Arte do programa. Imagem de fundo sólido cinza, com bara amarela no canto inferior. Globo branco no canto superior direito. Ao centro, escrito PUCRS PrintO Projeto Institucional de Internacionalização PUCRS-PrInt está com novas chamadas abertas para diferentes modalidades de bolsas, do Brasil para o exterior e do exterior para o Brasil. Essas bolsas são destinadas a professores e alunos, vinculados aos programas de Pós-Graduação (PPGs) da PUCRS, ou professores e pesquisadores vinculados a instituições estrangeiras. As saídas estão programadas para o período entre agosto e dezembro de 2019 e as inscrições se encerram no dia 28 de abril de 2019.

A iniciativa tem como objetivo, a partir de recursos obtidos no Edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) 41/2017, ampliar a internacionalização dos PPGs, colocando a Pós-Graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) nos mais elevados patamares de qualidade fazendo da PUCRS uma Universidade de classe mundial.

Os editais de seleção estão disponíveis neste link e oferecem oportunidades para as seguintes modalidades de bolsas:

Do Brasil para o exterior:

Do exterior para o Brasil:

Além disso, os editais também disponibilizam auxílios financeiros para a realização de missões de trabalho no exterior, destinados a professores vinculados aos PPGs da PUCRS. Informações adicionais podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected].

Estresse Acadêmico, Palestra, Escola de Medicina

Foto: Gilson Oliveira/Arquivo PUCRS

Uma pesquisa sobre estresse na vida acadêmica está selecionando voluntários entre os estudantes de graduação da PUCRS. O estudo é realizado pelo grupo de Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitivo e Comportamental, coordenado pela professora Margareth Oliveira, da Escola de Ciências da Saúde da PUCRS. As inscrições podem ser feitas até 15 de abril, pelo e-mail [email protected].

Os participantes precisarão comparecer a oito encontros em grupo, com duração de duas horas, por dois meses, e responderão questionários de avaliação online. A dinâmica será no formato de aulas teórico vivenciais, trabalhando estratégias para lidar com o estresse. Segundo Renata Zancan, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e coordenadora da pesquisa, serão utilizadas estratégias para lidar com pensamentos e emoções desconfortáveis e com o manejo em situações estressantes.

Interessados em participar do estudo devem indicar, no momento da inscrição, os seus dias e horários de preferência. Os encontros acontecerão em três momentos: segundas-feiras, das 14h às 16h, e nas terças-feiras, das 11h30min às 13h30min e das 14h às 16h.

Imagem adolescente triste

Foto: Piaxabay / sasint

Os impactos da violência no aprendizado e no desenvolvimento do cérebro de jovens brasileiros. Este é o conteúdo da pesquisa conduzida por Augusto Buchweitz, professor da Escola de Ciências da Saúde da PUCRS e pesquisador Instituto do Cérebro do RS (InsCer), e equipe, que faz parte do projeto VIVA – Vida e Violência na Adolescência. É a primeira vez que um estudo de neuroimagem analisa como a violência afeta o cérebro de adolescentes latino-americanos. Essa pesquisa foi publicada na revista científica internacional Developmental Science.

Para entender os impactos associados com a violência no funcionamento do cérebro de adolescentes, foram feitos convites e triagens em escolas em Porto Alegre, algumas das quais se situam em bairros com os maiores índices de violência e vulnerabilidade. Aplicou-se o Questionário de Vitimização de Adolescentes (JVQ – Juvenile Victimization Questionnaire, na sigla em inglês) e selecionaram-se estudantes para participarem das etapas seguintes do projeto no InsCer. Na Instituição, obtiveram-se amostras de cabelo, para medir o nível de cortisol (hormônio do estresse). Também foram realizados exames de ressonância magnética funcional em uma tarefa que investiga a percepção social: pares de olhos são mostrados durante o exame, e os adolescentes tinham de decidir o estado mental daquela pessoa na foto (feliz, triste e cansada).  Os resultados obtidos indicam que:

A adolescência é um período da vida em que se está extremamente suscetível ao meio. O estudo sugere que a violência pode estar afetando a cognição social dos adolescentes. “Cognição social envolve várias sub-habilidades importantes para a convivência, como a empatia. O que o estudo sugere é que as redes neurais que fazem esta percepção social estão menos ativadas nos adolescentes mais expostos à violência”, afirma Buchweitz.

“Não se pode dizer se isso vai ter efeitos futuros, mas estudos mostram que este tipo de funcionamento atípico pode aumentar o risco para transtornos de humor, por exemplo”, complementa o pesquisador.

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Foto: Camila Cunha

Nas últimas duas décadas, o Brasil apresentou um novo ciclo de expansão da rede de ensino superior, além de iniciativas e políticas públicas visando a redução das desigualdades de acesso. A taxa líquida de matrículas neste nível de ensino, que, em 1995, era de 5,8%, em 2015, chegou a 18,1%. Segundo o estudo, a origem social dos jovens, apesar de ainda exercer forte efeito sobre as chances de ingresso no ensino superior no país, teve sua relevância reduzida nas últimas décadas. Estes são uns dos apontamentos desenvolvidos por pesquisadores do Centro Brasileiro de Pesquisas em Democracia (CBPD-PUCRS), coordenado pelo professor do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade, André Salata. O estudo completo, que foi realizado em parceria com a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), pode ser visto neste link, além do material de divulgação.

A pesquisa teve como objetivo analisar o processo de expansão e, também, da ação de políticas públicas para identificar uma redução das desigualdades de acesso ao ensino superior no país. Especificamente, estudou os efeitos da classe de origem sobre as chances de acesso a este nível de ensino, assim como sobre a qualidade deste acesso, se por meio da rede pública ou privada, nos últimos anos. Para isso, foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD-IBGE) para os anos de 1995, 2005 e 2015, que foram analisados por meio modelos estatísticos multivariados.

Conforme aponta a pesquisa, tomando como referência o período 1995 a 2015, os pesquisadores verificaram que a expansão foi acompanhada da democratização do acesso, sendo que a principal barreira ainda se encontra na conclusão dos níveis precedentes de ensino. “Houve uma acentuada redução do efeito de classe sobre a chance de alcançar o ensino superior, que parece estar mais atrelada à democratização do aceso aos níveis anteriores de ensino do que ao ensino superior em si mesmo. À diminuição das desigualdades de acesso, se contrapõe uma possível elevação das desigualdades horizontais dentro do próprio ensino superior, em especial no que se refere à segmentação entre instituições públicas e privadas”, frisa Salata.

 

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Foto: Camila Cunha

Qualificação e mercado de trabalho

O ingresso e conclusão do ensino superior se consolidou, nas últimas décadas, como um dos principais meios os quais os estratos mais elevados da sociedade brasileira garantem o acesso, ao indivíduo e aos seus filhos, às posições sociais mais valorizadas e bem remuneradas.

“O prêmio obtido no mercado de trabalho por aqueles que possuem ensino superior completo se mostra de grande magnitude, e presta importante contribuição para a explicação das enormes desigualdades de rendimento no país. Assim, conseguir ou não ter acesso ao ensino superior é, no Brasil, um elemento marcante no processo de reprodução das desigualdades”, destaca o professor.

 

Forma de análise da pesquisa

O estudo selecionou apenas jovens entre 18 a 24 anos (idade esperada parar cursar o ensino Superior) e relacionou, por meio de modelos estatísticos, a origem social dos jovens com as chances de acesso ao Ensino Superior. A origem social dos mesmos foi mensurada considerando as informações ocupacionais do chefe do domicílio onde residia, classificada em categorias acesso ao ensino superior. Estas foram separadas por: Proprietários empregadores, administradores e profissionais de nível superior (Profissionais, Administradores e Gerentes e Proprietários Empregadores); Empregadores e Trabalhadores (Empregados não-manuais de rotina, Trabalhadores conta-própria, Manuais Qualificados e Manuais Não-Qualificados) e Rurais (Empregadores e Trabalhadores).

 

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Foto: Camila Cunha

Chances de acesso ao estudo

Para facilitar a leitura dos resultados obtidos por meio dos modelos estatísticos, os pesquisadores elaboraram comparações de casos hipotéticos.

Rodrigo e Pedro são dois jovens, ambos têm idade entre 18 e 24 anos, moram na mesma região geográfica, em uma cidade com porte similar e em famílias com estrutura semelhante. Enquanto Rodrigo é filho de profissionais, Pedro é filho de trabalhadores manuais. Confira os resultados:

 

Redução das desigualdades

Ana e Marcela são duas jovens com idades entre 18 e 24 anos, moram na mesma região geográfica, em uma cidade com porte similar e em famílias com estrutura semelhante. Ambas concluíram o ensino médio. Ana é filha de Proprietários Empregadores, Marcela é filha de Trabalhadores Manuais Não Qualificados. Como tanto Ana quanto Marcela concluíram o ensino médio, tratamos aqui somente da barreira que separa o ensino médio do superior. Veja:

 

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Foto: Camila Cunha

Barreira que separa o ensino médio do superior

No caso de Paulo e Gustavo, ambos têm idade entre 18 e 24 anos, moram na mesma região geográfica, em uma cidade com porte similar e em famílias com estrutura semelhante. Ambos ingressaram no ensino superior. Confira:

 

Conclusões gerais

“Seja considerando especificamente a passagem do ensino médio ao superior na última década, ou então a relação não condicional entre origem social e ingresso no ensino superior, podemos afirmar que a sociedade brasileira se tornou mais fluída e democrática”, enfatiza Salata. Ainda, segundo o professor, é preciso considerar que o peso da origem social sobre as chances de os jovens ingressarem no ensino superior (condicional ou não à conclusão do ensino médio) ainda é muito marcante. Jovens provenientes de famílias de classes mais altas, com maior acúmulo de capital econômico e, principalmente, cultural, ainda hoje possuem chances muito mais altas de atingir aquele nível de ensino do que jovens de classes trabalhadoras.

Portanto, os resultados alcançados tornam evidente um cenário onde padrões positivos e negativos se entrelaçam. Os efeitos ainda muito relevantes e agudos da origem social para o acesso ao ensino superior – condicional ou não à conclusão do ensino médio -, foram reduzidos nos últimos anos. Entretanto, é possível que essas desigualdades verticais venham a somar-se, cada vez mais, desigualdades horizontais dentro do sistema de ensino, sobre o tipo ou a qualidade daquele acesso. “Não obstante, em relação ao acesso ao ensino superior, a sociedade brasileira de hoje se mostra mais democrática e aberta que aquela de duas décadas atrás, apesar das enormes desigualdades que ainda persistem”, ressalva.

Pesquisadores Maria Martha Campos, André Arigony Souto, Filipe D’Jacques e Rodrigo Braccini, vestindo jaleco em um laboratório da PUCRS

Maria Martha Campos (E), André Arigony Souto, Filipe D’Jacques e Rodrigo Braccini / Foto: Camila Cunha

Digite resveratrol no Google e surgirão em torno de 7 milhões de resultados. A molécula encontrada na uva preta é altamente consumida como suplemento alimentar por seu efeito antioxidante, agindo contra os radicais livres, que provocam danos nas células e ativam o processo inflamatório. Isso é o que acontece em geral com animais de apartamento, cujos donos não têm tempo de leva-los para passear (e gastar calorias).

Para prevenir doenças decorrentes da obesidade ou tratá-las, uma empresa acaba de licenciar uma tecnologia da PUCRS protegida por patente (concedida nos EUA) que combina o resveratrol com óleo de arroz. A novidade pode chegar ao mercado pet em dois anos.

Leia a matéria completa na Edição 188 da Revista PUCRS.

 

2018_12_26-predio_15A PUCRS implementou inúmeras iniciativas em todas as suas áreas de atuação em 2018. Na Graduação, Pós-Graduação e Pesquisa destacam-se a implementação das oito Escolas, novo modelo de ensino-aprendizagem com o complexo de inovação pedagógica que está sendo construído no prédio 15, novas certificações de estudos, eventos internacionais como o 10º Congresso Ibero-americano de Docência Universitária (CIDU) e o  5° Encontro Brasileiro de Integridade da Pesquisa e Ética na Ciência e Publicação (Brispe) e a conquista do edital Programa Institucional de Internacionalização (Capes/PrInt).

A trajetória acadêmica aberta, parte do Movimento PUCRS 360°, se concretizou na Graduação com o lançamento de 22 certificações de estudos. As certificações podem ser construídas por diversos cursos, com um caráter essencialmente interdisciplinar, oportunizando a discussão de diferentes pontos de vista sobre o conhecimento. Dessa forma, dão autonomia aos estudantes e os estimulam a buscar uma formação complementar.

A interdisciplinaridade ganhou impulso com a reorganização das 22 Faculdades e seus cursos sendo distribuídos em oito Escolas, aproximando as áreas do conhecimento e conectando-as.  O novo modelo de organização, implementado em 2018, foi desenvolvido ao longo de quatro anos. Entre os benefícios do formato, estão mais oportunidades de formação, autonomia para o estudante trilhar seu caminho formativo e mais eficiência na gestão. As novas unidades acadêmicas são Escola de Ciências, Escola de Ciências da Saúde, Escola de Comunicação, Artes e Design, Escola de Direito, Escola de Humanidades, Escola de Medicina, Escola de Negócios e Escola Politécnica.

Outra grande aposta da Universidade na inovação pedagógica está sendo materializada no novo prédio 15. Em fase de finalização das obras de remodelação, será um complexo para experimentar novas metodologias de ensino-aprendizagem e proporcionar ambientes de lazer e descanso. A transformação faz parte do movimento PUCRS 360º, inserida nos eixos Campus Repensado e Aprender Diferente. Todos os mobiliários são escolhidos para favorecer a aplicação de opções pedagógicas inovadoras. Baseados no conceito de aprendizagem ativa, climatizadas, com sistema integrado de multimídia (projeção e sonorização), as salas de aula são flexíveis, com alta conectividade e preparadas para facilitar o engajamento. Permitem o trabalho individual e em grupos.

Pós-Graduação

capes printNa Pós-Graduação, o grande destaque fica com a conquista do Capes/PrInt, contemplando projetos de pesquisa que receberão aporte financeiro do governo federal. Segundo a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Carla Bonan, “a aprovação representa um marco para a internacionalização da PUCRS, com o desenvolvimento de temas prioritários nas áreas de pesquisa e pós-graduação e consolidação de parcerias estratégicas internacionais”.

PESQUISA

Ligada a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, a Editora da PUCRS (Edipucrs) completou 30 anos de atuação em 2018 e lançou sua nova marca com o conceito Chegou a hora de virar a página. A mudança resgata a sua essência, dando ênfase às ideias de pluralidade, conexão e transformação. Outra ação foi a estreia da nova linha editorial, com publicações em formato compacto e design moderno, textos superinformativos e fluidos acerca de temas contemporâneos, escritos por especialistas de diversas áreas.

Honoris Causa, Miguel Zabalza, X CIDU

Reitor entrega título Honoris Causa a Zabalza | Foto: Bruno Todeschini

Com o tema central O envolvimento estudantil na Educação Superior, o CIDU foi realizado pela primeira vez no Brasil, após ter passado por países como Chile, México, Peru e Argentina. O evento promoveu um espaço internacional e interdisciplinar de intercâmbio de ideias e experiências sobre universidade e docência de qualidade. A conferência de encerramento teve como protagonista o agraciado com o título de Doutor Honoris Causa, professor Miguel Zabalza, da Universidade Santiago de Compostela (Espanha).

Outro evento que marcou a área da pesquisa foi o Brispe, reuniu pesquisadores e estudantes de diferentes áreas para debater Integridade da Pesquisa e Confiabilidade do Registro de Pesquisa: O Papel dos Programas de Pós-Graduação. O evento contou com participação da Center for Open Science, organização norte-americana de tecnologia sem fins lucrativos que tem a missão de aumentar a abertura, a integridade e a reprodutibilidade da pesquisa científica.

V BRISPE

Pró-reitora da Propesq, Carla Bonan, na abertura do evento
Foto: Bruno Todeschini

O 5° Encontro Brasileiro de Integridade da Pesquisa e Ética na Ciência e Publicação (Brispe) reuniu pesquisadores e estudantes de diferentes áreas nesta quinta e sexta-feira, nos dias 25 e 26 de outubro. Esta edição o evento, organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), teve como tema Integridade da Pesquisa e Confiabilidade do Registro de Pesquisa: O Papel dos Programas de Pós-Graduação.

Na cerimônia de abertura, o reitor Ir. Evilázio Teixeira destacou a relevância da temática do encontro. “Seja pelas discussões acerca dos recursos para pesquisa no Brasil, a manutenção dos PPG nas Universidades, a relevância da produção científica brasileira, como também, em termos de falta de credibilidade da informação, a importância da integridade, confiabilidade e ética é latente”, destaca. Para o reitor, talvez como nunca hoje, a relevância da pesquisa e do papel da Universidade serão avaliados pela capacidade em dar respostas concretas aos grandes problemas que afetam a sociedade.

A pró-reitora da Propesq e presidente da organização do 5º Brispe, Carla Bonan, reafirmou o compromisso com a qualidade das pesquisas desenvolvidas na PUCRS e com a necessidade de adequar as práticas à complexidade que a pesquisa vem assumindo nos últimos anos. Para a pesquisadora, depois da PUCRS sediar o 2ª Brispe, ser palco da quinta edição do evento é motivo de comemoração. “É muito significativo, nos nossos 70 anos, sediar o 5º Brispe, especialmente em um ano em que se busca fortalecer e aprimorar a confiabilidade da ciência brasileira em todos os campos, envolvendo nossos estudantes de pós-graduação, seus orientadores e mentores”, completa.

 

V BRISPE, Courtney Soderberg

Courtney Soderberg, do Center for Open Science
Foto: Bruno Todeschini

Abertura, integridade e reprodutibilidade na pesquisa

A conferência Medidas práticas para incrementar a transparência e reprodutibilidade das pesquisas, foi apresentada por Courtney Soderberg, do Center for Open Science (Estados Unidos), organização de tecnologia sem fins lucrativos que tem a missão de aumentar a abertura, a integridade e a reprodutibilidade da pesquisa científica.

No encontro, Courtney chamou a atenção para o aumento gradual de pesquisas imprecisas em diferentes campos e áreas do conhecimento. De acordo com ela, existe uma dificuldade geral na reprodução de resultados de pesquisas realizadas em diferentes áreas de concentração.

Com um longo ciclo entre o início de uma pesquisa até sua publicação, muitas informações acabam se perdendo, até mesmo para o próprio pesquisador. “E por que devemos nos importar com essa dificuldade de reprodutibilidade que estamos vivenciando? Porque isso atrasa a ciência, dificulta a construção de novos trabalhos em cima de outras pesquisas e recursos são gastos desnecessariamente”, aponta.

 

Boas práticas em evidência

Como alternativas para melhorar a transparência da pesquisa, a norte-americana trouxe orientações que vão desde pequenas ações de organização no dia a dia até mudanças estruturais nas análises. Entre os passos práticos, apresentou os benefícios da criação de uma estrutura de trabalho e as vantagens de fazer um planejamento de gestão de pesquisa, que podem apostar em checklists, formulários ou sistemas específicos para a organização e armazenamento de dados.

Além disso, Courtney abordou os pré-registros da pesquisa, que englobam o que o pesquisador pretende estudar e a metodologia escolhida. Isso permite que outros pesquisadores possam visualizar onde há trabalhos em curso sobre a temática de interesse, contribuindo inclusive para pesquisas em cooperação.

Por fim, a pesquisadora abordou a importância do registro cuidadoso dos dados das análises para posterior reprodução ou continuidade da pesquisa e chamou a atenção sobre as vantagens do compartilhamento de dados e análises como uma estratégia contínua de aprimoramento.

Ainda que nem todas as suas sugestões possam ser colocadas em prática em todos os tipos de estudos, a conferencista reafirmou a importância de pequenas mudanças na rotina da pesquisadora como valiosas para a ciência como um todo. “Pequenas mudanças de organização e abertura, reuniões de equipe e melhorias em alguns procedimentos metodológicos podem fazer a diferença na transparência e reprodutibilidade de resultados”, finaliza.

Confira a galeria de fotos:

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Foto: Shutterstock/ArtisticPhoto

Está no ar o novo portal PUCRS Internacional, um espaço voltado à comunidade PUCRS, que busca divulgar as inúmeras ações de internacionalização realizadas na Universidade. Com o objetivo de promover boas práticas, o website concentra temáticas transversais relevantes para o fortalecimento da relação acadêmico-institucional entre os diversos setores da universidade.

Para a assessora-chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, Heloísa Delgado, este espaço contribui para a valorização de importantes contribuições feitas por nossos pesquisadores e representa um passo fundamental para a promoção da visibilidade da instituição no país e, em breve, no mundo, visto que muitos dos conteúdos serão veiculados também em inglês e espanhol.

No portal, informações sobre pesquisas internacionais, convênios com instituições estrangeiras, mobilidade acadêmica e experiências internacionais dividem espaço com novidades e eventos que fomentam a internacionalização. Saiba mais sobre as editorias:

Pesquisas internacionais

No PUCRS Internacional você encontrará pesquisas de cooperação internacional nos cinco temas prioritários:

Além de conhecer as pesquisas em curso realizadas na PUCRS, pesquisadores são convidados a enviar informações sobre seus projetos para compor a relação de trabalhos no portal.

Convênios internacionais

Um ponto chave para o processo de internacionalização da PUCRS é o estabelecimento de parcerias com instituições de outros países. No portal, você encontra a relação de convênios internacionais da Universidade, bem como todas as orientações e documentação para a solicitação de convênio com instituições do exterior.

Mobilidade acadêmica

Informações sobre mobilidade acadêmica também estarão concentradas no PUCRS Internacional. Além de orientações sobre os editais de Acordos Bilaterais – onde os estudantes estão isentos de taxas escolares na universidade de destino –, existe ainda informações sobre bolsas de estudo, documentação necessária para participar dos editais e Programa Amigo Universitário, que envolve o acolhimento de estrangeiros na Universidade.

PUCRS pelo mundo

Descubra onde professores, pesquisadores e alunos estão internacionalizando suas carreiras no blog PUCRS Pelo Mundo. Este espaço está reservado para compartilhar relatos de experiências, aprendizados e dicas sobre intercâmbio acadêmico, eventos no exterior e viagens de estudos.

Boas práticas, novas iniciativas, eventos e novidades estarão centralizados como forma de valorização e incentivo para a construção de uma comunidade internacionalizada. Para divulgar seu trabalho de cooperação internacional ou temática relacionada à internacionalização, envie um e-mail para [email protected].

Estátua, Justiça, Lei, DireitoReconhecido nacional e internacionalmente, o Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS mantém sua posição entre os oito melhores programas da área no Brasil, atingindo o conceito 6 na Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) de 2017. Destacado pela sua inserção internacional, impacto regional e nacional na formação de docentes e com teses premiadas, o programa está com inscrições abertas até de 19 outubro. Para o mestrado, são oferecidas 25 vagas para titulares e duas para suplentes. Para o doutorado, são dez vagas para titulares e duas para suplentes.

Fundado em 1988, com o curso de mestrado, e posteriormente com o curso de doutorado em 2001, o Programa tem duas áreas de concentração: Fundamentos Constitucionais do Direito Público e do Direito Privado e Teoria Geral da Jurisdição e Processo.  Nesses 30 anos de experiência, acumula o maior número de prêmios no Direito concedidos pela Capes, que escolhe a cada ano as duas melhores teses das diferentes áreas de todo o Brasil. Além de um Prêmio Capes de Tese e uma menção honrosa, o PPG é o único na área a ter conquistado um Grande Prêmio Capes de Tese, na categoria de Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes e Ciências Sociais Aplicadas e Multidisciplinar, com o trabalho de Amanda Travincas, em 2017.

Inserção internacional

De acordo com o coordenador Ingo Sarlet, a inserção internacional é um dos principais diferenciais.  Além de ter muitas parcerias, tanto convênios formais quanto relações efetivas dos próprios professores, no desenvolvimento de projetos de pesquisa, eventos e publicações conjuntas, é recorrente a vinda de profissionais estrangeiros, assim como de outras regiões do Brasil, para a realização de cursos, seminários, palestras, aulas e bancas. “Isso significa não apenas um mecanismo de internacionalização do Programa, mas também a oxigenação do debate interno sobre os temas caros aos seus professores. Assim, os alunos têm acesso a muita informação e a profissionais de peso na área”, explica o docente. Entre os países com trocas recorrentes estão Alemanha, Espanha, Itália, França e Portugal, na Europa, e Peru, Chile, Colômbia e Argentina, na América Latina.

Há também um forte intercâmbio de alunos em doutorado sanduíche no exterior, principalmente nos Estados Unidos, França, Alemanha, Portugal e Espanha. Desde 2001, os doutorandos têm a oportunidade de aprofundar sua pesquisa, a ser defendida no Brasil. “Nós temos tanto discentes de doutorado que vão com o sistema formal da Capes com bolsa, como outros que vão com recursos próprios, com liberação do seu trabalho, mantendo a remuneração, e ficam um período maior ou menor fora”, informa o coordenador. O curso oferece também algo que poucos programas em Direito têm no país: regimes de cotutela, que disponibilizam diplomas em dupla titulação. No Programa, esse acordo já foi estabelecido com Universidade de Sevilha, e mais recentemente, com a Universidade de Zaragoza, ambas da Espanha.

Contribuição Nacional

Justiça

Foto: Arquivo – Ascom/PUCRS

A excelência do Programa atrai discentes de todo o Brasil, principalmente doutorandos e pedidos de pós-doutorado. Entre os estudantes atuais e egressos estão 15 alunos, vindos de Salvador, Maranhão, Santa Catarina, Curitiba, Brasília, São Paulo, Piauí, Pará e Espanha, e outros 12 alunos de Maceió na modalidade Doutorado Interinstitucional (Dinter), caracterizada por formar mestres e doutores do quadro permanente de docentes de instituições distantes dos grandes centros de ensino e pesquisa, de modo a diminuir as assimetrias entre regiões. Com um mínimo de 6 meses de duração, todos os 25 pedidos de estágio pós-doutoral que o Programa recebeu foram aprovados.  Dessa forma, tem papel significativo na formação de professores e pesquisadores, com dezenas de titulados atuando em PPGs em Direito no Rio Grande do Sul e em outros estados da federação.

Perfil do aluno

De acordo com Sarlet, o perfil de aluno é muito heterogêneo. No doutorado, predominam os alunos que já atuam profissionalmente, e, no mestrado, cresce o número daqueles focados apenas na pesquisa acadêmica. “Temos alunos de todas as carreiras jurídicas, como advogados, juízes federais e estaduais, juízes do trabalho, procuradores, desembargadores, etc. Na maioria são pessoas atuantes e até mesmo com destaque em suas áreas”, afirma o coordenador.

SAIBA MAIS
Inscrições até 19 de outubro
Teses defendidas
67
Dissertações defendidas
488
Professores doutores e pós-doutores titulados no exterior
9 doutores
8 pós-doutores
Alunos de fora do Estado
Alunos vindos do Salvador, Maranhão, Santa Catarina, Curitiba, Brasília, São Paulo, Piauí, Pará e Maceió
Alunos de fora do País
Alunos da Espanha
Alunos em estágio pós-doutoral
25
Bolsas de estudo
35 CAPES (mestrado e doutorado)
2 CNPQ (mestrado)
Valor da bolsa integral Capes/CNPq
Mestrado: R$ 1.500
Doutorado: R$ 2.200
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Foto: Di Sailko-Opera propria/Wikipedia

As conexões interinstitucionais são essenciais para o contínuo trabalho de internacionalização da Universidade. Em 2018, uma nova parceria foi oficializada com a Universidade de Milão (Itália) por meio de convênio de cooperação internacional. Os movimentos de aproximação existiam desde 2014, quando o diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG), Newton Luiz Terra, esteve na metrópole europeia e posteriormente recebeu o docente italiano Maurizio Popoli para o Simpósio Internacional de Geriatria.

Com pesquisas com temas relacionados ao envelhecimento humano, o interesse em trabalhos em conjunto só aumentou. A visita da professora da Escola de Medicina e coordenadora de pesquisa experimental do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Denise Cantarelli Machado, em especial, marcou o fim da tramitação do convênio, oficializando as intenções de trabalho em conjunto das duas instituições.

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Foto: Marco Varisco/Wikipedia

Entre as pesquisas em curso na parceria entre PUCRS e Universidade de Milão está o projeto MicroRNAs in frailty-associated cognitive impairment (MATCH-In), coordenado por Popoli. Os pesquisadores envolvidos acreditam que a detecção de possíveis marcadores de fragilidade em indivíduos idosos com déficit cognitivo permitirá uma intervenção precoce, pois a presença de comprometimento cognitivo em pessoas com fragilidade está, de fato, entre os mais importantes contribuintes para a transição para demência e mortalidade. A PUCRS é a única universidade fora da Europa a compor o grupo de instituições participantes.

Além de projetos de pesquisa, o convênio também visa intensificar a mobilidade discente e docente, oportunizando que doutorandos façam seu período sanduíche na universidade italiana. Carina Zuppa, doutora em Gerontologia Biomédica e orientanda de Denise, foi uma das estudantes que teve a oportunidade de atuar um ano nos laboratórios da instituição milanesa entre 2017 e 2018.

Além disso, o projeto em cooperação com a universidade italiana deve compor o Programa Institucional de Internacionalização da Capes (Capes/PrInt), intensificando essa iniciativa na PUCRS. “Esperamos que este contrato inédito possa colaborar para que os idosos dos nossos países consigam um envelhecimento autônomo, independente, saudável, participativo, seguro e produtivo”, comenta Terra.