Quando olho no espelho: a influência da pandemia no mercado de beleza

Foto: Pavel Danilyuk/Pexels

Pele hidratada, mais uma conferida no cabelo ou na maquiagem e pantufa nos pés: assim se inicia a rotina de muitas pessoas que precisaram se adaptar à pandemia da Covid-19. Mesmo com a instabilidade econômica e o distanciamento social, o mercado de beleza teve crescimento e ganhou ainda mais espaço no carrinho de compras de jovens. Isso é o que mostra a pesquisa Mercado de beleza durante a pandemia, realizada por estudantes da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS – Famecos. 

“Os consumidores passaram a fazer compras mais conscientes, com marcas que dialogam com os seus valores e são ativas nas mídias sociais. Além disso, as pessoas continuaram consumindo por compreender a importância do autocuidado para a produtividade do dia a dia”, explica Vitória Petry, estudante do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda que liderou a pesquisa. 

Investindo na autoestima  

Em todas as etapas do estudo a maioria dos/as participantes respondeu que considera produtos estéticos como um investimento que vai além de um mero capricho. Para o público analisado, entre 16 e 30 anos, as questões estéticas, de saúde mental e autocuidado se sobressaem. Para 83% das pessoas entrevistadas, as aquisições não são consideradas um gasto, como relatou na pesquisa Thaísa Zilli, estudante de Publicidade e Propaganda: 

“Estou fazendo um curso de autoconhecimento e investindo em mim em todos os sentidos, inclusive em estética”. 

As médias de frequência de compra e de valor gasto se mantiveram em comparação a antes da pandemia e também obtiveram aumentos significativos para alguns públicos. A maioria segue consumindo pelo menos uma vez por mês. Ou seja, as pessoas controlam os gastos, mas não deixam de se cuidar. 

Quando olho no espelho: a influência da pandemia no mercado de beleza

Pesquisa Mercado de Beleza na pandemia / Imagem: Reprodução

Apesar disso, o número de compras mensais caiu 12% e a quantidade de pessoas que passaram a comprar menos de uma vez por mês aumentou 16%. Já o ticket médio (valor médio de vendas no período) se manteve de R$ 50 a R$ 150. 

O professor e publicitário Ilton Teitelbaum, supervisor da pesquisa, conta que o ato de comprar também é um mecanismo de recompensa.Os consumos por autoindulgência (para compensar sentimentos negativos) e de vingança (comprar itens de desejo, em vez de produtos essenciais, para suprir o período de contenção de gastos) se concretizaram durante a pandemia”, destaca. 

Mesmo com o desafio, o docente conta que as empresas ainda têm muitas oportunidades: “apesar da queda no poder aquisitivo, as marcas precisarão se adaptar aos aspectos emocionais que envolvem o processo de compra e buscar caminhos que lhes permitam seguir presentes na vida das pessoas”. 

Jovens influenciáveis, mas com responsabilidade social 

Entre as tendências, está a de seguir digital influencers. Nas entrevistas, 82% relataram que eram altamente suscetíveis a seguir recomendações feitas por microinfluenciadores. O público mais jovem, de 16 a 18 anos, é o que se mostra mais inclinado a manter os mesmos hábitos e com mais disposição para gastar mais. 

É uma geração conhecida por ser crítica, exigente, dinâmica e que muda de opinião toda hora. Segundo o estudo, essas são algumas das principais implicações mercadológicas: 

“As empresas que souberem se comunicar com transparência, sustentabilidade e diversidade cultural tendem a se destacar entre os jovens”. 

Outra reivindicação, que não é de hoje, é a por marcas mais coerentes. O público quer que as empresas se preocupem com o meio ambiente, tragam visibilidade para homens e mulheres na indústria de cosméticos, estejam atentas aos problemas sociais, tenham mais diversidade de pessoas nas campanhas e sejam empáticas com temas sensíveis, como a pandemia. 

Comprar com facilidade e agilidade 

Mesmo que muitas pessoas ainda prefiram comprar nos sites das lojas, essa é uma escolha menos frequente entre jovens, segundo dois levantamentos citados na pesquisa. A Technavio, empresa de relatórios de pesquisa de mercado, afirma que o social commerce (ou compras a partir de redes sociais) deve aumentar cerca de 34% até o final de 2021. 

Já a agência Accenture prevê que esse canal deve ser um dos mais importantes para a Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010). “Dos entrevistados, 69% disseram que gostariam de comprar diretamente por meio das mídias sociais e 44% usam redes como Facebook, Instagram e Twitter para encontrar informações sobre produtos”, destaca a empresa. 

Brasil é o 4º maior mercado de beleza do mundo 

Segundo o provedor de pesquisa de mercado Euromonitor International, o Brasil é o maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo. O País movimenta pelo menos U$$ 30 bilhões, ficando atrás apenas do Japão, da China e dos Estados Unidos. 

A supervisora de vendas de um dos maiores conglomerados de beleza do Brasil, conta no estudo que as vendas não foram impactadas pela pandemia, com exceção das lojas das cidades do interior dos estados: vendemos até mais do que no ano passado”. 

Tecnologia e concorrência internacional 

Quando olho no espelho: a influência da pandemia no mercado de beleza

Foto: Pexels

Contudo, as marcas internacionais ainda são vistas como melhores e mais consumidas. Mesmo com o alto valor de produtos do exterior, eles não deixam de estar entre os mais vendidos. A pesquisa destaca que para mostrar os seus diferenciais, é importante que as empresas nacionais invistam em tecnologias como realidade virtual, inteligência artificial e outros recursos que melhorem a experiência dos usuários. 

Nem online nem offline: a vida no all-line 

Durante a pandemia, as vendas online alavancaram 300% para algumas lojas. Mesmo assim, consumidores/as relatam sentir falta da experiência física, enquanto outros/as dizem ter receio de voltar a experimentar algo que já foi usado, por medo de contaminações. 

Depois da pandemia o comportamento all-line, hábito de consumir tanto pelos meios digitais quanto presencialmente, ganhou força. Sobre a preferência, as pessoas alegam que consomem: 

A psicóloga Susana Gib explica no estudo que o público deve comprar cada vez mais em casa: “a pandemia fortaleceu a compra pelo meio digital. É claro que as pessoas ainda sentem falta de olhar o produto, tocar, comparar. Mas a tendência é essa. 

Mapeando tendências de comportamento 

O estudo foi elaborado pelos/as estudantes Eduarda Friedrich, Larisse Alves, Tamires Fetter, Victoria Bossle e Vitória Petry, da disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda, de agosto a novembro de 2020. 

Em sua etapa qualitativa, contou com um grupo focal com seis mulheres e oito entrevistas em profundidade com homens e mulheres. Depois, na fase quantitativa, foram 204 respostas válidas a uma coleta feita por meio de questionário online. 

Se você quer criar e investigar novas narrativas, conheça as graduações em Comunicação da PUCRS e comece a estudar ainda em 2021. 

Curtiu este conteúdo? Confira também os impactos da pandemia na moda e as novas formas de consumir conteúdo que ganham espaço durante o período. 

Ainda mais conectados: novas formas de consumir conteúdo ganham espaço

Foto: Pexels

Estudo, trabalho, contato com a família e amigos, entretenimento e notícias. Durante a pandemia provocada pela Covid-19, essas foram situações que se tornaram cada vez mais digitais em toda a sociedade. Em um contexto de distanciamento social, estar conectado passou a ser um dos principais recursos para realizar as atividades do dia a dia.  

Entre os jovens, um dos públicos mais presentes nas redes sociais e na internet, a pandemia modificou hábitos de consumo de conteúdo. É o que aponta uma pesquisa realizada por estudantes da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, que investigou o comportamento de pessoas de 16 a 34 anos que residem em de Porto Alegre e na região metropolitana. 

“O consumo de conteúdo, atualmente, ocupa uma parte fundamental no cotidiano das pessoas, especialmente as da faixa etária estudada no projeto, e as mudanças que temos passado em relação a isso são notórias, destaca o professor Ilton Teitelbaum, que orientou a pesquisa. 

Leia também: 73% dos jovens acreditam que a convergência entre virtual e físico é positiva 

A aluna Rita Karasek, uma das responsáveis pelo estudo, ressalta que a investigação contribui para informar sobre as mudanças de forma simultânea à pandemia. “Estamos passando por um momento inédito e histórico para todos e por isso, ainda escasso de pesquisas. A partir dos dados, também podemos entender quais conteúdos estão sendo mais consumidos e como o isolamento está afetando outros pontos, como a saúde mental dos entrevistados. 

Mais conectados, porém seletivos 

De acordo com a pesquisa, mais de 68% dos jovens permanecem conectados de quatro a 12 horas por diae 12% dos entrevistados afirmaram passar mais de 12 horas na internet diariamente. As redes sociais são responsáveis por boa parte desse tempo. Em 2020, o Brasil saltou para a segunda posição ent

Ainda mais conectados: novas formas de consumir conteúdo ganham espaço

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re os países com a população que mais acessa esses sites e aplicativos, com média de 3h34min por dia. 

Utilizar a internet para mais finalidades durante a pandemia também contribuiu para o maior consumo de conteúdos digitais. Dados do estudo realizado pela Famecos destacaram que cerca de 71% dos jovens se consideram heavy users, ou seja, usuários muito ativos. Porém, 63% dos entrevistados apontam que gostariam de consumir conteúdo com menor frequência no contexto pós-pandemia. 

A perspectiva, no entanto, é de um aumento constante, com cada vez mais pessoas consumindo uma variedade maior de conteúdos digitais em diferentes formatos. Apesar dessa estimativa de crescimento, o estudo ressalta que produtores e marcas devem pensar estrategicamente no conteúdo que oferecem, pois a tendência é de um público cada vez mais crítico e seletivo. 

“O digital permite escolha. E os algoritmos permitem direcionamento e customização. Isso significa que cada pessoa pode consumir o que deseja e o que gosta, na hora que melhor lhe pareça, onde se sinta mais confortável. Esse é o lado bom. O lado ruim é que isso reforça o comportamento em ilhas, o que forma bolhas e afasta cada vez mais as pessoas do convívio com o contraditório. A não ser que elas desejem e busquem saber o que acontece no mundo dos que pensam diferente delas”, comenta Teitelbaum.    

Domínio do conteúdo audiovisual  

Outra tendência apresentada pela pesquisa é o crescimento no consumo de vídeos, principalmente os de menor duração. O estudo demonstrou que no período de distanciamento social, os vídeos rápidos são o formato de conteúdo mais consumido por quase 45% dos jovens. 

Segundo Teitelbaum, os vídeos rápidos tiveram crescimento durante a pandemia principalmente por serem uma alternativa à tensão do momento. “Uma das maiores realidades da pandemia chama-se TikTok. Ele cresceu justamente por ser ‘democrático’ e servir como um conteúdo mais leve, muito oportuno em um momento de tensão coletiva, analisa.   

Séries, filmes e vídeos também são destaque entre os conteúdos que os entrevistados desejam manter ou aumentar o hábito de consumo após a pandemia. Para atender a essa demanda, o público espera que haja um crescimento da oferta desse tipo de conteúdo entre as opções do mercado. 

Um levantamento realizado durante o estudo apontou que em 2020 o uso da televisão para consumir streaming teve aumento de 33%. A Netflix se destaca dentre as plataformas com maior ascensão, com cerca de 16 milhões novos usuários.  

Multiplicação de lives 

Ainda mais conectados: novas formas de consumir conteúdo ganham espaço

Foto: Pexels

Desde o início das medidas de distanciamento social, as lives se multiplicaram como uma alternativa de entretenimento ao vivo. O formato passou a ser um dos principais recursos para que artistas, marcas e produtores de conteúdo mantivessem o contato com o público de forma síncrona. As buscas por conteúdo ao vivo tiveram expansão de mais de 4.900% desde março de 2020. 

A interatividade entre produtores de conteúdo e o público é apontada como um aspecto importante para mais de 90% dos jovens. Os entrevistados acreditam que a construção de uma relação é um diferencial para o sucesso e aproximadamente 54% dos jovens afirmaram que interagem com produtores. 

Saúde mental impacta no consumo 

Uma das razões apontadas pelo estudo para o desejo de consumir menos conteúdo é a preocupação com a saúde mental. Entre os entrevistados, 90% dos jovens afirmaram que a pandemia afetou de alguma forma seu bem-estar emocional e mental 

Apesar do crescimento no consumo de notícias com aumento de 42% nos acessos a sites de informação –, a tendência do público jovem é consumir esse tipo de conteúdo de forma mais superficial e com menor probabilidade de pagar para receber essas informações. 

Entenda mais sobre o estudo 

A pesquisa O Universo do Consumo de Conteúdo contou com pesquisa de dados, etapa qualitativa e etapa quantitativa com mais de 200 respostas. Os dados da etapa quantitativa foram coletados de forma online, por meio de questionário, entre os dias 3 e 18 de novembro de 2020. 

Coordenado pelo professor Ilton Teitelbaum, o estudo foi realizado pelos estudantes Lucas Mucke, Marina Gonçalves, Miguel Bilhar, Nicolas Lima, Patryc Pinto e Rita Karasek. O relatório da pesquisa pode ser conferido neste link. 

Entrevista com o padre Júlio Lancellotti foi realizada no programa Sem Estúdio

Entrevista abordou questões como desigualdade social, pandemia e solidariedade / Foto: Divulgação

O entrevistado no primeiro episódio da nova temporada do Sem Estúdio, programa semanal de entrevistas do Editorial J, laboratório convergente do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS, foi o padre Júlio Lancellotti. A entrevista aconteceu na terça-feira, dia 14 de abril, e abordou questões como desigualdade social, pandemia e solidariedade. A entrevista completa pode ser conferida na página de Facebook do Editorial J.

Para o padre, a solidariedade não pode ser pandêmica, ela deve ser endêmica, estando presente sempre. Ela não deve ser apenas pessoal, embora as ações individuais sejam importantes, mas precisaria entrar na estrutura política e econômica. Entretanto, segundo o ativista, nossa estrutura não é solidária. Ao contrário disso, revela o conflito e o descarte de grande parte da população. “Muitas vezes, o que resta para a população de rua é a sobra” afirma Júlio.

Ciência, religiosidade e ajuda ao próximo

Ao ser questionado sobre a relação entre ciência e religião, padre Lancellotti afirmou que ambos são campos do saber distintos que devem ser respeitados e atuar de maneira autônoma. Ele também se posicionou contra o negacionismo e favorável às medidas de proibição de aglomerações em cultos e cerimônias religiosas. Para ele, o essencial no momento é resolver a crise de saúde pública.

Ainda sobre a pandemia, Lancellotti avaliou as condutas do Papa Francisco como essenciais nesse período, tais como se vacinar, colaborar com a ciência, não se opor à Organização Mundial da Saúde, seguir os protocolos de segurança e recentemente ter garantido a vacinação aos moradores de rua da cidade de Roma. “É uma prática religiosa que conversa com o mundo e com a ciência, que se informa. É uma atuação humanizadora e que só agregou nesse momento”, afirma.

O entrevistado ainda deu algumas dicas para quem quer ajudar o próximo através de ações individuais:

Solidariedade e a pandemia

Lancellotti também interagiu com o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS, que contribuiu com o programa questionando o que pode ser feito para que mais pessoas possam ter seus direitos humanos acolhidos. A resposta foi que não há receitas prontas para solucionar os problemas. Segundo ele, é necessário buscarmos ver a nossa realidade, fazendo uma análise de conjuntura para depois discernirmos qual resposta é possível dar àquela questão levantada inicialmente. Aos participantes, ele sugeriu pesquisar sobre o método ver-julgar-agir, utilizado, até mesmo, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Por fim, em relação às redes sociais, Lancellotti considera ser necessário utilizá-las de maneira a mostrar a realidade, mas dentro de uma lógica de superação. Ele acredita que, muitas vezes, essas plataformas mostram apenas um mundo ideal e é necessário chamar atenção ao real. O entrevistado revelou que está tentando realizar um diário de pandemia, mostrando suas ações durante esse período, em seu perfil do Instagram, principalmente, para deixar claro que o ativismo não fica apenas no discurso, mas vai para a prática.

Você pode acompanhar as próximas entrevistas do programa Sem Estúdio, assim como outros eventos, na agenda da PUCRS e conhecer as ações solidárias realizadas pela Universidade, no site da Pastoral.

Sobre o convidado

Pedagogo e Presbítero católico brasileiro, Júlio Lancellotti exerce a função de Pároco da Paróquia de São Miguel Arcanjo no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo. Ativista social e defensor dos direitos humanos, participou da Pastoral da Criança e colaborou na formação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Como Vigário Episcopal da Arquidiocese de São Paulo, está à frente de diversos projetos municipais de atendimento à população carente, como o programa A Gente na Rua.

Além disso, a ação do padre em relação aos blocos de concreto em São Paulo inspirou um projeto de lei que vai contra a “arquitetura hostil”. Aprovada pelo Plenário do Senado, a lei denominada “Lei Padre Júlio Lancellotti” exibe um posicionamento contrário às intervenções públicas urbanas que permitem apropriação de espaços da cidade.

Sobre o programa

O programa Sem Estúdio já teve duas temporadas: na primeira, a pauta foi o Jornalismo em tempos de pandemia e entre os entrevistados estão Isabel Vincent (New York Post), José Roberto de Toledo (Revista Piauí) e Andrei Netto (Headline News). Já a temporada mais recente tratou da temática Direitos Humanos e recebeu, nomes como, Preto Zezé (presidente da CUFA), Ailton Krenak (líder indígena) e Míriam Leitão (jornalista da Globonews). Todas as entrevistas estão disponíveis para serem assistidas no Facebook do J e no canal do YouTube.

A terceira temporada, que iniciou com a entrevista do padre Júlio Lancelotti, tem como tema Cidadania e, em razão dos dez anos do Editorial, que serão completados neste ano, contará com a participação de ex-alunos que participaram do laboratório. As entrevistas ocorrem semanalmente, nas terças-feiras e são transmitidas, ao vivo, pelo Facebook.

Há nove anos, o Editorial J recebe estagiários e alunos voluntários dos mais variados semestres, que produzem, diariamente, conteúdos em diversas linguagens e plataformas. Neste período, o grupo já conquistou 27 prêmios de jornalismo regionais e nacionais. A produção pode ser encontrada no site e nas redes do @editorialj.

Leia também: Publicação internacional discute a crescente tensão social e o respeito à diversidade

Busca por roupas mais confortáveis, aumento das compras online e valorização de produtores locais. Esses são alguns dos impactos que a pandemia da Covid-19 e o consequente distanciamento social tiveram no consumo de moda, principalmente entre os jovens. Conforme a pesquisa Moda e pandemia, realizada por estudantes da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS – Famecosos hábitos de consumo vêm passando por mudanças neste período, fazendo com que as marcas também se reinventem para sobreviver no mercado.  

O estudo teve como foco jovens de 18 a 34 anos de Porto Alegre, com o objetivo de entender os hábitos de consumo desse público no momento que estamos vivendo. Orientados pelo professor Ilton Teitelbaum, os alunos e alunas ainda buscaram identificar tendências para o período que virá após o isolamento.  

Aumento nas compras online e valorização de produtos locais  

Alguns dos resultados da pesquisa mostram que a forma de comprar mudou durante a pandemia, com o crescimento das vendas online e queda no consumo offline. Por esse motivo, uma das possibilidades de recuperação dos negócios no pós-pandemia será o atendimento por aplicativos, como o próprio WhatsApp, além de provadores virtuais.  

Compras online aumentaram e compras presenciais diminuíram

Aumento das vendas online é um dos impactos da pandemia na moda

Teitelbaum acredita que o online veio para ficar e que é preciso aceitar que não há mais fronteira que o separe do offline:   

“O virtual faz parte do mundo real e vice-versa. Para as marcas, a adaptação terá que passar por entender que isso não tem volta. Faz parte do presente e fará parte do futuro”.

A busca por peças de roupas mais confortáveis também está entre os impactos da pandemia na moda. O fato de muitas pessoas passarem a trabalhar e estudar de casa incentiva que elas queiram se sentir mais à vontade. Ao mesmo tempo, isso não anula o desejo de se vestir bem. Além do conforto, os consumidores buscam peças estilosas com as quais se identificam – principalmente para vestirem da cintura para cima, parte do corpo que acaba ficando em evidência nas frequentes videochamadas de estudo, trabalho ou mesmo com familiares e amigos. 

Em relação às marcas, muitas precisaram mudar sua forma de atendimento para driblar as dificuldades impostas pela pandemia. Com isso, a conexão com o público tornou a comunicação mais humanizada.   

Em relação à valorização dos produtos locais, Teitelbaum considera uma questão complexa. Apesar de as compras de estabelecimentos regionais terem crescido, as soluções globalizadas e baratas, como o fast fashion, seguirão fortes – principalmente em um contexto de pessoas com finanças abaladas. “A oportunidade está em nichos, focados em pessoas que aceitam pagar um pouco mais por algo que lhes pareça especial, com um propósito, seja por ser customizado, seja por ser orgânico ou vegano, por exemplo”.  

Quanto mais jovem, mais consciência na hora de consumir  

A pesquisa Moda e pandemia ainda comparou as percepções de comportamento entre as gerações Y (nascidos entre os anos 1980 e meados de 1990, também conhecidos como millenials) e Z (nascidos após esse período, até o início dos anos 2000). Segundo o estudo, enquanto os primeiros são mais conectados com o status conferidos pelas peças de roupa, os jovens da geração Z estão se tornando mais conscientes em relação à moda, o que também impacta no mercado.  

A geração Z tende a querer expressar seus posicionamentos pessoais no vestuário. Por buscar um consumo com propósito, acaba abrindo espaço no guarda-roupa para marcas com mais responsabilidade ambiental e social.  

O que fica depois da pandemia?  

Busca por peças de roupas mais confortáveis é um dos impactos da pandemia na moda

A preferência por roupas mais confortáveis deve continuar depois da pandemia / Foto: Mikhail Nilov / Pexels

Algumas mudanças de hábito no consumo de moda devem permanecer mesmo após o fim da pandemia. O conforto que uma roupa proporciona, por exemplo, é algo com grandes chances de continuar sendo uma prioridade na hora de escolher uma peça.  

A busca por marcas com propósito também deve aumentar. “Vai crescer o consumo de marcas com propósito, que defendam causas não apenas na comunicação, mas em seu dia a dia. O espaço para a hipocrisia ou para mensagens vazias tende a se reduzir e, talvez, acabar”, aposta o professor.  

Comprar online é uma tendência que provavelmente será mantida pelos consumidores. Fatores como a facilidade de encontrar tudo o que se procura pela internet e o prazer em receber os produtos na porta de casa são decisivos para o aumento dessa modalidade de compra.  

Entenda como a pesquisa analisou os impactos da pandemia na moda  

O estudo Moda e pandemia contou com pesquisa de dados, pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa com mais de 200 respostas.  

A partir da pesquisa de dados, foi possível compreender as principais diferenças entre os jovens das gerações Y e Z, além de identificar três perfis de consumidores: consciente pragmático, que busca uma vida estável; conectado, que passa a maior parte do tempo na internet; e equilibrista, que busca fazer escolhas inteligentes para fazer tudo o que quer.  

A pesquisa qualitativa foi realizada com nove pessoas, sendo quatro especialistas (designer de moda, economista, psicólogo e professor) e cinco consumidores. Em relação à etapa quantitativa, realizada entre os dias 15 e 23 de novembro de 2020, o perfil dos consumidores foi majoritariamente jovens mulheres de 18 a 24 anos de Porto Alegre com renda de até R$ 5.525. 

Coordenado pelo professor Ilton Teitelbaum, o estudo foi realizado pelos estudantes Amanda Arrage, Douglas Rosa, Emily Müller, Ketlen Hoenes, Júlia Fay, Rachel Fernandes e Natália Pompeu. O relatório da pesquisa pode ser conferido neste link.

Protótipo desenvolvido pela PUCRS começa a ser utilizado em oito hospitais

Protótipo impresso na impressora 3D / Foto: Divulgação/PUCRS

Criado por pesquisadores da PUCRS, o protótipo conector para sistema de alto fluxo impresso em 3D possibilita que pacientes em tratamento com Covid-19 recebam maior fluxo de oxigênio, diminuindo a necessidade de intubação. Até o momento, já foram produzidos 120 protótipos que estão sendo utilizados em oito hospitais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais: Hospital São Lucas, PUCRS (RS), Hospital Independência (RS), Hospital Divina Providência (RS), Hospital São José (RS), Hospital Santa Isabel (RS), Hospital Estrela (RS), Hospital Bruno Born (RS) e Hospital Nossa Senhora de Fátima (MG). 

De acordo com um dos responsáveis pela criação do protótipo, o chefe do Serviço de Clínica Médica no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e professor na Escola de Medicina Giovani Gadonski, resultados preliminares analisados no HSL – primeiro hospital a utilizar a peça impressa –, mostram que o aumento do fluxo no oxigênio pode reduzir em até um terço a necessidade de intubação. Todas as instituições participantes da pesquisa, que aderiram ao Acordo de Cooperação, estão simultaneamente coletando dados para ampliar a abrangência e qualificação da pesquisa. 

Protótipo desenvolvido pela PUCRS começa a ser utilizado em oito hospitais

Como funciona o protótipo do conector / Foto: Divulgação/PUCRS

A peça, impressa no IDEIA/Tecnopuc FabLab, pode ser conectada na estrutura de suplementação de oxigênio já existente em qualquer hospital. Com o cateter de alto fluxo, é possível fornecer até 30 litros de oxigênio por minuto, sendo que, nos aparelhos convencionais, a quantidade é de até 15 litros de oxigênio por minuto. O dispositivo oferece mais conforto ao paciente e possibilita inclusive a alimentação oral, o que é impossível com a máscara, ou mesmo quando intubado. 

Para o professor Eduardo Giugliani, diretor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico (IDEIA) e responsável pela produção das peças 3D, sob o contexto científico e tecnológico o projeto permite consolidar iniciativas integradas entre vários centros de pesquisa da PUCRS e demonstrar o potencial de uma ação interdisciplinar. Estiveram envolvidos na criação do protótipo múltiplos atores: médicos, engenheiros, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos (tecnologia e saúde), entre outros. 

Impacto da pesquisa na sociedade 

Para o médico e professor Giovani Gadonski, o conector é motivo de alegria por comprovar mais uma vez o impacto da pesquisa no dia a dia da sociedade. “Para quem está inserido na universidade como professor e na assistência dentro do hospital, poder desenvolver uma alternativa que possa ajudar as pessoas no enfrentamento da doença é muito gratificante. Me sinto privilegiado por estar dentro de uma instituição que proporciona um ecossistema de inovação que permite a aplicação translacional da pesquisa e assistência no mesmo ambiente”, comenta. 

Para Giugliani outro aspecto que cabe destaque é a urgência em que foi efetivada a pesquisa e a rápida trajetória até a prototipagem do conector, em um processo com duração inferior a 60 dias. “Processo que não seria possível em uma Instituição que não apresenta características e competências tão interdisciplinares como a PUCRS, capacidade de resposta rápida e efetiva para uma ação em rede, além de contar com um capital humano altamente qualificado, em todos os níveis demandados”, completa. 

Como cuidar da saúde da pele em meio à rotina da pandemia

Foto: Pexels

Após mais de um ano de pandemia da Covid-19, máscaras, protetores faciais e álcool em gel se tornaram alguns dos acessórios mais comuns na rotina de quem precisa sair de casa. Porém, ao utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por longos períodos, a superfície da pele pode ficar com marcas e até mesmo machucados. 

Profissionais da linha de frente do combate ao coronavírus têm apresentado peles extremamente avermelhadas, muitas vezes com irritações, feridas e até manchas”, conta  Roberta Palazzo, professora do curso de Biomedicina da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenadora da pós-graduação em Estética e Cosmética: Gestão, Negócios e Procedimentos da PUCRS. Já para o público geral, os casos mais relatados são o de surgimento de acne, coceira, descamação, ressecamento, oleosidade, poros dilatados e flacidez. 

Por que o uso da máscara promove alterações na pele? 

Uma das causas é o aumento da temperatura dentro da máscara, por causa da respiração. Isso faz com que a transpiração seja maior e, consequentemente, a desidratação da pele também. Uma reação natural de defesa do corpo para isso é produzir oleosidade, cerca de 10% a mais a cada elevação de 1°C. 

Outra modificação é a do pH cutâneo, que costuma ser levemente ácido pela presença ácidos graxos e ácido lático no sebo e no suor, respectivamente. Com a maior produção desses fluidos o resultado é uma maior acidificação,  causando o desequilíbrio da microbiota cutânea, surgimento de infecções e agravamento de condições pré-existentes como rosácea e psoríase. 

O uso prolongado de máscara também foi associado a alterações na elasticidade da pele, por causa do calor e da umidade. O microambiente criado promove uma série de estímulos repetitivos e desconectados das condições atmosféricas reais, gerando as alterações e fatiga cutânea. 

Como minimizar o impacto dessa nova rotina na pele? 

Confira algumas orientações de Roberta que podem ajudar na saúde e na recuperação da sua pele: 

Aprenda com uma estrutura de ensino completa 

Como cuidar da saúde da pele em meio à rotina da pandemia

Foto: Charlotte May/Pexels

Se o seu sonho é atuar na área da saúde, conheça as diferentes opções de cursos oferecidos pela PUCRS, como a Biomedicina, por exemplo. O curso forma profissionais capacitados/as para as atividades de biomedicina estética, diagnóstico por imagem e terapia, análises clínico-laboratoriais e toxicológicas, reprodução humana, ciências forenses, genética, entre outros campos de atuação. 

E para você continuar se qualificando, conheça a pós-graduação em Estética e Cosmética: Gestão, Negócios e Procedimentos do PUCRS Online e amplie seus horizontes em um dos mercados mais promissores do Brasil e do mundo: a indústria da beleza e do bem-estar. 

Programa de Acolhimento Psicológico na Pandemia, SAPPA pandemia provocada pela Covid-19 tem nos exigido lidar com rápidas mudanças e sentimentos como incerteza, medo, luto e ansiedade. Diante dessa nova realidade, a atenção e o cuidado com a saúde mental se tornam ainda mais fundamentais. Para atender as demandas da população frente as dificuldades emocionais, o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS está disponibilizando atendimento online e gratuito para a comunidade. 

Coordenado pelas professoras Renata Dipp e Fernanda Moraes, o SAPP realiza em média cerca de 15 mil atendimentos presenciais por ano. Durante 2020, em decorrência da pandemia, o Serviço foi interrompido entre os meses de março e agosto, retornando com apenas 25% da capacidade para atender aos protocolos de distanciamento social. Em setembro, após liberação do Conselho Federal de Psicologia, os atendimentos realizados pelos estagiários puderam ser adaptados ao modelo online. 

“É nosso papel como universidade devolver o conhecimento científico produzido à sociedade. Estudos demonstraram que ao mesmo tempo em que as medidas de distanciamento social são fatores de proteção fundamentais, elas também evidenciam desfechos psicológicos negativos de diferentes ordens. E isso também foi vivido na prática pelos nossos núcleos de atendimento, o que naturalmente nos levou a pensar em como ampliar a nossa capacidade de serviço, que já estava restrita por conta dos necessários protocolos sanitários”, destaca Renata. 

Acolhimento durante a pandemia

O Programa de Acolhimento Psicológico na Pandemia do SAPP oferece apoio em diferentes áreas, que incluem: psicoterapia individual, de casal, familiar e de grupos temáticos; consultoria às escolas e às empresas; suporte e plantões psicológicos voltados para a comunidade escolar; orientação profissional e aconselhamento de carreira; oficinas sobre o impacto do trabalho remoto e saúde do trabalhador; intervenções psicossociais/comunitárias, dentre outras. 

O atendimento do Programa é voltado para a população de Porto Alegre e região metropolitana. As inscrições para a primeira edição podem ser realizadas a partir do dia 19 de março por meio de um formulário que deverá ser integralmente preenchido através deste link. Todos os inscritos passarão por duas entrevistas de acolhimento para posterior direcionamento do atendimento conforme a demanda identificada. A chamada para os atendimentos seguirá a ordem de inscrições no site e as atividades ocorrerão através de plataformas online.  

“O recurso de atendimentos online nos possibilitou planejar um programa emergencial para acolhimento dessas diferentes demandas decorrentes da pandemia. O Programa permitirá que a comunidade local possa usufruir dessa alternativa de apoio e, também, possibilitará que nossos estagiários atuem conectados as novas demandas técnicas, desde uma perspectiva ética” ressalta Fernanda.    

Pioneirismo e atuação constante

O curso de Psicologia da PUCRS, constituído em 1953, é o segundo do Brasil e primeiro da Região Sul. Criado em 1974 e pioneiro no Estado, o SAPP, além de ser campo de práticas supervisionadas e pesquisa, disponibiliza atendimento gratuito para a comunidade.  

O Serviço possui sete núcleos que atuam em diversas áreas:  Núcleo de Práticas, os Núcleos Clínicos (abordagens psicanalítica, sistêmica e cognitivo-comportamental), e os Núcleos Ampliados (Psicologia Escolar e Educacional, Psicologia Social e Institucional e Psicologia da Carreira e do Trabalho). O Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia da PUCRS é um dos mais procurados em Porto Alegre e conta com uma equipe de sete psicólogos/as supervisores e 96 estagiários/as.

Serviço

Programa de Acolhimento Psicológico na Pandemia

Estudantes vacinaram mais de mil pacientes em uma semana e seguem atuando na imunização

Estudantes do curso de Enfermagem atuando na imunização / Foto: Divulgação

Desde o início de fevereiro mais de 20 estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e profissionais da saúde do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) estão atuando na campanha de imunização contra a Covid-19. Em março, 13 alunos e alunas e cinco docentes do curso de Enfermagem da PUCRS estão auxiliando na Campanha de Vacinação contra a Covid-19 na Unidade de Saúde Modelo de Porto Alegre e na US Santa Marta. Na última semana, 1283 pessoas foram imunizadas. 

Nas próximas semanas o grupo atuará em unidades de saúde do Distrito Docente Assistencial (DDA) da PUCRS, que contemplam as regiões Leste, Nordeste, Partenon e Lomba do Pinheiro. Os DDAs são estruturas de Integração Docente Assistencial (IDA) aos serviços de saúde de Porto Alegre que possibilitam que a realidade das atividades acadêmicas esteja conectada às demandas da comunidade. 

A professora Janete Urbanetto, coordenadora do curso de Enfermagem, destaca a relevância da ação para a contenção do coronavírus: 

“Participar de um momento tão importante e esperado como esse tem sido muito gratificante para estudantes e professores. Mesmo com toda a complexidade que estamos vivendo, atuar na prevenção primária por meio da vacinação nos traz a esperança de dias melhores e da redução da circulação da Covid-19″. 

A do CEUVF segue trabalhando em parceria com as equipes volantes das Secretaria de Saúde de Porto Alegre (SMS). Além disso, em março o CEUVF também passou a ser um dos pontos de vacinação na Capital gaúcha, seguindo as datas e horários previstos pela SMS. Entenda como estão funcionando os modelos de atuação: 

O grupo de estudantes, que já tem experiência de campo, também recebeu capacitação, retomando o protocolo de imunização, procedimentos técnicos e de higienização. 

Estudantes vacinaram mais de mil pacientes em uma semana e seguem atuando na imunização

Foto: Divulgação

Para quem sonha em cuidar 

A área da saúde permite uma atuação de grande importância para a sociedade. Na PUCRS, estudantes contam com uma estrutura completa de ensino, pesquisa, assistência e inovação. Conheça os diferentes cursos oferecidos! 

Além das Escolas de Ciências da Saúde e da Vida e de Medicina, o Campus da Saúde da PUCRS conta com Parque Esportivo, Hospital São Lucas (HSL), Instituto do Cérebro (InsCer), BioHub, Centro de Reabilitação e, em breve, o Centro Interdisciplinar de Saúde. 

Um ano de motivos para seguir em frente Quando as metas para 2020 foram listadas, não era possível imaginar o que viria pela frente. 365 dias depois, imensurável foi o esforço humano para responder ao novo modelo social. Lidar com os medos e principalmente com as perdas exige muito da comunidade, da sociedade e da Universidade. Mesmo sem saber até quando essa realidade irá persistir, a esperança impulsiona para que juntos e juntas seja possível caminhar em direção ao futuro.

Para que não seja necessário completar mais um ano sem abraços apertados e sem o toque que conforta, é preciso continuar tendo força e tomar todos os cuidados para frear de vez o avanço do coronavírus. Só assim será possível trocar a máscara pelos encontros afetuosos e o álcool em gel pelos apertos de mão. Afinal, não faltam razões para seguir em frente.

Relembre ações da Universidade nesse ano que foram essenciais tanto na linha de frente quanto desenvolvendo tecnologias, pesquisas e parcerias para combater à pandemia.

Adaptação e mobilização pela comunidade

Em 16 de março de 2020 a PUCRS anunciava a suspensão das aulas presenciais, atividades e serviços não-essenciais e a transição para o modelo remoto. Em apenas 48h, foi realizada a formação do corpo docente, a implementação da equipe de Mediação Online e a aquisição de recursos tecnológicos necessários para dar continuidade à formação de milhares de estudantes.

Um ano de pandemia

Linha do tempo da mobilização da PUCRS na contenção da Covid-19 em 2020

Em abril, mais de 50 profissionais, pesquisadores e pesquisadoras da PUCRS, incluindo docentes da Escola de Medicina, Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Escola de Humanidades, Escola Politécnica, Instituto do Cérebro do RS (InsCer), Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) e do Hospital São Lucas (HSL) se mobilizaram na busca de soluções em uma força-tarefa multidisciplinar.

Saiba mais: Força-tarefa multidisciplinar da PUCRS é formada contra a Covid-19

Entre os legados dessa união estão a doação de mais de 15 mil protetores faciais para instituições de saúde, o desenvolvimento de mais de 50 pesquisas relacionadas à Covid-19, a criação de diferentes exames para a detecção do vírus, entre tantas outras ações.

Saiba mais: Legados da força-tarefa (páginas 16 a 19 da Revista PUCRS)

Desde então a mobilização da Universidade não parou. Relembre algumas das ações que marcaram os primeiros 365 dias de pandemia:

Por um futuro melhor #JuntosSeguimos

É responsabilidade de cada pessoa continuar tomando todos os cuidados e saindo de casa apenas quando necessário, evitando aglomerações, usando máscara e seguindo todas as medidas de segurança, saúde e higienização.

Acompanhe os canais oficiais da PUCRS e fique por dentro das novidades. Juntos e juntas seguimos:

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