encerra.

Outra vantagem é que quem escolhe a PUCRS para se formar no campo da saúde pode cursar parte da graduação em instituições estrangeiras, por meio da mobilidade acadêmica. Além de colaborar para um currículo mais robusto, a iniciativa permite explorar novas culturas e perspectivas.

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Aline Camargo Nunes, enfermeira formada na primeira turma do curso de Enfermagem / Foto: Giordano Toldo

Formada na primeira turma do curso de Enfermagem da PUCRS, Aline Camargo Nunes comenta que o mundo precisa de profissionais com capacidade de ser flexíveis, de se recriar, de se reinventar. – Os profissionais de saúde que vão entrar no mercado de trabalho têm que buscar desenvolver habilidades para enfrentar o inesperado de forma segura para o profissional e para o paciente – comenta. Hoje, ela atua no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e percebe as diferentes possibilidades da universidade foram fundamentais para a construção pessoal e profissional.

“A formação na PUCRS foi essencial para desenvolver minhas potencialidades através de ferramentas que proporcionaram um conhecimento de excelência em contexto em que eu estava me preparando para o mundo”, afirma Aline.

Formas de ingresso

Interessados em estudar saúde na PUCRS podem realizar o Vestibular ou solicitar o ingresso extravestibular. A segunda opção pode ser feita por meio de processo de transferência, ingresso de diplomado, reopção ou reingresso.

*Texto publicado originalmente em GZH.

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