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Foto: Camila Cunha

“O dom da primavera, ninguém vai me tirar. Hoje eu estou aqui pronta pra cantar, pronta pra cantar”. A voz aveludada e forte, o semblante sorridente, os longos cabelos acariciados com os dedos entre as músicas. Tudo isso emoldurado por um cenário rubro, com um piso brilhante e uma banda afinada em cada acorde deram ao público a certeza de que Maria Bethânia, agraciada com o Mérito Cultural PUCRS 2019, estava – e sempre estará – Pronta pra Cantar, como tão bem compôs seu irmão Caetano Veloso. Essa canção abriu o show Claros Breus, em sua passagem única por Porto Alegre, em de 5 de novembro, e marcou com grande estilo a noite histórica de reinauguração do Salão de Atos da Universidade. Para os 1,6 mil espectadores da moderna casa de evento dentro de um ambiente de ensino, ficaram o sentimento e os registros fotográficos de uma experiência singular, integrando as comemorações dos 71 anos da PUCRS.

A apresentação, em dois atos, brindou a plateia com músicas de todos os tempos da carreira cinquentenária da cantora baiana, enaltecida como embaixadora da Língua Portuguesa pelo reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira. As reações do público foram mais intensas em canções como Sangrando, de Gonzaguinha, Sampa, de Caetano Veloso, Olhos os olhos, de Chico Buarque, e Evidências, de José Augusto e Paulo Sérgio Valle. Gritos e aplausos também foram marcantes em História para ninar gente grande, samba-enredo da Estação Primeira de Mangueira, no carnaval 2019, com destaque para o verso “Salve os caboclos de julho, Quem foi de aço nos anos de chumbo, Brasil, chegou a vez, De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês”. Ela também ganhou um coro emocionado no encerramento do bis, ao cantar O que é o que é, de Gonzaguinha.

“Penso que vivemos como se não coubesse mais o silêncio, a reflexão, as delicadezas. Mas sabemos, com gestos como esse, ainda cabem. Isso me alegra e me encoraja” MARIA BETHÂNIA

Ao final do show, no momento da homenagem concedida pela Universidade pelas mãos do reitor, se disse comovida em receber tão alta honraria. “Agradeço com o coração nas mãos e à mostra. Gosto de emprestar minha vida e minha voz às histórias, personagens, letras de músicas que os autores nos revelam. Essa honraria promovida pela PUCRS, louvando a cultura no Brasil é animador, desafiador, lindo. A cultura traz dignidade a um povo e favorece um país, além de iluminar”, declarou Bethânia.

Foto: Camila Cunha

Foto: Camila Cunha

Emoção para todas as idades

Rosa Gomes Fioravante, 89 anos, acomodou-se no mezanino do Salão de Atos para apreciar, ao lado da filha Carla, a noite de tributo à cultura. “Gosto muito da Bethânia, das músicas, do estilo dela. Fico emocionada, muito feliz. Eu tinha os discos e CDs e dei para meus filhos”, relata a fã, que transmitiu aos mais novos o legado de amor à música. Carla Rosane Jardim, diplomada em Direito pela PUCRS, costuma acompanhar a mãe em outros espetáculos, como o de Milton Nascimento, e se revela também admiradora da cantora.

O show de Bethânia foi um presente de aniversário para a administradora Daniela Paula Dreyer, 44, natural de Erechim (RS). “A Bethânia é uma musa para mim. Fui presenteada pelo meu namorado, com uma mensagem via Whats, e foi uma surpresa encantadora”, conta. Sobre o novo Salão de Atos, diz que “o lugar é encantador, de uma beleza incomparável. Já havia visto um show dela, mas dessa vez, como estávamos mais próximos, na plateia baixa, foi muito sentimental. Não tem palavras para explicar o que sentimos ali. A música O que é o que é foi o final perfeito”, exalta.

“Cumpro meu ofício com muito amor e muito vigor. Realizá-lo numa casa de ensino como essa me comove e me atrai” MARIA BETHÂNIA

Na sua companhia, o servidor público Thiago Scandolara, 38, diz acompanhar Bethânia há muitos anos, assim como ícones como Milton Nascimento, Chico Buarque, Caetano Veloso. “Eu não entendo o mundo sem eles. Cada vez que tenho a oportunidade de vê-los, me faz um bem muito grande. Isso nos enriquece, e temos que dar valor para esses artistas”. A canção Encanteria foi a que mais lhe tocou, especialmente “quando a ela fala que quem clareia aqui é ela, pois estamos em tempos diferentes da sociedade, em que os artistas não são valorizados, existem editais sendo cortados, então ela deu uns toques no show muito importantes”. O amor pela cantora foi passado pelo irmão mais velho, Camilo, que é professor de artes.

Com os olhos encharcados de lágrimas, após o evento, no foyer do Salão da Atos, Luciana Pimentel Goes Schimidt, 38, resumiu a experiência em uma frase: “Bethânia, para mim, é uma força da natureza”. Baiana de nascimento, a agente de turismo vive no Rio Grande do Sul há dez anos e não poupa elogios à sua cantora predileta. “Ela é uma artista ímpar. Tudo que o reitor falou na entrega do prêmio só confirma isso. A contribuição dela para a cultura brasileira é muito grande. Quem tiver o privilégio de ir a um show de Bethânia vai entender a magnitude, o poder que é essa mulher. Ela é Bethânia, não tem outra explicação”, enaltece.

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Foto: Camila Cunha

“Aprendi a falar ouvindo Bethânia”

Para o estudante Tiago Mendes Dias, 40, “a noite foi perfeita”. “Eu sabia que iria chorar bastante. As canções da Bethânia remetem à minha infância, pois ela me ensinou a falar, não apenas a cantar. Quando nasci com deficiência neurológica, sem poder respirar, os médicos não sabiam o que iria acontecer comigo. Eu praticamente não falava. Então, quando minha mãe estava ouvindo Mel, na voz de Bethânia, em um vinil, eu fiquei de ouvido colado no caixa de som e comecei a cantar. Por isso, digo que a Bethânia me ensinou a falar. E, a partir daí a família começou a me presentear com discos dela”, relata. O estudante diz que chegou cedo à PUCRS Store, no início da venda de ingressos, para garantir o seu acento na noite de ontem.

Sobre o Salão de Atos, disse que o espaço é muito bom, e que a equipe organizadora lhe ofereceu toda assistência necessária. “Me senti um rei. Estava numa cadeira confortável e bem localizado”.

“Agradeço a todos esta honraria, que sustenta minha respiração, o ritmo desassossegado do meu coração” MARIA BETHÂNIA

A advogada Adriane dos Santos, 29, diz que seu pai baiano foi o principal influenciador do seu gosto musical. “Acredito que embora ela atraia um público mais maduro, ela também toca a juventude que teve a oportunidade e conhecer o trabalho dela lá dos anos 1970. A Tropicália nos toca muito hoje, tendo em vista nosso contexto sócio-político, e isso aproxima o público que presta atenção nessa força de movimento e de expressão que ela traz para a gente”, comenta. Sobre as canções mais emocionantes do show, falou de Yaiá Massemba, na qual menciona o desejo de aprender a ler para ensinar aos irmãos escravos, e as demais com a temática de valorização das origens negras, com o candomblé. “Ela traz essa mensagem de um povo que foi muito explorado para uma plateia de classe média alta, predominantemente branca. É muito bom para refletir sobre esse período histórico bem trágico”, avalia.

Homenagem da Universidade

Em seu discurso, o reitor Ir. Evilázio Teixeira enfatizou:

Que noite memorável para cada um de nós, emocionados com a beleza da arte, da sensibilidade desta extraordinária artista: Para a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, reinaugurar um novo e moderno Salão de Atos – espaço que sem dúvida se tornará referência cultural – tendo no palco a presença iluminada de Maria Bethânia é motivo de grande honra e alegria.

A rapidez com que se esgotaram os ingressos – sinal da mobilização de todos que lotam esta plateia – é um forte indicativo do que representa nossa homenageada para a Cultura Brasileira.  Com sua voz,  Bethânia é uma força da natureza que não cansa de reinventar-se a cada espetáculo, uma artista que transita com maestria em diferentes gêneros e  compositores. Sua voz é o palco. É o sagrado.

Bethânia, você é uma embaixadora da língua portuguesa.  A cada novo espetáculo, a cada novo disco, busca desafios para sua voz, sua performance, seu público. São mais de 50 anos de carreira; uma vida bonita e generosa que coloca a todos nós em constante estado de poesia.

Maria Bethânia, sua arte é uma forma privilegiada de educação para o belo, para uma vida mais harmoniosa e amorosa.  A você, o reconhecimento meritoso pelo legado cultural que enriquece nossa música, nossas vidas e a cultura nacional. Obrigado por estar conosco nesta noite e a partir de agora fazer parte da Comunidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.    

A você, o nosso aplauso!

Confira a galeria de fotos:

Foto: Camila Cara

Foto: Camila Cara

A PUCRS vai reabrir nesta terça-feira (5 de novembro) o Salão de Atos com o show Claros Breus, de Maria Bethânia, e a entrega do Mérito Cultural à cantora. O evento começará às 21h, mas é bom se adiantar. O local abrirá às 20h.

Bilheteria

Os ingressos para o show estão esgotados. O local tem capacidade para 1,6 mil pessoas. A bilheteria estará aberta para complementação de valor, no caso, por exemplo, de idosos ou funcionários que não irão ao show e cederam o ingresso para outra pessoa. Também será possível imprimir ingressos de quem se esqueceu de levar o QR Code. Os funcionários devem portar também o crachá da PUCRS.

Estacionamento

A empresa Pare Bem irá oferecer um valor especial na tarifa antecipada do estacionamento descoberto do prédio 50, com acesso pela Rua Cristiano Fischer, de R$ 25,00, independentemente do tempo de permanência. Os visitantes podem pagar a tarifa nos guichês assim que chegarem à Universidade, evitando filas no final do evento.

Como haverá o fluxo normal de estudantes, outra dica para evitar atrasos é a utilização dos aplicativos de mobilidade urbana.

Café

Além dos bares e restaurantes espalhados pelo Campus, haverá um serviço de café e lanches no saguão do Salão de Atos.

Sobre o show

“Claros Breus” vem com muitas canções novas, outras inéditas na voz da cantora, músicos que tocam com ela pela primeira vez, e também nova direção musical e arranjos. Neste novo show, Bethânia quis fazer diferente, mostrar as músicas inéditas ao público antes de registrá-las em disco. Dentre as músicas inéditas estão canções de artistas como Adriana Calcanhoto (“A Flor Encarnada”), Chico César (“Luminosidade” e “Águia Nordestina”) e Roque Ferreira (“Música, Música”). Bethânia apresenta também canções inéditas na sua voz como “O Universo na Cabeça do Alfinete” (Lenine/ Lula Queiroga), “Sinhá” (Chico Buarque/João Bosco), entre outras, além de incluir o samba-enredo da Mangueira, campeão do carnaval deste ano, “História pra Ninar Gente Grande” (Tomaz Miranda, Deivid Domênico, Mama, Márcio Bola, Ronie Oliveira, Danilo Firmino e Manu da Cuíca,), mesclados com versos de Mario de Andrade dedicados a Carlos Drummond de Andrade (“O Poeta Come Amendoim”), um excerto de “Poema Sujo”, de Ferreira Gullar, e o poema “Quero Ser Tambor” do moçambicano José Craveirinha.

Mérito Cultural PUCRS

A honraria Mérito Cultural, prevista no Estatuto e Regimento Geral da PUCRS, simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. O homenageado é alguém que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Universidade num polo cultural.

Salão de Atos

Foto: Bruno Todeschini

Porto Alegre recebe, nesta terça-feira, 5 de novembro, uma nova estrutura totalmente modernizada para grandes eventos: o Salão de Atos da PUCRS. A reabertura ocorre às 21h com o espetáculo Claros Breus, de Maria Bethânia. Após o show, a cantora receberá o troféu Mérito Cultural da Universidade. Os ingressos para o show já estão esgotados.

A revitalização representa uma importante entrega da Universidade para a esfera cultural e artística da cidade. Palco de importantes eventos, o local conta agora com um ambiente renovado em estética e funcionalidade, com equipamentos de ponta, tecnologia de vídeo, som e luz de última geração, conforto acústico e térmico e acessibilidade total. “O espaço poderá receber mais de mil e seiscentas pessoas e está preparado para atender eventos e espetáculos de diferentes formatos”, afirma Ana Paskulin, gerente de Negócios da Universidade.

Inspiração internacional

As obras tiveram início em junho, com o objetivo de adequar o espaço às necessidades de acessibilidade, conforto e qualidade acústica. A equipe de arquitetos e engenheiros da PUCRS, responsável pela obra, buscou inspiração em vários locais pelo mundo que usufruem das melhores práticas. A principal veio do Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles (EUA). Também contaram com consultorias técnicas externas de projetos na área teatral e acústica. Mas toda a execução foi realizada pelos profissionais da Instituição.

Modernização em cada detalhe

Salão de Atos

Foto: Bruno Todeschini

O projeto foi feito visando o atendimento ao público e a flexibilidade para multiuso, qualificando a edificação tecnicamente. Entre as novidades, haverá três cabines de tradução simultânea, uma sala de operação de áudio e vídeo lateral e uma house mix central (local rebaixado, no meio da plateia, onde os equipamentos de som e o operador ficam instalados). Contará ainda com uma prévia estrutura fixa de som, de vídeo e de iluminação para a operação de eventos, mas possibilitando que, em shows de bandas ou espetáculos teatrais, por exemplo, possam ser instalados equipamentos provisórios próprios. Por fim, telas retráteis ficarão disponíveis para serem acessadas nas laterais em frente à plateia, com projetor no teto.

A reforma começou pela cobertura, que ganhou robusto isolamento acústico, e foi além, estendendo inovações à toda estrutura interna. Foram substituídos o forro, o piso, as poltronas, as cortinas do palco, o revestimento das paredes e o sistema de luz e de som. A tubulação de cabos e de fios ficou subterrânea. Portas acústicas vedam a passagem de som, melhorando o conforto acústico interno. Os camarins também foram modernizados e ampliados. Os corredores centrais ficaram mais largos, facilitando o trânsito dos espectadores. Duas rampas ligam a plateia direto ao palco permitindo o acesso dos cadeirantes que não precisarão mais entrar pelos bastidores.

Sobre o show

“Claros Breus” vem com muitas canções novas, outras inéditas na voz da cantora, músicos que tocam com ela pela primeira vez, e também nova direção musical e arranjos. Neste novo show, Bethânia quis fazer diferente, mostrar as músicas inéditas ao público antes de registrá-las em disco. Dentre as músicas inéditas estão canções de artistas como Adriana Calcanhoto (“A Flor Encarnada”), Chico César (“Luminosidade” e “Águia Nordestina”) e Roque Ferreira (“Música, Música”). Bethânia apresenta também canções inéditas na sua voz como “O Universo na Cabeça do Alfinete” (Lenine/ Lula Queiroga), “Sinhá” (Chico Buarque/João Bosco), entre outras, além de incluir o samba-enredo da Mangueira, campeão do carnaval deste ano, “História pra Ninar Gente Grande” (Tomaz Miranda, Deivid Domênico, Mama, Márcio Bola, Ronie Oliveira, Danilo Firmino e Manu da Cuíca,), mesclados com versos de Mario de Andrade dedicados a Carlos Drummond de Andrade (“O Poeta Come Amendoim”), um excerto de “Poema Sujo”, de Ferreira Gullar, e o poema “Quero Ser Tambor” do moçambicano José Craveirinha.

 Mérito Cultural PUCRS

A honraria Mérito Cultural, prevista no Estatuto e Regimento Geral da PUCRS, simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. O homenageado é alguém que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Universidade num polo cultural.

 

 

 

Foto: Camila Cara

Foto: Camila Cara

A cantora Maria Bethânia apresenta o seu novo show Claros Breus no Salão de Atos da PUCRS no dia 5 de novembro, às 21h. O evento marca a reabertura do Salão de Atos e também a entrega do Mérito Cultural PUCRS, concedido pela Universidade a personalidades que se destacam em diferentes áreas da cultura. Os ingressos começam a ser vendidos nesta sexta-feira, 4 de outubro, a partir das 12h, pelo site uhuu.com.br e na PUCRS Store (localizada no Living 360º, prédio 15 do Campus – Av. Ipiranga, 6.681 –  Porto Alegre). A comunidade acadêmica PUCRS (alunos, professores e técnicos administrativos PUCRS) tem 50% de desconto na compra do seu ingresso (confira os valores abaixo).

Sobre o novo show

“Claros Breus” vem com muitas canções novas, outras inéditas na voz da cantora, músicos que tocam com ela pela primeira vez, e também nova direção musical e arranjos. Neste novo show, Bethânia quis fazer diferente, mostrar as músicas inéditas ao público antes de registrá-las em disco. Dentre as músicas inéditas estão canções de artistas como Adriana Calcanhoto (“A Flor Encarnada”), Chico César (“Luminosidade” e “Águia Nordestina”) e Roque Ferreira (“Música, Música”). Bethânia apresenta também canções inéditas na sua voz como “O Universo na Cabeça do Alfinete” (Lenine/ Lula Queiroga), “Sinhá” (Chico Buarque/João Bosco), entre outras, além de incluir o samba-enredo da Mangueira, campeão do carnaval deste ano, “História pra Ninar Gente Grande” (Tomaz Miranda, Deivid Domênico, Mama, Márcio Bola, Ronie Oliveira, Danilo Firmino e Manu da Cuíca,), mesclados com versos de Mario de Andrade dedicados a Carlos Drummond de Andrade (“O Poeta Come Amendoim”), um excerto de “Poema Sujo”, de Ferreira Gullar, e o poema “Quero Ser Tambor” do moçambicano José Craveirinha.

Também no repertório clássicos de sua obra como “Grito de Alerta”, “Sangrando” (Gonzaguinha), “Negue” (de Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos), “Brincar de Viver” (Guilherme Arantes/Jon Lucien), “Pronta Pra Cantar” e “Drama” (ambas de Caetano Veloso) “Olhos nos Olhos”, “Rosa dos Ventos” (estas duas de Chico Buarque), além de “Sonho Impossível”, de Joe Darion e Mitch Leigh, em versão de Chico Buarque e Ruy Guerra, e outras que fazem parte da trilha sonora da vida de muita gente. E, para rechear o clima do show e relembrar as noites boêmias do Rio, quando os músicos atuavam em clubes e iam ouvir-se uns aos outros, tem “Sábado em Copacabana”, de Dorival Caymmi e Carlos Guinle.

O maestro baiano Letieres Leite, com quem ela trabalha pela primeira vez, assina a direção musical e arranjos, acompanhado de Jorge Hélder, contrabaixo, único parceiro de outros shows e trabalhos, Carlinhos 7 cordas, violões de 6 e 7 cordas, Pretinho da Serrinha, percussões acústica e eletrônica, e os também baianos Marcelo Galter, piano e sintetizadores, e Luizinho do JêJe, percussões acústica e eletrônica. A direção e cenário são de Bia Lessa, o desenho de luz de Binho Schaefer e Bia Lessa e o figurino de Maria Bethânia é assinado por Gilda Midani.

Mérito Cultural PUCRS

A honraria Mérito Cultural, prevista no Estatuto e Regimento Geral da PUCRS, simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. O homenageado é alguém que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. A entrega do troféu é anual.

Serviço

Show Claros Breus- Maria Bethânia
5 de novembro, às 21h
Salão de Atos da PUCRS
Ingressos a venda a partir de 4/10, às 12h pelo site uhuu.com.br e na PUCRS Store (localizada no Living 360º, prédio 15 do Campus – Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre)
Valores:
Plateia baixa: R$ 600
Plateia alta: R$ 400
Mezanino: R$ 200
A comunidade acadêmica PUCRS (alunos, professores e técnicos administrativos PUCRS) tem 50% de desconto na compra do seu ingresso.

 

 

 

 

encontro com a reitoria, reitor, evilázio teixeira, centro de eventos

Reitor Ir. Evilázio Teixeira / Foto: Camila Cunha

O Encontro com a Reitoria, nesta segunda-feira, 26 de agosto, no Centro de Eventos, mostrou O que nos faz ser do tamanho do futuro. O Reitor Ir. Evilázio Teixeira resgatou os desafios do início de sua gestão, em dezembro de 2016, e apresentou os resultados alcançados até o momento. Agradeceu o trabalho das equipes lideradas pelos pró-reitores. “O engajamento diário faz da PUCRS uma universidade de excelência e com uma enorme influência nacional e internacional”. Citou, entre outros projetos, as certificações de estudos, que permitem aos estudantes de graduação se aperfeiçoarem em áreas de sua escolha, a revisão de mais da metade dos currículos, o modelo de pós graduação em parceria com UOL Edtech, que chega a mais de 20 mil alunos nos cursos presenciais e online, a colocação destacada da Universidade na pesquisa em rankings nacionais e internacionais e o PUCRS PrInt – Projeto Institucional de Internacionalização, com 87 bolsas somente em 2019, a vinda de mais de cem professores estrangeiros e 180 projetos em cooperação.

A inauguração do Living 360º e da Rua da Cultura, dentro das dimensões Aprender Diferente e Campus Repensado do movimento PUCRS 360°, e iniciativas de impacto social também foram destacadas. Mais de 800 mil pessoas são alcançadas pelas ações comunitárias e extensionistas da PUCRS. Cerca de 170 toneladas de resíduos recicláveis gerados no Campus retornam como matéria-prima para os processos de fabricação. Um dos exemplos recentes do compromisso com a comunidade é a revitalização de 11 mil metros quadrados da Avenida Ipiranga, incluindo a construção da ponte em frente ao Hospital São Lucas e o cuidado com as áreas verdes.

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Diplomada PUCRS, Suye Zucchetti finaliza uma de suas obras / Foto: Camila Cunha

Quem foi ao encontro recebeu uma pequena recordação que remete a esse projeto: um ímã ilustrado com parte das pinturas que vão cobrir os postes da via, elaboradas pela diplomada em Arquitetura, Suye Zucchetti, que também finalizou um painel retratando o Encontro com a Reitoria. “O tamanho da PUCRS não se mede em hectares, mas no talento, dedicação e competência dos profissionais. Temos muito a celebrar, mas também desafios pela frente. Particularmente, olho pra esses desafios com muito entusiasmo. Porque confio que somos capazes de agir em sintonia, movidos pelo desejo de fazer nosso melhor e cuidar dos estudantes, nossa razão de ser”, apontou o reitor, dizendo que a Universidade deve contribuir para a formação de cidadãos, pessoas com aspirações infinitas e que se acercam fraternalmente do próximo.

Dinamismo do Campus

Os participantes do Encontro com a Reitoria assistiram, em primeira mão, ao conceito da nova campanha institucional. Num cenário de discursos que se sobrepõem, de narrativas frágeis, de questionamento do papel das universidades, a ideia é dar visibilidade ao que acontece no Campus, ao impacto social da PUCRS, à sua relevância para o desenvolvimento da ciência e da sociedade. Ou seja, mostrar por que é uma Universidade do tamanho do futuro.

Novas iniciativas

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Professores e técnicos prestigiaram o Encontro, realizado no Centro de Eventos / Foto: Camila Cunha

Durante o evento, o chefe de Gabinete da Reitoria, Alexander Goulart, e a assessora de Comunicação e Marketing, Lidiane Amorim, apresentaram as iniciativas previstas para o segundo semestre, entre elas a inauguração do novo Salão de Atos, com a entrega do Mérito Cultural à cantora Maria Bethânia (em novembro), e o lançamento da segunda fase do Tecna – Centro Tecnológico Audiovisual, em Viamão, uma das mais modernas e completas estruturas do País voltadas à indústria criativa (entre outubro e novembro). O Tecnopuc Viamão também vai abrigar o primeiro Salão de Atos do município.

Um conjunto de projetos vai envolver a comunidade universitária, como o Open Campus, em 4 de outubro, com mais de 450 professores e técnicos como voluntários, buscando encantar estudantes que querem ingressar no ensino superior, seguido do PUCRS Festival, no sábado, dia 5, com agenda musical e feiras de design. Está confirmada a presença do cantor Criolo.

Pela primeira vez, o Vestibular será realizado em outubro, em um único dia (27, domingo), com prova específica para Medicina e os demais cursos divididos em dois modelos, valorizando as áreas de afinidade.

Em setembro, uma programação especial vai comemorar os 20 anos do Salão de Iniciação Científica. No dia 21 de outubro, o Fronteiras do Pensamento terá uma conferência no Centro de Eventos da PUCRS, que é parceira cultural do projeto. O convidado será o psicanalista e cronista italiano Contardo Calligaris.

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Foto: Jorge Bispo

Uma das maiores cantoras da história do Brasil, Maria Bethânia, será homenageada com a entrega do Mérito Cultural PUCRS, no dia 5 de novembro, no Salão de Atos da Universidade. Na ocasião, a cantora também vai realizar o seu retorno aos palcos com o novo show Claros Breus, com músicas inéditas de artistas como Adriana Calcanhoto, Chico César, Roque Ferreira e Flávia Wenceslau. Estas atividades irão marcar as celebrações de reabertura do Salão de Atos e esta será a única apresentação da cantora no Rio Grande do Sul.

Segundo o diretor do Instituto de Cultura da PUCRSRicardo Barberena, a honraria concedida à Maria Bethânia se deve às últimas cinco décadas de contribuição à cultura brasileira. “Desde a sua estreia no espetáculo Opinião, Bethânia transformou-se numa grande embaixadora da língua portuguesa: aproximando a literatura dos palcos. Com um repertório sempre inovador, seja na carreira solo, seja com os Doces Bárbaros, nunca se rendeu às expectativas. A cada novo espetáculo, a cada novo disco, buscava desafios para sua voz, sua performance, seu público. Ícone do samba e de músicos eruditos, ela soube sempre trafegar em espaço próprio, fazendo o trânsito entre diferentes manifestações musicais e culturais”, destaca.

Ainda, segundo Barberena, a cantora e artista, que chega aos 73 anos, mistura música, teatro, literatura e pensamento. “É motivo de espetáculos, documentários, livros e, sobretudo, de orgulho para a cultura nacional”, enfatiza.

 

Sobre o Mérito Cultural PUCRS

A honraria Mérito Cultural PUCRS, prevista no Estatuto e Regimento Geral da PUCRS, simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. O homenageado é alguém que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Universidade num polo cultural.

 

Fernanda Montenegro a primeira homenageada

No ano passado, a atriz Fernanda Montenegro recebeu o Mérito Cultural PUCRS. Na oportunidade, Fernanda apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo. A leitura é uma adaptação, feita pela atriz, do livro homônimo organizado pela filha de Nelson, Sônia Rodrigues. A artista também realizou a sessão de autógrafos da obra Fernanda Montenegro: itinerário fotobiográfico, que relata a trajetória pessoal e profissional de mais de sete décadas de carreira da atriz.