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Foto: Camila Cunha

Estão sendo realizadas duas exposições gratuitas e abertas ao público no saguão da Biblioteca Central Ir. José Otão durante o mês de junho. A mostra itinerante O Desenho da Memória traz croquis e desenhos realizados por 26 arquitetos, colocando o desenho como parte fundamental do processo de pensar arquitetura. Realizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Rio Grande do Sul (IAB/RS), com apoio da Escola Politécnica, a exposição fica na Universidade até o dia 5 de julho. Parte dos trabalhos expostos são de autoria de três professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS, Tiago Giora, Daniel Pitta e Paulo Ricardo Bregatto, além do diplomado Daniel Dillenburg.

 

Arte Sacra Jesuítico-Guarani

Também está sendo realizada pela Escola de Humanidades, por meio do Projeto de Arte Sacra Jesuítico-Guarani, a mostra São Pedro – Arte Sacra Jesuítico-Guarani séc. XVII-XVIII, que fica exposta até 29 de junho, no térreo da Biblioteca, após as catracas. A exposição traz as descobertas inéditas do Grupo de Pesquisa sobre Arte Sacra Jesuítico-Guarani da PUCRS, com um pouco da história e a arte do imaginário jesuítico-guarani dos séculos 17 e 18. A principal peça exposta é a escultura sacra missioneira de São Pedro, padroeiro do Rio Grande do Sul, feita em cedro policromado no século 18. Para acessar a exposição, a comunidade acadêmica e técnicos administrativos da PUCRS devem utilizar seus crachás e carteirinhas, e o público em geral pode fazer um cadastro na recepção.

Pesquisa encontra pedidos de fiéis em peças barrocas de 300 anos

Fotos: Cristiane Weber – InsCer/RS / PUCRS

O Projeto de Arte Sacra-Jesuítico-Guarani da PUCRS, liderado pelo pesquisador e professor da Escola de Humanidades Edison Hüttner, acaba de realizar mais uma descoberta: a presença de ouro e pedidos de fieis em imagens sacras com idade estimada em 300 anos ou mais, pertencentes ao Museu de História Natural do Centro de Pesquisa e Documentação (Cepal) de Alegrete. A pesquisa foi apresentada à comunidade da cidade na sexta-feira, 18 de novembro, às 19h, no Cepal. As imagens foram analisadas no Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer/RS), em técnica de tomografia computadorizada, e no Laboratório Central de Microscopia e Microanálise da Universidade, para identificação de elementos como o ouro.

Pesquisa encontra pedidos de fiéis em peças barrocas de 300 anos

Analisando o percurso da arte sacra jesuítico-guarani do Rio Grande do Sul, o pesquisador afirma que a atual etapa compreende a análise das imagens de Santo Antônio e Imaculada Conceição, peças de aproximadamente 20 centímetros que se caracterizam por esculturas missioneiras, ambas confeccionadas em madeira cedro. As peças foram analisadas a partir de 2015, quando se iniciou a investigação sobre suas origens. “As características apontam para uma arte barroca, em policromia, muito bem confeccionadas. E essas análises comprovam nossa tese de que são missioneiras”, afirma Hüttner.  Ao trazer as peças para Porto Alegre, ele observou os indícios de ouro analisados no laboratório e posteriormente, no InsCer, foram encontrados outros sinais. “Nesta tomografia, observou-se a parte oca das peças. Dentro de Santo Antônio, encontramos papéis com nomes de pessoas, entre pedidos como bênçãos, casamentos e encontro de objetos perdidos”. Já na imagem de Imaculada Conceição foram encontrados orifícios que indicam uma origem missioneira, como pontos que abrigavam a luz crescente, presente nessas peças.

Segundo Hüttner essas imagens eram andarilhas, levadas para diferentes lugares como forma de extensão do espaço sagrado. “Eles passeavam com essas imagens entre casas ou mesmo nas Igrejas”.