A chegada de tecnologias cada vez mais sofisticadas vem ditando tendências no mercado de trabalho, nas mais diversas áreas. Entre as mais impactadas está, sem dúvida, a da comunicação e aquelas que envolvem a criatividade: em meio a novidades como metaverso e ChatGPT, os profissionais desse mercado precisam estar atentos às novas possibilidades de atuação. Mas como se tornar esse profissional de um futuro que já começou? Conversamos com a professora e decana da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da PUCRS, Rosângela Florczak, para responder essa e outras questões sobre o mercado dos cursos da área da comunicação, das artes e do design.
Recursos tecnológicos, principalmente envolvendo inteligência artificial, vêm crescendo e ganhando importância tanto no debate público quanto na vida de profissionais – seja para fazer uma revisão de texto ou para ajudar na composição de imagens. Segundo Rosângela, ao mesmo tempo que esses recursos surgem no universo dessas profissões, há também uma redescoberta e uma revalorização da área por parte da sociedade.
“Para mim, a maior novidade, acima dos recursos técnicos, é esse novo olhar de entender que um profissional cuja função social é baseada na criatividade, na construção de estratégias e conteúdos, tem um valor e representa um segmento econômico importante para a sociedade. Então eu vejo que nunca tivemos tanto espaço, e um espaço valorizado”, pontua.
Além das tendências para o mercado da comunicação em geral, cada área específica possui suas particularidades. Os coordenadores dos cursos de Comunicação Empresarial, Produção Audiovisual, Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Design da Famecos comentam sobre as principais perspectivas de cada área.
Para Denise Pagnussat, coordenadora do curso de Comunicação Empresarial, as perspectivas para os futuros profissionais são promissoras. “As relações de diálogo entre as organizações e os seus públicos de interesse oferecem aos profissionais de comunicação uma atuação mais estratégica nas tomadas de decisões de negócio”. A docente cita as principais áreas de destaque dentro da Comunicação Empresarial: comunicação estratégica e relacionamento com públicos de interesse como governos, ativistas, comunidades; reputação, gestão de crise, sustentabilidade; estratégias digitais e inteligência competitiva. Essas áreas se entrelaçam e ajudam as organizações a serem protagonistas em seus setores de atuação.
Os bons ventos também sopram na área de Produção Audiovisual, mercado que apresenta cada vez mais possibilidades de inserção – é o que diz o coordenador do curso, Fabiano Grendene. Ele afirma que as pessoas nunca consumiram tanto conteúdo audiovisual de forma espontânea. Para ele, todos somos seres audiovisuais e potenciais realizadores.
“Com a relação cotidiana do audiovisual em constante evolução, a profissionalização da área não passa só por grandes produções de conteúdo para cinema, TV ou séries; ou comerciais para publicidade e institucionais, mas inicia também em uma nova base, centrada em conteúdo artístico, comercial, social e de entretenimento para as redes sociais, com uma demanda inesgotável e crescente”, comenta.
Já o que o mercado de Publicidade e Propaganda precisa é de profissionais estratégicos, capazes de articular criatividade e eficiência. “A Covid-19 e o distanciamento social vividos em 2020 e 2021 evidenciaram ainda mais a importância da comunicação e da publicidade. As marcas precisaram se reinventar, e o mercado publicitário acompanhou essa transformação”, aponta a coordenadora do curso, Marcia Christofoli. Atualmente, as marcas precisam de propósitos que vão além de preços e descontos, se quiserem efetivamente alcançar um público que é cada vez mais engajado e preocupado com questões sociais.
No Jornalismo, o mercado lida com uma crescente circulação de informação e, ao mesmo tempo, desinformação, como afirma o coordenador do curso, Deivison Campos. Uma das principais funções de um jornalista é filtrar, fazer a curadoria das informações para entregá-las ao seu público. “Selecionar o que importa e dar uma forma adequada e acessível para conferir visibilidade a informação trabalhada pode ser aplicada em diferentes áreas profissionais tradicionais e em estruturação. Dessa forma, o jornalismo revigora sua função social e se mantém como uma profissão e área determinantes para a sociedade e para a democracia”, destaca.
O futuro do Design, conforme a coordenadora Claudia Nichetti, está diretamente conectado com a evolução tecnológica e com as mudanças das necessidades de empresas e consumidores. Entre os principais pontos de atenção para os profissionais em termos de futuro da área estão: inteligência artificial e análise de dados; soluções para o meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas; design emocional; serviços de design e experiência do usuário.
“É importante que os profissionais do design estejam atentos a essas tendências e busquem aprimorar suas habilidades e conhecimentos para se destacarem no mercado de trabalho. Além disso, é fundamental que os designers sejam capazes de se adaptar às mudanças e inovações que surgem constantemente, mantendo-se sempre atualizados e preparados para lidar com novos desafios”, pontua.
No mundo, o cenário de hiperinformação e evolução da tecnologia torna o profissional da comunicação mais necessário do que nunca. O principal papel, segundo Rosângela Florczak, é mediar as relações da sociedade. “A gente nunca aprendeu tanto, nunca teve tanto acesso a tudo. Mas também há muita informação equivocada, muita bolha, muita gente se fechando, muita polarização, fundamentalismo retornando”, pontua.
O papel da Universidade, segundo ela, é construir com os estudantes da área a visão desse papel de mediadores, seja em qual ramo da comunicação no qual escolherem atuar. Muitas vezes pode haver receio, principalmente por parte das famílias dos estudantes, quanto à escolha pela carreira na área, com relação às possibilidades de empregabilidade e remuneração. No entanto, a decana ressalta que há muitas novas oportunidades. “Hoje, em qualquer organização é preciso haver estratégias de relacionamento, produção de conteúdo, informação confiável, , portanto, precisa-se de comunicação e de criatividade. Então há muitas vagas em lugares novos e boas remunerações”.
Mas quais habilidades um profissional precisa ter para garantir seu lugar no mercado? Para Rosângela, além das competências técnicas, é fundamental que os futuros comunicadores tenham um olhar inquieto diante do mundo e que o veja como um espaço de transformação. É preciso que eles tenham apreço pelo conhecimento, pela informação, por sair de dentro de suas bolhas. Também é importante construir repertório, seja através de filmes, livros, músicas, boas conversas com profissionais inspiradores, relacionamento em sala de aula e na universidade e até viagens.
“A nossa grande missão como profissionais de comunicação, de artes, de tudo isso que tem aqui dentro da Famecos, é dar sentido para as coisas. A sociedade depende da gente para fazer suas leituras de mundo”, declara a docente.
Quando se trata de formar um profissional da comunicação e prepará-lo para o mercado de trabalho, a Famecos se destaca por seu portfólio rico em cursos de graduação, pós-graduação e extensão, além de estar dentro de um ecossistema completo de inovação que permite a junção de muitas possibilidades em um só lugar. Rosângela destaca o percurso formativo aberto, que permite que os alunos descubram e se encontrem com suas principais áreas de interesse. “O estudante pode fazer esses movimentos laterais, ele pode circular pelos cursos para ir compondo sua formação”. Além disso, a conexão com o mercado de trabalho é outro ponto forte da escola.
“O mercado está toda hora aqui dentro, nós trazemos profissionais para a sala de aula. Hoje, além do professor pesquisador, temos um perfil de professor que está crescendo aqui dentro da Famecos, que é aquele professor que também está no mercado, vivenciando as rotinas do dia a dia da comunicação. E isso é uma porta de entrada para o aluno que já faz seu networking durante as aulas”, destaca a decana.
Em termos de estrutura, a Famecos possui um grande conjunto de laboratórios e estúdios, entre eles: estúdios de TV, de rádio, de fotografia e um laboratório de design. Confira:
Por fim, Rosângela dá um recado para quem quer estudar comunicação na Famecos:
“Quem está pensando em cursos de comunicação, arte e design, precisa vir nos conhecer. Aqui temos um lugar para pensar o mundo, para conviver com a diferença, com a diversidade. É uma escola que cuida muito da sua comunidade. Então as pessoas se sentem muito à vontade aqui dentro. É um lugar de vida, não é um lugar só de vir para a sala de aula estudar. É um lugar para vir conhecer, andar por aqui e se identificar com o espaço e as pessoas. A Famecos é um bom lugar para construir o futuro profissional e entrar no mercado em que se deseja.”
Que mulher nunca quis ter o corpo dos sonhos? A pressão estética afeta mulheres desde a infância, fazendo com que passem a viver relações complexas com seus próprios corpos. As redes sociais estampam a vida perfeita: imagens editadas semelham a vida real e é cada vez mais difícil ver pessoas sem filtros. De que forma isso impacta na percepção do gênero feminino sobre si mesma? Tentando encontrar essas respostas, estudantes do curso de Publicidade e Propaganda elaboraram a pesquisa Mídias Sociais e a Relação das Mulheres com a sua Aparência.
Se anteriormente o ideal de corpo era de modelos que estampavam as capas de revista, hoje em dia os influenciadores das redes sociais ocupam esse papel. “Recebo pacientes que chegam com fotos de si mesmos com filtro e falam ‘eu quero ficar com a boca assim’. Em muitos casos, são bocas impossíveis de serem feitas”, comenta a cirurgiã plástica Renata Vidal, em entrevista à revista Elle.
“Antes, as formas de comunicação eram muito mais tranquilas. Era uma revista, a televisão… Eram itens que faziam parte do entretenimento das pessoas, mas existia um certo afastamento, você sabia que eram celebridades. Era algo inalcançável. Hoje em dia, com acesso facilitado para a comunicação em rede, a gente percebe que a Natália, de Porto Alegre, se compara com a Kylie Jenner, que tem idade semelhante, mesmo que as realidades sejam muito diferentes, e começa a querer ser como ela”, explica Natália Manquevick, uma das responsáveis pelo estudo.
O grupo percebeu que o Instagram é a rede social mais utilizada pelas mulheres que participaram do estudo e três pontos induzem a busca por procedimentos estéticos:
Embora as mulheres sigam celebridades que falam abertamente sobre os procedimentos realizados por elas, são pessoas do seu próprio ciclo social que têm a maior influência sobre as decisões. Nesse caso, pessoas famosas servem como inspiração e conhecidos que já ocuparam o posto de pacientes atuam como “especialistas por experiência”.
Tainá, de 34 anos, mesmo sem cirurgia, já pensou em fazer uma rinoplastia. Sua insatisfação com o nariz surgiu ainda durante a infância:
“Minha mãe brincava de apertar o meu nariz, ela vinha ‘deixa eu apertar para afinar ele’, eu achava engraçadinho, porque era criança. Hoje em dia, percebo que desde lá já era uma negação ao aspecto da pele, da genética, das nossas origens”, conta.
Acredita-se que as insatisfações das mulheres com a aparência e o corpo são mais expressivas pela influência e o impacto de vivências passadas na infância e na adolescência. Nessa fase, em que a pessoa ainda está desenvolvendo sua personalidade, críticas e apontamentos feitos pela família têm impactos permanentes na autoestima.
As mídias sociais são responsáveis por expandir essas inseguranças e ampliar essa pressão estética, pois os filtros possibilitam corrigir aspectos físicos que causam incômodo e, a partir da satisfação com a imagem alterada, a possibilidade de corrigir verdadeiramente essas imperfeições se torna mais real.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Tanto na fase qualitativa quanto na quantitativa da pesquisa participaram mulheres de 18 a 34 anos divididas em dois grupos geracionais: as mais novas, entre 18 e 24 anos, e as mais velhas, entre 25 e 34. Algumas diferenças entre ambas as faixas etárias ficaram em evidência, como:
Alguns aspectos, no entanto, se mostraram um consenso entre a maioria das entrevistadas ou respondentes da etapa quantitativa, independentemente da idade:
Com a pandemia, as pessoas passaram a se enxergar mais pelas telas, intermediadas por filtros, o que impactou muito na percepção das mulheres sobre si mesmas. Pesquisadores dos EUA já identificaram o que foi denominado dismorfia do Zoom, ou seja, uma ansiedade sobre a aparência individual causada pelas chamadas de vídeo.
Além disso, a possibilidade de trabalhar de casa durante o pós-operatório foi um dos impulsionadores para que mulheres realizassem intervenções cirúrgicas para modificar o rosto ou o corpo.
A maior parte das respondentes da etapa quantitativa da pesquisa acredita que esse mercado se expandirá no futuro, com um aumento na busca e na realização desses procedimentos. No entanto, apesar da pressão estética ser sentida pela maioria delas, a minoria das participantes do estudo realizou algum procedimento, embora as mais novas tenham pretensão de fazê-lo. A falta de desejo não é o principal agente desmotivador para essas intervenções, mas, sim, os altos valores das cirurgias e o medo de erros médicos e dos riscos.
O estudo Mídias Sociais e a Relação das Mulheres com a sua Aparência foi elaborado no primeiro semestre de 2021 dentro na disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda, sob orientação do professor Ilton Teitelbaum, pelas estudantes Ana Aguiar, Gabriela Machado, Maria Bitencourt e Natália Manquevick.
Para Natália, foi importante realizar essa pesquisa para compreender que o público não é homogêneo e que cada pessoa possui sua individualidade. Ainda, complementa que um dos motivos para a escolha do tema foi que as pesquisadoras não desejavam ser coniventes com a pressão estética, tornando importante compreender de que forma ela ocorre e quais são suas consequências na sociedade.
Após um mapeamento inicial da problemática, as estudantes realizaram a etapa qualitativa da pesquisa, que contou com entrevistas em profundidade com jovens de 18 a 34 anos com e sem procedimentos estéticos, a psicóloga Susana Gib, a cirurgiã plástica Gabrielle Adames e a “especialista por experiência” Jeane Pereira. Por fim, a etapa quantitativa teve 253 mulheres respondentes, moradoras de Porto Alegre e Região Metropolitana e pertencentes à faixa etária analisada.
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Pele hidratada, mais uma conferida no cabelo ou na maquiagem e pantufa nos pés: assim se inicia a rotina de muitas pessoas que precisaram se adaptar à pandemia da Covid-19. Mesmo com a instabilidade econômica e o distanciamento social, o mercado de beleza teve crescimento e ganhou ainda mais espaço no carrinho de compras de jovens. Isso é o que mostra a pesquisa Mercado de beleza durante a pandemia, realizada por estudantes da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS – Famecos.
“Os consumidores passaram a fazer compras mais conscientes, com marcas que dialogam com os seus valores e são ativas nas mídias sociais. Além disso, as pessoas continuaram consumindo por compreender a importância do autocuidado para a produtividade do dia a dia”, explica Vitória Petry, estudante do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda que liderou a pesquisa.
Em todas as etapas do estudo a maioria dos/as participantes respondeu que considera produtos estéticos como um investimento que vai além de um mero capricho. Para o público analisado, entre 16 e 30 anos, as questões estéticas, de saúde mental e autocuidado se sobressaem. Para 83% das pessoas entrevistadas, as aquisições não são consideradas um gasto, como relatou na pesquisa Thaísa Zilli, estudante de Publicidade e Propaganda:
“Estou fazendo um curso de autoconhecimento e investindo em mim em todos os sentidos, inclusive em estética”.
As médias de frequência de compra e de valor gasto se mantiveram em comparação a antes da pandemia e também obtiveram aumentos significativos para alguns públicos. A maioria segue consumindo pelo menos uma vez por mês. Ou seja, as pessoas controlam os gastos, mas não deixam de se cuidar.
Apesar disso, o número de compras mensais caiu 12% e a quantidade de pessoas que passaram a comprar menos de uma vez por mês aumentou 16%. Já o ticket médio (valor médio de vendas no período) se manteve de R$ 50 a R$ 150.
O professor e publicitário Ilton Teitelbaum, supervisor da pesquisa, conta que o ato de comprar também é um mecanismo de recompensa. “Os consumos por autoindulgência (para compensar sentimentos negativos) e de vingança (comprar itens de desejo, em vez de produtos essenciais, para suprir o período de contenção de gastos) se concretizaram durante a pandemia”, destaca.
Mesmo com o desafio, o docente conta que as empresas ainda têm muitas oportunidades: “apesar da queda no poder aquisitivo, as marcas precisarão se adaptar aos aspectos emocionais que envolvem o processo de compra e buscar caminhos que lhes permitam seguir presentes na vida das pessoas”.
Entre as tendências, está a de seguir digital influencers. Nas entrevistas, 82% relataram que eram altamente suscetíveis a seguir recomendações feitas por microinfluenciadores. O público mais jovem, de 16 a 18 anos, é o que se mostra mais inclinado a manter os mesmos hábitos e com mais disposição para gastar mais.
É uma geração conhecida por ser crítica, exigente, dinâmica e que muda de opinião toda hora. Segundo o estudo, essas são algumas das principais implicações mercadológicas:
“As empresas que souberem se comunicar com transparência, sustentabilidade e diversidade cultural tendem a se destacar entre os jovens”.
Outra reivindicação, que não é de hoje, é a por marcas mais coerentes. O público quer que as empresas se preocupem com o meio ambiente, tragam visibilidade para homens e mulheres na indústria de cosméticos, estejam atentas aos problemas sociais, tenham mais diversidade de pessoas nas campanhas e sejam empáticas com temas sensíveis, como a pandemia.
Mesmo que muitas pessoas ainda prefiram comprar nos sites das lojas, essa é uma escolha menos frequente entre jovens, segundo dois levantamentos citados na pesquisa. A Technavio, empresa de relatórios de pesquisa de mercado, afirma que o social commerce (ou compras a partir de redes sociais) deve aumentar cerca de 34% até o final de 2021.
Já a agência Accenture prevê que esse canal deve ser um dos mais importantes para a Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010). “Dos entrevistados, 69% disseram que gostariam de comprar diretamente por meio das mídias sociais e 44% usam redes como Facebook, Instagram e Twitter para encontrar informações sobre produtos”, destaca a empresa.
Segundo o provedor de pesquisa de mercado Euromonitor International, o Brasil é o 4º maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo. O País movimenta pelo menos U$$ 30 bilhões, ficando atrás apenas do Japão, da China e dos Estados Unidos.
A supervisora de vendas de um dos maiores conglomerados de beleza do Brasil, conta no estudo que as vendas não foram impactadas pela pandemia, com exceção das lojas das cidades do interior dos estados: “vendemos até mais do que no ano passado”.
Contudo, as marcas internacionais ainda são vistas como melhores e mais consumidas. Mesmo com o alto valor de produtos do exterior, eles não deixam de estar entre os mais vendidos. A pesquisa destaca que para mostrar os seus diferenciais, é importante que as empresas nacionais invistam em tecnologias como realidade virtual, inteligência artificial e outros recursos que melhorem a experiência dos usuários.
Durante a pandemia, as vendas online alavancaram 300% para algumas lojas. Mesmo assim, consumidores/as relatam sentir falta da experiência física, enquanto outros/as dizem ter receio de voltar a experimentar algo que já foi usado, por medo de contaminações.
Depois da pandemia o comportamento all-line, hábito de consumir tanto pelos meios digitais quanto presencialmente, ganhou força. Sobre a preferência, as pessoas alegam que consomem:
A psicóloga Susana Gib explica no estudo que o público deve comprar cada vez mais em casa: “a pandemia fortaleceu a compra pelo meio digital. É claro que as pessoas ainda sentem falta de olhar o produto, tocar, comparar. Mas a tendência é essa”.
O estudo foi elaborado pelos/as estudantes Eduarda Friedrich, Larisse Alves, Tamires Fetter, Victoria Bossle e Vitória Petry, da disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda, de agosto a novembro de 2020.
Em sua etapa qualitativa, contou com um grupo focal com seis mulheres e oito entrevistas em profundidade com homens e mulheres. Depois, na fase quantitativa, foram 204 respostas válidas a uma coleta feita por meio de questionário online.
Se você quer criar e investigar novas narrativas, conheça as graduações em Comunicação da PUCRS e comece a estudar ainda em 2021.
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Empreendedorismo e inovação andam lado a lado. Muito mais do que simplesmente abrir uma empresa ou vender um produto, é sobre criar novos negócios e soluções para problemas atuais e reinventar o mercado que já existe. Na PUCRS, o empreendedorismo faz parte da base curricular dos cursos, incentivando o protagonismo de estudantes e permitindo que as melhores ideias saiam do papel e ganhem o mundo.
Alinhado ao ecossistema de inovação da Universidade, o Track Startup oferece diferentes caminhos para quem deseja transformar novos empreendimentos em realidade. Confira qual possibilidade combina mais com você e fique por dentro da programação no site.
Mais de mil estudantes foram impactados pelo Track Startup em sala de aula ao longo de 2020. Apenas no segundo semestre, 26 turmas foram atendidas de forma personalizada, com a contribuição de 23 profissionais convidados/as.
Para Rafael Chanin, professor da Escola Politécnica e representante do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) no Track Startup, é importante valorizar o esforço coletivo. “É um projeto que conta com um empenho do Tecnopuc, do Idear e das Escolas para fazer com que essa iniciativa tenha impacto real na vida profissional dos alunos e alunas”. Vicente Zanella, professor da Escola de Negócios e representante do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear), reforça o papel da Universidade na promoção do empreendedorismo. “Mesmo depois de se formar, é possível seguir empreendendo com o apoio da PUCRS. Nosso objetivo é fortalecer a relação e ser suporte para novos negócios”.
Incluir o público com mais de 60 anos na era digital da tecnologia: esse é o objetivo do Click Prosa. A plataforma de aprendizagem idealizada na disciplina eletiva de Modelagem de Negócios aposta no vínculo entre grupos da mesma faixa etária como diferencial e ficou em segundo lugar no Torneio Empreendedor. Como premiação, representantes do projeto receberam o convite para participar da ASU/Devex Hackaton, evento internacional no qual ficou entre os finalistas.
Foi em sala de aula também que Bernardo Pooter, Camila Melo, Daniela Bitencourt e Lucas Alves, estudantes do curso de Administração da Escola de Negócios, perceberam as oportunidades de continuar desenvolvendo o projeto. “O Idear e o Tecnopuc nos mostraram uma visão de mercado sobre o projeto, com possibilidades dentro da PUCRS”, aponta Bernardo.
O aplicativo Adapp, vencedor na categoria Destaque Ages do Startu Garage, consiste em um guia que orienta passageiros/as em aeroportos e cria rotas que otimizam o tempo. “Fizemos pesquisas com os lojistas e somamos ao que aprendemos na disciplina de Formação do Empreendedor para aplicar a teoria ao mercado”, aponta Bruno Gonçalves, do curso de Ciências Aeronáuticas da Escola Politécnica, que desenvolveu o projeto com o apoio dos colegas Arthur Kretschmar e Lucas Bersch.
Entre as atuações do Track Startup estão as participações do Idear em apresentações de trabalhos das disciplinas no Tecnopuc, com a finalidade de endereçar projetos que tenham potencial de se tornar novos negócios.
Já o Idear fomenta a atitude empreendedora interdisciplinar e a inovação com impacto positivo na sociedade por meio da formação de pessoas que proponham soluções para mudar o mundo.
O Tecnopuc, por sua vez, incentiva a inovação e a interação por meio de uma ação simultânea entre academia, instituições privadas e governo. Players mundiais, grandes corporações nacionais, startups, entidades e centros de pesquisa estão sediados em Porto Alegre e em Viamão, ambos no Rio Grande do Sul.