Ações sustentáveis pensadas para tentar frear o aquecimento global e mudanças climáticas têm sido pauta de empresas, líderes globais, países e universidades. A compensação de carbono, prática que consiste na redução ou remoção das emissões de dióxido de carbono de uma organização – e também geração de créditos para aqueles que produzem em menor quantidade – é uma das políticas ambientais possíveis para instituições que assumem o compromisso de minimizar os impactos negativos gerados pela sua existência e operação.
Desde 1993 a PUCRS tem essa preocupação e com o Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza (Pró-Mata), até o momento, já neutralizou mais de 160 mil toneladas de carbono. Recentemente a Universidade inaugurou, na Avenida Mauá, em Porto Alegre, um muro que marca em tempo real a neutralização de CO2 feita pelo Pró-Mata.
A área de preservação ambiental da Universidade localizada em São Francisco de Paula, possui mais de 3 mil hectares de área preservada e é reconhecida internacionalmente como um dos 25 hotspots de biodiversidade mundial. Além disso, também é considerada a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Rio Grande do Sul. Adquirido em 1993 e mantido com muita dedicação protegido desde então, neste ano o Pró-Mata completa 30 anos consecutivos de acúmulo de biomassa vegetal em área protegida.
“A PUCRS, com o seu peso institucional, pode e deve conduzir a sociedade por caminhos que levem a uma melhor qualidade ambiental em sentido amplo e tragam dignidade à vida humana, sempre em perfeita integração com a diversidade biológica e as paisagens naturais”, conclui Nelson Fontoura, diretor do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS (IMA).
Além da atuação do Pró-Mata, a PUCRS lidera inúmeras outras estruturas, pesquisas e iniciativas globais que buscam mitigar a crise climática e a potencializar o uso de energias renováveis. A Universidade está alinhada como os objetivos da ONU para a Agenda 2030, que consiste em um conjunto de programas, ações e diretrizes que orientaram as práticas sustentáveis dos países.
Nem todo mundo está familiarizado com os conceitos que permeiam a pauta climática. Para facilitar o entendimento, explicamos alguns termos bastante utilizados por especialistas da área. Confira!
De maneira geral, o aquecimento global é definido pelo aumento da temperatura dos oceanos. O alto índice de desenvolvimento das sociedades atuais acabam sendo os responsáveis por esse aumento, visto que há uma grande queima de combustíveis fosseis para a produção de energia. Além disso, atividades humanas também contribuem para a produção de gases de efeito estufa (GEE).
São alterações provocadas nos parâmetros de clima que acontecem a longo prazo. E essas mudanças têm causas naturais, como incidência, órbita, La Ninã e El Ninõ, e atividade vulcânica, por exemplo. Também existem as causas antrópicas (aquelas causadas pelo ser humano) como queima de combustíveis fosseis, desmatamento, emissão de gases poluentes, poluição do solo e recursos hídricos.
Em linhas gerais, quase todo produto, serviço ou atividade emite algum nível de gás carbônico. Para aquilo que não é possível diminuir ou evitar, é possível recorrer ao processo de compensação de carbono. Uma compensação de carbono é uma redução ou remoção das emissões de dióxido de carbono ou outros gases de efeito estufa feitas em um local para compensar as emissões de outros.
A biomassa vegetal é uma importante fonte de energia limpa, que captura dióxido de carbono da atmosfera formando grandes cadeias de carboidratos como a celulose, hemicelulose, lignina e outras moléculas que compõe a parede da célula vegetal.
São espaços que possuem uma grande diversidade e riqueza de espécies que ou se encontram ameaçados de extinção ou que estão passando por um processo atual de degradação.
Desde sua fundação, a Universidade se preocupa com a geração de desenvolvimento e impacto social. Atualmente, a PUCRS tem projetos e pesquisas que contemplam 16 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. A Universidade conta, desde 2022, com o Laboratório de Desigualdades, Pobreza e Mercado de Trabalho (PUCRS Data Social). A estrutura coordenada por pesquisadores das Escolas de Humanidades e Negócios se dedica a elaborar estudos e relatórios baseados em dados públicos oficiais. Além disso, a Universidade realiza ações para erradicar a fome e o desperdício de alimentos, questão que está relacionada a pobreza e insegurança alimentar.
A PUCRS também tem projetos e oportunidades voltados à igualdade de gênero como o Mulheres na Ciência além de consultoria exclusiva de carreira para mulheres no mercado de trabalho. Como resposta à desigualdade social, conta com programas de bolsa de estudo para facilitar o acesso à educação aqueles que mais precisam, além de realizar doações de materiais de estudo.
No campo da saúde, a PUCRS realiza inúmeras pesquisas para impactar no bem-estar e saúde da população no presente e no futuro, como desenvolvimento e testagem de vacinas e também o pioneirismo em um radiofármaco capaz de auxiliar no diagnóstico de doenças como Alzheimer. Outro destaque é a atuação das pessoas que compõe a comunidade universitária, como alunos e alunas, professores e pesquisadores premiados e reconhecidos em diferentes rankings e publicações mundo afora.
A PUCRS é uma das únicas instituições de Ensino Superior do Rio Grande do Sul que possui a licença de operação para o gerenciamento dos resíduos. A licença é fornecida pelos órgãos ambientais e estipula que sejam tratados todos os resíduos gerados pela Universidade.
Para realizar essa operação, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) orienta e regulariza os processos diferentes para o tratamento de cada resíduo produzido, garantindo o descarte correto e a destinação final adequada para minimizar o impacto ambiental causado pelo lixo. Para reforçar a atitude de cuidado e compromisso com o meio ambiente, a instituição promove constantemente a campanha Descarte Seletivo, uma atitude coletiva.
A partir dessas ações, desde 2018 a Universidade já reciclou mais de 500 toneladas de resíduos, entre eles 7 toneladas de plástico, 156 toneladas de papel e 17 toneladas de vidro, além de 320 toneladas de ferro e alumínio.
“Esses números representam quantidades expressivas de petróleo não extraído da natureza e quase 5 mil árvores poupadas. Tudo o que a PUCRS vem fazendo para o meio ambiente, bem como a revitalização da Avenida Ipiranga, está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, ressalta o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira.
A conservação do meio ambiente é uma das grandes preocupações que o mundo enfrenta hoje. A PUCRS integra projetos para promover cidades mais sustentáveis, além de também ser sido a primeira Universidade do Sul do Brasil a ofertar o curso de graduação presencial em Engenharia de Energias Renováveis. A instituição também conta com projetos e pesquisas voltadas para entender meios de preservar a vida marinha e terrestre.
Para além de entender o meio ambiente, é necessário compreender como produzir produtos que gerem o menor impacto em nosso planeta. Neste sentido, por meio de parcerias externas, a Universidade tem buscado assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Sendo uma Universidade que investe em inovação e empreendedorismo, a PUCRS também apoia a promoção de um crescimento econômico sustentável inclusivo, em que trabalho oportunidades de trabalho digno sejam uma possibilidade para todos.