Galeria a Céu aberto: novo site apresenta referências e detalhes das obras - Espaço educativo explora saberes e ideias concebidas por cada artista por trás dos muraisO Instituto de Cultura da PUCRS apresenta o mais novo site Galeria a Céu Aberto, que reúne conteúdos sobre os murais artísticos distribuídos pelo Campus da Universidade. Além de expor imagens e vídeos das obras, foram desenvolvidos textos especialmente para o espaço online, que permite que o público conheça mais sobre os artistas envolvidos no projeto. 

Também é possível encontrar referências e inspirações por trás de cada uma das três obras realizadas até o momento. O site está dividido em seis seções, com uma navegação intuitiva para quem deseja explorar e conhecer mais sobre os conceitos, detalhes dos murais, informações sobre cada profissional e seus trabalhos artísticos. 

Galeria a Céu Aberto é um projeto iniciado em 2017, que teve o primeiro mural finalizado em 2019, pelo artista Kelvin Koubik. Também conta com as obras de Paula Plim e Renan Santos. Os três murais estão localizados na Rua da Cultura e na Escola de Humanidades. 

Segundo o diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, a ideia é que seja criado pelo menos um novo mural a cada ano, com a proposta de inserir ainda mais arte e humanismo na vida diária de quem anda no Campus.  

Para saber mais acesse o site oficial do projeto.

Reunião com equipe do projeto / Foto: Reprodução/TJRS

Um mecanismo de buscas inédito no judiciário brasileiro, que foi desenvolvido por pesquisadores da PUCRS, começou a ser testado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) em dezembro. Além de facilitar nas pesquisas sobre precedentes de casos, a ferramenta fornece parâmetros objetivos e maior previsibilidade no julgamento, com base em valores fixados a título de indenização por danos morais. 

A plataforma, que permitirá maior estabilidade e uniformidade na aplicação da lei, foi criada por Filipe Zabala, professor da Escola Politécnica, e Fabiano Silveira, formado pela Escola de Direito da PUCRS. Na elaboração do sistema “dos mais de 5 mil processos analisados, selecionamos 1.589 recursos julgados nos últimos três anos, que tiveram indenizações por danos morais fixados, variando os valores entre R$ 800 e R$ 5 milhões, explicam. 

Todos os dados analisados são de domínio público, obtidos no site do tribunal, com base na Lei de Acesso à Informação 12.527 de 18 de novembro de 2011 e no Decreto 7.724 de 16 maio de 2012, que permitem que qualquer pessoa tenha acesso às informações não confidenciais do poder público. 

Como funcionará o sistema 

Tribunal de Justiça do RS vai usar ferramenta de busca criada por pesquisadores da PUCRS

Exibição da tela da ferramenta / Foto: Reprodução/TJRS

O objetivo do sistema é auxiliar magistrados e magistradas na tomada de decisões. A procura pode ser feita por matéria, assunto ou palavra-chave, com um menu intuitivo. Em lista, são apresentadas as pessoas julgadas, com número do processo, a ementa, as peculiaridades do caso e os valores aplicados.  

“O esperado é que o uso da ferramenta reduza a variabilidade e padronize a atribuição de valores por dano moral para processos similares. Por ter sido desenvolvida em software livre, o TJRS tem pleno acesso ao código-fonte para futuras atualizações sem custo financeiro envolvido na manutenção do sistema”, destaca Zabala. 

O lançamento aconteceu no dia 17 de novembro, em uma reunião virtual com o desembargador Alberto Delgado Neto, presidente do Conselho de Informática do TJRS, que elogiou a iniciativa. Também estiveram presentes integrantes da Comissão de Inovação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (InovaJus) e da Escola Superior da Magistratura (Ajuris). 

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Como a parceria começou 

Em 2019 o Núcleo de Inovação da Ajuris participou de um workshop no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). Esse foi o primeiro momento para troca de informações e expectativas, o que resultou na atual parceria. 

Promover a inclusão no seu aspecto mais amplo é o objetivo da plataforma IncluiTec, idealizado pelo aluno do curso de Psicologia Robson Souza. Inicialmente lançada com o nome TchêInclui em 2018, a plataforma reúne serviços que podem ser utilizados por escolas, empresas e pessoas que procuram informações relacionadas ao tema, conectando quem tem essas demandas com estudantes, grupos de pesquisa e profissionais interessados em propor soluções.

A ideia surgiu no primeiro semestre de 2018, na disciplina Psicologia Escolar e Educacional I, ministrada pelo professor Alexandre Guilherme na Escola de Ciências da Saúde e da Vida. O docente utiliza a metodologia Problem Based Learning (PBL), em que a aprendizagem é baseada na busca de soluções para determinados problemas. Os estudantes deveriam visitar uma escola para entender a função de um psicólogo escolar e as possibilidades de se trabalhar em uma instituição de ensino como psicólogo. Posteriormente, iriam cria um website informativo, tendo como temática a inclusão. Robson, porém, quis fazer algo diferente: apresentou um aplicativo.

“Foi uma grande ousadia. Eu adorei a ideia e percebi que a gente poderia desenvolver mais, pois vi muito potencial”, conta o professor Alexandre. O docente convidou Robson para seu Grupo de Pesquisa em Educação e Violência (Grupev) e o aluno inscreveu o projeto para participar do Ideias do Bem, evento promovido pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (Idear) e pela Escola de Ciências da Saúde e da Vida, que propôs soluções criativas e inovadoras para problemas relacionados à saúde. Durante as atividades, Robson ganhou a companhia dos alunos Flavio Cordeiro e Nicolle Cernicchiaro, da Gastronomia; Stéphanie Medeiros, da Farmácia; e Eduarda Racky, da Psicologia. Eles ficaram em primeiro lugar e, com isso, contaram com todo o apoio e a estrutura do Tecnopuc para aprimorar a plataforma.

De cara nova e novos horizontes, mas com o mesmo propósito

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar

“Remodelamos o negócio, vimos a parte de marketing e financeira, começamos a trabalhar algumas ferramentas – sempre testando com diretores, escolas e alunos”, lembra Robson. Foi nessa época que a plataforma recebeu uma demanda de São Paulo, motivando a troca do nome.

O estudante de Psicologia diz que a ideia sempre foi criar uma ferramenta prática e funcional. “Queríamos oferecer uma ferramenta para auxiliar gestores, professores, psicólogos. Se uma escola receber um aluno com dislexia, por exemplo, os educadores podem consultar os últimos artigos sobre o assunto ou algum grupo de pesquisa que trabalhe com o tema para poderem se atualizar através da plataforma”, explica.

Desde então, o app esteve presente em eventos e Robson ministrou capacitações. A iniciativa também ficou entre as finalistas do edital Centelha de fomento, realizado em uma parceria entre Fapergs e Fapesp, que tem como objetivo dar um impulso inicial para startups.

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar para receber um link. A partir desse endereço, a pessoa poderá acessar informações gerais, o cadastro de solucionadores ou o cadastro de instituições que precisam de soluções, dependendo do usuário. Cada perfil recebe informações e notificações personalizadas.

Assistente virtual conecta demandas com soluções

Para poder fazer a conexão entre demandas e soluções, Robson recorreu à inteligência artificial, através da Helena, assistente virtual do IncluiTec. Ela reúne as solicitações e, dentro de seu banco de dados, procura as opções de resolução disponíveis. A plataforma oferece informação e apoio sobre diversidade e inclusão, com foco em PCDs, imigrantes, LGBTQI+, pessoas com Down, autismo, entre outros; consultoria online; análise e desenvolvimento de censo de Recursos Humanos para empresas, com encaminhamento e acompanhamento de pessoal; palestras, cursos e oficinas de sensibilização; entre outros serviços.

O conceito utilizado é o modelo social de inclusão, aprendido nas aulas do professor Alexandre, que é mais amplo que o modelo médico. “Esse modelo não entende inclusão nas escolas como integrando apenas os estudantes com necessidades especiais. Ele considera, questões de gênero e sexualidade, racismo e questões sociais”, explica o docente. Até o momento, mais de 400 pessoas já foram atendidas de maneira direta pelo app.

Atualmente, a equipe do IncluiTec é composta por Robson, Eduarda (já formada em Psicologia) e a estudante de Publicidade e Propaganda, Mariana Ruiz. Para esse ano, uma das metas é desenvolver ainda mais a plataforma, contando com o apoio da Agência Experimental de Engenharia de Software (Ages) da PUCRS, além da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e do Idear. Além disso, o estudante conta que pretende participar mais de feiras, divulgar mais a plataforma, cadastrar mais pessoas e captar recursos. “Nosso lema é unir pessoas e construir soluções”, destaca.

Primeiras demandas surgiram na fase experimental

Uma das ações oferecidas pelo IncluiTec são oficinas e palestras sobre os mais diversos assuntos relacionados à inclusão e diversidade. Ainda em 2018, quando a plataforma estava em fase experimental, Robson recebeu uma demanda: desenvolver uma atividade que trabalhasse os temas violência de gênero, bullying na escola e empoderamento feminino com meninas de 15 anos atendidas pela ONG Suve (Sociedade União Vila dos Eucaliptos), localizada no bairro Mario Quintana.

Ilson Renato Marques, presidente da Suve, conta que conheceu Robson durante o 1º Hackathon Social de Porto Alegre, realizado pela Prefeitura Municipal. O evento tinha como proposta encontrar soluções para a prevenção da violência contra a mulher, diversidade sexual e identidade de gênero e, para isso, contou com o apoio da Aliança pela Inovação, da qual a PUCRS faz parte. “Na ocasião, apresentamos o projeto, pedimos apoio e logo nasceu a parceria”, conta.

Uma parceria entre IncluiTec e Suve pelo empoderamento

A Suve realiza um projeto com meninas da comunidade, trabalhando questões relacionadas ao empoderamento feminino e promovendo, anualmente, um baile de debutantes, que chegará a sua 10ª edição em 2020. Para a oficina solicitada via IncluiTec, Robson contou com o apoio do Grupev e a supervisão do professor Alexandre. “Durante a atividade, as participantes confeccionaram uma cartilha com contatos de emergência e dicas para denunciar a violência contra a mulher”, relata Robson. Segundo ele, as meninas saíram da oficina com a missão de ser multiplicadoras em suas escolas. “Além disso, foi a primeira vez em que estiveram em uma universidade. Elas ficaram maravilhadas e motivadas para estudarem e, um dia, voltarem como alunas”, conclui.

Para Ilson Renato, através desse projeto, é possível mostrar outras perspectivas a essas jovens: “Neste ano, queremos ir ainda mais longe, e certamente esperamos fazer outras parcerias através do IncluiTec”. O baile de debutantes acontece sempre na Semana do Bairro Mario Quintana, de 14 a 22 de dezembro, e a organização começa em maio. Além dessa iniciativa, a Suve, fundada há mais de 30 anos, realiza outros projetos via governo federal e estadual, e conta com uma escola municipal de educação infantil.

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