educação midiática

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A forma como nos relacionamos com as mídias sociais se transforma todos os dias. Na última década,   informações e opiniões  passaram a ecoar pelo mundo com facilidade e rapidez, fenômeno que  derrubou barreiras de comunicação entre cidades, países e continentes. É fácil perceber que a internet oportunizou algo que hoje é completamente normal – principalmente para quem nasceu após os anos 2000. O que muitas vezes não recebe a nossa atenção são os ruídos que acompanham a mensagem, originando as fake news.   

Em um contexto em que as pessoas não apenas participam como protagonizam a produção de conteúdo nas redes sociais, é fundamental saber identificar o que é verídico e tem embasamento do que não tem. Combater a desinformação e entender como a usabilidade das redes sociais vem se transformando são alguns dos propósitos da educação midiática. 

O que é educação midiática? 

Você já refletiu alguma vez sobre esse tema? Pare um minuto para pensar todos os canais dos quais você consome informação e como eles são diferentes. A educação midiática reconhece as funções dos meios de comunicação e informação nas nossas vidas e nas sociedades democráticas. Ou seja, desenvolve competências para avaliar as fontes de informação com base em como elas são produzidas e para quais audiências são distribuídas. 

Para a UNESCO, é importante pensar em estratégias de educação midiática para criar uma sociedade inclusiva e baseada em conhecimento. A mídia e a informação são centrais para democracia, pois auxiliam a moldar percepções, crenças e atitudes das pessoas. Com o aumento do conteúdo gerado pelos usuários, a educação midiática é fundamental para saber “navegar” nesse contexto. 

Como as pessoas usam as mídias sociais hoje? 

educação midiática

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O professor universitário Clay Shirky escreveu, em 2010, que estávamos vivendo em uma cultura de extrema participação. Dez anos depois, muitos usuários migraram de criadores de conteúdo para consumidores. Isso é chamado de navegação passiva – quando o usuário passa mais tempo consumindo conteúdo do que compartilhando suas próprias ideias.  

De acordo com Social Media Trends 2020 do Hootsuite, 97% das pessoas que responderam estar conectadas à internet usam mídias sociais; destas, 30% são millenials e 28% fazem parte da Geração Z. Em 2019, o crescimento de usuários na plataforma chinesa TikTok chamou atenção do mundo. O Relatório Social Mundial da Global Web Index (GWI) de 2020, apontou que 69% dos usuários desta rede estão entre os 16 e 24 anos. No entanto, a forma de utilizar essas ferramentas muda de indivíduo para indivíduo e, por causa desse movimento, as marcas têm prestado cada vez mais atenção nos novos usos de mídias sociais. 

Já o report da GWI deste ano, mostrou que a Geração Z, por exemplo, está tentando adotar hábitos de mídia social mais saudáveis: não apenas mudando o tempo que passam nas plataformas, mas também como as usam. Em comparação com 2020, mais usuários dizem que postar sobre sua vida pessoal é uma das principais razões para usar as redes. Isso pode estar ligado à tendência de postagem casual e ao surgimento de novos layouts como o “photo-dump”. Agora, essa estética menos polida está em alta, movimento que também é positivo, já que pesquisas mostram que quando estamos ativos nas mídias sociais temos uma experiência mais positiva do que quando somos passivos. 

Inovação em mídias 

Nesse cenário de mudanças, o papel dos profissionais de comunicação muda o tempo inteiro. De acordo com Pedro Sellos, jornalista e professor na Universidade Americana em Dubai, os principais fatores que motivaram os grandes produtores de notícia e conteúdo a pensarem em outras alternativas foram a queda no número de assinantes de jornais, o aumento da concorrência e a diminuição da receita. 

A solução seria os Media Labs, laboratórios de inovação que valorizam a interdisciplinaridade, pesquisa, tecnologia e o “tentar sem medo de errar”. Na Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS, também trabalhamos com o modelo de laboratório experimental. Assista ao depoimento da professora Cristina Lima e conheça o Colab. 

Nas áreas da Publicidade e da Comunicação Empresarial, os professores buscam cada vez mais interação com pessoas reais: mais gente de verdade e personalização e menos mensagens prontas. Qual foi a experiência mais legal que você já teve com uma marca? Nessa experiência, você notou traços de uma comunicação mais humanizada? 

Como combater a desinformação 

Já vimos que a forma de utilizar as mídias sociais muda o tempo todo e varia de acordo com o usuário. Segundo o report da GWI de 2020, a Geração Z e os millenials costumam ter perfis em cerca de nove mídias sociais diferentes. Já a Geração X está, em média, em sete. Os baby boomers aparecem com menos perfis, uma média de cinco. Todas as gerações estão conectadas em várias mídias, mas isso não quer dizer que todos as utilizam da mesma maneira. Por isso, entender como as mídias digitais funcionam é fundamental para não disseminar fake news. Neste post, reunimos cinco dicas de como identificar notícias falsas. 

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A educação midiática tem um papel muito importante para o exercício da cidadania e dos processos democráticos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou um programa de enfrentamento à desinformação nas eleições de 2020, em parceria com 48 empresas. Em 2019, promoveu também o Seminário Internacional de Fake News, com discussões pertinentes para o momento em que vivemos. No final do evento, foi produzido um livro relatando o que foi abordado por lá. Um dos dados presentes na publicação aponta que mais de 2 milhões de contas são banidas por mês no WhatsApp, 75% por meio do uso da inteligência artificial. 

O que você pode fazer para contribuir: 

O papel da educação midiática no futuro da comunicação 

A nossa relação com o mundo da informação é extremamente mutável. É preciso que os profissionais de comunicação compreendam esses contextos e saibam se adaptar com ética e inovação. Mas, lembre-se: todos nós somos responsáveis pela conscientização dos usuários de mídias sociais. 

Curtiu esse conteúdo e quer saber mais sobre assuntos relacionados à comunicação social? Ouça o Podcrast, o podcast da FAMECOS. 

Pressão estética e mídias sociais
Com as mídias sociais, as mulheres passaram a se analisar mais/Foto: Pexels

Que mulher nunca quis ter o corpo dos sonhos? A pressão estética afeta mulheres desde a infância, fazendo com que passem a viver relações complexas com seus próprios corpos. As redes sociais estampam a vida perfeita: imagens editadas semelham a vida real e é cada vez mais difícil ver pessoas sem filtros. De que forma isso impacta na percepção do gênero feminino sobre si mesma? Tentando encontrar essas respostas, estudantes do curso de Publicidade e Propaganda elaboraram a pesquisa Mídias Sociais e a Relação das Mulheres com a sua Aparência 

Instagram: a nova capa de revista 

Se anteriormente o ideal de corpo era de modelos que estampavam as capas de revista, hoje em dia os influenciadores das redes sociais ocupam esse papel. “Recebo pacientes que chegam com fotos de si mesmos com filtro e falam ‘eu quero ficar com a boca assim’. Em muitos casos, são bocas impossíveis de serem feitas”, comenta a cirurgiã plástica Renata Vidal, em entrevista à revista Elle. 

“Antes, as formas de comunicação eram muito mais tranquilas. Era uma revista, a televisão… Eram itens que faziam parte do entretenimento das pessoas, mas existia um certo afastamento, você sabia que eram celebridades. Era algo inalcançável. Hoje em dia, com acesso facilitado para a comunicação em rede, a gente percebe que a Natália, de Porto Alegre, se compara com a Kylie Jenner, que tem idade semelhante, mesmo que as realidades sejam muito diferentes, e começa a querer ser como ela”, explica Natália Manquevick, uma das responsáveis pelo estudo.  

O grupo percebeu que o Instagram é a rede social mais utilizada pelas mulheres que participaram do estudo e três pontos induzem a busca por procedimentos estéticos:  

  1. A distorção da própria imagem, potencializada por filtros e efeitos das mídias; 
  2. A facilidade e a motivação vindas de influências próximas às pessoas para a realização de procedimentos; 
  3. O período de isolamento social, em razão da pandemia.  

Embora as mulheres sigam celebridades que falam abertamente sobre os procedimentos realizados por elas, são pessoas do seu próprio ciclo social que têm a maior influência sobre as decisões. Nesse caso, pessoas famosas servem como inspiração e conhecidos que já ocuparam o posto de pacientes atuam como “especialistas por experiência”. 

A pressão estética surge em casa 

Tainá, de 34 anos, mesmo sem cirurgia, já pensou em fazer uma rinoplastia. Sua insatisfação com o nariz surgiu ainda durante a infância:  

“Minha mãe brincava de apertar o meu nariz, ela vinha ‘deixa eu apertar para afinar ele’, eu achava engraçadinho, porque era criança. Hoje em dia, percebo que desde lá já era uma negação ao aspecto da pele, da genética, das nossas origens”, conta. 

Acredita-se que as insatisfações das mulheres com a aparência e o corpo são mais expressivas pela influência e o impacto de vivências passadas na infância e na adolescência. Nessa fase, em que a pessoa ainda está desenvolvendo sua personalidade, críticas e apontamentos feitos pela família têm impactos permanentes na autoestima.  

As mídias sociais são responsáveis por expandir essas inseguranças e ampliar essa pressão estética, pois os filtros possibilitam corrigir aspectos físicos que causam incômodo e, a partir da satisfação com a imagem alterada, a possibilidade de corrigir verdadeiramente essas imperfeições se torna mais real. 

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Diferenças geracionais  

Respondentes da pesquisa acreditam que o mercado de procedimentos estéticos crescerá/Foto: Pexels

Tanto na fase qualitativa quanto na quantitativa da pesquisa participaram mulheres de 18 a 34 anos divididas em dois grupos geracionais: as mais novas, entre 18 e 24 anos, e as mais velhas, entre 25 e 34. Algumas diferenças entre ambas as faixas etárias ficaram em evidência, como:  

Alguns aspectos, no entanto, se mostraram um consenso entre a maioria das entrevistadas ou respondentes da etapa quantitativa, independentemente da idade: 

A pandemia e o futuro do mercado 

Com a pandemia, as pessoas passaram a se enxergar mais pelas telas, intermediadas por filtros, o que impactou muito na percepção das mulheres sobre si mesmas. Pesquisadores dos EUA já identificaram o que foi denominado dismorfia do Zoom, ou seja, uma ansiedade sobre a aparência individual causada pelas chamadas de vídeo.  

Além disso, a possibilidade de trabalhar de casa durante o pós-operatório foi um dos impulsionadores para que mulheres realizassem intervenções cirúrgicas para modificar o rosto ou o corpo. 

A maior parte das respondentes da etapa quantitativa da pesquisa acredita que esse mercado se expandirá no futuro, com um aumento na busca e na realização desses procedimentos. No entanto, apesar da pressão estética ser sentida pela maioria delas, a minoria das participantes do estudo realizou algum procedimento, embora as mais novas tenham pretensão de fazê-lo. A falta de desejo não é o principal agente desmotivador para essas intervenções, mas, sim, os altos valores das cirurgias e o medo de erros médicos e dos riscos.  

Mapeando comportamentos 

O estudo Mídias Sociais e a Relação das Mulheres com a sua Aparência foi elaborado no primeiro semestre de 2021 dentro na disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda, sob orientação do professor Ilton Teitelbaum, pelas estudantes Ana Aguiar, Gabriela Machado, Maria Bitencourt e Natália Manquevick. 

Para Natália, foi importante realizar essa pesquisa para compreender que o público não é homogêneo e que cada pessoa possui sua individualidade. Ainda, complementa que um dos motivos para a escolha do tema foi que as pesquisadoras não desejavam ser coniventes com a pressão estética, tornando importante compreender de que forma ela ocorre e quais são suas consequências na sociedade. 

Após um mapeamento inicial da problemática, as estudantes realizaram a etapa qualitativa da pesquisa, que contou com entrevistas em profundidade com jovens de 18 a 34 anos com e sem procedimentos estéticos, a psicóloga Susana Gib, a cirurgiã plástica Gabrielle Adames e a “especialista por experiência” Jeane Pereira. Por fim, a etapa quantitativa teve 253 mulheres respondentes, moradoras de Porto Alegre e Região Metropolitana e pertencentes à faixa etária analisada. 

Leia também: Quando olho no espelho: a influência da pandemia no mercado de beleza 

Challenges do TikTok

Coreografias são um dos principais conteúdos produzidos no TikTok/Foto: Pexels

Que o TikTok é a rede social da pandemia todo mundo sabe, mas até quando essa onda pode durar? Qual o segredo por trás do sucesso da rede? O que o público espera da plataforma? Essas são algumas das perguntas que os estudantes do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS, orientados pelo professor Ilton Teitelbaum, buscaram responder com a pesquisa O Crescimento do TikTok e o Impacto da Pandemia nos Usuários de Redes Sociais. 

Antes de mais nada, é importante entender o que é o TikTok e de onde ele surgiu. Trata-se de uma rede social para o compartilhamento de vídeos curtos, com até três minutos de duração, na qual os usuários contam com diferentes ferramentas de edição e podem incluir filtros, legendas, trilhas sonoras, gifs e efeitos de forma prática e intuitiva.  

Seu conteúdo é baseado em tendências e os usuários realizam challenges (desafios), dublagens, imitações e coreografias. Isso instiga a participação de outras pessoas e atrai, principalmente, o público jovem. Além disso, sua aba explorar possui um apelo para a viralização de conteúdo, fator determinante para o crescimento e o sucesso do TikTok. Foi essa característica que levou a jovem Sofia Müller, que, hoje, possui cerca de 50 mil seguidores na rede social, a produzir conteúdo para o aplicativo. 

“O TikTok oferece chance para pessoas desconhecidas viralizarem. Eu consegui fazer a minha marca de roupas crescer através da rede”, comenta.  

Aplicativo atingiu mais de dois bilhões de downloads no começo da pandemia 

Em 2017, o TikTok, ainda bem diferente do que conhecemos hoje em dia, comprou o aplicativo Musical.ly e a união de ambos é a rede social que conhecemos hoje em dia. O início da pandemia, em 2020, foi um momento marcante na história da rede, pois foi quando ultrapassou dois bilhões de downloads nas lojas de aplicativos. De acordo com levantamento realizado pela Global/WebIndex, já existem cerca de sete milhões de usuários cadastrados no Brasil, que gastam cerca de uma hora por dia no aplicativo.  

Uma das características é a monetização de seus usuários através de rubis, o dinheiro virtual do aplicativo. Os usuários podem recebê-los de sua audiência, durante lives, ou através de tarefas ou indicação de pessoas para que baixem a plataforma 

Por trás do sucesso do TikTok: o que as pessoas pensam sobre o aplicativo?  

Para o influenciador digital Lucas Ruschel, que ingressou no app no período da crise sanitária de Covid-19, o que mais chamou atenção foi o aumento repentino no número de usuários. Com mais de 150 mil seguidores, ele acredita que a pandemia tenha sido o fator decisivo para esse crescimento. Sua hipótese conta com o apoio da psicóloga Mariah Paranhos. Segundo ela, “sempre tem um aplicativo do momento que talvez venha até de uma necessidade da sociedade propriamente”. Para Mariah, a necessidade suprida pelo TikTok é a falta de contato humano durante a pandemia, período em que se popularizou no Brasil. 

Outro número que aumentou durante a pandemia foi o de pacientes de Mariah, que revela que a questão do TikTok sempre acaba se tornando pauta entre os adolescentes. No entanto, ela alerta que as redes sociais são potenciais vícios e que é importante saber de forma clara qual é o seu objetivo com o aplicativo para utilizá-lo sem preocupações.  

O potencial de viralização é outro perigo da rede ao pensar em saúde mental, pois, como apontado pela psicóloga, uma pessoa que é beneficiada pelo algoritmo em algum momento pode, rapidamente, cair no esquecimento. Isso pode gerar frustrações dependendo da personalidade e da forma com que esse indivíduo lida com as redes sociais.  

Veio para ficar?  

Challenge de maquiagem

Os “challenges” convidam usuários a participar da brincadeira/Foto: Pexels

A professora da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Gabriela Kurtz acredita que sim, o TikTok continuará. Mas, de acordo com ela, pode ser que a rede deixe de ser a “febre” que é atualmente. Isso porque um dos fatores que contribuem para manter as pessoas engajadas na plataforma é o tédio, que tende a se tornar menos frequente à medida que as coisas voltem à normalidade.  

A opinião dos usuários do TikTok sobre sua durabilidade varia muito. Lucas acredita que dificilmente ele deixe de existir, mas que, de fato, há chances de que os números caiam. Já Sofia crê que é uma rede momentânea e, portanto, tem prazo de validade.  

Esse aspecto chamou a atenção dos integrantes do grupo que realizou a pesquisa, incluindo o estudante Rodrigo Ruschel, que afirmou ter sido surpreendente perceber quantas pessoas consideram essa uma rede social momentânea e afirmaram não ter pretensão de utilizá-la após a pandemia.  

O caso dos jovens de Porto Alegre 

Como parte da pesquisa, jovens de 18 a 24 anos de Porto Alegre e região foram convidados a responder um questionário sobre o uso de redes sociais na pandemia. Ao todo, foram obtidas 223 respostas, sendo 63,2% de mulheres, 37,2% de homens e 0,4% de pessoas que se identificaram como outros. A partir das respostas, foi possível ver, em dados, como é o comportamento dessa faixa da população nas redes.  

Enquanto mais da metade dos jovens não alteraram seu consumo de rádio e jornal durante a pandemia, quando se fala em televisão e redes sociais a situação é diferente: aproximadamente quatro a cada dez aumentaram pouco o consumo de televisão e mais de 60% o de redes sociais.  

Dentre as redes favoritas desse público, ocupam o topo do ranking, respectivamente, o Instagram, o WhatsApp e, é claro, o TikTok. Praticamente metade dos jovens afirmou utilizar redes sociais de duas a quatro horas por dia. 

Quando se fala em destaques da pandemia o resultado já é o esperado: Instagram e TikTok foram os aplicativos que mais chamaram atenção no período, além disso, foram apontados como os que fornecem a melhor visibilidade para influenciadores e para usuários comuns, o maior poder de viralização para vídeos e o maior potencial de destaque para o pós-pandemia.  

Período da noite é o favorito dos usuários 

TikTok

Foto: Pexels

Embora a maioria do público utilize o TikTok, quase 40% afirmaram ainda não serem usuários da plataforma. Entre os motivos apresentados para isso, destacam-se a negação de ter mais uma rede social em sua vida, a falta de identificação com o público do aplicativo e o medo de se tornar um usuário excessivamente ativo. No entanto, foi, também, apontado o que faria com que esses jovens ingressassem à rede, sendo os principais atrativos a disponibilidade de conteúdos mais diversificados e a criação de grupos e/ou comunidades dentro do aplicativo.  

Entre os jovens que já utilizam a plataforma, quase todos afirmaram ter realizado o download como forma de distração (94,3%) e uma parcela significativa para pesquisa de referências (21,4%). A rede também mostrou ser mais utilizada durante a noite e com uma participação maior das mulheres do que dos homens, sendo a maior parte deles usuários que apenas visualizam os conteúdos (58,8%) e o menor percentual o que visualiza, posta e interage (apenas 9,2%). 

Eles sugerem, ainda, que, para o sucesso do TikTok ser ainda maior, falta interação entre os usuários, suporte aos criadores de conteúdo e alterações no layout da plataforma. Para eles, a rede social perfeita é formada pela característica “good vibes” do Instagram, pela privacidade encontrada no WhatsApp e pela descompressão apresentada pelo Tiktok.  

Mapeando tendências de comportamento  

O estudo O Crescimento do TikTok e o Impacto da Pandemia nos Usuários de Redes Sociais foi elaborado pelos/as estudantes André Barcellos, Caroline Hennicka, Felipe Paes, Julia Prado, Pedro Tassoni, Rafael Domingues, Rodrigo Ruschel, Thaísa Zilli Batista, Uillian Vargas e Vinicius Mourão, da disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda, ao longo do primeiro semestre de 2021.  

“Essa disciplina foi uma das que mais contribuíram para o nosso aprendizado, pois precisamos gerenciar uma equipe, dividir tarefas, trabalhar com prazos e, além disso, elaborar uma pesquisa completa, com início meio e fim, comparando etapas qualitativas e quantitativas”, relembra Rodrigo.  

Em sua etapa qualitativa, a pesquisa contou com 12 entrevistas em profundidade, sendo oito delas com jovens de 18 a 24 anos da região de Porto Alegre, duas com influenciadores digitais do TikTok (Lucas Ruschel e Sofia Müller), uma com uma psicóloga (Mariah Paranhos) e outra com uma comunicadora social (Gabriela Kurtz). Depois, na fase quantitativa, foram 223 respostas válidas em uma coleta feita por meio de questionário online.  

Placa Linkedin

Foto: Bruno Todeschini

O Linkedin, maior rede de relacionamento profissional online, brindou a PUCRS com uma placa em homenagem aos primeiros 100 mil seguidores alcançados. A Universidade tem perfil na mídia social há mais de 5 anos e, desde então, veicula notícias, oportunidades, cursos para qualificação permanente, além de utilizá-la como meio para seleção de profissionais. A aderência é crescente, e o perfil de quem acompanha as novidades é composto por Alumni PUCRS (diplomados), empresários, organizações de diferentes segmentos e demais interessados. O reconhecimento foi encaminhado à Reitoria em novembro.

De acordo com a gerente de Gestão de Pessoas da PUCRS, Isabel Degrazia, integrar este ambiente online é estratégico na atualidade, tanto para profissionais quanto para os diferentes segmentos de organizações. “Nossa instituição utiliza o Linkedin como uma importante fonte de hunting de profissionais”. O hunting representa em um processo seletivo dinâmico, no qual os candidatos podem tanto encontrar uma oportunidade nas organizações quanto serem encontrados por estas.

Confira as dicas do Escritório de Carreiras sobre o Linkedin

Entre as universidades brasileiras, a PUCRS, com seus atuais 103 mil seguidores, é a instituição privada com maior número de conexões no sul do Brasil. Somente Alumni somam 76 mil cadastros. Para acompanhar as postagens na rede, acesse www.linkedin.com/school/pucrs/.

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Fotos: Divulgação – Arte: Laura Villodre

Imagine receber um convite do Google para ir a Nova York? Ou, então, postar dicas de um suco detox na praia do Leblon, no Rio de Janeiro? E que tal fazer um post no Instagram, direto do Vale do Silício? Situações como essas fazem parte da vida Carina Fragozo, Mariana Weckerle e Maurício Benvenutti que, nos últimos anos, conquistaram milhares de seguidores nas mídias sociais. Os três profissionais são formados na PUCRS e expõem seus conhecimentos e vivências em diferentes plataformas digitais. Eles têm o dom de engajar pessoas em torno das suas ideias e atividades prediletas, comunicando com facilidade e usando os recursos on-line para encantar e interagir com seus públicos.

Consultoria e profissionalização

A jornalista Andressa Griffante é outra diplomada pela Universidade que percebeu nos influenciadores um ótimo segmento de mercado. Ela é uma das responsáveis pelo rs bloggers, consultoria focada em conectar e preparar influenciadores digitais. O professor André Pase, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos é especialista em meios digitais. Para ele, além de as produções dos creators estarem mais profissionais, abrem-se novas oportunidades de retorno financeiro.

Conheça mais sobre o canal English in Brazil, criado pela Carina, e os perfis da @gurianatureba e @mauriciobenvenutti acessando a reportagem completa na edição 186 da Revista PUCRS.