Pesquisa sobre superbactériaA partir desta semana a PUCRS passa a integrar a Rede-IES, criada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com o objetivo de construir conexões para uso e compartilhamento de dados sobre a pós-graduação brasileira. Outras 12 instituições de ensino superior (IES) participam do projeto-piloto, que vai estruturar procedimentos para criar uma rede de informações acadêmicas.

O compartilhamento permitirá o estabelecimento de cinco níveis – política pública, organizacional, legal, semântico e técnico – para a integração conjunta com as instituições. O projeto soma-se aos esforços da CAPES e à demanda de pesquisadores para diminuir o preenchimento de informações repetidas em diversos sistemas.

Para a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação Carla Bonan, a criação da Rede-IES será muito importante para facilitar a integração de informações entre as Instituições de Ensino Superior e a CAPES. “Portanto, a participação da PUCRS no projeto poderá trazer contribuições importantes para que estes processos se desenvolvam com eficiência, considerando a qualidade da pesquisa e dos nossos programas de pós-graduação”, completa.

A concretização do Rede-IES deve ajudar em processos internos de avaliação, coleta de dados e concessão de fomentos. O projeto deve resultar na criação de padrões e gramáticas da Rede a serem compartilhadas entre os participantes.

Participantes da Rede-IES

Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
Universidade de Pernambuco (UPE)
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Universidade Presbiteriana Mackenzie, Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

MeD 2020-2 - Portal_Notícia Em meio à pandemia, mais do que nunca, o trabalho incansável de pesquisadores e professores se torna essencial. Os esforços da ciência se refletem nos avanços da sociedade e impactam a vida da população. Para fazer parte deste movimento em busca de soluções para o futuro, 10 cursos de mestrado e doutorado da PUCRS estão com inscrições abertas até o dia 19 de junho para os interessados em ingressar ainda em 2020. Neste edital, a entrega da documentação será feita online.

Com a melhor pós-graduação do Brasil, de acordo com a média nacional na Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a PUCRS conta com programas reconhecidos nacionalmente e internacionalmente. Tenha contato com temas inovadores e de grande impacto social, com disciplinas constantemente atualizadas e uma estrutura completa de estudo e pesquisa.

Conheça os cursos com vagas para início em 2020/2

Para conferir os detalhes do ingresso de cada programa, confira o edital na página do curso.

Créditos e bolsas

Os ingressantes de Mestrado e Doutorado têm a possibilidade de concorrer a bolsas de estudo de agências governamentais (CAPES e CNPq) ou bolsas  oriundas de projetos de pesquisa com empresas parceiras para realização do curso. Algumas modalidades de bolsas permitem aos alunos exercerem dedicação em tempo integral aos seus estudos.

Para novos ingressantes que não receberem bolsas, existe a possibilidade de obtenção de crédito educativo pelo Programa de Crédito Educativo da PUCRS (Credpuc), que oferece um auxílio de 50% dos valores das parcelas educacionais, as quais serão reembolsadas após o término do curso, pelo mesmo período de utilização.

Além disso, estudantes que queiram internacionalizar a sua formação poderão ainda aproveitar as oportunidades do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt), que oferece bolsas de doutorado sanduíche no exterior e outras possibilidades de mobilidade discente durante o curso. Saiba mais sobre o programa clicando aqui.

Estudo avalia “práticas corretivas” da Psicologia em relação à orientação sexual - No Dia Mundial de Combate à LGBTfobia, confira as respostas de profissionais analisadas por pesquisador da PUCRS

Foto: Shutter Stock

Muitos profissionais da Psicologia, principalmente no Brasil, ainda consideram a homossexualidade um transtorno mental ou um desvio do que seria considerado o “normal” socialmente. Com a evolução de estudos sobre o tema, o principal resultado obtido foi a ausência de evidências empíricas para esse tipo de abordagem. Angelo Brandelli, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenador do Grupo de pesquisa sobre preconceito, vulnerabilidade e processos psicossociais da PUCRS, coordenou uma pesquisa inédita no Brasil sobre esse tema.

“De acordo com a literatura, esses profissionais frequentemente praticam intervenções que visam mudar ou reparar a homossexualidade”, explica o artigo publicado. O estudo avaliou as atitudes corretivas (AC) dos profissionais da Psicologia em relação a pacientes lésbicas, gays e bissexuais (LGB), através de um questionário online.

A análise mostrou que 29,48% dos(as) profissionais aplicam AC quando solicitado pelo(a) paciente, e 12,43% quando não, o que agravaria a situação. Ao todo, foram 692 psicólogos registrados que participaram da pesquisa.

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Vieses inconscientes e imaginário social

As investigações demonstraram que os preconceitos mais identificados nos depoimentos, para justificar a aplicação de atitudes corretivas, foram:

Como discutir sobre orientação e sexualidade

A aplicação adequada de intervenções psicológicas com a população LGB deveria se dar por meio de aceitação, apoio e o desenvolvimento da identidade sexual, destaca um trecho da pesquisa.

Pessoas que se identificam como LGB apresentam maior sofrimento psíquico e maior procura por serviços de saúde mental. Historicamente, essa evidência foi apontada como indicativo de um estado psicopatológico ligado à essas variações da sexualidade. No entanto, hoje se sabe que a piora na saúde mental destes grupos se deve a uma maior exposição, violência e discriminação por parte da sociedade.

“As variações na orientação sexual devem ser encaradas com normalidade. Sejam nos seres humanos ou nas demais espécies animais. Homossexualidade e bissexualidade são manifestações perfeitamente saudáveis da vida humana. O que deve ser curado, e ainda precisamos avançar muito na busca por este remédio, é o preconceito”, explica Brandelli.

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O que a lei diz sobre as “práticas corretivas”

Estudo avalia “práticas corretivas” da Psicologia em relação à orientação sexual - No Dia Mundial de Combate à LGBTfobia, confira as respostas de profissionais analisadas por pesquisador da PUCRS

Foto: Unsplash

Há 30 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) removeu a homossexualidade da classificação internacional de doenças, em 17 de maio de 1990. A data ficou conhecida como o Dia Mundial e Nacional de combate à LGBTfobia. Mesmo sendo um procedimento frequentemente relatados por pacientes, a resolução 001/99 do Conselho Federal de Psicologia proíbe essas técnicas e terapias “corretivas”, consideradas equivocadas.

No início do século 20, a psiquiatria e a psicologia construíram diferentes técnicas na tentativa de curar o que na época era tido como uma doença. “Estas supostas terapias corretivas não mostraram sucesso na mudança da orientação sexual, produzindo, inclusive, extremo sofrimento. Importante ressaltar que diversas sociedades médicas e psicológicas no Brasil e no mundo proíbem a sua realização, de forma a minimizar os danos que podem causar”, ressalta o pesquisador.

Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais

O grupo de pesquisa enfatiza a importância social de estudos sobre a psicologia do preconceito, sobretudo nos modelos da cognição social e do minority stress – termo que descreve níveis cronicamente elevados de estresse que membros de grupos minoritários ou estigmatizados enfrentam.

Além disso, o projeto também avalia a relação com processos psicossociais, como educação e saúde, e promove novas atitudes em relação a preconceitos. Os principais estudos do grupo abordam os efeitos da discriminação nos processos de saúde e adoecimento, especialmente a saúde mental e a sexual.

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Sobre a pesquisa

O projeto original foi concebido por pesquisadores italianos da Sapienza Università di Roma, na Itália, com aplicação no Brasil por Brandelli. Também participaram Damião Soares, aluno de mestrado da Universidade Federal do CearáMozer de Miranda, aluno de mestrado da Universidade Federal do SergipeJean Vezzosi, aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPG) da PUCRS; e os conselhos regionais de Psicologia do Distrito Federal e de Minas Gerais, que divulgaram a pesquisa nos estados.

Pesquisador é referência na área de estudos

Angelo Brandelli Costa, além de coordenar o grupo de pesquisa, é consultor das agências das Nações Unidas e tem pesquisas nas áreas de psicologia social e da saúde. A ênfase da sua área de atuação envolve temas sobre preconceito, sexualidade, gênero, HIV/Aids e saúde integral da população LGBTIQ+. É professor do (PPG) em Psicologia da PUCRS.

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NanoPUCRS - logo policromático (286x140)Centro Interdisciplinar de Nanociência e Micro-nanotecnologia (NanoPUCRS) passa a integrar o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNANO), rede direcionada à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em nanociências e nanotecnologia, sob responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A conquista é resultado de um projeto submetido em 2019 com coordenação do professor Ricardo Papaléo, coordenador do NanoPUCRS, que mobiliza estruturas e pesquisadores de diferentes áreas da PUCRS, desde os setores de ciências exatas e tecnologia, até as áreas da medicina, biologia e farmácia. A Universidade integra a categoria Parceiros Estratégicos, fase válida por 4 anos. 

A rede nacional visa promover e auxiliar o desenvolvimento da área de nanotecnologia no Brasil. A ênfase atual do MCTIC no SisNANO é o desenvolvimento de parcerias com o setor produtivo brasileiro para o desenvolvimento de novos produtos. A rede está sob responsabilidade da Coordenação-Geral de Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Convergentes e Habilitadoras (CGTC), da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC), do MCTIC. 

Reconhecimento nacional 

Para o coordenador Ricardo Papaléo, integrar o SisNano é motivo de celebração. “A PUCRS aparece pela primeira vez reconhecida como um dos atores estratégicos em nanociência e nanotecnologia no país. Entrar no SisNano é um marco que demonstra a consolidação dessa área na Universidade” comenta o pesquisador. 

Ainda de acordo com Papaléo, o MCTIC lançará editais específicos de financiamento apenas para os membros da rede. Isso significa maiores chances de ampliar a obtenção de recursos para projetos de PD&I na área.  

A partir da integração, o NanoPUCRS deseja consolidar sua posição estratégica nacional na área de nanociências e nanotecnologia, com ênfase em projetos de inovação e parcerias com o setor produtivo.

“Planejamos ações variadas, tais como projetos de nanomedicina, nanotoxicologia, nanotecnologia aplicada a energias limpas e utilização do CO2,  uso de nanopartículas para nutrição e proteção de plantas de interesse agrícola e processos de nanoestruturação de materiais para o setor industrial”.

Sobre o NanoPUCRS 

O NanoPUCRS está localizado no Prédio 96A do Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc). O centro de pesquisa interdisciplinar, congrega pesquisadores de diferentes áreas e unidades acadêmicas da Universidade e está vinculado à Escola Politécnica. 

Quatro projetos de pesquisadores da Universidade foram contemplados através do resultado preliminar, no Edital Emergencial Ciência e Tecnologia no combate à Covid-19, lançado no início do mês de abril pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Ao todo, são 36 projetos aprovados.

O edital emergencial contemplou pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e buscou propostas de pesquisa aplicada, com potencial para dar um retorno a curto prazo. O período de execução dos projetos será de 12 meses, com um investimento total estimado em R$ 5 milhões de reais.

Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Carla Bonan a participação dos pesquisadores em editais relacionados ao enfrentamento da pandemia de Covid -19 tem sido expressiva, resultando em um ótimo desempenho da universidade nós editais relacionados a este tema. “Isso reforça o compromisso da universidade com a busca de soluções envolvendo todas as áreas do conhecimento no sentido de minimizar o impacto da pandemia na sociedade, comenta.

Conheça os projetos aprovados

covid,covid-19,covid 19,novo coronavírus,coronavírus,pesquisa,inscer,Instituto do Cérebro,Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul,estresse,ansiedade,depressão,traumaEntender o impacto traumático da pandemia do novo coronavírus é o objetivo principal de uma pesquisa desenvolvida por profissionais da PUCRS. A iniciativa surgiu a partir de integrantes da força-tarefa multidisciplinar criada pela Universidade para buscar soluções para as diferentes questões que envolvem a Covid-19. O professor da Escola de Medicina e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) Rodrigo Grassi de Oliveira é um dos nomes que compõem o grupo de saúde mental da força-tarefa e que está por trás desse estudo. Segundo ele, a ideia é fazer um mapeamento e um monitoramento das questões relacionadas a estresse e trauma na população brasileira durante e após a pandemia.

Grassi explica que o grupo percebeu a necessidade de se realizar uma pesquisa nesse sentido em função das preocupações que o contexto atual pode gerar, como medo da morte, incerteza sobre o futuro e distanciamento social. Conforme o professor, essas questões podem ser muito estressantes e contribuir para o aparecimento ou piora de transtornos metais, principalmente ansiedade e depressão.

Uma das possíveis explicações para um aumento do estresse nesse período pode ser justamente a rápida disseminação das informações associadas à pandemia. Número de casos confirmados, óbitos, modo e taxa de transmissão podem ser facilmente monitorados por todas as pessoas com acesso à televisão ou à internet – além dos problemas socioeconômicos consequentes do distanciamento social. “Essa ampla cobertura da mídia pode influenciar a percepção cognitiva da população em relação à ameaça da doença, levando a uma maior ou menor proliferação de medo. A partir disso, começam a emergir questões importantes acerca dos impactos que a pandemia pode ter na saúde mental”, aponta.

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Pesquisa é respondida de forma online e não exige identificação

Para que a pesquisa possa atingir o maior número possível de pessoas em todo o Brasil, ela foi desenvolvida para que pudesse ser respondida de forma online e anônima – o que exige uma série de cuidados metodológicos. Ao longo de toda a entrevista, são coletadas informações relacionadas a sintomas de estresse, ansiedade e depressão, além de outros dados que, de alguma forma, possam estar afetando as pessoas, como o uso de mídias sociais e o quanto seu uso influencia ou não no estresse.

A ideia é que o questionário permaneça aberto ao longo de todo o período da pandemia e também no pós-pandêmico. Outro ponto relevante é que a mesma pessoa pode responder a pesquisa quantas vezes quiser, ao longo dos diferentes meses – lembrando sempre de sinalizar, no começo, que já respondeu às perguntas antes. Para se ter esse controle, cada pessoa tem um identificador (CEP e últimos quatro dígitos do celular, únicas informações solicitadas aos participantes).”Assim, teremos como saber quantas vezes alguém respondeu a pesquisa. Além de fazer esse mapeamento transversal, conseguiremos ter diferentes fotografias da população brasileira ao longo do ano”, pontua Grassi.

A meta é que pelo menos 9 mil pessoas respondam à pesquisa nessa primeira onda de coletas e, se possível, que voltem a responder nos próximos meses. “É um desafio a gente conseguir isso. Estamos pedindo para todo participante que nos siga nas redes sociais, pois será lá que faremos o anúncio público da segunda onda de coletas. Mesmo que essas pessoas não voltem a responder, tendo 9 mil respondendo agora, 9 mil daqui a três meses e mais 9 mil daqui a seis meses, a gente consegue generalizar estatisticamente esse diagnóstico do mapeamento de sintomas estressantes e traumáticos”, destaca.

Participantes recebem feedback e orientações em caso de estresse

Ao fim da pesquisa, os participantes têm acesso a um feedback baseado nas suas respostas. Aqueles que manifestaram estar sofrendo com a pandemia recebem orientações sobre como podem buscar ajuda. Se alguém expressar algum tipo de pensamento relacionado à morte ou a suicídio, automaticamente a pesquisa abre uma tela, instrui essa pessoa a ligar para o Centro e Valorização da Vida (CVV) e explica que há como essa pessoa ser ajudada, que o serviço não tem custo. “Tivemos uma preocupação com a pessoa que está respondendo a pesquisa, de forma que ela também seja psicoeducada por onde buscar ajuda”, completa Grassi.

O professor destaca que qualquer intervenção de saúde precisa ter base científica e que, como essa pandemia se desenvolveu de forma veloz, é preciso ser igualmente rápido para gerar bases de dados científicos e, a partir deles, estruturar políticas de intervenção, principalmente de saúde pública. “Investigar trauma ou estresse é importante porque a gente sabe que quanto mais cedo for a intervenção, melhor do ponto de vista de não deixar um adoecimento efetivamente se estabelecer”, reforça.

Outro ponto importante em relação a esse mapeamento é o fato de um aumento do adoecimento mental, em especial da depressão, gerar também questões econômicas importantes: “Uma das maiores causas de afastamento do trabalho é doença mental. Se a gente espera que, após esse período de recessão, o número de doenças mentais aumente, também tem que ficar preparado para tentar prevenir ou contornar essa situação, porque esse eco pós pandemia continuará corroendo a estrutura econômica”.

Ciência que é feita por todos

Grassi relata que o momento atual também é difícil para a ciência, uma vez que cada um está em sua casa e que uma série de materiais de pesquisa não estão podendo ser utilizados nesse momento. Por isso, chama a atenção para a importância de que as pessoas entendam que a ciência não é feita só pelo cientista: “Quem se voluntariar e dedicar de 10 a 15 minutos do seu dia respondendo essa pesquisa, vai estar ajudando a produzir ciência de qualidade no País. E isso é importante para mostrar como está sendo essa experiência de pandemia para o Brasil. A gente precisa medir, mensurar, registrar. É isso que um cientista faz”.

Além de Grassi, integram a equipe de desenvolvimento da pesquisa o vice-reitor da PUCRS e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Carla Bonan; os professores da Escola de Ciências da Saúde e da VidaChristian Kristensen e Thiago Viola (também professor da Escola de Medicina); e o professor da Escola Politécnica Felipe Meneguzzi, além do pós-doutorando Bruno Kluwe-Schiavon, bolsista do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt) na modalidade Jovem Talento com Experiência no Exterior, e do aluno de Doutorado em Psicologia Lucas Bandinelli.

A pesquisa está disponível neste link.

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Comitê discute aspectos que envolvem a pandemia e estudos que estão sendo realizados / Foto: Bruno Todeschini

Três nomes da PUCRS estão representando a Universidade em uma importante frente estratégica em relação ao novo coronavírus. O Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento da Pandemia Covid-19, formado a pedido do governo do Estado e organizado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, reúne pesquisadores das universidades gaúchas e autoridades científicas de diversas áreas do conhecimento relevantes para o enfrentamento do contexto atual. Entre os integrantes, estão o professor da Escola de NegóciosEly José de Mattos; o chefe do serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), Fabiano Ramos; e o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, professor Jorge Audy.

O objetivo do Comitê é acompanhar o contexto da pandemia, como números de casos confirmados no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo, aprendendo com as experiências de outros países. A partir desses estudos, o grupo constrói argumentos para prestar apoio às atividades do Gabinete de Crise e do Conselho de Crise para o enfrentamento do Covid-19. Em uma das cartas emitidas pelo grupo, consta que “O engajamento da comunidade científica neste momento é intenso, e a solução certamente virá da ciência”.

Conforme explica o professor Jorge Audy, a função do comitê é assessorar o governo do Estado com relação à análise de dados e com sugestões de encaminhamentos do ponto de vista acadêmico. Na maioria das vezes de forma remota (eventualmente acontecem reuniões presenciais restritas, com um número reduzido de pessoas), o grupo permanece em contato, discutindo os aspectos que envolvem a pandemia e os estudos que estão sendo realizados em todo o mundo.

Para o infectologista Fabiano Ramos, o mais importante em relação ao Comitê é ter algumas ações coordenadas com a visão de várias instituições em um momento em que a cooperação é muito necessária. “O trabalho em equipe nos possibilita conquistas importantes nesse contexto de pandemia, tanto no que diz respeito ao diagnóstico da doença, quanto à preservação da saúde dos colaboradores de hospitais, por exemplo”, pontua. Em relação ao papel dos médicos dentro do grupo, diz ser, principalmente, o de “traduzir” o que está acontecendo no dia a dia, levando necessidades reais e operacionais.

Complexidade da situação exige abordagem multidisciplinar

Conforme destaca Audy, o foco central do Comitê é preservar a vida e a saúde das pessoas. Como uma pandemia se trata de um problema complexo, que ultrapassa a questão da saúde em si, exige uma abordagem multidisciplinar para seu enfrentamento. “São necessárias diferentes visões, não só da área da saúde, mas também de outros aspectos relacionados, como inovação, economia e gestão de saúde”, destaca o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Universidade.

Para o professor Ely José de Mattos, a formação de um comitê científico demonstra confiança na academia. “É uma honra poder debater e contribuir com cientistas de diversas instituições e diferentes áreas, compartilhando minha expertise em economia para o contexto geral”, comenta, reforçando que o trabalho que está sendo realizado é voltado ao auxílio incondicional à população.

Desde sua criação, o Comitê vem divulgando cartas à sociedade gaúcha. Alguns dos temas abordados são a importância das medidas que estão sendo tomadas (como distanciamento social), o uso indevido de cloroquina e seus derivados para tratar o Covid-19, isolamentos vertical e horizontal, entre outras informações baseadas na ciência sobre a pandemia.

Comitê de Inteligência de Dados também conta com representante da PUCRS

Outro comitê do governo do Estado, criado para assessorar diretamente a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, conta com a participação do professor Jorge Audy. Também composto por pesquisadores – esses das áreas da computação, da inovação e da epidemiologia –, o grupo, menor que o Comitê Científico, atua no desenvolvimento de modelos de análises de dados e de cenário referentes à pandemia, organizando informações locais e contribuindo para as decisões por parte dos governantes.

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Professor Juan Mosquera / Foto: Arquivo PUCRS

Na tarde do último domingo, 22 de março, a comunidade universitária se despediu de um dos grandes pesquisadores da PUCRS. Natural da cidade de La Coruña, na Espanha, Juan José Mouriño Mosquera escolheu a cidade de Porto Alegre para trabalhar e viver. Graduado em Pedagogia pela UFRGS, mestre em Educação pela mesma universidade e doutor também em Educação pela PUCRS, com pós-doutorado em Psicologia pela Universidad Autónoma de Madrid e livre-docência pela PUCRS, Mosquera deixa um legado de diversas publicações voltadas à área da Educação e saudade para quem teve o prazer de conviver e aprender com ele.

Na PUCRS, Mosquera também foi professor, pesquisador, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação e assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa em Pós-Graduação (PROPESQ). “Com uma extensa produção científica em temas como Educação de Professores, contribuiu para a formação de mais de 60 mestres e doutores na área. Sua atuação como Assessor na PROPESQ foi pautada pela sabedoria, gentileza e generosidade, compartilhando com todos seu vasto conhecimento e sabedoria”, diz a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS, professora Carla Denise Bonan.

Uma vida dedicada à Educação

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Foto: Arquivo PUCRS

Mosquera dedicou mais de 50 anos dos 83 que viveu à pesquisa e à docência. Considerado um dos mais importantes pesquisadores do Brasil no campo da Educação, desenvolveu estudos relacionados a temas como formação do professor, educação inclusiva, educação para a saúde e metodologia científica. Entre seus livros publicados, estão Psicodinâmica do aprender (Sulina, 1977), Educação: Novas perspectivas (Sulina, 1973) e Psicologia Social do Ensino (Sulina, 1973).

Para a professora da Escola de Humanidades e coordenadora do curso de Especialização em Psicopedagogia, Bettina Steren, Mosquera era um homem à frente do seu tempo, tendo iniciado o estudo de vários pensadores e temas fundamentais para avançar na área. “A Educação está de luto. Perdemos um amigo, colega e profissional exemplar, que trouxe à Porto Alegre autores internacionais e que compartilhou os seus conhecimentos com quem por ele cruzava. Nos deixa um legado inestimável e só nos resta agradecer por ter tido a possibilidade de conviver com ele”, conclui.

Iniciação Científica possibilita contato com a pesquisa durante a graduação - Alunos interessados podem integrar o programa ainda em 2020

Foto: Bruno Todeschini

Você já ouviu falar sobre a Iniciação Científica, mas tem dúvidas sobre como integrar um projeto? O programa permite que estudantes de graduação tenham contato com a pesquisa científica durante sua formação, integrando projetos de pesquisa com o acompanhamento direto de pesquisadores da Universidade. Os alunos passam por um processo de aprendizado focado nos princípios éticos e teóricos de uma área de atuação e aprendem na prática os métodos de desenvolvimento e divulgação das pesquisas.

Na PUCRS, a Coordenadoria de Iniciação Científica é a responsável pelo programa, aproximando estudantes e professores em projetos em diferentes áreas do conhecimento. São centenas de possibilidades para os alunos ingressarem em grupos de pesquisa e qualificarem a sua formação acadêmica.

Experiências na pesquisa

Para a estudante Gabriela Bitencourt Ferreira, a experiência na Iniciação Científica durante a graduação possibilitou a publicação de seis artigos científicos e 14 capítulos de livros. Essa experiência e currículo foram essenciais para Gabriela conquistar o 1º lugar na seleção para o doutorado da PUCRS, apesar de ter se formado na graduação no final do semestre passado.

“A Iniciação Científica permite termos uma visão prática sobre certas áreas do nosso curso, te ensina sobre o que é a ciência e como desenvolver um projeto de pesquisa. Uma iniciação científica de qualidade, onde tu consegues participar ativamente de um projeto de pesquisa, pode te garantir diversas oportunidades no final da graduação, pois além de te ajudar no desenvolvimento e execução do trabalho de conclusão de curso, também te ajuda a encontrar a tua futura área profissional”, aconselha Gabriela.

Iniciação Científica possibilita contato com a pesquisa durante a graduação - Alunos interessados podem integrar o programa ainda em 2020

Foto: Bruno Todeschini

Renato Hoffmann Filho, um dos estudantes destaque no Salão de Iniciação Científica de 2019, conta que a principal vantagem de fazer parte do programa é iniciar na carreira científica mais cedo. “Se você tem curiosidade sobre o mundo da pesquisa ou não sabe especificamente em que área focar no seu curso, a iniciação científica é uma ótima oportunidade”, aconselha.

Como participar

Alunos interessados em fazer parte do programa de iniciação científica têm duas formas de concorrer às bolsas:

1 – Pelo professor: o aluno pode entrar em contato com o professor de uma área de seu interesse para demonstrar vontade de integrar um projeto sob sua orientação.

2 – Pelo site: o aluno poderá se inscrever diretamente no site para fazer parte do banco de dados da Coordenadoria.

Mais informações sobre o Programa de Iniciação Científica da PUCRS podem ser solicitadas via e-mail para [email protected], ou presencialmente na sala 325 do Living 360º (Prédio 15 do Campus), de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h15min.

A maneira dos jovens, residentes em Porto Alegre e torcedores da dupla Gre-Nal, consumirem o futebol mudou, consideravelmente, após a modernização dos estádios devido à Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. Os valores atuais dos ingressos são determinantes para o afastamento de uma parte das torcidas dos clubes como Grêmio e Internacional. É o que indica o levantamento desenvolvido pelo Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS. O estudo foi realizado com pessoas na faixa etária de 18 a 30 anos.

“Essa pesquisa buscou compreender os motivos que levaram os jovens a reduzirem a sua procura por futebol, entender as suas percepções quanto às mudanças na maneira de torcer e projetar as suas perspectivas para o futuro no meio”, comenta o professor da Universidade e orientador da pesquisa, Ilton Teitelbaum. Segundo o professor, os resultados coletados poderão ser utilizados como alternativas para os clubes se adaptarem ao novo modelo, resgatar o interesse do seu torcedor e cativar os novos públicos potenciais.

Principais resultados apurados com os jovens torcedores. Confira:

Fatores determinantes para afastar o torcedor do estádio

88,5% valor do ingresso

67,1% custos extras além do ingresso

36,2% violência

23,8% transporte

15,6% trânsito

13,2% localização

 

Os valores atuais dos ingressos afetam a decisão de não ir ao estádio?

45,5% torcedores do Grêmio

28,1% torcedores do Inter

 

– Com quem você costuma consumir futebol?

39,4% com amigos

29,1% com família

22,4% sozinho

9,1% com cônjuge

– Como você se informa/assiste futebol?

90,9% redes sociais

80,9% televisão

61,5% rádio

43,8% portais de notícias

33,2% aplicativos

19,4% streaming

16,5% jornal

Visões e desejos para o futuro

A maioria dos jovens que participaram da pesquisa acredita que haverá uma grande mudança na forma de consumir futebol nos próximos cinco anos. Alguns temas foram apontados, como também desejados: