PUCRS estabelece convênio com a German Sport University Cologne

O pesquisador Nelson Todt foi convidado a contribuir como líder do Módulo Ética, Valores e Educação Olímpica, no mestrado em Estudos Olímpicos da instituição alemã

Nesta semana a PUCRS recebeu a visita do diretor do Centro de Estudos Olímpicos da German Sport University Cologne, Stephan Wassong, da Alemanha. O objetivo da visita foi a assinatura de um convênio de cooperação entre a instituição alemã e a PUCRS por meio do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da PUCRS. Como um dos principais especialistas na área de Estudos Olímpicos, o pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Nelson Todt foi convidado a contribuir como líder do Módulo Ética, Valores e Educação Olímpica, no mestrado em Estudos Olímpicos da instituição alemã. 

O visitante foi recebido no Salão Nobre da Reitoria pelo vice-reitor Ir. Manuir Mentges, que celebrou a cooperação entre PUCRS e a única universidade na Alemanha dedicada exclusivamente ao mundo do esporte e da ciência do exercício. Estiveram presentes no encontro a professora co-líder do GPEO Alessandra Scarton, o professor e gestor de Relacionamento e Negócios do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) Leandro Pompermaier, a coordenadora executiva interina do Escritório de Cooperação Internacional professora Carla Bonan, além do professor Todt.  

Stephan Wassong é professor titular da German Sport University Cologne, onde é diretor do Instituto de História do Esporte e do Centro de Estudos Olímpicos. O docente também é presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin e, desde 2015, membro da Comissão de Educação Olímpica do Comitê Olímpico Internacional. Com sua vinda, o professor também conheceu o Centro de Estudos Europeus e Alemães com recepção do pesquisador da Escola de Humanidades Roberto Pich, além de visitar o Living 360º, a Biblioteca Central Ir. José Otão e o Tecnopuc.

Estudos Olímpicos em destaque 

Todt atuará em um dos programas de estudo mais prestigiados na área de Estudos Olímpicos do mundo, que conta com o apoio do Comitê Olímpico Internacional. Na PUCRS, o docente coordena o Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da PUCRS, que desenvolve pesquisas interdisciplinares há mais de 20 anos na área e alinha seu trabalho no âmbito Olímpico com o Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, que desde 2008 tem sua sede na PUCRS. Esta linha de pesquisa e trabalho, tem permitido estabelecer relações e o reconhecimento de instituições como a ONU, o Vaticano e o Comitê Olímpico Internacional.  

PUCRS estabelece convênio com a German Sport University Cologne

O pesquisador Nelson Todt foi convidado a contribuir como líder do Módulo Ética, Valores e Educação Olímpica, no mestrado em Estudos Olímpicos da instituição alemã

Nesta semana a PUCRS recebeu a visita do diretor do Centro de Estudos Olímpicos da German Sport University Cologne, Stephan Wassong, da Alemanha. O objetivo da visita foi a assinatura de um convênio de cooperação entre a instituição alemã e a PUCRS por meio do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da PUCRS. Como um dos principais especialistas na área de Estudos Olímpicos, o pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Nelson Todt foi convidado a contribuir como líder do Módulo Ética, Valores e Educação Olímpica, no mestrado em Estudos Olímpicos da instituição alemã. 

O visitante foi recebido no Salão Nobre da Reitoria pelo vice-reitor Ir. Manuir Mentges, que celebrou a cooperação entre PUCRS e a única universidade na Alemanha dedicada exclusivamente ao mundo do esporte e da ciência do exercício. Estiveram presentes no encontro a professora co-líder do GPEO Alessandra Scarton, o professor e gestor de Relacionamento e Negócios do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) Leandro Pompermaier, a coordenadora executiva interina do Escritório de Cooperação Internacional professora Carla Bonan, além do professor Todt.  

Stephan Wassong é professor titular da German Sport University Cologne, onde é diretor do Instituto de História do Esporte e do Centro de Estudos Olímpicos. O docente também é presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin e, desde 2015, membro da Comissão de Educação Olímpica do Comitê Olímpico Internacional. Com sua vinda, o professor também conheceu o Centro de Estudos Europeus e Alemães com recepção do pesquisador da Escola de Humanidades Roberto Pich, além de visitar o Living 360º, a Biblioteca Central Ir. José Otão e o Tecnopuc.

Estudos Olímpicos em destaque 

Todt atuará em um dos programas de estudo mais prestigiados na área de Estudos Olímpicos do mundo, que conta com o apoio do Comitê Olímpico Internacional. Na PUCRS, o docente coordena o Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da PUCRS, que desenvolve pesquisas interdisciplinares há mais de 20 anos na área e alinha seu trabalho no âmbito Olímpico com o Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, que desde 2008 tem sua sede na PUCRS. Esta linha de pesquisa e trabalho, tem permitido estabelecer relações e o reconhecimento de instituições como a ONU, o Vaticano e o Comitê Olímpico Internacional.  

Nelson Todt no revezamento da Tocha Olímpica

Professor Nelson Todt carregando a Tocha Olímpica nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016/Foto: Bruno Todeschini

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 tiveram, pela primeira vez, um número de atletas mulheres participando da competição quase igual ao masculino. A edição também foi marcada pela inédita participação de uma atleta transgênero em uma categoria feminina. Celebrado nesta quinta-feira, 23 de junho, o Dia do Atleta Olímpico, foi criado em homenagem à fundação do Comitê Olímpico Internacional, em 1894. A data também tem como objetivo promover o movimento olímpico em todo mundo, incentivando a prática esportiva.

Apesar de, normalmente, o foco das olimpíadas estar voltado às competições, diversas questões sociais permeiam a prática dos esportes. O coordenador do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da PUCRS e presidente do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, que tem sede na Universidade, Nelson Todt, explica a importância dos Jogos para a visibilidade diferentes temas.

“Os Jogos Olímpicos são o maior evento esportivo do mundo e ele reflete todo o contexto social exterior a ele. Com isso, ao abordar questões sociais em um evento de tamanha dimensão, é dada uma atenção maior a essas problemáticas”.

Em uma parceria entre o eMuseu do Esporte, a PUCRS, a UERJ, a Acnur, a Unesco e a Unic Rio, em agosto de 2021 foi lançada a exposição virtual Reflexões Olímpicas e Dignidade Humana, que abordou Jogos Olímpicos e inclusão através do esporte. Confira uma seleção de momentos, realizada pelo professor Todt, nos quais as questões sociais estiveram presentes no evento e saiba mais sobre a exposição virtual.

A participação feminina

Aída dos Santos

Aída dos Santos foi a única mulher da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964/Foto: Domínio Público

Os Jogos Olímpicos tiveram seu início na Antiguidade Clássica. Na época, podiam participar apenas cidadãos gregos, ou seja, homens nascidos no território que hoje conhecemos como Grécia. Nesse contexto, além de não poderem participar dos jogos, as mulheres sequer podiam estar presentes na arquibancada. Esquecida por anos, essa competição foi retomada por Pierre de Coubertin, o criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. Sua primeira edição, ocorrida em 1896, na cidade de Atenas, também não permitia a participação feminina. No entanto, mulheres passaram a competir na segunda edição, em 1900.

Apesar disso, apenas em 1991 se tornou obrigatória a inserção de categorias femininas em todas as modalidades esportivas. Na edição posterior a essa determinação, em 1992, menos de três a cada dez atletas eram do gênero feminino. Somente nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a competição passou a ter um patamar próximo da plena igualdade de gênero. Atualmente, as mulheres representam 48,8% dos/as atletas e a expectativa é de que em 2024 a igualdade seja ainda maior.

A questão racial

Jogos Olímpicos de 1968

Tommie Smith no pódio dos 200 metros rasos/Foto: Domínio Público

Em 1968, no pódio da competição de 200 metros rasos, os atletas que conquistaram o ouro e o bronze, Tommie Smith e John Carlos, levantaram os punhos cerrados utilizando uma luva preta durante a execução do hino nacional dos Estados Unidos. Esse gesto é conhecido como símbolo dos Panteras Negras, movimento afro-americano. Na época, a luta contra a segregação racial nos EUA estava em um dos seus momentos mais críticos, após o assassinato de Martin Luther King Jr. Por conta da manifestação política, que era vedada pelo Comitê Olímpico Internacional, os atletas foram penalizados.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio houve uma flexibilização dessa proibição. As manifestações políticas não serão passíveis de punição, desde que não aconteçam no pódio ou durante os eventos. Também não é permitida qualquer ação que tenha uma pessoa, país ou organização como evidente alvo. Antes mesmo da abertura oficial, protestos contra o racismo foram realizados nas competições do Futebol Feminino: jogadoras das seleções da Grã-Bretanha, Chile, Estados Unidos, Suécia e Nova Zelândia ajoelharam-se antes do início de suas partidas, um gesto que relembra a morte de George Floyd, ocorrida no ano passado.

Leia também: Diplomado da PUCRS é técnico de vela nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Intersexualidade e transgêneros

Dora Ratjen representou a Alemanha no salto em distância feminino em 1936. Anos após a competição, ele descobriu sua identidade de gênero masculino ou intersexo. Aos 21 anos, o atleta alterou seu nome para Heinz Ratjen.

Após a carreira no esporte, a polonesa Stella Walsh, medalhista em atletismo nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1932, e nos de Berlim, em 1936, também teve descoberta a identidade de gênero intersexo.

Ratjen e Walsh não foram os únicos casos, outros atletas intersexo competiram em determinado gênero. A questão ainda gera controvérsia no esporte, seja por preconceito ou sob o argumento de que o desequilíbrio hormonal traria vantagens a esses competidores.

Em Tóquio, foi a primeira vez que o Comitê Olímpico Internacional (COI) permitiu a participação de uma atleta transgênero em uma categoria feminina: a halterofilista neozelandesa Laurel Hubbard. A organização determinou que quem fez a transição do sexo masculino para o feminino, e vice-versa, antes da puberdade, poderá competir na categoria desejada, sem restrições. No entanto, aqueles que realizaram a transição após esse período devem cumprir alguns requisitos. No caso de mulheres transgênero, como Laurel, é necessário comprovar que o nível de testosterona em seu sangue permaneceu inferior a 10 nanomol/litro por ao menos 12 meses antes de sua primeira competição e durante todo o período em que estão competindo.

A PUCRS e os Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos surgiram na Grécia

Foto: Pexels

O Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos, coordenado pelo professor Todt, realiza, em seu canal no YouTube, as Reflexões Olímpicas, que buscam discutir questões diversas acerca do olimpismo. Alguns assuntos abordados foram LGBTQIA+, liberdade de expressão e gênero.

Além disso, a exposição do eMuseu do Esporte conta com galerias e exposições em 3D, com entrevistas com diversas personalidades e especialistas das áreas de filosofia e estudos olímpicos. A exposição aborda os temas: Esporte e Valores, Intersexualidade, Refugiados e Liberdade de Expressão. A exposição usa como cenário os Jogos Olímpicos e Paralímpicos para tratar temas sociais, humanos e esportivos e a curadoria foi realizada pelos professores Nelson Todt, do curso de Educação Física da PUCRS, e Lamartine da Costa, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

A iniciativa é do eMuseu do Esporte, em parceria com o Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin (CBPC), com apoio institucional do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) e da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em cooperação com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

É possível visitar a exposição a partir da data de lançamento acessando o site do eMuseu do Esporte.

Técnico dos Jogos Olímpicos de Tóquio é graduado pela PUCRS

Foto: Acervo pessoal

Aos dez anos de idade, Lucas Mazim começou a praticar vela, em Porto Alegre. “Desde o primeiro contato com o esporte, eu já gostei”, conta o atleta, que passou a praticar profissionalmente nas categorias de base, nas quais se tornou treinador aos dezesseis anos. Nessa época, além de ser treinador e professor, conciliava esse trabalho com as competições. Foi justamente para aperfeiçoar seus conhecimentos e garantir um melhor desempenho tanto como atleta quanto como treinador que Lucas optou por ingressar no curso de Educação Física.  

Na época da graduação, conseguia conciliar o trabalho e o curso. “Isso me auxiliou a aprimorar minhas competências, o que me deixou muito mais seguro para evoluir como treinador”, afirma. Segundo ele, quando já se trabalha na mesma área em que se cursa uma graduação, é possível tirar dúvidas cotidianas da sua profissão, trocando informações com os professores. “Em todos os trabalhos e atividades que eu fazia no curso, tentava relacionar com meu dia a dia. Ter um embasamento teórico trazido por uma graduação te dá mais credibilidade no mundo profissional, isso me ajudou a crescer no esporte de alto rendimento”, acrescenta.  

Lucas não era o treinador principal dos atletas brasileiros que competirão nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas pela impossibilidade de o técnico oficial realizar a viagem e levando em consideração os dez anos de trabalho como técnico, foi escolhido para levar adiante o sonho dos competidores no maior evento esportivo do mundo. Por fim, Lucas acrescenta:  

“Sempre devemos estar abertos às oportunidades e se eu estou aqui hoje é pelo trabalho que desenvolvi. Com certeza isso vai me trazer muitos frutos e muito aprendizado”.  

A vela nos Jogos Olímpicos 

Embora embarcações tenham sido construídas desde os primórdios da história, o uso de barcos a vela para a prática esportiva iniciou apenas no século XVII. Na época, a Holanda criou um novo tipo de barco denominado jaghtstchip, o qual prontamente atendeu aos interesses comerciais holandeses e passou a ser utilizado, dentre outras funções, para o treinamento de jovens marinheiros. O rei Carlos II, interessado pelos jaghtstchips, ao retornar de seu exílio, promoveu as primeiras competições em águas britânicas. No século seguinte, em 1720, nasceu na Irlanda o primeiro clube de vela, o Royal Cork Yatch Club, que realizou sua primeira competição em 1749. 

No Brasil, o esporte chegou no século XIX, trazido por descendentes de europeus. O Iate Clube Brasileiro, fundado em 1906 no Rio de Janeiro, foi o primeiro dedicado ao esporte no País. Já a primeira prova nacional, o Troféu Marcílio Dias, aconteceu em 1935. Atualmente, a responsável por administrar o esporte no País é a Confederação Brasileira de Vela (CBVela).  

A primeira participação do esporte nos Jogos Olímpicos Modernos ocorreu na sua segunda edição, em 1900. Desde então, diferentes categorias de vela foram acrescentadas à programação. Ele deveria ter feito parte da competição de Atenas, quatro anos antes, mas as condições meteorológicas não estavam adequadas à prática do esporte, causando o adiamento de sua estreia. O Brasil teve sua primeira vitória no esporte em 1980, nos jogos de Moscou. Neste ano, o País foi o vencedor de duas categorias. Somando todas as modalidades de vela, o Brasil conta com 18 medalhas, sendo sete de ouro, três de prata e oito de bronze. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio serão disputadas dez modalidades do esporte.

Professor Nelson Todt, da Fefid

Foto: Camila Cunha

Os chamados eSports (esportes eletrônicos) têm mostrado grande crescimento, tornando-se extremamente popular entre adolescentes e jovens adultos. Hoje em dia é comum que partidas de League of Legends (LOL) encham estádios e sejam assistidos por milhões de espectadores simultaneamente. Segundo uma agência global de marketing especializada na modalidade, a Newzoo, o mercado de eSports deve crescer quase 15% em 2019, com público global de mais de 450 milhões de pessoas. O Brasil é um grande exemplo, uma potência nessa modalidade há anos e que vem atingindo resultados expressivos em torneios pelo mundo. Analisando esse cenário, ocorrem os primeiros questionamentos: os eSports são realmente esportes, como o futebol? E mais, podem se tornar parte dos Jogos Olímpicos?

Por um lado, há uma resistência de parte dos especialistas ligados aos esportes tradicionais contra a entrada dos eSports nos Jogos Olímpicos. Apesar disso, em reunião realizada pelo Comitê Olímpico Internacional, em outubro de 2017, vislumbrou-se a possibilidade da inserção dos jogos digitais como modalidade olímpica por representarem uma plataforma com forte crescimento ao redor do mundo. Entretanto, ressalvas foram feitas quanto ao processo de seleção dos jogos, principalmente a respeito do conteúdo violento e a falta de uma confederação centralizada.

Em contrapartida, os acadêmicos defensores dos eSports ressaltam aspectos semelhantes aos esportes tradicionais, como a performance de alto nível em habilidade cognitiva, óculo-manual e tempo de resposta apurado. Sabe-se também que um cyber atleta treina em média 50 horas semanais, num regime de trabalho sob contrato, em muitos casos orientados por treinadores, nutricionistas e psicólogos, evidenciando que a modalidade está em processo crescente de profissionalização.

Essas temáticas estão em evidência no mundo do esporte, como também acadêmico e serão abordadas durante no evento eSports em debate: Potencial Olímpico e desafios, que ocorre no auditório do Prédio 81, nesta segunda-feira, dia 29 de abril, às 20h30min. Um ótimo momento de conceder medalhas ou não aos eSports.

educon, jogos digitais, negócios digitais

Foto: Pixabay/Superanton

Os e-sports (jogos eletrônicos) podem ser considerados esporte? Deveriam integrar o programa dos Jogos Olímpicos? O evento E-Sports em Debate: Potencial Olímpico e Desafios vai tratar dessas questões no dia 29 de abril, às 20h30, no auditório do prédio 81. Será a aula inaugural do curso de Educação Física da Escola de Ciências da Saúde, aberta ao público.

Participam os professores André Pase, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos; Nelson Todt, coordenador do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da Escola de Ciências da Saúde; Ricardo Vela, coordenador da Escola de Esporte; e Daniel Cossi, presidente da Confederação Brasileira de E-Sports. Jeremias Wernek, apresentador do SBT e repórter do UOL, será o mediador.

Neste ano, o Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da PUCRS começou estudo sobre o tema. O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, declarou recentemente que os e-sports não terão espaço nos Jogos Olímpicos enquanto propagarem violência ou qualquer tipo de discriminação. Todt avalia que essa questão levantada por ele remete à ideia de que o movimento olímpico, criado pelo francês Pierre de Coubertin, pensava no desenvolvimento da juventude através do esporte e do movimento. “Há ainda uma preocupação com o possível desinteresse da juventude em relação ao esporte em decorrência da crescente adesão aos jogos eletrônicos”, acrescenta o professor.

 

 

 

 

 

Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da PUCRS e o grupo Olympia da Universidade Técnica de Kaiserslautern

Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da PUCRS e o grupo Olympia da Universidade Técnica de Kaiserslautern
Foto: facebook.com/gpeopucrs

As ameaças para a realização dos Jogos Olímpicos nos próximos 20 anos pela óptica dos espectadores foram observadas por estudo realizado no evento, no Rio de Janeiro, pelo Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da PUCRS e o grupo Olympia da Universidade Técnica de Kaiserslautern, da Alemanha. A primeira análise da pesquisa alcançou mais de 500 pessoas dentre os 8,5 mil espectadores da final feminina do Pentatlo Moderno, no dia 19 de agosto, e sinalizou que as principais preocupações estão relacionadas ao doping (72%), à corrupção (66%), ao terrorismo (59%) e ao nacionalismo exacerbado (23%).

Em relação à corrupção, há diferenças entre as percepções dos participantes, pois 67% teme a corrupção no país sede dos Jogos, enquanto 56% pensa nos casos do exterior. Para o grupo, esse resultado já era esperado devido às situações expostas no Brasil pouco antes do evento. Quanto aos impactos ao meio ambiente, tema representado na cerimônia de abertura, de acordo as opções existentes, os questionários revelam que 39% dos espectadores locais estão preocupados com o tema. O índice é superior quando comparado aos visitantes do país, que somam 18%.

A violência e a criminalidade no país sede também foram vistas como pontos preocupantes, principalmente para os brasileiros – 37% assinalou essa alternativa. Já para os espectadores estrangeiros essa opção foi mencionada por apenas 9% das pessoas. Em relação ao nacionalismo exacerbado e ao aumento da comercialização, 31% dos brasileiros identificaram estas opções como as principais ameaças para os Jogos Olímpicos futuramente e os estrangeiros 15% e 27%, respectivamente.

A pesquisa também procurou identificar o que poderia influenciar no não comparecimento aos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio. A maioria dos participantes, 52%, não destacou nenhuma razão para a ausência no evento. Por outro lado, 48% mencionou o terrorismo como uma possível motivação. Desse número, dois terços foram brasileiros e o restante foi estrangeiro. Apesar das discussões sem precedentes antes dos Jogos Rio 2016 acerca de doping, apenas 15% citou esse aspecto como uma razão para a rejeição.

O professor Nelson Todt liderou o grupo da PUCRS durante o estudo no Rio de Janeiro e o professor Norbert Müller esteve à frente pela Universidade de Kaiserslautern. Para eles, os primeiros resultados mostraram o interesse dos espectadores no resgate dos valores olímpicos. A pesquisa tem a chancela da União Internacional de Pentatlo Moderno desde os Jogos Olímpicos de Sydney de 2000.

Foto: Ramon Fernandes - Arquivo PUCRS

Foto: Ramon Fernandes – Arquivo PUCRS

Os maiores especialistas do mundo em estudos olímpicos estarão reunidos na PUCRS nos dias 2 e 3 de agosto, para o Colóquio Internacional dos Centros de Estudos Olímpicos. Organizado pelo Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da Universidade, o evento reunirá 40 pesquisadores de 15 países e do Comitê Olímpico Internacional (Suíça), que apresentarão seus estudos na área. O foco principal do colóquio é o diálogo e a criação de redes entre centros e pesquisadores.

A palestra de abertura será com o professor Lamartine DaCosta, referência mundial na área de estudos olímpicos, membro do conselho consultivo da Russian International Olympic University, pesquisador da UERJ e professor da University of East London. Para Nelson Todt, um dos organizadores do evento, o colóquio consolida a posição da PUCRS neste campo de pesquisa em âmbito mundial e prospecta a possibilidade de novas parcerias institucionais. “Haverá uma aproximação com os outros centros que desejam pesquisar os impactos e legados dos Jogos do Rio 2016. Também deveremos estabelecer uma relação mais próxima com a Universidade de Tsukuba (Japão), que trabalha nas questões educacionais para os Jogos Olímpicos de 2020”, afirma. Entre os participantes estão Hisashi Sanada, pesquisador responsável pelos estudos relacionados aos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio; Silvia Dalotto, do comitê organizador dos Jogos Olímpicos da Juventude, que será realizado em 2018 em Buenos Aires; e Maria Bogner e Nuria Puig, do Centro de Estudos Olímpicos do Comitê Olímpico Internacional, na Suíça.

Também em agosto, integrantes do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da PUCRS vão desenvolver um estudo em parceria com a Universidade de Kaiserslautern (Alemanha). O grupo viaja para o Rio de Janeiro no dia 13 com o objetivo de identificar como o público vê a organização do evento e suas percepções sobre as novas formas que a modalidade ganha. O impacto da olimpíada cultural no público também será avaliado.

 

 

 

 

O professor Nelson Todt, da Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS, participou do revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016 em Porto Alegre nesta quinta-feira, 7 de julho. Ele percorreu um trecho de 200 metros, com início na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, entre os números 1190 e 2662, no bairro Praia de Belas.

O nefrologista Moacir Traesel e o urologista Jorge Antônio Pastro Noronha, chefe do Serviço de Urologia do Hospital São Lucas da PUCRS, também participarão do revezamento da tocha olímpica em sua passagem pelo Estado. Traesel carregará o símbolo dos jogos em Porto Alegre, no dia 7 de julho, e Noronha em Novo Hamburgo, no dia 8 de julho.

Confira abaixo o perfil de Todt, publicado pela Revista PUCRS número 180.

 

Trajetória olímpica

Nelson Todt, professor da Educação Física, representou a Universidade ao carregar a tocha em Porto Alegre

Nelson Todt no revezamento da Tocha Olímpica

Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

O esporte sempre esteve presente na vida de Nelson Todt. Foi muito importante para a autoestima e o ajudou a identificar características próprias que o fizeram ser professor, como iniciativa, liderança e o poder de agregar e mobilizar pessoas. Todt cresceu jogando bola na Redenção, em Porto Alegre, já que “tinha o privilégio de morar em frente ao parque”. Na companhia do pai treinava chute com os dois pés no pátio de casa. Depois do futebol, identificou-se com o basquete, jogou em âmbito escolar e universitário, foi técnico e montou até a própria escolinha, a Bola Viva. Hoje, Todt é professor da Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS (Fefid), criador do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da PUCRS, presidente do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, membro do Comitê Internacional e teve a honra de carregar a tocha olímpica por 200 metros em Porto Alegre nesta quinta-feira, 7 de julho.

O primeiro contato com o tema olimpíadas foi enquanto professor do extinto Colégio Cruzeiro do Sul. “Eu não gostava só dos jogos, mas também de fazer a cerimônia de abertura, com coreografia e chegada da tocha”, lembra. A viagem para a Grécia, em 1999, como participante de uma sessão para jovens da academia olímpica internacional, trouxe ainda mais simbolismo para as atividades extraclasse na escola. “Queria cada vez mais que os jogos tivessem um sentido, não focar apenas na disputa. Isso começou a moldar meus discursos como professor universitário”, avalia. Na época fazia mestrado em Ciências do Movimento Humano e suas pesquisas remetiam ao esporte que educa, forma, sociabiliza e inclui.

Em 2007, Todt recebeu uma bolsa do Centro de Estudos Olímpicos para passar um mês na Suíça e foi convidado pela fundadora do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, criado no ano anterior, a visitá-la na Alemanha. “Ela e o marido me pediram para assumir o comitê. Recebi todo o apoio necessário da PUCRS e trouxe sua sede de João Pessoa para a nossa Universidade. Isso ajudou a impulsionar as pesquisas do grupo de Estudos Olímpicos, criado em 2002. Hoje conto com dois bolsistas de iniciação cientifica”, relata.

O convite para integrar o conselho do Comitê Internacional Pierre de Coubertin veio em 2014, depois do estágio de pós-doutorado na Espanha e de contato com o seu presidente em diferentes eventos. “Desde que voltei para o Brasil, consegui encaminhar o fechamento de três convênios internacionais para a PUCRS, um com a Espanha e dois com a Alemanha, envolvendo pesquisa e mobilidade”, celebra o professor, que tinha como objetivo colocar a Fefid no mapa do mundo. “No início de agosto vamos sediar o colóquio internacional dos centros de estudos olímpicos e os melhores da área virão para cá. Somos reconhecidos como espaço de referência”, complementa.

Para Todt, a questão olímpica tem cultura própria na Europa, mas no Brasil o esporte vive muito da “monocultura do futebol”. Como a abordagem de outros esportes não tem muito espaço, decidiu criar o Grupo de Estudos Olímpicos. “O tema encontrou espaço aqui e caminha ao lado da construção da oportunidade de o Brasil organizar os jogos. Contribuiu para popularizar essa área de conhecimento”, afirma.

 

Clique aqui e leia a matéria completa na edição nº 180 da Revista PUCRS

Professor Nelson Todt, da Fefid

Professor Nelson Todt, da Fefid
Foto: Camila Cunha – Ascom/PUCRS

Neste momento, falar sobre os Jogos Olímpicos do Rio 2016 é muito difícil, especialmente pelos inúmeros problemas que, de forma recorrente, atrapalham a preparação brasileira para este desafio internacional, como o alto grau de corrupção do sistema político nacional e a decorrente burocracia para aprovação, encaminhamento e desenvolvimento dos projetos propostos.

Muitos pensam que, com a realização desse evento, muitos problemas do País seriam evitados e outros acabariam… doce ilusão. Até porque seria muita pretensão jogar tal responsabilidade sobre um único evento.

Entre encantamentos, expectativas positivas e dados não muito animadores, neste momento não quero entrar no mérito sobre se os jogos são bons ou ruins, quero apenas me ater ao fato de que são grandiosos.

Um evento como este merece pelo menos maior atenção, compreensão e respeito pelo seu alcance.

Apenas na Era Moderna, os jogos já duram mais de um século… ao considerarmos também os festivais pan-helênicos em Olímpia chegamos a um total de 13 séculos! Por um outro olhar, chama a atenção a audiência da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos em Londres (2012), que chegou a 3 bilhões de pessoas, ou seja quase 43% da população mundial.

Desde sua (re) criação no final do século 19, tendo Pierre de Coubertin como figura mais representativa, até os dias de hoje, o mundo Olímpico encontra-se em constante contradição. É muito cômodo criticar (até porque há motivos para isso), o difícil para muitos tem sido pensar em como tirar um bom proveito de um fenômeno inigualável como este.

É importante ressaltar que o Movimento Olímpico tem sua filosofia apoiada não apenas em uma excelente programação de atividades esportivas, mas, sobretudo na utilização do esporte como um fator de aprimoramento do homem e de sua cultura.

Esta é uma extraordinária oportunidade de mostrar que os brasileiros podem ser muito mais do que um povo simpático e alegre. É possível (e necessário) transformar a indignação de boa parcela do povo brasileiro em ações de mudança e construção… mais do que nunca precisamos de “Ordem e Progresso” para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida daqueles que sofrem com a indiferença, desigualdade e falta de perspectivas.

Muitos se questionam sobre o legado que os Jogos deixarão para o País… penso que legado não se recebe, mas se constrói! Assim, é preciso reafirmar a ideia de que ao utilizar o esporte como instrumento de educação, é possível causar efeitos positivos na vida de muita gente.

Esta afirmativa me deixa esperançoso nesta época em que o esporte no Brasil está em evidência. Esperançoso no sentido de que muitos poderão aproveitar o momento máximo da chamada “Década do esporte no Brasil” para educar, formar pessoas melhores e felizes. Formar cidadãos pelo esporte não apenas para o sentido de sociedade, mas para um sentido de humanidade!

 

Saudações Olímpicas!

 

Nelson Todt

 

* Este artigo expressa a opinião pessoal do seu autor.

 

Exposição Memorabilia Olímpica

Exposição Memorabilia Olímpica
Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

Em 2016, o Brasil sediará o maior evento esportivo do mundo, os Jogos Olímpicos, que começam no dia 5 de agosto no Rio de Janeiro. Quem quiser já ir se preparando para o evento, pode visitar a exposição Memorabilia Olímpica, organizada pela Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS (Fefid), pelo Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da Faculdade e pelo Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin.

No armário de vidro estão quadros com fotos antigas da cerimônia de acendimento da tocha em Olímpia Antiga, na Grécia; estatuetas de Hipócrates, de Nike de Samotracia, de Sócrates, da Vênus de Milo, da Atena, Poseidon e de um atleta olímpico; um vaso de Pugilato do Período Romano; miniaturas do Templo de Juno; vaso de Dionísio e Ártemis, de Afrodite e Páris; mascotes dos jogos olímpicos de Pequim de 2008; medalhas comemorativas dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008; Estátua Diadoumenos – Campeão Olímpico (Antiguidade), que é uma cópia oficial do Ministério da Cultura Grego; Pins Olímpicos, entre outros objetos.

A mostra está localizada ao lado da secretaria da Fefid, no 6º andar do Parque Esportivo, e pode ser visitada de segunda à sexta-feira, das 8h às 22h30min, e aos sábados das 8h às 12h30min.