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A análise em profundidade do Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids da cidade de São Paulo (SP) trouxe dados alarmantes em relação à forma que essa população se sente e é tratada nos sistemas de saúde. Entre os dados divulgados pela pesquisa – promovida pelo Programa das Nações Unidas para o HIV e a Aids (UNAIDS), pela Gestos -Soropositividade, Comunicação e Gênero e pela PUCRS, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – se destacam o alto percentual de pessoas que vivem com HIV que confirmaram ter recebido diagnóstico de problemas de saúde mental (58,4%) e dificuldade em contar às pessoas sobre seu diagnóstico (80,7%).

A forma de discriminação mais experienciada pelos participantes da pesquisa em São Paulo foi saber de outras pessoas que não são membros da família fazendo comentários discriminatórios ou fofocando porque se é soropositiva(o) para o HIV (43,2%). Mesmo entre membros da família, essa forma de discriminação foi bastante relatada (41,6%), não ficando restrita a fofocas ou comentários discriminatórios, pois também foram relatados assédios verbais (27,4%), agressões físicas (7,7%) e até mesmo perda de fonte de renda ou emprego por ser soropositivo para o HIV (16,6%).

Interações com o serviço de saúde

Os serviços de saúde são essenciais para que as pessoas que vivem com HIV e Aids tenham acesso a seus medicamentos e possam buscar supressão da carga viral e qualidade de vida. Para que esse serviço de saúde atenda a pessoa que vive com HIV ou vive com AIDS é necessário que o sistema esteja preparado para receber essa pessoa desde o momento de prevenção e diagnóstico até o momento de tratamento, acolhendo a população e principalmente fornecendo um serviço que seja Zero Discriminação.

Outro dado que merece uma atenção especial é o percentual de pessoas entrevistadas que relataram o diagnóstico de outros problemas de saúde. 58,4% relataram problemas de saúde mental, além de infecções sexualmente transmissíveis (21,6%), Hepatite (6,2%) e Tuberculose (5,9%).

“Acreditamos que esses dados podem aclarar ainda mais o caminho de luta pelos direitos das pessoas vivendo com HIV contra todo o tipo de discriminação e estigma. Que as pessoas que vivem com HIV e AIDS tenham suas vozes ouvidas”, afirmou Claudia Velasquez, diretora e representante do UNAIDS.

“É mais um acesso de total protagonismo, onde conseguimos chegar até a ponta e ter informações que a população necessita. Esses dados vêm para fortalecer”, destacou Fernanda Falcão, da Rede Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans Vivendo e convivendo com HIV.

Para Jô Meneses, coordenadora de Programas Institucionais da Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, os seminários são importantes por levarem as informações sobre estigma e preconceito para as cidades onde a pesquisa foi realizada. “Os seminários possibilitam um diálogo sobre os dados do Índice de Estigma e podem dar visibilidade a essas informações com um recorte local. O mais importante é que estão sendo pensadas formas para enfrentar o estigma e o preconceito em cada contexto e em cada território onde a pesquisa foi realizada”.

“Vamos lançar relatórios de analises por população chave, que são pessoas mais vulneráveis ao HIV” projetou o pesquisador responsável e professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS, Angelo Brandelli. Pela Universidade, também participaram do estudo alunos do mestrado e do doutorado do curso de Psicologia: Betinha Aymone, Damião Soares de Almeida, Felipe Vilanova de Gois Andrade, Fernando Martins de Azevedo, Leonardo dos Santos, Letícia Pessoa da Silva e Marina Feijó.

Os dados completos da análise em profundidade de São Paulo encontram-se neste link.

Confira outras informações sobre os seminários locais do Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids.

Divulgação dos resultados regionais acontecerá até dezembro em seminários online

A divulgação dos dados regionais do Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids está sendo feita através de seminários online para as sete capitais brasileiras onde a pesquisa foi realizada. O levantamento, feito pela primeira vez no Brasil, é um espelho do que acontece na vida das pessoas vivendo com HIV e Aids mesmo depois de 40 anos do início da epidemia e mostra como essa população ainda é discriminada e sofre com o preconceito e a desinformação.

Os seminários são direcionados para movimentos sociais e pessoas que atuam em defesa dos direitos das pessoas vivendo com HIV e Aids; para profissionais de saúde; para parlamentares e profissionais que trabalham nos Poderes Legislativo e Judiciário. A série de eventos começou em Manaus, em 3 de novembro, em São Paulo, no dia 6 de novembro, e segue até dezembro nas demais cinco capitais onde a pesquisa foi realizada:

Os eventos acontecerão sempre das 14h às 17h (horário local), através da Plataforma Zoom. Para participar é preciso fazer a inscrição através do link. São 50 vagas por seminário.

 

InsCer, fase II, Instituto do Cérebro

Ampliação do InsCer garante novos serviços à população e contribuições para o conhecimento do cérebro

No dia 9 de novembro, data em que a PUCRS comemora 72 anos, o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) inaugura a expansão de sua estrutura para oferecer mais exames e serviços à população e empresas de todo o País, além de ampliar o desenvolvimento de pesquisa de ponta com foco no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças do cérebro. Conduzido por um time de neurocientistas renomados, é uma iniciativa com oito anos de atuação que coloca o Estado como referência nacional e internacional no tema.

O InsCer se consolida como um polo de desenvolvimento, pesquisa e inovação na busca de soluções às doenças que acometem o cérebro e orientado às demandas do paciente e sociedade. Somos uma referência nacional e internacional que une assistência, pesquisa e inovação em um só lugar, um projeto idealizado e desenvolvido de maneira integrada e multidisciplinar. Estamos ajudando a construir o futuro da saúde e da ciência mundial”, ressalta o neurologista e neurocientista Jaderson Costa da Costa, diretor do Instituto.

Com dois anos de duração, as obras iniciaram em outubro de 2018 e triplicaram a atual estrutura de tamanho, passando de 2.549 para 9.335 metros quadrados, contemplando o que foi planejado no projeto original. O investimento total, com aporte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), é de R$ 66.837 milhões.

A ampliação do InsCer faz parte de um conjunto de iniciativas que compõem o Campus da Saúde da PUCRS, um lugar que foi projetado para reunir tudo o que é preciso para cuidar da vida de maneira integral.

“Não se trata apenas de uma ampliação de espaço físico, representa um marco histórico para a PUCRS, pois por meio de iniciativas inovadoras que serão desenvolvidos pelo InsCer, estaremos desenhando o futuro com projetos concretos e efetivos ancorados no presente, tornando o lugar onde vivemos melhor a partir do cuidado, desde a prevenção, diagnóstico, tratamento e pesquisa de ponta em saúde”, afirma o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira.

O evento de inauguração acontece a partir das 10h, com transmissão pelo canal da PUCRS no YouTube e pode ser acompanhada neste link.

Neurociência para atender as demandas da população e contribuir com o futuro da saúde

Diferente de outros institutos que existem no País, as pesquisas desenvolvidas no InsCer têm foco no paciente, e a estrutura reúne centro clínico, ambulatório e produção de radiofármacos. É por isso que a ampliação não é apenas uma entrega de estrutura e sim um investimento para resolver problemas centrados nas pessoas, com novas tecnologias, maiores possibilidades de trazer profissionais de pesquisa da área de Medicina e, por fim, prevenir e colaborar para tratamentos que possam salvar vidas. 

A nova estrutura conta com sete laboratórios altamente equipados que foram construídos e representam um avanço para as pesquisas translacionais, com espaços que favorecem a interação entre cientistas. Esses ambientes são dedicados exclusivamente aos estudos pré-clínicos do cérebro. O Centro de Pesquisa e Investigação Clínica, organizado em nove ambientes inclui espaço diferenciado para registros de polissonografia e moderno simulador de exame de ressonância magnética para que o paciente se familiarize com o procedimento.

Novos exames e tecnologia de diagnóstico e reabilitação serão oferecidos à população, como a estimulação magnética transcraniana e as avaliações neuropsicológicas e multidisciplinares. A ampliação da Centro de Imagem Molecular com a aquisição do estado da arte em ressonância magnética permitirá maior precisão diagnóstica e estudos funcionais qualificados oferecidos à comunidade. A síntese e produção de novos radiofármacos voltados às doenças neurodegenerativas e oncológicas vai ser ampliada e intensificada.

A recepção também foi renovada para oferecer maior conforto aos clientes. Um bistrô para alimentação e um moderno auditório com 240 lugares para uso da comunidade científica, acadêmica e da população compõem a estrutura.

InsCer, Instituto do Cérebro

Inauguração da fase II do InsCer marca a primeira entrega das obras no Campus da Saúde da PUCRS

Aumento da produção de radiofármacos para empresas

Com a nova estrutura, o Centro de Produção de Radiofármacos também teve sua capacidade de desenvolvimento ampliada. Agora, todo o processo de produção destas novas substâncias vai ocorrer dentro do InsCer, desde a pesquisa básica para descobrir novos biomarcadores, até a aplicação em pacientes.

Denominado de Pesquisa Translacional, este ciclo vai se dar em uma nova e ampla estrutura, totalmente focada nas pesquisas e no atendimento ao paciente. Os radiofármacos são substâncias utilizadas em doenças neurodegenerativas e oncológicas e têm despertado grande interesse no mundo inteiro em função da expressiva ocorrência na população.

Investimento

A expansão do InsCer custou um total de R$ 66.837 milhões. Destes, R$ 60.154 milhões são advindos de empréstimo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) - o primeiro a ser enquadrado na linha de financiamento Inovação Crítica da Finep, em 2018. A linha é destinada a propostas que expressem a necessidade de desenvolvimento tecnológico para atendimento a prioridades nacionais de interesse estratégico. Os outros R$ 6.683 milhões são contrapartida da PUCRS, o equivalente a 10% do valor total.

Sala de Imersão

Tem lançamento previsto também para o dia 9/11 a Sala de Imersão do InsCer. Um espaço que permitirá a visitantes fazer um tour virtual pelas áreas restritas do Instituto e conhecer mais sobre a história do InsCer por meio de uma timeline interativa.

Além disso, este espaço passa a ser utilizado pelos pesquisadores, que também são professores, para aulas virtuais em um ambiente em que é possível conhecer um pouco mais sobre o InsCer e ainda assim ministrar o conteúdo da disciplina.

O Campus da Saúde d PUCRS

Frente à amplitude que o conceito de longevidade vem ganhando na ciência com o aumento da expectativa de vida em todo o mundo, o Campus da Saúde da PUCRS foi pensado não apenas para promover o viver mais, mas para garantir o viver bem. Um lugar completo para que a população do Rio Grande do Sul e do Brasil alcance a longevidade com saúde e autonomia.

A entrega da ampliação do InsCer faz parte dessa iniciativa que tem formato inédito no País e vai reunir ensino, pesquisa, inovação e assistência às pessoas. O modelo integrado e multidisciplinar foi pensado para atender o movimento de cuidado integral com a vida e promoção da saúde em todos os sentidos, conectando as atuações do Parque Esportivo, do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), do Centro Clínico, do Centro de Reabilitação, do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), das Escolas de Medicina e de Ciências da Saúde e da Vida e de iniciativas de inovação como o BioHub, empreendimento do Tecnopuc que atua na geração de negócios inovadores em ciências da vida.

“É uma mudança de modelo, de paradigma, com integração entre todas as unidades e circulação facilitada”, afirma o diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa. 

O reitor da PUCRS, Irmão Evilázio Teixeira, ressalta que de ponta a ponta, em cada um dos empreendimentos, a intenção da universidade é fazer com que as pessoas despertem para a importância de cuidar da saúde e possam contar com a instituição para aprender a fazer isso e para facilitar estes processos com uma estrutura completa.

“Com a missão de transformar a saúde por meio da inovação, produção e difusão do conhecimento, queremos que seja uma entrega para as pessoas, um espaço que facilite o protagonismo delas no cuidado consigo mesmas e com os outros. Que seja um local de promoção da vida em todas as suas dimensões”, destaca.

Entre os maiores diferenciais deste modelo adotado, o reitor aponta ainda o fato de ser um ambiente de inovação vinculado ao melhor Parque Científico e Tecnológico do País segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), um hospital que é referência nacional em assistência, os cursos de Medicina, Odontologia e Psicologia que estão entre os melhores do Brasil e, especialmente, um corpo clínico, técnico e docente de alta qualidade e comprovada competência. 

 

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Rocha-Sanchez trouxe uma abordagem inspiradora em sua palestra. Crédito: Reprodução

Com transmissão ao vivo pelo canal de YouTube da PUCRS, o encerramento aconteceu no último dia 30 e contou com palestra A ciência como instrumento de superação: minha jornada dos macacos amazônicos às patentes médicas, conduzida pela Dra. Sonia M. Rocha-Sanchez da Creighton University, nos Estados Unidos. Rocha-Sanchez relatou sua trajetória de superação pessoal e acadêmicadeixando uma mensagem inspiradora com quatro pontos essenciais: sonhe grande, trabalhe duro, mantenha focado no seu objetivo, acerque-se de pessoas/mentores que te motivem a ser o melhor que você possa ser”.  O evento completo está disponível para visualização.  

O coordenador da Iniciação Científica da PUCRS, professor Júlio César Bicca-Marques, conduziu a cerimônia. A diretora de pesquisa da pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da PUCRS, Fernanda Morroneabriu o evento parabenizando todos os bolsistas e orientadores pelos trabalhos apresentados ao longo da semana. “Sem dúvida foi uma experiência muito enriquecedora pra todos nós. 

Promovido pela pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, o evento teve 749 inscritos e 294 avaliadores. O salão de iniciação científica representa um espaço de socialização de atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação e professores/pesquisadores de diferentes universidades e instituições de pesquisa regionais e brasileiras.  

Confira os alunos destaques, seus trabalhos e respectivos orientadores: 

Leia Mais Alunos da PUCRS ganham prêmio nacional com pesquisas feitas no InsCer

 

 

Os estudantes Francisco Lumertz, aluno da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, e Lucca Pizzato Tondo, graduando da Escola de Medicina, estão entre os vencedores do Prêmio Jovem Neurocientista Raymundo Francisco Bernardes. A premiação é promovida pela Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNEC), a mais importante sociedade científica da área do País, e seleciona estudantes de graduação que desenvolveram estudos sobre temas de Neurociências e Comportamento.  

Os estudantes da PUCRS também são vinculados ao Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) e foram orientados pelo professor da Escola de Medicina e pesquisador do InsCerRodrigo Grassi. 

Leia também: InsCer: cuidado com a vida, inovação e pesquisa 

Possibilidade de recuperação de danos na memória 

A pesquisa Early environmental enrichment rescues memory impairments provoked by mild neonatal hypoxia-ischemia in adolescent mice, desenvolvida Francisco Lumertz, estudante do 10˚ semestre do curso Psicologia da PUCRS, investigou, por meio de experimentos pré-clínicos, se animais que passaram por hipóxia-isquêmia leve na infância conseguiriam recuperar os danos causados na memória ao passarem por um protocolo de enriquecimento ambiental na adolescência.

A hipóxia-isquêmia neonatal (falta de oxigenação no cérebro) é responsável por uma parte significativa dos casos de paralisia cerebral em recém-nascidos. Durante a pesquisa, o teste feito por Lumertz buscou verificar se o enriquecimento ambiental – basicamente ferramentas à disposição do animal para que ele possa explorar o ambiente – seria capaz de recuperar perdas do volume do hipocampo. “Nós observamos que os animais que passaram pela hipóxia-isquêmia e depois pelo enriquecimento ambiental conseguiram resgatar os prejuízos de memória”, avalia o estudante. 

Lumertz conta que conquistar o prêmio foi algo inesperado e reforçou a sua vontade de seguir na área de pesquisa, principalmente por ser aluno de iniciação científica. “O resultado é reflexo da orientação e apoio que o professor Rodrigo e o grupo todo me deram ao longo da graduação”, considera. 

Comprometimento do cérebro pelo uso de drogas 

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Lucca Tondo (esq.) e Francisco Lumertz

A outra pesquisa premiada foi a Diffusion Neuroimaging Evidence for White Matter Impairment in Cocaine Use Disorderrealizada pelo aluno de 8˚ semestre de Medicina Lucca Pizzato Tondo. O trabalho é parte de um estudo maior, realizado pelo grupo de pesquisa Neurociência Cognitiva do Desenvolvimento (DCNL), coordenado pelo professor Rodrigo Grassi. O estudo de Tondo considerou um assunto específico dentro da área de neuroimagem, levando em conta o comprometimento da substância branca por usuários de cocaína. 

A substância branca é a parte do cérebro responsável por conectar todas as regiões cerebrais. O estudante explica que os usuários participantes da pesquisa fizeram o exame de ressonância magnética no InsCer e, a partir dele, foi feita uma sequência específica que permite avaliar como está a integridade dessa substância branca. Entre os resultados encontrados, está a avaliação de que os usuários de crack possuem um comprometimento difuso de todos os principais tratos de substâncias brancas no cérebro. 

“Foi um grande privilégio apresentar esses dados diante de importantes neurocientistas brasileiros”, contou Tondo. O estudante ainda reforçou que é uma grande oportunidade para alunos de graduação poderem mostrar seus trabalhos em um evento científico de tamanha relevância no País.  

aluno da Escola de Medicina ressaltou a grata surpresa de ter sido agraciado com o prêmio, principalmente por ser relacionado a um estudo em desenvolvimento desde 2018. “Fiquei muito feliz de ver esse trabalho de dois anos sendo recompensado, ainda mais como estudante de iniciação científica. Eu tenho muito interesse na área de neurociência e na carreira científica e acadêmica, então foi um super estímulo”, concluiu Tondo. 

Nova estrutura para potencializar pesquisas

O Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul atua no desenvolvimento de estudos multidisciplinares e soluções na área da neurociência. Localizado no Campus da Saúde da PUCRS, o InsCer inaugura a obra de ampliação no dia 9 de novembro, data em que a Universidade completa 72 anos, reforçando e expandindo a atuação da PUCRS em benefício da sociedade. Saiba mais sobre o evento de inauguração clicando aqui. 

InsCer, fase II, Instituto do Cérebro

Projeto da fachada norte do InsCer

Ter como missão o cuidado com a vida, atuando por meio da pesquisa, assistência e inovaçãoEsse é o objetivo do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer)entidade filantrópica que reúne pesquisadores e pesquisadoras para o desenvolvimento de estudos multidisciplinares e soluções na área da neurociência. Localizado no Campus da Saúde da PUCRS, o InsCer inaugura a obra de ampliação no início de novembro, reforçando e expandindo a atuação do Instituto em benefício da sociedade.

Vivemos momentos de despertar e de esperança. Despertar para novos conhecimentos, novas possibilidades e esperança em novas descobertas e em possíveis curas. Queremos levar cada vez mais para a sociedade os nossos estudos e pesquisas. O InsCer se legitima na sua determinação de atender às expectativas de sua comunidade e no comprometimento de buscar o conhecimento e descobertas que aliviem o sofrimento dos pacientes”, destaca o vice-reitor da PUCRS e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa. 

Leia também: Campus da Saúde: a vida no centro de tudo 

Um ambiente de inovação e pesquisas que oferece respostas qualificadas à sociedade

Entre os estudos mais recentes realizados no Instituto está a pesquisa Estresse, trauma e percepção de risco durante e após a pandemia, que busca entender o impacto traumático da pandemia do novo coronavírus na população brasileira. Outra pesquisaliderada pela vice-diretora do Instituto do Cérebro e professora na Escola de Medicina da PUCRSMagda Lahorgue Nunes, está analisando os efeitos do confinamento domiciliar na qualidade do sono de adultos e de seus filhos/as. Os estudos são resultados da força-tarefa multidisciplinar criada pela PUCRS, que conta com a participação do InsCer, na busca de soluções para as diferentes questões que envolvem a Covid-19.

No Instituto do Cérebro do RS também foram desenvolvidas pesquisas como o projeto Superidosos, que estudou o cérebro de idosos acima de 80 anos para descobrir as razões pelas quais algumas pessoas conseguem atingir idades longevas sem ter nenhum comprometimento neurológico; e o estudo sobre Zika Vírus, que acompanhou crianças com microcefalia cujas mães foram infectadas pelo Zika durante a gestação. Todas as pesquisas têm em comum o objetivo primeiro de desenvolver uma base científica em prol da população.

Estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado da PUCRS também podem desenvolver seus projetos de pesquisa nos laboratórios do Instituto do Cérebro dedicados às pesquisas pré-clínica e clínica.

Novas estruturas associam tecnologia e cuidado

A nova estrutura do InsCer conta com modernos equipamentos e melhorias no Centro de Pesquisa e Investigação Clínica e no Centro de Imagem Molecular, duplicando os exames já tradicionais feitos na Instituição.

A recepção foi ampliada e conta com um bistrô de alimentação, além de um auditório moderno para uso da comunidade científica, acadêmica e da população. O Centro de Produção de Radiofármacos também teve sua capacidade de desenvolvimento ampliada e agora todo o processo de produção destas novas substâncias vai ocorrer dentro do InsCer, desde a pesquisa básica para descobrir novos biomarcadores, até a aplicação em pacientes.

No dia 9 de novembro, data em que a PUCRS completa 72 anos, o espaço será inaugurado com a presença da comunidade acadêmica e autoridades. Saiba mais sobre o evento clicando aqui. 

Em um ano em que a ciência mostrou-se ainda mais protagonista na sociedade, a 21ª edição do Salão de Iniciação Científica teve seu início nesta segunda-feira, dia 26 de outubro. Pela primeira vez em formato online devido a pandemia da Covid-19, o evento teve mais de 700 inscritos de diferentes áreas do conhecimento. Ao todo, serão 296 avaliadores, sendo 50 de instituições externas.

Promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, o evento representa um espaço de socialização de atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação e professores/pesquisadores de diferentes universidades e instituições de pesquisa regionais e brasileiras.

Para o coordenador da Iniciação Científica da PUCRS, professor Júlio César Bicca-Marques, o evento é uma excelente oportunidade para o aluno de graduação praticar a apresentação e divulgar suas experiências e descobertas científicas. “A realização dessa 21ª edição de modo virtual apresenta a desvantagem de não permitir que essa prática ocorra presencialmente. Contudo, não tenho dúvidas de que ela será muito positiva para os alunos apresentadores ao evidenciar a viabilidade de interações científicas remotas. Essa possibilidade abre, literalmente, janelas para o mundo. Deixo o seguinte recado para todos os alunos: vão em frente, vençam barreiras. O céu é o limite”, afirma.

Valorização da ciência

Com transmissão ao vivo pelo canal de YouTube da PUCRS, a abertura do evento contou com a presença do presidente da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do RS (Fapergs), Odir Dellagostin, que destacou a importância da iniciação científica para o futuro cientista. “É a partir dessa experiência que nasce a paixão pela ciência, que os estudantes possam continuar essa jornada em direção ao aprimoramento da sua formação, do método científico. Que vocês possam dar essa contribuição para a ciência do nosso país e que nossa sociedade possa usufruir deste trabalho”, afirmou.

Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Carla Bonan, a iniciação científica tem um papel fundamental no pensamento crítico e o evento valoriza a ciência e o conhecimento. A pró-reitora também destacou o momento atual, em que pesquisadores do mundo todo buscam soluções para os impactos da pandemia nas nossas vidas. “Estamos vivendo mudanças na forma de viver, de nos relacionar, de fazer ciência. Pela primeira vez em 21 anos, o nosso SIC acontece em formato virtual. É um momento de valorização do trabalho e dedicação dos jovens pesquisadores”, completou.

O reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira também participou da abertura do SIC e destacou o compromisso da Universidade com a ciência. Mesmo diante das adversidades causadas pela pandemia, a pesquisa na PUCRS não parou. “A nossa instituição está atenta aos estudos dos graves problemas contemporâneos. Possuímos, na pesquisa, um dos mais sólidos alicerces, reconhecida nacionalmente e internacionalmente. Tão importante quanto celebrar o caminho percorrido, é fundamental reafirmar o compromisso enquanto comunidade científica com ética, ousadia e dignidade”, afirmou durante a transmissão.

Paixão, dedicação e acaso

A palestra de abertura Ciência e Paixão: Uma união perfeita foi conduzida pelo professor da Escola de Humanidades André Salata. O docente iniciou relembrando sua trajetória como bolsista de IC e como isso o conduziu, mais tarde, para o mestrado e doutorado. Salata destacou Max Weber, que afirmava que o ser humano precisa de motivação para seguir.

Quais são as perspectivas de alguém que, tendo concluído seus estudos superiores, decida dedicar-se profissionalmente à ciência, no âmbito da vida universitária? Max Weber

Relembrando o mito da caverna de Platão, associou a ciência à ruptura da visão obscura e o rompimento com ideias distorcidas ou equivocadas. Para o pesquisador, a ciência é capaz de nos tirar da sombra, questionar, mas não em busca de uma verdade absoluta, mas de um caminho a ser percorrido. “A ciência é o lugar da dúvida, não é lugar de construção de certezas”, afirmou.

A ciência será sempre uma busca, jamais uma descoberta. É uma viagem, nunca uma chegada. Karl Popper

Salata também chamou a atenção para a representação dominante que mostra o cientista avesso a sentimentos. Citando Max Weber, é impossível fazer sem ciência sem paixão. Para o pesquisador, nada é possível sem ela e o mesmo serve para o trabalho científico.

“Quando você faz uma descoberta, quando os dados mostram algo que ninguém havia se dado conta, tudo isso lhe torna ainda mais apaixonado. A paixão forma bons cientistas, estar apaixonado pelo seu tema de monografia, dissertação é fundamental. É aquilo que nos intriga, nos motiva, nos inspira”, afirma.

Não tenho nenhum talento especial. Sou apenas apaixonadamente curioso. Albert Einstein

Para o professor, a paixão deve vir acompanhada de muito trabalho. Enquanto a paixão produz inspiração, a dedicação alcança objetivos. E, por fim, elege mais um ponto abordado por Weber: o acaso. Este não está em nosso controle, mas é o que torna a vida mais emocionante. Não saber ao certo onde a pesquisa lhe conduzirá, os resultados, os avanços, tudo isso contribuirá para uma jornada transformadora.

Encerramento e destaques

Nesta sexta-feira, dia 30 de outubro, das 18h30 às 20h, acontece a palestra de encerramento do evento, também com transmissão ao vivo pelo Youtube. A palestra A ciência como instrumento de superação: minha jornada dos macacos amazônicos às patentes médicas será conduzida pela professora Sonia Rocha-Sanchez, da Creighton University, nos Estados Unidos. Na ocasião também serão apresentados os trabalhos destaque da edição 2020.

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Crânio mumificado de Iret-Neferet / Foto: Bruno Todeschini

Pesquisadores da PUCRS descobriram, a partir de testes de processamento tecidual, que a cabeça de uma múmia de 2.495 a 2.787 anos continha células ainda intactas. Iret-Neferet, como foi batizada, chegou ao Brasil na década de 1950, em Cerro Largo. O trabalho foi apresentado em um evento recente em Berlin, na Alemanha, promovido pela Associação Europeia de Osseointegração. A publicação é referência internacional e tem avaliação máxima pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

O estudo foi realizado pelos irmãos Éder Huttner, cirurgião bucomaxilofacial e gerontologo, e Édison Huttnerprofessor dPrograma de Pós-Graduação em História e pesquisador. Ambos atuam no Grupo de Estudo Identidade Afro-Egípcias da Escola de Humanidades da PUCRS e contaram com a participação do especialista em Periodontia Bruno Candeias na produção científica. 

Os irmãos assinaram um acordo com o Museu de Cerro Largo, onde a múmia está localizada, para dar continuidade às pesquisas sobre o tema por mais cinco anosSegundo eles, a descoberta é a primeira desse tipo no Brasil e o próximo passo é fechar uma parceria com o Instituto Max Planck, da Alemanha, especializado em estudo de DNA. 

Células milenares contam a história 

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Foto: Reprodução

Éder foi o responsável por extrair o dente de Iret-Neferet para que um laboratório nos Estados Unidos pudesse fazer a datação do carbono 14, decisivo na confirmação da idade da múmia de sua origemO material também foi processado e passou por análise histológica no Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital São Lucas da PUCRS. 

A histologia recém feita permitiu a visualização das hemácias intactas morfologicamente dentro de um vaso sanguíneo na cabeça, assim como a estrutura dos tecidos ósseos da mandíbula e muscular do masseter”, explica. 

Os resultados revelaram a eficácia e a qualidade tecnológica da época no processo de mumificação e permite que mais estudos sobre o Genoma e Proteoma sejam realizados. 

Uma nova fase para a egiptologia brasileira 

Édison conta que, além da importância histórica, a descoberta também impacta no entendimento sobre a saúde da humanidade. Naturalmente essa pesquisa servirá de fundamento para outros trabalhos, tornando-se uma referência no Brasil, na América Latina e até mundialmente, principalmente no que se trata da preservação e estudo da saúde humana. 

Por trás da cabeça da múmia 

Foto: Reprodução

Iret-Neferet chegou ao Rio Grande do Sul como presente de um egípcio a um morador de Cerro Largo. No final da década de 1970, foi doada ao Museu 25 de Julho, no mesmo município. Em 2017, Édison visitou o museu e deu início à pesquisa. A cabeça da múmia ganhou uma exposição, em julho, na Biblioteca Central Irmão José Otão, no Campus. 

Leia também: Pesquisa confirma identidade de múmia egípcia

Dezenas de municípios do Rio Grande do Sul e algumas localidades de fora do Estado e do País participaram do estudo desenvolvido pelo grupo de pesquisa Processos Motivacionais em Contextos Educativos do programa de pós-graduação em Educação da Escola de Humanidades da PUCRS. Ao todo foram mais de 200 participantes que responderam a um questionário online com 25 questões durante o mês de maio 

O número mais expressivo de participantes é de docentes de escolas públicas (74.8%), que atuam no ensino fundamental (40%) e com mais de 15 anos de docência (36.6%)Eles também representaram a maioria (93,6%) das instituições que adotaram o ensino remoto emergencial. 

Entre os principais resultados registrados estavam os desafios profissionais (com destaque para o uso de tecnologias, adaptação curricular, comunicação, sobrecarga de trabalho, etc.e os pessoais (expectativa, motivação, espaço de trabalho familiar, etc.). Em paralelo, destacou-se o apoio das instituições e colegas de trabalho. A colaboração entre professores foi apontada como um aspecto positivo.  o impacto do distanciamento social na relação emocional com os estudantes foi registrado como negativo. 

Sobre os resultados, a coordenadora do estudo, a professora Bettina Steren dos Santosobserva que o período também trouxe importantes perspectivas de superação e de construção de novos conhecimentos, bem como reflexões sobre crenças pessoais e o fortalecimento do valor da educação e do papel do exercício presencial da docência (com destaque para aprendizado pessoal e valorização interpessoal)Mas acrescenta: “os docentes revelaram que as dificuldades técnicas e emocionais para se readequar à nova realidade os deixaram muito inseguros.  

Nas análises gerais do grupo de pesquisa, aos poucos foi sendo percebida a necessidade de recriar um espaço educacional online e não simplesmente um espaço que fornecesse materiais de acesso rápido. Essa mudança de paradigma exige um olhar atento para diferentes possibilidades de formação docente, principalmente no que se refere à apropriação digital e a resolução de problemas de maneira colaborativa. Acredito que poderemos avançar e melhorar os processos educacionais quando a aprendizagem acontecer continuamente e de forma significativa. Um dos pontos fundamentais é considerar as diferentes especificidades e potencialidades que o meio oferece, emergindo, assim, novas ecologias educacionais e um acréscimo de qualidade em todo o sistema, considera Bettina. 

Na conjuntura da emergência, a pesquisa evidencia ainda o grande abismo presente na relação da escola com a comunidade. “Não foi possível identificar quais famílias tem condições de acesso às aulas remotas, muitas não dispõe de tecnologia que dê conta (desde equipamento até rede de internet), como também não dispõe de tempo (classe trabalhadora não dispensada na quarentena) para acompanhar as atividades dos seus filhos e retornar aos professores”, observa Bettina 

Questionados também sobre como percebiam os estudantes nesse contexto, incluindo os com necessidades específicas ou deficiências, a maioria dos professores apontou apatia e ansiedade, seguido de falta de apoio familiar e tecnológico. Sobre a influência desse momento no processo de aprendizado dos estudantes, os docentes percebem desenvolvimento da autonomia e valorização da escola.  

Pesquisas auxiliam empresas e mercado de trabalho a se adequarem à realidade flexível

Foto: August de Richelieu/Pexels

A virada de ano costuma ser um momento de planejar novas resoluções, tanto para a vida pessoal quanto profissional. Porém, o mundo foi pego de surpresa pela pandemia da Covid-19 logo nos primeiros meses de 2020, transformando totalmente o cenário global. Muitas pessoas que sonhavam em desenvolver suas carreiras se depararam com desemprego, escassez de oportunidades, problemas financeiros e dúvidas sobre regulamentação do trabalho. 

E você sabe como mudar esse cenário? Ajudando a entende os impactos do coronavírus e da tecnologia para empresas, mercado de trabalho, profissionais e sociedade. 

Esse é um dos papéis de pesquisadores e pesquisadoras que se dedicam a estudar sobre teletrabalho, direitos trabalhistas, inovação no trabalho, previdência em situação de calamidade, entre outros temas. A partir do viés do Direito, entenda a importância da área para a superação de momentos de crise no Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS (PPGD), que está com inscrições abertas até 30 de outubro, neste link. 

Transformando a casa e a rua em escritório 

O teletrabalho é tendência no Brasil e no mundo. Da mesma forma, o trabalho em plataformas digitais e sem vínculo empregatício. E quem regulamenta tudo isso? Depende. “As empresas devem preparar suas vagas e organogramas pensando no trabalho remoto como algo efetivo e permanente. Além disso, o teletrabalho deve aparecer nas estratégias e documentos empresariais: estratégias no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), por exemplo”, explica Denise Fincato, professora da Escola de Direito e coordenadora do grupo de pesquisas em Novas Tecnologias, Processo e Relações de Trabalho da PUCRS. 

Porém, se alguém que trabalha entregando refeições por meio de plataformas de delivery passa mal ou sofre um acidente durante o percurso, quem prestará assistência? A popularmente chamada “uberização do trabalho”, apesar de facilitar em alguns pontos para quem precisa trabalhar, por outro lado pode desamparar. 

Alguns aplicativos oferecem seguros para entregadores/as, mas a informalidade continua sendo uma realidade. Segundo informações do governo de São Paulo, o número de motoboys que morrem durante o trabalho dobrou de 2019 para 2020. E dados da consultoria Análise Econômica mostram que o número de pessoas trabalhando informalmente entregando de refeições cresceu 158% no mesmo período. 

O papel da pesquisa e da Universidade  

Pesquisas auxiliam empresas e mercado de trabalho a se adequarem à realidade flexível

Infográfico: Você S/A

Em termos de impacto tecnológico, a pandemia acelerou a transformação digital, aproximando muitas empresas de recursos pouco explorados anteriormente, como os sistemas em nuvem e de comunicação. Mesmo quem tinha preconceito com as inovações se viu sem alternativas. “Já há indicadores que apontam para reduções nas estruturas de grandes escritórios no pós-pandemia, destaca Denise 

Da mesma forma, é necessária atenção por parte do Estado, da sociedade e até mesmo da Universidade, segundo Denise. “É importante o apoio social e a oportunização de atividades acessíveis à população em geral, a fim de promover a empregabilidade. O trabalho provê muito mais que subsistência, é fator de identidade, agregação social, realização pessoal e isso não pode fugir do norte de gestores, formadores de opinião e pesquisadores. 

Pesquisar é lutar por direitos coletivos 

O Direito do Trabalho essencialmente regulamenta as relações entre empregador/a e empregado/a: de um lado, a atividade econômica, e de outro, a prestação do trabalho em condições dignas. 

Em períodos de crise essa relação costuma se desequilibrar. É nesse contexto que a pesquisa se mostra importante, com grande variedade de métodos de comparação, investigação histórica e interpretação para propor aos poderes constituídos caminhos a seguir. 

Boa parte das Medidas Provisórias editadas pelo Poder Executivo durante a pandemia e das normas editadas pelo Poder Legislativo foram influenciadas por esses estudos, por exemplo, além de embasar decisões do Poder Judiciário sobre os conflitos. 

Como é ser pesquisadora? 

“A ‘fagulha’ da pesquisa foi acesa em mim, não por coincidência, em uma disciplina da faculdade de Direito, na PUCRS”, conta Amália de Campos, mestranda do PPGD. Inspirada pela professora Denise, ela ingressou na área da pesquisa. “Eu me senti desafiada a produzir o meu primeiro artigo científico e foi uma experiência tão instigante e gratificante que eu saí da aula com um artigo selecionado, uma orientadora e a certeza de que a pesquisa seria uma constante na minha vida acadêmica. 

Para Amália, quem trabalha com pesquisa é inconformado/a com dogmas, realidades e a forma com a qual determinadas coisas são conduzidas. Vejo isso como uma absoluta qualidade, porque é o que permite que se formulem perguntas. A pesquisa, independente da área, vai produzir conhecimento e permitir que a sociedade evolua. 

Como se preparar para entrar no mestrado e doutorado em 2021?

Foto: Unsplash

Ingressar na pós-graduação é o desejo de muitas pessoas que se formaram e querem continuar estudando ou até mesmo de quem quer pesquisar um assunto de interesse ou iniciar uma trajetória na área de pesquisa e inovação. Porém, é comum que a sensação de insegurança apareça até você entender melhor como funciona o processo. Mas, adiantando, uma dica: na maioria das vezes, é mais simples do que parece. Então respira, pega o caderninho e anota aí o passo a passo. 

Escolher uma instituição que lhe ofereça estrutura, qualidade e suporte é uma das decisões mais importantes dessa jornada. Com a melhor pós-graduação do Brasil de acordo com a média nacional na Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a PUCRS tem 44 cursos com inscrições abertas para ingresso em 2021. Inscreva-se no Programa de Pós-Graduação de seu interesse até 30 de outubro, neste link. 

Desvende o edital e o processo seletivo 

Prova, documentos, banca… às vezes a quantidade de itens do edital de mestrado e doutorado assusta. Cada PPG tem especificidades na seleção, de acordo com a sua área de atuação. 

Para ajudar você a se organizar e não perder o prazo de inscrição, confira o passo a passo de como funcionam os processos seletivos aqui e sobre o que se refere cada item do edital neste link.  

Prepare o Currículo Lattes 

Além de informações pessoais básicas, como nome, identidade e filiação, o Currículo Lattes inclui especificações sobre a trajetória acadêmica e atividades profissionais. A plataforma é extremamente detalhada e um dos prérequisitos para quem quer entrar no mestrado ou doutorado. Confira o passo a passo para criar o seu currículo, neste link. 

Monte o seu projeto de pesquisa 

Nesse projeto, a ideia é que você demonstre seu conhecimento na área. Também é preciso apresentar, ainda que de maneira inicial, o problema que se pretende resolver, bem como caminhos a serem investigados para encontrar soluções. Saiba mais aqui. 

Posso ingressar em um PPG de uma área diferente da minha graduação? 

Sim, é possível ingressar em uma formação stricto sensu em uma área que não é mesma da sua graduação. Realizar mestrado ou doutorado em uma área diferente, além de ser uma oportunidade de adquirir conhecimentos completares, também pode ser um diferencial para a carreira. Saiba mais aqui. 

Escolha quem vai te orientar 

Para responder perguntas recorrentes sobre como escolher o orientador ou orientadora, duas pessoas que entendem do assunto compartilham alguns aprendizados: Eduardo Eizirik, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade; e Litiéle dos Santos, mestranda em Engenharia e Tecnologia de Materiais. Confira as sugestões, neste link. 

Prova de proficiência em idiomas 

Para ingressar nos programas de pós-graduação, não é preciso ser fluente em outro idioma, mas é importante ter algum conhecimento em uma segunda língua. 

Alguns cursos solicitam que candidatos e candidatas indiquem um idioma (ou até mesmo dois, no caso de doutorado) com a qual tem afinidade. Confira aqui como funciona essa etapa de seleção em alguns PPGs. 

Conheça os PPGs  

10 formas de empreender na PUCRS além do Campus

Foto: Tolu Bamwo/Nappy

Os programas são reconhecidos nacional e internacionalmente pela excelência e contam com uma estrutura completa de estudo e pesquisa. 

Para conferir os detalhes do ingresso de cada programa, confira o edital na página do curso. 

Antecipe disciplinas da pós durante a graduação 

Já pensou em utilizar créditos eletivos para cursar disciplinas de mestrado e doutorado? O Programa de Integração da Graduação com a Pós (G-PG) permite que você, estudante da PUCRS, faça cadeiras do stricto sensu antes mesmo de se formar, pelo mesmo valor do seu curso. E o melhor: as disciplinas podem ser aproveitadas quando você ingressar na pós-graduação. Para participar, é preciso ter completado 50% da sua graduação. Saiba mais aqui. 

Leia também: 5 dicas: como expandir o conhecimento durante o mestrado e doutorado