Conexões Internacionais, Jorge Audy

Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento, abriu o evento / Foto: Bruno Todeschini

Pesquisadores, professores e alunos da pós-graduação estiveram reunidos, no dia 26 de setembro, para a primeira edição do Conexões Internacionais. Promovido pela Assessoria de Cooperação Internacional, com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), o evento teve como tema a cooperação internacional na pesquisa. Pesquisas de excelência, internacionalização do ensino superior e a participação da professora Holly Cowman, diretora de Relações Internacionais da Mary Immaculate College (MIC), na Irlanda, foram os principais destaques da programação, que se encerrou com uma feira gastronômica.

A abertura contou com a fala do diretor de pós-graduação da Propesq, Christian Kristensen, que destacou a cooperação nas pesquisas internacionais realizadas na PUCRS, que tem sido fator importante para a conquista de avaliações positivas para os programas. O docente ainda lembrou que a Universidade foi uma das 25 contempladas no Programa Institucional de Internacionalização (Capes/PrInt), que deverá contribuir ainda mais para a inserção mundial da pós-graduação.

A assessora-chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, Heloísa Delgado, deu as boas-vindas aos participantes, reforçando a importância da internacionalização do ensino superior. Para a docente, a conquista do Capes/PrInt foi a consolidação de planos estratégicos da Universidade e será positivo para o aperfeiçoamento da pesquisa e do ensino da PUCRS.

Conexões Internacionais

Foto: Bruno Todeschini

O pró-reitor de Graduação e Educação Continuada, Ir. Manuir Mentges, falou sobre a consciência da Universidade quanto à atração de talentos e reforçou a missão institucional de promover e difundir o conhecimento. Para Mentges, o Conexões Internacionais proporcionou um relevante espaço de compartilhamento e reflexões sobre uma temática relevante e latente no cenário atual.

Pesquisas de excelência

A primeira palestra foi do superintendente de Inovação da PUCRS, Jorge Audy. Com ampla atuação na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o pesquisador fez reflexões sobre a visão da agência de fomento para o tema do Conexões Internacionais, destacando a os conceitos de inovação, internacionalização e interdisciplinaridade. “Podemos dizer que tudo que é relevante no mundo hoje é interdisciplinar. Além disso, pensar internacionalização é pensar conexões globais e pesquisas colaborativas”, afirmou.

Audy fez uma análise sobre os critérios de avaliação do Capes/Print, reforçando a as prioridades de cada instituição. O superintendente comemorou que cinco instituições gaúchas foram selecionadas no edital, refletindo o trabalho de qualidade que está em andamento nas universidades do Rio Grande do Sul.

Por fim, apresentou detalhes sobre o Programa de Excelência em desenvolvimento na Capes. No novo financiamento, o objetivo é eleger áreas estratégicas alinhadas com o Plano de Desenvolvimento Nacional, no qual poucas instituições serão contempladas. A ideia é criar núcleos de excelência, acoplados a uma temática específica.

Para Audy, os principais desafios à internacionalização giram em torno da rigidez dos currículos. Com mais flexibilidade e abertura para talentos, ele considera que novos modelos permitirão maior interação global, inclusive com outras instituições.

Internacionalização no ensino superior

Conexões Internacionais, Marcelo Távora

Marcelo Távora Mira, da Diretoria de Internacionalização da PUCPR / Foto: Bruno Todeschini

O diretor da Diretoria de Internacionalização da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Marcelo Távora Mira, apresentou a conferência Avanços e desafios da pesquisa internacional. Ele expôs dados embasando que o fator de impacto das pesquisas aumenta conforme o aumento da colaboração internacional.

Para Mira, uma pesquisa de qualidade é sempre internacional. Ainda que o impacto seja local, o professor afirmou que a fundamentação, o desenho, o rigor de execução e outros detalhes da teoria devem ser globais. E ainda aconselhou: “para internacionalizar a pesquisa é preciso focar na qualidade, superar o ‘complexo de vira-latas’ e ultrapassar a barreira de língua”.

O representante da PUCPR reforçou também que as conexões entre pesquisadores são essenciais para uma comunidade acadêmica internacionalizada, destacando o trabalho de apoio da Diretoria de Internacionalização da Instituição. “Buscamos mostrar aos docentes que estamos preparados para auxiliá-los no que for preciso. Nosso trabalho é promover e orientar no que for necessário”, afirma. No escritório, valores de interculturalidade, inclusão, inovação e presença solidária regem o trabalho. Com base neles, estratégias de internacionalização dentro e fora da PUCPR são pensadas para promover a internacionalização de forma transversal.

Experiências internacionais

Conexões Internacionais, Holly Cowman

Holly Cowman, diretora de Relações Internacionais da Mary Immaculate College / Foto: Bruno Todeschini

O turno da tarde promoveu trocas de experiências em dois momentos: primeiro, na sessão do Speak Out, onde os doutorandos Daniel Leonhardt dos Santos, Manoela Prado e Talita Pereira falaram sobre suas experiências no exterior durante o período de doutorado sanduíche. Os pesquisadores puderam compartilhar desafios e benefícios de se inserir em uma rede internacional de pesquisa e como esse relacionamento contribuiu para a produção científica e se refletiu na vida pessoal.

Posteriormente, os três painéis temáticos simultâneos (Saúde no desenvolvimento humano, Mundo em movimento: indivíduos e sociedade e Tecnologia e biodiversidade: sustentabilidade, energia e meio ambiente) reuniram docentes e pesquisadores da PUCRS para descrever seus projetos com cooperação internacional. Para a docente Marilia Morosini, coordenadora do Centro de Estudos em Educação Superior (Cees), vinculado à Escola de Humanidades da PUCRS, a pesquisa internacional está relacionada com conexões e relacionamentos, com olhares que vão além do ambiente onde o pesquisador está inserido. “A construção de pesquisas se origina de forma muito mais abrangente e intercultural”, ressaltou a mediadora de um dos debates.

Conexões Brasil e Irlanda

A última palestra do dia foi proferida pela convidada Holly Cowman, diretora de Relações Internacionais da Mary Immaculate College (MIC), em Limerick, Irlanda. A representante apresentou a vida universitária da cidade irlandesa e os programas de graduação e pós-graduação na instituição. Depois, detalhou o plano de internacionalização da universidade, no qual acredita que a presença de alunos internacionais e pesquisas de cooperação interinstitucional trazem diversos benefícios para a comunidade acadêmica. “Acredito que os brasileiros e os irlandeses tenham personalidades muito parecidas e isso contribui para uma colaboração ainda mais forte”, comenta.

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Pratos de 5 continentes foram preparados pelo Curso de Gastronomia / Foto: Camila Cunha

De acordo com Holly, o Brasil é considerado um parceiro-chave para a Irlanda. O programa do governo federal Ciência sem Fronteiras marcou o início da cooperação entre os dois países no campo da educação e até hoje rende bons frutos. As pesquisas em desenvolvimento foram tema de um evento realizado no Rio de Janeiro, neste ano, organizado pela Irish Higher Education Authority em parceria com a Embaixada da Irlanda no Brasil e outras instituições, como forma de apresentar boas práticas em curso e conectar pesquisadores interessados em trabalhar em parceria.

A representante da MIC comentou ainda movimentos para a criação de programas de dupla titulação com instituições brasileiras, permitindo que alunos dos dois países possam se conectar. Além disso, as novas estratégias também visam o incentivo à mobilidade discente e docente entre os países.

O final do evento contou com a Feira Gastronômica Internacional, realizada com apoio do curso de Gastronomia, da Escola de Ciências da Saúde. Seis pratos representando os cinco continentes foram preparados pelos alunos do curso sob orientação da docente Marianna Pozzatti: bobotie (África do Sul), paella (Espanha), fish and chips (Nova Zelândia), suspiro limeño (Peru), frango satay (Tailândia) e shepherd’s pie (Irlanda).

Holly Cowman,Conexões Internacionais

Holly Cowman, diretora de RI no Mary Immaculate College / Foto: Divulgação

No próximo dia 27 de setembro acontece a primeira edição do Conexões Internacionais, que neste ano debaterá as pesquisas de cooperação internacional. Com um olhar ultrapassando fronteiras, a pesquisadora irlandesa Holly Cowman, diretora de Relações Internacionais no Mary Immaculate College, em Limerick, vem à PUCRS ministrar a palestra Ireland and Brazil: Initiatives to consolidate internationalization of higher education, onde tratará sobre a importância e os desafios da internacionalização no ensino superior.

Com mestrados em Psicoterapia Integrativa pela University of Limerick, em Filosofia e Literatura pela Mary Immaculate College, e em Estudos Fílmicos pela University College Dulin, além de bacharelado em Filosofia e Estudos de Mídia e Comunicação, Holly possui ampla experiência na área da internacionalização do Ensino Superior, principalmente em mobilidade acadêmica de discentes através do Programa Erasmus+.

Internacionalização na Irlanda

À frente do escritório internacional da universidade irlandesa, Holly comemora a conquista do recente financiamento Erasmus + ICM de quase 400 mil euros para fomento da internacionalização. O investimento tem permitido um grande aumento na mobilidade de estudantes e docentes em diferentes partes do mundo, além da organização de programas de curto prazo.

De acordo com Holly, na Irlanda existe uma meta para que 15% da população estudantil seja composta por estudantes internacionais até 2020. “Isso nos encoraja a sair de nossas fronteiras e contar nossa história em um palco maior”, adiciona. Ela destaca a importância das iniciativas governamentais para subsidiar movimentos de internacionalização.

As bolsas de estudo oferecidas pelo Governo da Irlanda, por exemplo, têm sido essenciais para oportunizar a ida de estudantes ao país, pois, sem elas, não teriam condições de realizar mobilidade. “No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer e eu espero ver mais investimentos do governo para atrair, principalmente, estudantes de países menos favorecidos. Acredito que esses alunos têm muito a contribuir com a nossa comunidade universitária”, afirma.

Aproximações entre Brasil e Irlanda

2018_08_14-conexoes_internacionais(907x550)As possibilidades de cooperação entre o Brasil e a Irlanda são vastas, de acordo com Holly. Para a pesquisadora, as similaridades entre os irlandeses e os brasileiros permitem que essas oportunidades se multipliquem. “Os estudantes do Brasil que vêm estudar na Irlanda criam um forte vínculo de amizade com a comunidade irlandesa. Realizamos, inclusive, um dia especial de cooperação Brasil-Irlanda no Rio de Janeiro, em abril deste ano. Foi uma oportunidade de compartilhar algumas colaborações em andamento e discutir possíveis cooperações futuras”, conta.

Holly destaca eventos que discutam internacionalização, como o próprio Conexões Internacionais, como forma de promover uma comunidade cada vez mais global. O intercâmbio de professores também é uma valiosa maneira de fortalecer os vínculos, assim como a troca de estudantes a curto e longo prazo.

“O aprendizado online também deve ser explorado, tornando-se uma importante ferramenta para envolver estudantes de diferentes nacionalidades. Além disso, projetos e supervisão conjunta de pesquisas são excelentes meios para fortalecer os laços internacionais”, finaliza.

Sobre o Conexões Internacionais

Com o objetivo de discutir a internacionalização na pós-graduação e a cooperação internacional na pesquisa, a primeira edição do Conexões Internacionais é promovida pela Assessoria de Cooperação Internacional, com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq). O evento contará com palestras, cases de sucesso e troca de experiências sobre o que é a pesquisa internacional, como ela é feita e quais os impactos e desafios da internacionalização no meio acadêmico. Confira a programação completa no site.

2018_08_14-conexoes_internacionais(907x550)Quer descobrir as possibilidades e vantagens de estar inserido em uma rede internacional de pesquisa? Com o objetivo de discutir a internacionalização na pós-graduação e a cooperação internacional na pesquisa, a PUCRS promove a primeira edição do Conexões Internacionais. O evento ocorre no dia 27 de setembro, no prédio 50 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). As inscrições, disponíveis neste link, são gratuitas e as vagas, limitadas.

Realizado pela Assessoria de Cooperação Internacional, com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), a atividade tem como propósito fazer uma reflexão sobre o papel multifacetado da internacionalização no século 21 e seu impacto na construção do conhecimento. A programação completa e outras informações estão disponíveis no site oficial.

A iniciativa conta com palestras, cases de sucesso e troca de experiências sobre o que é a pesquisa internacional, como ela é feita e quais os impactos e desafios da internacionalização no meio acadêmico. Durante o credenciamento, haverá a entrada solidária, com coleta de doações de alimentos não perecíveis e materiais de higiene pessoal para o Centro ítalo Brasileiro de Assistência e Instrução as Migrações (Cibai Migrações), instituição que acolhe migrantes e refugiados que chegam a Porto Alegre.

Internacionalização na pesquisa

Holly Cowman, diretora de Relações Internacionais da Mary Immaculate College, na Irlanda, vem à PUCRS apresentar a conferência internacional Ireland and Brasil: Initiatives to consolidate internationalization of higher education. A pesquisadora abordará oportunidades e desafios que a internacionalização enfrente no ensino superior atualmente e suas experiências na Irlanda.

Marcelo Távora, responsável pelos movimentos de internacionalização da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) falará sobre o cenário da pesquisa internacional na atualidade e a relação entre qualidade/impacto da pesquisa e seu grau de internacionalização. Já a importância da cooperação internacional para pesquisas de excelência será apresentada pelo superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, um dos responsáveis pela elaboração do Programa de Excelência Internacional das Universidades da Capes/MEC.

Experiências internacionais

Com o objetivo de apresentar experiências bem-sucedidas de pesquisas internacionais na PUCRS, o evento também reservará espaço para doutorandos relatarem suas vivências no exterior e contará com três painéis temáticos simultâneos. Neles, pesquisadores de áreas distintas debaterão sobre suas pesquisas de caráter internacional, trazendo aprendizados, avanços e conquistas.

Painéis temáticos

Feira gastronômica internacional

O fechamento da programação contará com uma degustação de pratos que representam os cinco continentes em parceria com o curso de Gastronomia, da Escola de Ciências da Saúde. Sabores, aromas e composições serão apresentadas pelos acadêmicos do curso, sob supervisão da docente Marianna Pozzatti e da coordenadora do curso Rochele de Quadros.

Para mais informações, acesse www.pucrs.br/conexoesinternacionais.