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Inauguração da Rua da Cultura contou com apresentação da peça A Sbørnia Køntr’Atraka/Foto: Bruno Todeschini

Em um ano marcado pela inauguração da Rua da Cultura, um local que abriga atrações diversas, feiras, aulas abertas e shows, a PUCRS se firmou como um polo cultural. Foram mais de 80 atividades promovidas pelo Instituto de Cultura, com 243 artistas da música e do teatro, 47 escritores e 184 pesquisadores e alunos, dirigidas a um público de mais de 15 mil pessoas. Números que se traduziram no final de 2018 com a conquista do Prêmio Eva Sopher. A Fundação Theatro São Pedro concedeu a distinção pela primeira vez a três instituições e quatro personalidades.

fernanda montenegro, medalha mérito cultural

Reitor entrega Mérito Cultural a Fernanda Montenegro/Foto: Camila Cunha

Um dos grandes momentos do ano foi a presença da atriz Fernanda Montenegro na PUCRS. Depois de apresentar a leitura dramática de Nelson Rodrigues por ele mesmo, recebeu o Mérito Cultural, um dos momentos da comemoração dos 70 anos da Universidade.

Dentro das ações de extensão, destacou-se ainda a criação da Universidade Aberta da Terceira Idade, buscando contribuir para um melhor envelhecimento, por meio de um espaço cultural e educação continuada. O Open Campus, no dia 19 de setembro, permitiu que estudantes do Ensino Médio vivenciassem o ambiente acadêmico. Participaram de atividades divididas em quatro eixos: inspiração, experiência, formação e cultura. Foram 7,3 mil inscritos.

Open Campus, oficinas, alunos

Open Campus incluiu a realização de oficinas para alunos do Ensino Médio/Foto: Bruno Todeschini

Também teve grande adesão o Programa de Voluntariado, do Centro de Pastoral e Solidariedade, e foram intensificados relacionamentos com diplomados via Rede Alumni.

Com 38 anos de atuação, o Centro Vila Fátima, antes vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, passou a ser gerido pelo Hospital São Lucas. A meta é que se torne Centro de Estratégia de Saúde da Família.

Encerramento Inglês Unati

Pré-adolescentes trocam cartas com integrantes da Unati/Foto: Bruno Todeschini

Confira alguns dos destaques de 2018 na área da cultura:

Delfos, diplomado e doutorando recebem Prêmio Açorianos de Literatura

Projeto PUCRS Piano traz música para a comunidade

Fernanda Torres faz bate-papo com comunidade universitária

ATL House abre as portas na Rua da Cultura

PUCRS e Theatro São Pedro fazem parceria

Teatro profissional volta aos palcos da Universidade

Lançamento do livro O que resta das coisas e 10 anos do Delfos

10º aniversário do Delfos comemorado com lançamento do livro O que resta das coisas/Foto: Bruno Todeschini

Delfos recebe dois novos acervos

Primavera Literária Brasileira tem programação intensa

Soprano gaúcha Gabriella Di Laccio apresenta Affetti Barocchi

Livro sobre acervo de Caio F. Abreu comemora 10 anos do Delfos

Pianista húngaro executa obras de Liszt e Kodály

Feira PUCRS Cultura reúne artes, gastronomia e exposição

 

Confira alguns dos destaques de 2018 na área das ações comunitárias:

Haitianos têm aula de língua portuguesa

Entrega de doações da Campanha do Agasalho, Centro de Pastoral

Entrega de donativos a entidades/Foto: Bruno Todeschini

Campanha do Agasalho beneficia entidades

Mobilização pelos refugiados venezuelanos

Troca de alimentos por livros rende 1 tonelada de doações

Alunos da Unati trocam cartas em inglês com pré-adolescentes

Evento Rio Iluminado celebra compromisso com o meio ambiente

 

 

2017_08_28-dia_voluntariado2Para quem quer viver experiências significativas, exercer a cidadania e contribuir com o desenvolvimento social, o Centro de Pastoral e Solidariedade PUCRS recebe, até o dia 6 de abril, inscrições para o período 2018/1 do Programa de Voluntariado Marista. Em 2017, o Programa contou com mais de 240 voluntários. Podem participar alunos, profissionais da Universidade e alumni PUCRS (diplomados). As inscrições podem ser realizadas através deste link.

Após a inscrição, é necessário participar do Encontro de Apresentação do Voluntariado, que ocorre no saguão da Biblioteca Central Ir. José Otão (prédio 16 do Campus) no dia 14 de abril, das 14h às 16h30min. Na ocasião, são expostas as instituições que recebem atividade voluntária, a documentação necessária e o processo de formação e acompanhamento.

Mais informações podem ser solicitadas através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3320-3576.

Formatos de voluntariado

Além do individual, existe a possibilidade de voluntariado em grupo. Por afinidade, colegas de curso ou profissionais da Universidade podem escolher um projeto e atuar de forma conjunta. Para os alunos que realizarem mais de 40 horas de voluntariado, é emitido um certificado que pode ser utilizado para horas complementares.

“Voluntariar é como uma troca”

Suliane da Silva Cardoso, aluna do mestrado em Ciências Sociais, é voluntária na Associação de Cegos Louis Braille (ACELB). Para ela, voluntariar é como uma troca: ajudar e, ao mesmo tempo, engrandecer a si mesmo. “É uma mistura de aprendizado, empatia, emoção e amor. É saber que, toda vez que saio da ACELB, quem retorna para casa é uma nova pessoa, repleta de novas histórias, novas reflexões e com uma nova família”, conta.

Mutirão solidário 2017

Equipe de voluntários foi composta por alunos, diplomados, professores e técnicos administrativos. Foto: Divulgação

No dia 2 de dezembro, em meio a ferramentas, latas de tinta e 64 voluntários, as praças da Ilha da Pintada começavam a tomar forma. Nem mesmo o sol forte desanimou os participantes do Mutirão Solidário, promovido pelo Projeto de Voluntariado do Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS e o Grupo Universitário Marista. Divididos em três equipes, eles tiveram a missão de revitalizar três praças da região ao longo do final de semana. No domingo, por terem alcançado a meta, os grupos se juntaram para recuperar uma quarta praça. A iniciativa foi idealizada com o objetivo de recuperar alguns dos únicos espaços coletivos de lazer da região e de proporcionar uma verdadeira imersão e escuta da comunidade. Para isso, os participantes passaram a noite do dia 2 ao dia 3 de dezembro no local, contando com a ajuda dos moradores em todos os momentos – desde a limpeza e a pintura das praças até a preparação de refeições.

A equipe de voluntários foi composta por diversos setores da comunidade universitária, dentre alunos, diplomados, professores e técnicos administrativos. No dia 1 de dezembro, o grupo se reuniu para alinhar as ações e dar início ao clima solidário. O Vice-Reitor da Universidade, Jaderson Costa da Costa, agradeceu o interesse dos participantes na construção de uma cultura de solidariedade, citando uma frase do escritor russo Leon Tolstoi: “Só seremos universais se conhecermos e amarmos nossa aldeia”. Também estiveram presentes o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários Ir. Manuir Mentges e o assessor da reitoria Solimar Amaro.

Mutirão Solidário 2017

Voluntários fizeram a limpeza e a pintura das praças
Foto: Gabriel Sacchi

Interação com a comunidade

No final de semana, as equipes se dirigiram às praças da Rua do Sossega, da Mauá e do posto de saúde da Ilha. Cortaram a grama, recolheram o lixo, lixaram e pintaram os brinquedos. Conforme as revitalizações das praças aconteciam, os moradores da Ilha da Pintada se aproximavam e participavam do momento. Teresinha Carvalho da Silva, de 74 anos, registrava cada parte da ação com a câmera do celular. “É muita emoção ver todos trabalhando voluntariamente aqui. Isso para mim é inédito, nunca aconteceu. É algo que precisa ser compartilhado, para que sirva de exemplo para outros lugares e outros jovens”, afirmou, garantindo que as praças serão utilizadas com muito carinho pela comunidade. Vitória da Luz e Érika Soares, ambas com 16 anos, moram na Ilha da Pintada e se juntaram ao grupo de voluntários. “Quase não temos aonde passear aqui na Ilha, então, assim que ficamos sabendo do mutirão, resolvemos vir ajudar”, contou Érika.

A Pastoral procurou a comunidade da Ilha da Pintada com o intuito de fazer um trabalho diferenciado e promover interação com uma nova realidade. Quem fez a ponte entre os moradores da região e a universidade foi o padre da Rede de Comunidade das Ilhas, Rudimar Dal Asta. “Nossa comunidade aceitou o projeto com carinho e agradece muito. É um trabalho que vai nos ajudar bastante”, conta. Ele explica que, antes, não eram muitos os espaços de convivência na ilha. “Nos encontrávamos na praça central em datas comemorativas, mas eram momentos isolados. A PUCRS trouxe outra expectativa. Agora, todas as praças servem para encontros, partilha, confraternização”, agradece o padre Rudi, como é conhecido na região.

Participação ativa da Universidade

Para o diplomado em Ciências da Computação Alexandre Seki, de 31 anos, ver as crianças aproveitando os novos espaços foi a parte mais gratificante da experiência. “Convidamos algumas para ajudar na revitalização e elas foram se enturmando. Isso é ótimo, pois acaba integrando as pessoas que vão usufruir das praças”, ressalta. Juliana Kittel, de 25 anos, é natural de Adelaide, na Austrália. Está no Brasil para participar de uma missão voluntária com os Maristas, na Amazônia. Em janeiro, ela embarca para Manaus. Ao ser acolhida pelo Centro de Pastoral e Solidariedade, ficou sabendo da ação e resolveu participar. “É importante colocar a mão na massa, conhecer outras realidades. E é muito legal ver como os brasileiros trabalham em grupo. Eles são muito simpáticos e acolhedores. Quando voltar para a Austrália, vou compartilhar essa experiência com meus amigos”, garante.

Mutirão solidário 2017

Iniciativa foi desenvolvida pela Pastoral e pelo Grupo Universitário Marista. Foto: Gabriel Sacchi

Natália Gabineski, da Pró-Reitoria Acadêmica, afirma que o mutirão foi uma oportunidade para conhecer novas pessoas. “Precisamos olhar para a comunidade e entender que eles têm muito mais a nos dar do que nós a eles. E estar junto a pessoas com quem cruzamos no campus e muitas vezes nem sabemos quem é, todas pelo mesmo ideal, é muito emocionante”, completou. O professor da Escola de Negócios Augusto Alvim ressalta a importância da iniciativa. “A Universidade tem que atuar nesse processo de organizar as pessoas de forma comunitária. Principalmente nas grandes cidades, todos estão cada vez mais isolados, sem nenhuma função ativa na sociedade. Isto é uma semente para ampliarmos essa participação comunitária e gerarmos uma dinâmica própria na sociedade”, argumenta.

Transformação. Empatia. Doação. Reunidos em uma roda ao final da ação, os voluntários tentaram definir o mutirão em algumas palavras. Eles concordaram que foi mais do que um simples trabalho manual, configurando um importante espaço de trocas de experiências e de imersão em outras realidades. Os voluntários surpreenderam-se com a recepção dos moradores, que concederam casas para que eles tomassem banho e prepararam peixe na taquara, refeição típica da região. Para o Marcelo Bonhemberger, diretor do Centro de Pastoral e Solidariedade, a iniciativa representa o caráter transformador que a Universidade tanto preza. “Nestes dois dias, vocês fizeram a diferença na sociedade”, concluiu.