Encontros em Escrita CriativaOs encontros de Estudos em Escrita Criativa, com apoio da PUCRS, ocorrem a partir do dia 25 de abril. Trazem à tona os temas encontrados nos grandes clássicos da literatura universal. O primeiro assunto será mito, contando com a presença de Annie Müller, aluna do mestrado em Letras – Escrita Criativa, e Guilherme Azambuja, do doutorado. Também haverá o lançamento do livro Sobre a escrita criativa, da Editora Raio de Sol, organizado por Patricia Gonçalves Tenório, doutoranda em Letras da PUCRS.

Os alunos Annie Müller, Alexandra Lopes, Daniel Gruber, Gustavo Czekster, María Elena Morán e o professor Luís Roberto Amabile se reuniram para tentar difundir a outras regiões o trabalho desenvolvido na Universidade. Surgiu então, com o apoio da PUCRS, o 1º Seminário Nacional em Escrita Criativa de Pernambuco, impulsionado pela 11ª Bienal Internacional do Livro, e a coletânea de artigos em questão.

Mensais, os eventos de Estudos em Escrita Criativa buscam estimular a criatividade na escrita de textos poéticos e ficcionais. Combinam conteúdos teóricos com exercícios práticos e apresentação de autores locais. São organizados pelo professor da Escola de Humanidades Luiz Antonio de Assis Brasil, com a escritora pernambucana Patricia Gonçalves Tenório. Ocorrem às quartas-feiras, das 18h30min às 21h, na Livraria Cultura, no Shopping Bourbon Country. O projeto também é realizado no Recife (PE).

 Próximos encontros

– Dia 16 de maio: A viagem, com María Elena Morán e Daniel Gruber

– Dia 13 de junho: A música, com Alexandra Lopes e Gustavo Czekster

– Dia 15 de agosto: O amor, com Júlia Dantas e Luís Roberto Amabile

– Dia 12 de setembro: O sonho, com Gisela Rodriguez e Fred Linardi

– Dia 10 de outubro: A imagem, com Débora Ferraz e Tiago Germano

– Dia 7 de novembro: O fogo, com Andrezza Postay e Camilo Mattar

Inscrições

Informações de inscrições pelo e-mail [email protected]. Os interessados devem enviar uma pequena biografia, com dados para contato, produção de conteúdo (um ou dois contos/poesia) e responder à pergunta: Por que se interessa em participar dos Estudos em Escrita Criativa? Vagas limitadas. Informações no Facebook.

Projeto Cultural Entreatos,Moacyr Scliar,Biblioteca Central Ir. José Otão,Delfos,Escola de Humanidades

Foto: Bruna Faraco/Famecos

Um encontro marcado pela sensibilidade e a celebração da vida e obra do médico e escritor Moacyr Scliar. Falecido em 2011, o gaúcho de origem judaica, imortalizado pela Academia Brasileira de Letras, completaria 80 anos em 2017. O Projeto Cultural Entreatos, organizado pelo Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS e a Escola de Humanidades, homenageou sua trajetória pessoal, profissional e intelectual em evento ocorrido nesta quinta-feira, 26 de outubro, na Biblioteca Central Ir. José Otão, com a presença da professora Judith Scliar, viúva do escritor, e convidados especiais.

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Apresentação de canções judaicas
Foto: Bruna Faraco/Famecos

Na avaliação do coordenador do Delfos, professor Ricardo Barberena, “foi um evento muito bonito do ponto de vista das diferentes religiões, devido ao momento ecumênico conduzido pelo rabino Guershon Kwasniewski e o padre Erico Hammes. Também permitiu uma reflexão biográfica sobre a obra de Scliar, que tem seu acervo em nossa Instituição”, recordou.  As falas da escritora Cíntia Moscovich e dos psicanalistas Abraão Slavutzky e Celso Gutfreind foram mediadas pelo escritor e professor da Escola de Humanidades Luiz Antônio de Assis Brasil. Entre a exposição de cada um, houve a apresentação de canções judaicas pelo maestro Sergio Olivé.

“Foi um grande momento de celebração afetiva, também com referências ao humor judaico, permeado por amplo humanismo e um olhar para a produção intelectual do escritor. Um evento além do aspecto acadêmico, que contou com um testemunho emocionante da viúva Judith Scliar”, conclui Barberena.

Luiz Antonio de Assis Brasil

Foto: Bruno Todeschini

No dia 22 de junho, às 17h30min, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural, a Escola de Humanidades – Curso de Letras e a Editora Movimento lançam a segunda edição do livro Um Quarto de Légua em Quadro, de Luiz Antonio de Assis Brasil, como parte do projeto cultural Entreatos. Com a obra, Assis Brasil estreou como escritor, em 1976, e recebeu o Prêmio Ilha de Laytano. Formado em Direito em 1970, exerceu a advocacia por dois anos e ingressou como professor da PUCRS em 1975, primeiro no Direito e depois na Letras. Hoje, além de ministrar as aulas e a Oficina de Criação Literária (com mais de 40 antologias publicadas), é coordenador-geral do Delfos.

A solenidade terá uma mesa-redonda coordenada pela professora Maria Eunice Moreira, do curso de Letras, e contará com a participação do editor Carlos Jorge Appel, da Movimento, e dos professores Léa Masina (UFRGS) e Antonio Hohlfeldt (Faculdade de Comunicação Social/PUCRS), este o primeiro crítico literário de Assis Brasil. Na ocasião, o autor autografará a nova edição. O evento, que contará com o violoncelista Celau Moreyra, será no hall da Biblioteca Central.

 

O livro

Um quarto de légua em quadroSituado no período de 1752-1753, primórdios do povoamento açoriano do Rio Grande do Sul, o romance, escrito em forma de diário pelo médico Gaspar de Fróis, discute as raízes e a gênese do povo. Em Um Quarto de Légua em Quadro, o drama pessoal de Gaspar se funde ao drama coletivo; sem o desejar, o médico torna-se cúmplice e partícipe de fatos que nunca desejou que tivessem acontecido. Obra de estreia, esse romance viria estabelecer o caminho estético do autor.

Assis Brasil começou a escrevê-lo em 1974, quando teve uma doença que o deixou hospitalizado e necessitou de cirurgia. “Minha intenção original era escrever uma obra histórica sobre o povoamento açoriano no Rio Grande do Sul. Pois virou romance, e desde aí não parei mais”, contou, em entrevista, a José Pinheiro Torres. Em 2005, foi lançado o filme Diário de um Novo Mundo, baseado em Um Quarto de Légua em Quadro, com direção de Paulo Nascimento. Estrelado por Edson Celulari e Daniela Escobar, foi premiado no Festival de Gramado como melhor roteiro (Pedro Zimmermann) e prêmio da audiência.