Jorge Audy é o representante da PUCRS, COMUNG e da comunidade acadêmica nacional no Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. / Foto: Giordano Toldo

Em nenhum outro tempo na história das nações a Educação e a Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) foram tão importantes para as sociedades, atuando como fatores determinantes do desenvolvimento social, ambiental e econômico. Soberania nacional na contemporaneidade envolve o domínio do ciclo científico e tecnológico bem como sua aplicação nas empresas e na sociedade por meio da inovação. Assim a UNESCO entende o papel da Educação Superior no século XXI. 

Desde o mês de outubro ocorrem diversos encontros regionais preparatórios para a V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (V CNCTI), lançada pela Presidência da República e sob responsabilidade do Ministério de Ciência e Tecnologia (criado como resultado da I CNCTI em 1985). O tema será a Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido, tendo como objetivo propor ações e recomendações para o Plano Decenal de Ação de CT&I 2025-2035. A Conferência é uma oportunidade única e necessária para aprofundar as questões relativas às áreas de CT&I e buscar os consensos possíveis entre os diversos níveis de governo, as empresas, as universidades e a sociedade civil organizada sobre a importância da inovação para nosso país concretizar seu futuro de protagonista no cenário social, ambiental e econômico mundial. 

Entre as temáticas centrais da Conferência estão as questões referentes aos eixos estruturantes que norteiam a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI 2024-2030):  recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, ao desenvolvimento social e ambiental, a inovação nas empresas e a priorização dos programas e projetos estratégicos nacionais. Quais serão nossos focos no futuro, seja nas áreas tecnológicas (Inteligência Artificial, Terapias Avançadas, Semicondutores…), seja nas áreas de aplicação (Saúde, Educação, Alimentação, Indústria, …)? A participação de representantes dos diversos segmentos da sociedade é da máxima importância em função da necessidade da geração de consensos, não só sobre a importância da CT&I para o futuro do país como uma nação autônoma e soberana, mas também as formas e modelos de financiamento e investimento nesta área, tanto nos setores públicos como privados. 

A Conferência foi lançada pelo Presidente da República quando da instalação do Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCT/PR) da Presidência da República em julho deste ano. As reuniões preparatórias começam a ocorrer em novembro deste ano nas diversas regiões do país, seguidas pelas reuniões estaduais e regionais sob responsabilidade do CONFAP (Confederação das Fundações de Apoio à Pesquisa) e do CONSECTI (Confederação das Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação). Em junho de 2024 a V CNCTI ocorrerá em Brasília, tendo como Secretário Geral o Prof. Sérgio Rezende, ex Ministro de CT&I do Brasil.    

As grandes soluções para os graves problemas e desafios que vivemos estão na CT&I. Somente para usar um exemplo recente, a crise sanitária que vivemos mostrou isso com clareza. A identificação destes problemas e desafios nacionais futuros permitirão a priorização de projetos científicos transdisciplinares nacionais de longo alcance, que induza projetos em rede, interligando pesquisadores e centros de investigação nacionais e internacionais. Análise de cenários e planejamento são ferramentas fundamentais para a identificação dos consensos mínimos para a construção de um futuro melhor para nossa nação, conectando finalmente os planos de desenvolvimento nacional com a CT&I..   

Em tempos onde temas como a paz e as mudanças climáticas dominam os acontecimentos, emerge cada vez a educação e a CT&I como fatores centrais, talvez únicos, que possam nos ajudar a superar os desafios, disseminando uma cultura de respeito à valores globais necessários, como os direitos humanos, a justiça, a paz, sustentabilidade ambiental, o respeito à diversidade e a redução às desigualdades. 

Neste contexto, a V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação deverá perseguir uma agenda focada na busca dos consensos mínimos necessários para a proposição de políticas e diretrizes que mostrem o caminho para a inserção do Brasil entre os grandes países do mundo, tendo a educação e CT&I como os pilares do processo de desenvolvimento social, ambiental e econômico no próximo decênio. Estaremos prontos para gerar entre consensos?   

Jorge Audy
Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc; Membro do CCT/PR

*Texto originalmente publicado em GZH

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Foto: Camila Cunha

O superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Universidade e do Tecnopuc, Jorge Audy, foi indicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para assumir segundo mandato no Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC). Como representante, é responsável, junto ao Conselho, pela definição das políticas, diretrizes e normas para a aplicação correta dos recursos do FNDCT.

Segundo Audy, a representação indica um reconhecimento às ações que os ecossistemas de inovação e empreendedorismo desempenham no processo de desenvolvimento social e econômico do País. Seja no âmbito regional, pela atuação da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp), seja no âmbito nacional, pela atuação da Anprotec.

O Conselho Diretor é presidido pelo ministro de Ciência e Tecnologia em exercício e conta com a participação de membros dos Ministérios da Educação; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; da Defesa e da Fazenda. Além disso, participam também representantes das agências Capes, Finep e CNPq; dos trabalhadores das áreas de ciência e tecnologia; das comunidades empresarial, científica e tecnológica; da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Portas abertas para o desenvolvimento acadêmico e profissional 

Audy ressalta ainda que a representação é, também, o reconhecimento da importância da educação e da inovação na formação acadêmica e profissional no século XXI. A conexão do segmento empresarial e acadêmico, em especial pela área de inovação tecnológica, é uma marca das sociedades que melhor se posicionam hoje nos rankings de desenvolvimento econômico, social e de inovação no mundo.

Em termos locais, os ambientes de inovação e empreendedorismo geram simultaneamente oportunidades de desenvolvimento acadêmico e profissional aos jovens talentos em formação na Universidade. “O Tecnopuc, por exemplo, enquanto parte do ecossistema de inovação da PUCRS, oferece oportunidades para o desenvolvimento acadêmico e profissional de nossos pesquisadores e estudantes, seja na atuação direta nas empresas, via projetos de pesquisa e inovação ou na inserção em projetos locais de desenvolvimento social e econômico, como o Pacto Alegre ou o INOVA RS”, afirma.

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Sobre Jorge Audy 

Tem ampla experiência em Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I), Ambientes e Ecossistemas de Inovação (Parques Científicos e Tecnológicos) e Interação Universidade, Empresa e Governo. É cofundador do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS e ex-presidente da Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos e Áreas de Inovação (IASP LA) e da ANPTOTEC.

Audy coordena a Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação, e é membro de diversos conselhos, como o Conselho de Administração da Embrapii (MCTI) e do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae.

Como autor, tem extensa produção bibliográfica, englobando livros, artigos, capítulos de livros e matérias em jornais e revistas. Reconhecido por sua atuação, em 2018 recebeu a Medalha Nacional do Mérito Científico, na classe de Comendador, da Presidência da República Federativa do Brasil e o Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre.

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Foto: Rafael Bauer

Um convênio firmado entre o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e o Instituto Caldeira visa gerar condições para que a Capital gaúcha seja um polo de inovação e empreendedorismo de classe mundial. Firmada na última segunda-feira, 15 de março, a iniciativa prevê a atração de investimentos e a geração de startups. Para que o parque e o Instituto atuem de forma colaborativa, construindo pontes entre os ecossistemas existentes e fomentando o surgimento de novos ambientes na cidade. Dessa forma, serão compartilhados recursos e laboratórios entre parceiros do Tecnopuc e do Instituto Caldeira.  

O Instituto Caldeira é fruto direto do Pacto Alegre. Envolvendo os principais empresários e empresárias da cidade e do Estadofomenta a inovação em Porto Alegre através de parcerias entre os setores público e privado. Sem fins lucrativos, o Instituto busca conectar empresas e startups para estimular o ecossistema de inovação do RS. 

O coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diz estar orgulhoso da parceria. Para ele, o convênio é uma iniciativa muito relevante, pois mostra que a iniciativa está funcionando dentro da lógica da generosidade e do colaboracionismo. 

Foto: Rafael Bauer

Para o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, convênio é motivo de orgulhoEssa primeira parceria formal com o Instituto Caldeira ampliará o leque de possibilidades das startups dos hubs e coworkings do Tecnopuc Startups, conectando a demanda dos laboratórios de inovação de grandes empresas que fazem parte do Caldeira com os empreendimentos de estudantes e pesquisadores/as da PUCRS. Por outro lado, permitirá que as empresas do Caldeira possam acessar a infraestrutura oferecida pelo ecossistema do Tecnopuc, destaca. 

A gestora de operações e empreendedorismo, Flavia Fiorin, e o gestor de negócios e relacionamentosRafael Prikladnickiambos do Tecnopuc, afirmam que essa conexão é um movimento que trará grandes impactos para a sociedade, pois irá possibilitar o nascimento de muitos projetos transformadores. 

Quem participou 

Estiveram presentes na assinatura o diretor do Instituto Caldeira, Pedro Valério; o fundador da AnLab, Frederico Mentz,; o CEO e fundador do Agibank, Marciano Testa; o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc, Jorge Audy; a gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, Flavia Fiorin; e o gestor de Negócios e Relacionamento do Tecnopuc, Rafael PrikladnickiDe forma virtual, o evento também contou com a presença do coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho. Durante a visita e as reuniões na sequência do ato de assinatura do convênio, estavam presentes os gestores do Transforma RS, Ronald Krummenauer, Daniel Randon e Jose Renato Hopf. 

 

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Jorge Audy, Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS / Foto: Camila Cunha

A evolução da sociedade passou por diversas ondas ou etapas, desde a posse da terra como principal fator de geração de riqueza, passando pela Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, deslocando o eixo para as máquinas e as indústrias. Na segunda metade do século XX, a revolução da tecno ciência muda novamente os principais fatores de geração de riqueza, com a emergência da sociedade do conhecimento, com o foco na tecnologia e na inovação. Neste século XXI, diversos eventos e sinais vêm sendo enviados do futuro com relação à um novo ciclo de transformação na sociedade, onde a crise sanitária que vivemos é somente um destes sinais. As questões sociais, em especial o desafio da desigualdade em suas diferentes dimensões e as questões ambientais, em especial as mudanças climáticas e os impactos no meio ambiente, são temas centrais com relação ao próprio futuro da humanidade.

Uma das mais importantes discussões hoje no mundo vem da Inglaterra, em torno dos negócios de impacto social e ambiental. Neste sentido, Sir Ronald Cohen aborda o tema da Revolução do Impacto, cuja questão básica é: que tipo de mundo nós queremos viver no futuro?
Estamos hoje imersos ainda na primeira fase da pandemia, o que poderíamos chamar de sobrevivência, tentando nos manter vivos e os negócios viáveis. Logo, ingressaremos em uma segunda fase, ainda crítica, que envolverá a recuperação: será a hora de retomarmos nossas atividades relacionais, sociais e profissionais. Somente depois chegaremos na fase da renovação, o que muitos chamam de novo normal, que é muito difícil de prever ou antecipar. Mas parece que todos concordamos que não seremos os mesmos. Não nos comportaremos da mesma forma. Novos paradigmas irão emergir.
Quase impossível saber ou antecipar o que virá. No máximo podemos ler alguns sinais do futuro e imaginar algumas possibilidades. Provavelmente, as transformações virão em duas frentes: pessoal e social, profissional e dos negócios. Na frente pessoal e social talvez emerja um novo humanismo, como atitude frente aos desafios, como uma nova forma de estar no mundo. Humanismo como uma nova forma de cuidarmos uns dos outros. Pensar o coletivo antes do individual.
 
Na frente profissional e dos negócios, talvez emerja um novo conjunto de valores a nortear a ação das organizações, não somente da percepção social, mas também novos padrões de análise dos negócios, onde o impacto social e ambiental dos empreendimentos se tornem tão importantes quanto seus resultados financeiros. Podemos imaginar um mundo onde as pessoas tenham mais responsabilidade e ciência de seu papel na sociedade, onde o consumo seja mais consciente, onde possamos (e devamos) escolher onde trabalhar, o que comprar e em quem investir, de acordo com valores que nos sejam relevantes. Valores globais, com senso de bem comum e responsabilidade pelo futuro do planeta.
 
Assim como a grande crise de 1929 mudou para sempre a forma como as empresas atuam, são avaliadas e auditadas, esta crise de 2020 pode ser um marco para uma nova forma de avaliar as organizações e seu papel social. Existem muitos desafios que devemos superar como sociedade, os 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU indicam com clareza estes desafios. O que devemos fazer é direcionar o melhor dos nossos esforços e capacidades no desenvolvimento de ações de Impacto. Impacto social, Impacto Ambiental. Devemos, juntos, mudar as regras do jogo. O modelo mundial vigente não atende mais nossas expectativas de um mundo melhor. A Revolução da tecno ciência deve ser seguida por uma Revolução de Impacto Social e Ambiental. Podemos pensar em gerar resultados econômicos e impacto social e ambiental simultaneamente. Um não deve mais excluir o outro.
 
Desde a encíclica Laudato Si, do Papa Francisco, até pensadores como o inglês Sir Ronald Cohen, cada vez mais a pauta social e a pauta ambiental se tornam mais e mais relevantes. Para nosso futuro. Para o futuro da humanidade. Para transformar o mundo em um lugar melhor para se viver, menos desigual, reduzindo a pobreza e ampliando as possibilidades de desenvolvimento pessoal por meio de uma educação de qualidade, transformadora, inclusiva. Para todos. Pelo bem de todos.
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Foto: Camila Cunha

Épocas de crise são oportunidades férteis para gerar inovações disruptivas. E as inovações disruptivas tem o poder de transformar nossas vidas. Os computadores, a energia nuclear, a Internet, até mesmo a barrinha de chocolate são inovações que surgiram em períodos de grandes crises mundiais. Assim como a Comunidade Europeia, a ONU e a própria OMS (Organização Mundial da Saúde).

Nestes períodos emergem muitas oportunidades para inovar, transformar nossas vidas e a sociedade que vivemos. Não será diferente nesta crise sanitária global que vivemos, muitas oportunidades estão surgindo e ainda irão surgir. Temos uma bela oportunidade para nos transformarmos em duas áreas, como pessoas e sociedade. Para melhor. Apesar do sofrimento em tantas dimensões, talvez estivéssemos mesmo precisando de um empurrão para repensarmos o nosso papel no mundo.

A primeira área está relacionada ao papel e à importância da Educação e da Ciência. Há décadas nosso maior desafio no Brasil é a Educação. Tanto em termos de qualidade como em termos de inclusão. Por que a educação é tão importante? Porque é a base de um processo de formação para a cidadania, um eixo estratégico para promover o desenvolvimento humano e social, além de ser o maior patrimônio de um povo.

E também porque promove um fluxo contínuo que começa na Educação e evolui para o reconhecimento e o fomento da Ciência, da Tecnologia e da Inovação. É este fluxo que gera a elevação dos indicadores de desenvolvimento de uma nação (social, ambiental e econômico). E esta crise está mostrando de forma inequívoca a importância da Ciência para combater o Covid-19.

Igualmente, a educação formal vem sendo desafiada para repensar seus paradigmas, com a adoção massiva das tecnologias de informação e comunicação, como mediações que anunciam novos modelos de educação. Uma nova educação para uma nova sociedade. As duas partes iniciais deste contínuo, Educação e Ciência, possuem importância estratégica e são estruturantes de uma nação no século XXI; não somente para enfrentar pandemias, mas também para incidir nas desigualdades sociais ainda existentes, permitindo que o conhecimento possa ser acessado por todos e, igualmente, capaz de criar novas formas para superar os históricos problemas da sociedade, de modo a promover um desenvolvimento mais justo, igualitário e sustentável (fome, mudanças climáticas, energia, etc.) Temos que aprender isto de uma vez por todas. Não podemos esperar mais.

A segunda está relacionada com a oportunidade de reflexão sobre o real significado das nossas vidas que o distanciamento físico, e não social, nos possibilita experimentar. A necessária busca de uma nova relação com as pessoas e o coletivo. Com as tecnologias que passam a ser vistas como ferramentas a serviço das pessoas.

Pode emergir um novo humanismo. Humanismo como atitude frente aos desafios. Uma nova forma de estar no mundo. Humanismo como uma nova forma de cuidarmos uns dos outros. Pensar o coletivo antes do individual. A volta das pessoas para casa, também, é um convite para nos reconectarmos com o nosso interior, aos nossos sentimentos e às nossas relações.

Mas, também, estabelece novas formas de estarmos no mundo, de trabalharmos e nos relacionarmos com familiares, amigos e colegas. É inegável o potencial humanizador desta crise que, vista como oportunidade, pode favorecer a revisão de valores, a renovação do cuidado (de si e do outro), o senso de bem comum e a responsabilidade pela coletividade.

Educação, Ciência e a busca de um novo Humanismo. Áreas clamando por Inovação em nosso país. Inovação Disruptiva. Transformadora. Social.

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Comitê discute aspectos que envolvem a pandemia e estudos que estão sendo realizados / Foto: Bruno Todeschini

Três nomes da PUCRS estão representando a Universidade em uma importante frente estratégica em relação ao novo coronavírus. O Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento da Pandemia Covid-19, formado a pedido do governo do Estado e organizado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, reúne pesquisadores das universidades gaúchas e autoridades científicas de diversas áreas do conhecimento relevantes para o enfrentamento do contexto atual. Entre os integrantes, estão o professor da Escola de NegóciosEly José de Mattos; o chefe do serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), Fabiano Ramos; e o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, professor Jorge Audy.

O objetivo do Comitê é acompanhar o contexto da pandemia, como números de casos confirmados no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo, aprendendo com as experiências de outros países. A partir desses estudos, o grupo constrói argumentos para prestar apoio às atividades do Gabinete de Crise e do Conselho de Crise para o enfrentamento do Covid-19. Em uma das cartas emitidas pelo grupo, consta que “O engajamento da comunidade científica neste momento é intenso, e a solução certamente virá da ciência”.

Conforme explica o professor Jorge Audy, a função do comitê é assessorar o governo do Estado com relação à análise de dados e com sugestões de encaminhamentos do ponto de vista acadêmico. Na maioria das vezes de forma remota (eventualmente acontecem reuniões presenciais restritas, com um número reduzido de pessoas), o grupo permanece em contato, discutindo os aspectos que envolvem a pandemia e os estudos que estão sendo realizados em todo o mundo.

Para o infectologista Fabiano Ramos, o mais importante em relação ao Comitê é ter algumas ações coordenadas com a visão de várias instituições em um momento em que a cooperação é muito necessária. “O trabalho em equipe nos possibilita conquistas importantes nesse contexto de pandemia, tanto no que diz respeito ao diagnóstico da doença, quanto à preservação da saúde dos colaboradores de hospitais, por exemplo”, pontua. Em relação ao papel dos médicos dentro do grupo, diz ser, principalmente, o de “traduzir” o que está acontecendo no dia a dia, levando necessidades reais e operacionais.

Complexidade da situação exige abordagem multidisciplinar

Conforme destaca Audy, o foco central do Comitê é preservar a vida e a saúde das pessoas. Como uma pandemia se trata de um problema complexo, que ultrapassa a questão da saúde em si, exige uma abordagem multidisciplinar para seu enfrentamento. “São necessárias diferentes visões, não só da área da saúde, mas também de outros aspectos relacionados, como inovação, economia e gestão de saúde”, destaca o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Universidade.

Para o professor Ely José de Mattos, a formação de um comitê científico demonstra confiança na academia. “É uma honra poder debater e contribuir com cientistas de diversas instituições e diferentes áreas, compartilhando minha expertise em economia para o contexto geral”, comenta, reforçando que o trabalho que está sendo realizado é voltado ao auxílio incondicional à população.

Desde sua criação, o Comitê vem divulgando cartas à sociedade gaúcha. Alguns dos temas abordados são a importância das medidas que estão sendo tomadas (como distanciamento social), o uso indevido de cloroquina e seus derivados para tratar o Covid-19, isolamentos vertical e horizontal, entre outras informações baseadas na ciência sobre a pandemia.

Comitê de Inteligência de Dados também conta com representante da PUCRS

Outro comitê do governo do Estado, criado para assessorar diretamente a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, conta com a participação do professor Jorge Audy. Também composto por pesquisadores – esses das áreas da computação, da inovação e da epidemiologia –, o grupo, menor que o Comitê Científico, atua no desenvolvimento de modelos de análises de dados e de cenário referentes à pandemia, organizando informações locais e contribuindo para as decisões por parte dos governantes.

Jorge Audy, Foto: Bruno Todeschini/PUCRS

Jorge Audy / Foto: Bruno Todeschini

Nesta quinta-feira, 28 de novembro, o Superintendente de Inovação da PUCRS, Jorge Audy, recebe da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE) a homenagem de Dirigente Cristão do Ano. O evento ocorre durante o jantar anual da Associação. O evento iniciará com uma missa, às 19h, e na sequência um jantar e a cerimônia de homenagens. O professor Audy conta que ficou surpreso e emocionado com a escolha. “Em outros reconhecimentos que recebi ao longo da minha carreira, o foco sempre foi técnico ou acadêmico. Neste caso, envolve uma dimensão muito pessoal, fruto de uma formação religiosa, baseada em valores que recebi desde cedo de minha família e no Colégio Rosário durante minha infância e juventude. Acredito que este reconhecimento está associado a estes valores cristãos, católicos e maristas, que sempre nortearam minha atuação como gestor na PUCRS”.

De acordo com o diretor da ADCE, Elvisnei Camargo, “o professor Audy, além dos atributos de competência que fazem-no sobressair no cenário nacional e internacional, reúne, na avaliação dos Adeceanos, uma postura humana e ética totalmente alinhada com os valores cristãos”.

Para o presidente da ADCE de Porto Alegre, Renê Ferreira de Oliveira, o destaque é direcionado para o líder que no seu dia a dia atua com os princípios e valores cristãos, e consegue assim contribuir para uma sociedade justa e fraterna. “A escolha é feita através de uma eleição dentro da ADCE. Dentre os indicados, que são pessoas que conseguem multiplicar os valores da liderança de forma ética e comprometida, a diretoria faz uma reunião específica para a eleição do que acredita ser o maior destaque”, explica Ferreira.

Prof. Jorge Audy

Possui Graduação em Análise de Sistemas de Informação pela PUCRS, Mestrado e Doutorado na área de Sistemas de Informação pela UFRGS, Especialização em Gestão de Artes e Tecnologias Multimídia pela IBM e PUC-Rio e Pós-Doutorado na Tsinghua University (China) e Universidade de Málaga (Espanha).

Atualmente é Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS. Tem atuação como pesquisador e gestor nas áreas Sistemas de Informação e Gestão de Ciência, Tecnologia & Inovação (C,T&I).

Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PNPG 2010-2020 e da Agenda Nacional de Pesquisa (MEC/CAPES). Membro do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, do Conselho de Administração da EMBRAPII (MCTI), Membro do Conselho Consultivo da Anprotec Membro do Conselho Superior da FAPERGS (Fundação de Apoio à Pesquisa do RS) e do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia. Consultor do CNE (Conselho Nacional de Educação). Membro da SBC, SBPC, AIS, IEEE e ACM.

 

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O Parque Tecnológico da PUCRS será representado por Jorge Audy. Foto: Bruno Todeschini

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal promove, nesta quarta-feira, 12 de junho, audiência pública para discutir o papel dos parques tecnológicos no desenvolvimento regional. A cidade de Porto Alegre, a PUCRS e o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) estarão representados pelo superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Universidade, Jorge Audy.

De acordo com o gestor, a audiência envolve a apresentação de projetos de parques tecnológicos de sucesso em termos de desenvolvimento econômico e social, local e regional, incluindo a criação de startups, a atração de investimentos e a geração de empregos e renda. “Terei a oportunidade de apresentar aos senadores a trajetória do Tecnopuc enquanto ecossistema de inovação de referência na América Latina e o Projeto do Pacto Alegre, no âmbito da cidade”, explica.

Estarão presentes o diretor do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, Eduardo Gurgel do Amaral, diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos, Elso Alberti, o presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), José Alberto Sampaio Aranha.

A audiência terá caráter interativo, com a possibilidade de participação popular. Dúvidas, críticas e sugestões poderão ser enviadas por meio do portal e-Cidadania ou pelo telefone do Alô Senado (0800 612211). Para acompanhar e participar, acesse o site.

Top of Mind 2019, Ana Benso

Ana Benso representou a Universidade/Fotos: Marcos Nagelstein/Agência Preview

A PUCRS lidera a lembrança dos gaúchos tanto na pesquisa em campo quanto com internauta na categoria universidade privada do Top of Mind 2019, promovido pelo grupo Amanhã. A Instituição conquistou o primeiro lugar pelo quinto ano consecutivo e, neste ano, se destacou também na web. Foi a primeira vez que a pesquisa incluiu questionário online. Em 17 categorias, do total de 77, houve resultado diferente entre o presencial e o virtual. A PUCRS ficou ainda em 3º lugar na categoria capacitação profissional, liderada por Senac e Sebrae. A entrega da premiação foi realizada na quinta-feira à noite (23 de maio), em jantar, na Sogipa. Recebeu a distinção, pela PUCRS, a diretora acadêmico-administrativa da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Continuada, professora Ana Benso.

Top of Mind 2019, Jorge Audy

Jorge Audy (D) recebeu destaque do Tecnopuc

Outra novidade desta 22ª edição foram 13 modalidades no Top Executivo. Entre elas, parque tecnológico, figurando o Tecnopuc. Representou a Universidade o superintendente de Inovação e Desenvolvimento, Jorge Audy. Mais uma vez, no Top of Mind Porto Alegre, o Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) aparece como o museu mais citado. O diretor do MCT, Carlos Alberto de Lucena, compareceu ao evento.

Top of Mind, Carlos Alberto de Lucena

Lucena compareceu ao evento pelo MCT

O presidente do grupo Amanhã, Jorge Polydoro, afirmou que o histórico das marcas do Rio Grande do Sul é contado pela pesquisa. “Mostramos que os valores intangíveis e a relação com o consumidor são relevante para destacar uma empresa no mercado”, enfatizou, sublinhando ainda o pioneirismo da premiação no Brasil. O Top of Mind soma 29 anos, com 36,8 mil marcas citadas, 2.535 agraciados, 11,9 mil convidados e 34,1 mil entrevistados.

Interessados em conhecer os outros premiados podem acessar o link.

Metodologia

A execução da pesquisa é feita pela Engaje. Os entrevistados responderam qual o primeiro nome ou marca lembravam quando pensavam em universidade privada, por exemplo. Foram ouvidas 1,2 mil pessoas em diferentes regiões do Estado, de todas as classes sociais, entre 16 e 75 anos. Entre os internautas, a metodologia foi a mesma, só o questionário realizado pela internet. Para as marcas de Porto Alegre, se somaram 600 pessoas em 75 bairros da Capital.

Para o Top Executivo, foram ouvidos presidentes, vice-presidentes e/ou diretores das cem maiores empresas do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 Maiores do Sul, publicado em conjunto com a consultoria técnica da PwC.

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Jorge Audy – Foto: Bruno Todeschini

A transformação digital e o futuro dos negócios passaram a ser temas centrais no mundo empresarial, tanto para as emergentes startups como para as empresas consolidadas no mercado. O atual momento permite visualizar perspectivas positivas para os empreendimentos que lidam com os temas que norteiam as maiores e melhores empresas em atividade: a criatividade, as novas tecnologias e a inovação. O grande dilema é como nos preparamos para conhecer este novo contexto, social e empresarial, suas perspectivas e impactos, nas pessoas, nas empresas e na sociedade.

Buscando colocar luz nestes temas, o MBA em Transformação Digital e Futuro dos Negócios, desenvolvido pela Escola Politécnica da PUCRS e pelo Tecnopuc, tem por objetivo propiciar a reflexão com os maiores especialistas mundiais sobre os impactos das novas tecnologias e da criatividade em diversos segmentos, do crescimento exponencial dos negócios, do papel dos ecossistemas de inovação e dos novos arranjos organizacionais no mundo contemporâneo. A maior parte dos profissionais não está preparada para o processo de transformação digital das empresas onde trabalham, enquanto os novos empreendedores no universo das startups, que aplicam tecnologias como Inteligência Artificial (AI), Blokchain ou Internet das Coisas (IoT), não estão necessariamente cientes do potencial transformador do mercado onde estão entrando, como nos segmentos financeiros, energia, saúde, de agronegócios ou na indústria criativa.

O curso de pós-graduação, oferecido nas modalidades presencial e online, está estruturado em três eixos: transformação digital, futuro dos negócios e novas tecnologias e inovação. O time de professores envolve profissionais do mais alto reconhecimento nos seus segmentos de atuação, como Salim Ismail, que trata de Organizações Exponenciais, e Raymond McCauley, ambos da Singularity University, e Patrick Hollingworth, consultor internacional na área de novos modelos organizacionais para ambientes de profunda transformação, conhecidos como Ligth and Fast Organization.

Participam, também, diversos profissionais da Microsoft, professores da área de criatividade da Stanford University, de transferência de tecnologia da Agência Espacial Europeia, cientistas de dados, especialistas em realidade virtual, IoT e Al, além de profissionais das áreas de Tecnologias Sociais e Economia Digital, entre outros temas.

Acima de tudo, o curso foi concebido a partir da experiência do ecossistema de inovação do Tecnopuc, referência na América Latina, berço de centenas de startups e sede de operações de empresas do porte da Apple, Microsoft, Santander, HP, HPE e Oracle, envolvendo mais de 7 mil pessoas e mais de 170 empresas, entidades e centros de pesquisa.

O MBA em Transformação Digital e Futuro dos Negócios configura-se em uma formação e uma reflexão com ícones nacionais e mundiais, proporcionando enorme potencial de inserção em uma rede global de profissionais da mais alta qualificação e de ambientes de inovação de classe mundial.