Para encerrar o Outubro Rosa e o Projeto Entre Laços 2017, a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e o Centro de Pastoral e Solidariedade (CPS) promoveram, no dia 31 de outubro, o Desfile das Vitoriosas. O evento teve início com um bate-papo sobre o câncer de mama e se encerrou com a presença de 32 mulheres na passarela. As vitoriosas desfilaram com alguns dos lenços arrecadados ao longo do Projeto Entre Laços, ocorrido nos dias 6 a 27 de outubro. A comunidade da rede Marista pôde apoiar mulheres na luta contra o câncer, doando lenços, echarpes e bandanas em varais distribuídos pelo Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) e por colégios e unidades sociais. A iniciativa arrecadou, ao todo, mais de 1600 peças. A idealizadora do projeto e professora da Escola de Negócios, Letícia Hoppe, abriu o evento defendendo a importância da iniciativa. “Foi uma linda rede de solidariedade. A ideia era entrar em contato com quem está passando pela doença e auxiliar”, afirmou.
O bate-papo e o desfile foram apresentados pela jornalista Rosane Marchetti, que lutou contra o câncer de mama em 2011. Para ela, campanhas como o Entre Laços são extremamente importantes, pois chamam a atenção para o assunto. “O câncer mata mais de 40 mulheres por dia no Brasil. Mas, atualmente, a realidade de quem enfrenta essa doença é muito diferente, não apenas porque a pesquisa e a medicação avançaram, mas porque mobilizações como esta incentivam o acesso ao tratamento e ao diagnóstico”, elogiou.
Participaram do bate-papo a técnica-administrativa da Divisão de Engenharia e Arquitetura (DEA), Keli Cristina da Silveira, que também lutou contra o câncer de mama, e o professor da Escola de Medicina Marcio Debiasi. Segundo ele, o momento mais importante do tratamento é o início. “Assim como em uma guerra, precisamos descobrir os pontos fracos do inimigo logo cedo”, defendeu. O professor ressalta, ainda, que 12% das mulheres terão câncer de mama ao longo da vida, por isso a importância da conscientização. Para Keli Cristina, o mais importante é lembrar que a doença é passageira. “Temos que ter forças para superar. Comecei a ver a vida de uma forma diferente e descobri uma força interior que não sabia que tinha”, relembrou.
Ana Cláudia dos Anjos, de 46 anos, foi uma das vitoriosas que desfilaram. Ela descobriu que tinha câncer em 2015 e passou os próximos dois anos em tratamento. “Participar do desfile foi muito emocionante. Veio na minha cabeça tudo pelo que eu passei, como um filme. E eu venci”, comemorou. Já Paula Baum, de 36 anos, passou um ano em tratamento após receber o diagnóstico em 2014. “Esse tipo de evento serve para celebrar a vida, a vitória. Tem muita gente lutando contra esta doença, então mostrar que a gente venceu prova que é possível e dá forças para lutar”, disse.
Para o encerramento do evento, subiram ao palco a professora Letícia Hoppe, o Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários Ir. Manuir Mentges e o diretor do Centro de Pastoral e Solidariedade Marcelo Bonhemberger. Eles realizaram a entrega simbólica das peças a uma das representantes do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), Luiza Caleffi. A esperança do grupo é que a iniciativa multiplique os gestos de solidariedade. As peças também serão entregues, posteriormente, ao Hospital São Lucas da PUCRS, ao Hospital Santa Rita da Santa Casa de Misericórdia e ao Instituto do Câncer Infantil.