Inovação, empreendedorismo, interdisciplinaridade, internacionalização e ensino online foram alguns dos assuntos trabalhados nos dois dias de Seminário de Desenvolvimento Acadêmico. Com o objetivo de discutir temas relevantes vinculados aos projetos estratégicos da Universidade, o evento contou com mais de 20 oficinas e mesas-redondas para professores, além de atividades para técnicos administrativos.

Conforme o pró-reitor da Prograd, Ir. Manuir José Mentges, a Universidade conta com projetos estratégicos que são desdobrados em todas as sete escolas, contando com inúmeras ações. “O Seminário é uma forma de promovermos a formação continuada, oferecendo atividades sobre diversos assuntos para nossos professores, pois são eles que traduzem, na prática, as propostas de nossos projetos”, explica.

Conquistas, projetos e homenagem marcam primeiro dia de Seminário

Atividades discutiram temas relevantes para professores

Um dos temas abordados nas oficinas foi educação online. Uma conversa com a coordenadora da Prograd, Maristela Compagnoni, abordou o cenário do Pós PUCRS Online, seu modelo, processos pedagógicos e os perfis dos públicos. A importância dos cursos lato sensu para o desenvolvimento de pessoas das mais diferentes áreas, que conta com alunos distribuídos por todo o Brasil, recebeu destaque na apresentação. “Os cursos online não são de segunda linha, nem só para quem mora onde a educação não chega”, explica Maristela, contrapondo o que por muito tempo era acreditado pelo senso comum. Também participaram da atividade os professores Andreia Denise Mallmann, Paula Regina Puhl e Rafael Matone Chanin, além de Fernanda Canabarro e Bianca Costa, do núcleo pedagógico da Prograd.

A oficina sobre Desing Thinking debateu perspectivas de estudantes e professores a partir da implementação de projetos inovadores. Mediada por Naira Libermann, coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear), a atividade trouxe reflexões e exemplos sobre a importância de grandes ideias serem colocadas em prática juntamente com outras áreas do conhecimento. O tema foi relacionado com o fato de pelo menos uma disciplina em cada Escola propor esse tipo de interação, a partir da revisão dos currículos dos cursos de graduação. “Não acho que precisamos acrescentar mais cadeiras de empreendedorismo e inovação, mas que o empreendedorismo e a inovação estejam presentes nas cadeiras já existentes”, enfatiza Naira.

Oficinas do Seminário de Desenvolvimento Acadêmico

Foram realizadas mais de 20 oficinas durante o Seminário / Foto: Bruno Todeschini

Reunindo cerca de 50 professores, a oficina Aplicando a Sala de Aula Invertida abordou a importância do protagonismo do aluno durante o aprendizado. Ministrada pelos professores Daniel Ustárroz, da Escola de Direito, e Luciano Ceron, da Escola Politécnica, a atividade promoveu uma dinâmica em grupo em que os participantes debateram o planejamento de metodologias ativas em que o conteúdo teórico é disponibilizado antecipadamente para os alunos. “O objetivo é que, quando o estudante venha para a aula, ele já tenha adquirido algum conhecimento prévio e possa aplicar esse aprendizado com o auxílio do professor em sala”, destacou Ceron. A oficina também discutiu a mudança no papel do professor diante desse novo contexto. “Com as metodologias ativas, o professor se torna um facilitador e mostramos para o estudante que ele também é responsável pelo próprio aprendizado”, ressaltou Ustárroz.

Formação que reflete na vida dos estudantes

Além das oficinas voltadas exclusivamente para professores, o Seminário de Desenvolvimento Acadêmico também contou com atividades para técnicos administrativos. Para a coordenadora administrativa da Escola de Direito, Jaqueline Knob, atividades como essa são importantes para integrar todos os colaboradores, para que tenham conhecimento do que está acontecendo na Universidade e para que possam atuar de forma conjunta. “Entender os projetos estratégicos é essencial, porque trabalhamos com isso no nosso dia a dia, bem como conhecer as pessoas que trabalham em cada área. Assim, sabemos quem procurar quando precisarmos de alguma orientação”, destaca.

Para Ir. Manuir, essa integração é fundamental para que os técnicos administrativos possam auxiliar os alunos na hora de fazer escolhas dentro da PUCRS. “Com isso, nossos estudantes vivem, de fato, o Campus, conhecendo todas suas possibilidades e melhorando ainda mais sua vida acadêmica”, conclui.

Professores da Unicamp participaram do Seminário

Dois professores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estiveram no Seminário de Desenvolvimento Acadêmico. Angelo Luiz Cortelazzo e Soely Polydoro passaram pelas atividades realizadas e, na noite de segunda-feira, realizaram uma palestra falando sobre as metodologias trabalhadas nas oficinas, como a própria sala de aula invertida e design thinking.

Palestra do Seminário de Desenvolvimento Acadêmico

Professor Angelo Luiz Cortelazzo, da Unicamp / Foto: Bruno Todeschini

Para Cortelazzo, está claro que hoje os alunos têm uma capacidade diferente de 30 anos atrás, seja pelo avanço tecnológico, seja pela própria estrutura física dos espaços. “Atualmente, é muito fácil pegar o celular e usar a internet em todo lugar. É tão trivial quanto era antigamente pegar o giz para escrever nas lousas escolares. Isso tem feito com que a motivação para aulas tradicionais diminua nos alunos, e é importante que os professores percebem que há alternativas que são modernas e, ao mesmo tempo, sólidas o suficiente para garantir a aprendizagem do estudante sem reduzir a qualidade do ensino”, destaca.

O professor destaca o aprendizado a partir das emoções e diz que há muitas formas de estimular esse aprendizado, em que o aluno vivencia o conhecimento. “Tem uma frase muito interessante que diz: ‘eu ouço, eu esqueço. Eu vejo, eu lembro. Eu faço, eu aprendo’. Esse protagonismo que as metodologias ativas proporcionam aos estudantes é baseado nisso: fornecer bases para que o aluno consiga entender a própria estrutura de aprendizado, para que ele possa estar em desenvolvimento constante”, conclui.

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Foto: Divulgação PMPA

As definições da iniciativa Professor Inovador, do Pacto Alegre, foram alinhadas no último encontro kickoff (início dos projetos), realizado na manhã desta quinta-feira, dia 8 de agosto, no campus da Unisinos, em Porto Alegre. A reunião, que contou com a participação de diversos profissionais de diferentes áreas, propôs desenvolver ações que engajem os professores como agentes de indução para elevar o padrão do ensino público de Porto Alegre. O projeto Professor Inovador é uma das 24 iniciativas promovidas pelo Pacto Alegre.

Na capital gaúcha são 70 mil alunos da rede comunitária atendidos pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed). Segundo o secretário da pasta, Adriano Naves de Brito, é um grande campo de atuação, que precisa da contribuição dos atores envolvidos no Pacto Alegre, principalmente para a formação continuada de professores da educação infantil. “Entrelaçar as ações entre a sociedade civil e a rede pública é um desafio fundamental. A educação não apresenta resultado de um ano para o outro. É preciso ter atividades permanentes. A Prefeitura está engajada em ofertar treinamentos para os professores”, salienta.

Para contribuir com essas conexões entre os envolvidos no projeto, está a rede de agentes sociais Visionários da Cidade, que acredita na atitude empreendedora como meio de transformação de realidades. Aron Krause Litvin, um dos fundadores da iniciativa, destaca que a proposta é contribuir para uma metodologia que contribua para a área do ensino da cidade. “A rede vai servir para que se desenvolva a renovação de conhecimentos”, frisa.

 

Proporcionar vivências e inovação aos professores

Vivências e inovação na sala de aula foram os delineamentos destacados neste encontro. Para uma das participantes, Fernanda Arusievicz, analista do Serviço Social da Indústria (SESI), é preciso colocar em prática a formação de professores e criar experiências do que é possível aplicar dentro das realidades das escolas e das comunidades. “Já realizamos ações em comunidades, principalmente na área de robótica em escolas de turno integral”, comenta.

Já Priscila Trindade Sant’Anna, técnica na Gerência de Políticas Públicas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) a ideia é que o proporcionar ao professor essa capacidade transformadora. “É possível mudar a forma de ensinar em sala de aula. Queremos que os professores sejam inovadores. O nosso papel é ajudar e acompanhar esse processo e que consigamos resultados de curto a médio prazo”, conclui.

 

Próximas reuniões

O cronograma completo com as próximas reuniões de kickoff está disponível na agenda do Pacto Alegre.

 

Sobre o Pacto Alegre

O Pacto Alegre é uma proposta de movimento de articulação e eficiência na realização de projetos transformadores e com amplo impacto para a cidade. O objetivo é criar condições para que a cidade se transforme em um polo de inovação, atração de investimentos e empreendedorismo. O movimento prevê o compartilhamento de recursos e parcerias com o poder público e a iniciativa privada. A ideia é unir forças da cidade, de todos os segmentos, em prol de uma agenda comum. A iniciativa tem a coordenação da Aliança para Inovação (constituída por UFRGS, PUCRS e Unisinos) e da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

9º encontro de economia gaúcha, ppg ciências econômicas, economica, professores, pesquisadores, feeNos dias 24 e 25 de maio, a PUCRS recebe o 9º Encontro de Economia Gaúcha(EEG), organizado e promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da PUCRS e pela Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE). A ação tem como público alvo professores, pesquisadores, alunos da área de Ciências Econômicas, e áreas afins, profissionais da área de economia e público em geral. Interessados na apresentação de trabalhos devem enviar o arquivo para o e-mail [email protected] até o dia 22 de abril. Inscrições e mais informações no site.

O evento, realizado bienalmente desde 2002 e consolidado como o mais importante encontro acadêmico sobre o assunto no Estado, tem como objetivo propiciar a discussão dos problemas econômicos do Rio Grande do Sul. Sob uma perspectiva metodologicamente pluralista e tematicamente variada. Serão abordadas 11 áreas temáticas, buscando um painel abrangente de discussões sobre a realidade socioeconômica estadual.  O 9º EEG ainda busca favorecer a discussão sobre as questões econômicas do Rio Grande do Sul e sua inserção nacional e internacional. Também irá possibilitar que os melhores trabalhos apresentados possam ser agregados para posterior publicação em livro, ampliando a visibilidade e o alcance das problemáticas discutidas. Mais informações pelo telefone (51)3320-3680 ou do e-mail [email protected].