British CouncilDurante a conferência anual da Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), realizada em abril, no Pará, aconteceu o lançamento da nova publicação do British Council, intitulada Universidades para o Mundo: Estratégias e avanços no caminho da internacionalização. Na nova edição da revista, que apresenta cases voltados à internacionalização do ensino superior no Brasil, boas práticas realizadas na PUCRS aparecem como destaque na publicação.

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 A força do planejamento

Entre os destaques da PUCRS, está o Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt), o qual exigiu que a instituição elaborasse um mapeamento interno sobre suas potencialidades para elaboração do plano de ação exigido e diretrizes para o processo de internacionalizar.

 Conexões sólidas e duradouras

O portal PUCRS Internacional também é destaque, criado com o objetivo de comunicar as boas práticas da área internacional para o público interno da instituição. Além disso, o trabalho de acolhida de professores, pesquisadores e visitantes estrangeiros realizado pelo Escritório de Cooperação Internacional é apresentado como uma prática positiva para fortalecer as conexões internacionais.

 Impulso para a inovação

A parceria entre o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT-PUCRS) e Newcastle University aparece como outro exemplo importante de internacionalização na publicação. Nos últimos cinco anos, houve uma conexão de mais de 50 docentes, pesquisadores e técnicos das duas instituições, além de diversos projetos em conjunto.

 

Workshop Internationalization at Home, Sue Robson

Sue Robson visitou a Universidade através do PUCRS PrInt. Foto: Bruno Todeschini

Nesta terça-feira, dia 7 de maio, Sue Robson, da Newcastle University, participou do workshop Internationalization at Home – I@H: Perspectives for Undergraduate Studies, promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesq). A pesquisadora veio à Universidade como professora visitante no âmbito do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt) e participa do projeto de cooperação Formação humana: saberes e práticas para um mundo em movimento, coordenado pelo professor Alexandre Guilherme, da Escola de Humanidades, vinculado ao tema prioritário Mundo em Movimento: Indivíduos e Sociedade.

Na ocasião, Sue discutiu sobre a internacionalização como ponto estratégico para o ensino superior e os desafios para criar um ambiente internacionalizado dentro do próprio Campus, a chamada internacionalização em casa. A pesquisadora levantou a questão de a mobilidade acadêmica ainda ser uma realidade para uma pequena parcela dos estudantes e, por isso, a necessidade de novas iniciativas que preparem os alunos para um mundo globalizado e multicultural.

“É preciso ter consciência de que qualquer mudança que vá além da mobilidade acadêmica impacta diretamente a estrutura da Universidade”, comenta a pesquisadora. Com o objetivo de não apenas conceder um diploma de ensino superior, é necessário que a Universidade esteja preparada para formar cidadãos globais, estimulando o desenvolvimento de competências internacionais e interculturais.

Desafios e oportunidades

Workshop Internationalization at Home, Sue Robson

O workshop também apresentou estratégias para integração de alunos da mobilidade acadêmica. Foto: Bruno Todeschini

Como englobar os alunos em sua totalidade nessa iniciativa de formação internacional e não apenas aqueles que têm a oportunidade de viajar para o exterior? Para a professora, projetos que apostem na inclusão, impacto e equidade visam não apenas os alunos, mas a sociedade como um todo. Entre as oportunidades apresentadas pela professora britânica, destacam-se:

Boas práticas em foco

Além da apresentação da visitante Sue Robson, o workshop contou com uma apresentação elaborada pela professora da Newcastle University, Alina Schartner, abordando um modelo integrado de adaptação e adequação por parte dos alunos de mobilidade acadêmica, além de implicações e aplicações sobre a internacionalização.

Já a docente e pesquisadora Marilia Morosini, da Escola de Humanidades, que faz parte do projeto de cooperação do PUCRS-PrInt ao qual Sue está vinculada, abordou a  internacionalização do ensino superior no Brasil. A diretora de graduação da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Continuada (Prograd), Adriana Kampff, apresentou as diretrizes que englobam a internacionalização em casa na PUCRS, além de quatro cases que fomentam a temática em diferentes Escolas da Universidade.

Sue Robson permanece na PUCRS por duas semanas onde trabalhará em parceria com os professores Alexandre Guilherme, coordenador do projeto de cooperação, e Marilia Morosini, além de participar de uma segunda etapa do workshop voltado aos professores e alunos do Stricto Sensu da PUCRS.

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Professora Caroline Mcdonald e professor Christian Woolford, da Newcastle University. Foto: MCT PUCRS

Os professores Caroline Mcdonald e Christian Woolford, da Newcastle University e Paul Smith, da University of Oxford, estiveram presentes na 2ª edição do Connecting Museums, realizado no auditório do Museu de Ciência de Tecnologia (MCT-PUCRS). O evento, que ocorreu entre 5 e 8 de dezembro, nasceu a partir da parceria entre o museu da PUCRS, o Great North Museum: Hancock (Newcastle) e o Museum of Natural History (Oxford).

Além das palestras realizadas pelos representantes dos três museus, os visitantes britânicos puderam acompanhar o trabalho de formação de professores de escolas da rede municipal de ensino de Porto Alegre e da rede Marista, desenvolvido pelo MCT-PUCRS. O projeto, elaborado pelo professor José Luís Ferraro, é financiado pelo British Council de São Paulo e executado pela equipe da Coordenadoria Educacional do MCT-PUCRS, capitaneada pela professora Renata Medina, ambos da Escola de Ciências. A iniciativa prevê o lançamento de um livro em 2019, com manuscritos dos professores que participaram da capacitação relatando a contribuição da visita ao museu para as suas atividades de sala de aula.

De acordo com o Ferraro, a aproximação em termos de ensino, pesquisa e extensão com as universidades mundialmente reconhecidas contribui significativamente para a relevância das ações em conjunto. “Além disso, a parceria rende à PUCRS uma inserção em fundos de importância internacional como o Newton Fund e a garantia do MCT-PUCRS no SUMs (Science University Museums Group), iniciativa que está se consolidando no Reino Unido com participação de museus de ciências do mundo inteiro”, adiciona.

Em maio de 2018, Ferraro palestrou em conferência do SUMs na University of Oxford, abordando a situação da educação em ciências no Brasil e o papel do MCT-PUCRS em atividades relacionadas à alfabetização científica e a popularização da ciência. Em 2019, a PUCRS se fará presente novamente no evento do SUMs, que dessa vez ocorrerá em Newcastle.

Sobre a parceria entre os museus

Em 2016, a PUCRS foi aprovada no edital Newton Fund, promovido pelo British Council, que resultou em uma parceria entre a Universidade e a Newcastle University. A construção da exposição conjunta no Brasil e no Reino Unido, Marcas da Evolução, abordou a temática da evolução biológica. No mesmo ano, em uma conferência do Universities Museum Group (UMG) em Reading, Reino Unido, Ferraro fez a primeira aproximação com a Oxford University, que passou a integrar o, então, embrião de uma rede que organiza o SUMs no Reino Unido e o Connecting Museums, no Brasil.

As equipes dos três museus trabalham em conjunto para captação de mais fundos para produção de exposições conjuntas. Em termos de produção científica, além de trabalhos completos em congressos, em 2019 o primeiro paper envolvendo pesquisadores da PUCRS, Oxford e Newcastle na área da educação em museu de ciências será publicado.

 

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Torcida internacional curtiu primeiro jogo da Copa
Foto: Thais Gonçalves

Os alunos internacionais que estão estudando na PUCRS neste semestre já entraram no clima da Copa do Mundo 2018. Uma manhã de integração foi planejada pela Assessoria de Cooperação Internacional para reunir a equipe da Mobilidade Acadêmica, estudantes estrangeiros e amigos universitários nesta quinta-feira, 14 de junho, no andar térreo da Reitoria. No ambiente, com decoração temática, os estudantes assistiram à cerimônia de abertura e ao primeiro jogo do campeonato mundial, Rússia versus Arábia Saudita. Além da programação no telão, o grupo também participou de um quiz para testar os conhecimentos sobre o universo do futebol.

Com representantes da Espanha, Inglaterra, México, Colômbia, Uruguai, Alemanha, Itália e França, o encontro contou com torcida, palpites e muita integração. Os alunos tiveram a oportunidade de falar sobre a paixão pelo futebol em seus países e conhecer um pouco mais sobre a cultura dos colegas.

De olho na taça

As colombianas Daniela Chacón e Daniela Morales, da Corporación Universitaria Minuto de Dios, estão na PUCRS desde fevereiro estudando Jornalismo na Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. Sobre a torcida para este ano, as opiniões divergem. Enquanto a primeira afirma que torcerá pelo Brasil, a segunda diz que sonha ver a taça sendo conquistada pelo selecionado de sua terra natal, Colômbia.

“Quero ver o Brasil e a Alemanha na final. Mas, desta vez, torço para que o Brasil leve o título”, comenta Daniela Chacón. Já a amiga colombiana acredita que Argentina e Alemanha disputarão o título final.

Para o britânico Edward Owen, da Newcastle University e estudante de História na Escola de Humanidades, a torcida será para Inglaterra. Fã de futebol, o aluno assistirá parte do campeonato no Brasil e, os últimos jogos, já de volta ao país de origem. Sobre seu palpite a respeito da final, Owen arrisca: Brasil e Alemanha na final e a Alemanha levando, novamente, o título.

professores universidade newcastle, aaii, parceria

Foto: Mariana Haupenthal

A PUCRS recebeu, entre os dias 2 e 4 de abril, a visita de três pesquisadores da Newcastle University, do Reino Unido, instituição parceira de diversos trabalhos em conjunto com a Universidade. Adam Potts, Robin Humphrey e Rosalind Beaumont participaram de reuniões para apresentar seu novo projeto de ensino a distância de Certificação de Pós-Graduação em Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais, que busca capacitar doutorandos e recém-doutores sobre métodos de pesquisa.

Humpfrey, diretor de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Newcastle University, falou sobre o desejo de tornar a PUCRS um hub acadêmico do curso no Brasil através do Centro de Educação Continuada PUCRS (Educon), em uma rede que inclui ainda Naresuan University (Tailândia) e Newcastle University London. “O projeto permitirá que pesquisadores do Brasil, Reino Unido e Tailândia interajam em um ambiente de aprendizagem virtual”, comenta o professor. Estima-se o início do projeto baseado em ensino a distância para 2019.

A proposta, discutida na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), apresenta potenciais repercussões para os Programas de Pós-Graduação da PUCRS. “Estão sendo realizados estudos sobre a viabilidade da Certificação ser ofertada de forma sequencial aos cursos de mestrado e doutorado na Universidade, ou mesmo como parte integral de alguns cursos nas áreas de Humanidades, Ciências Sociais e Ciências Sociais Aplicadas. Dessa forma, poderia haver um incremento significativo na internacionalização dos Programas de Pós-Graduação da PUCRS”, comenta o diretor de Pós-Graduação, professor Christian Kristensen.

Sobre a certificação

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Professores britânicos com a equipe da PUCRS
Foto: Thais Gonçalves

O Certificado de Pós-Graduação em Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais foi criado em 2009 e tem mais de 400 graduados. O treinamento abrangente em nível de doutorado oferece uma base sólida para quem busca seguir na pesquisa acadêmica.

O curso fornece uma oportunidade para o pesquisador desenvolver e demonstrar treinamento em uma variedade de métodos de pesquisa. Além disso, equipa-o com o conhecimento, compreensão, habilidades e aptidões para empreender pesquisas avançadas e oferece rotas cuidadosamente projetadas para os cientistas sociais e para estudantes de pesquisa das Artes e Humanidades. Por fim, permite ao aluno de doutorado ou ao pesquisador em estágio inicial da sua carreira estabelecer uma rede de relacionamentos com potencial para futuras cooperações internacionais.

A parceria entre PUCRS e Newcastle

A parceria com a Newcastle University, integrante de uma rede com 24 universidades britânicas de excelência denominada Russel Group, se mantém há mais de 20 anos. Grupos de pesquisadores da PUCRS desenvolvem trabalhos sistemáticos em parceria com a instituição britânica em áreas diversas do conhecimento.

Entre as iniciativas em conjunto destaca-se o seminário Internationalisation of Higher Education in the UK and Brazil: A partnership between Newcastle University and PUCRS que abordou as pesquisas realizadas em diferentes áreas de estudo e discutiu sobre a perspectiva de internacionalização a partir de redes de pesquisa nos contextos do Reino Unido e Brasil. Além dele, a elaboração conjunta da exposição Marcas da Evolução, no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS e o Great North Museum: Hancok, possibilitou que ambas as universidades estreitassem suas relações.

Yasmin Dutra/PUCRS

Yasmin Dutra/PUCRS

O Reitor, Ir. Evilázio Teixeira, e o Vice-Reitor, Jaderson Costa da Costa, receberam nesta quinta-feira, 18 de maio, os professores Sue Robson,  Steve Walsh e Joana Filipa Almeida, da Newcastle University. O grupo de pesquisadores veio a Porto Alegre para o seminário Internationalisation of Higher Education in the UK and Brazil: A partnership between Newcastle University and PUCRS, ocorrido no último dia 16, quando foi consolidada a parceria acadêmica entre as duas instituições.

Desde 2016, um grupo de pesquisadores da PUCRS, do qual fazem parte os docentes  Alexandre Anselmo Guilherme e Marilia Morosini, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Escola de Humanidades (PPGEdu), mantém contatos e trabalhos sistemáticos em parceria com a Newcastle University (Reino Unido), integrante do Russel Group, uma rede formada por 24 universidades britânicas de excelência.

O seminário dessa semana, promovido pelo Centro de Estudos em Educacao Superior (CEES), da Escola de Humanidades, discutiu a perspectiva da internacionalização a partir de redes de pesquisa nos contextos do Reino Unido e Brasil; o incentivo à reflexão sobre as pesquisas e práticas docentes e institucionais por meio de trocas de experiências; e o reforço do diálogo, da produção e da circulação do conhecimento acerca da internacionalização na Educação Superior.

Uma das propostas apresentadas no evento foi a internacionalização at home do ensino e da pesquisa, ou seja, sem a necessidade de viagem a outros países. Essa é uma realidade no continente europeu e pode representar uma inovação para os currículos acadêmicos no Brasil.