O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) abriga o único espécime do cacto Pereskia nemorosa coletada no Rio Grande do Sul e disponível em uma coleção brasileira. A espécie foi confirmada em março de 2016 pelo botânico especialista em Cactaceae, João Larocca, vinculado a Fundação Gaia, durante visita ao Herbário do MCT, cuja coleção contempla mais de 20 mil espécimes. Na lista da flora gaúcha ameaçada de extinção (Decreto nº 52109/2014), Pereskia nemorosa não foi avaliada devido à insuficiência de dados, o que torna a descoberta ainda mais importante por confirmar sua presença no Estado e ampliar as possibilidades de encontrá-la na natureza.
O primeiro registro foi feito em Uruguaiana, pelo francês Maurice Langeron, em 1927, quando o cacto foi depositado no Herbário do Museu Nacional de História Natural de Paris. Depois de 68 anos, em 1995, a espécie foi novamente coletada, no município de Rosário do Sul, dessa vez pelo pesquisador Clemens Schlindwein, atualmente vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais. Schlindwein depositou os cactos nos herbários do MCT e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPe). No entanto, segundo Larocca, o exemplar não foi encontrado no herbário da UFPe, o que torna o herbário do MCT o único no Brasil com representante da espécie coletado no RS.