Filme sobre Ivan Izquierdo está disponível no YouTube

Produção pode ser conferida no YouTube

No Dia Mundial do Cérebro, celebrado hoje, 22 de julho, o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) lança um documentário em homenagem ao professor Ivan Izquierdo com o objetivo de manter vivo seu legado. As memórias do mestre – a vida de Ivan Izquierdo apresenta um raro e inédito relato feito pelo próprio pesquisador, contando alguns momentos marcantes da sua história de vida pessoal e profissional. A produção está disponível no canal do InsCer no YouTube.

O documentário possibilita que o espectador conheça detalhes sobre a história de Izquierdo, a partir de momentos como sua vinda da Argentina para o Brasil, a escolha pela área de neurociências e a descoberta da paternidade. Também estão presentes no filme outras passagens da trajetória do pesquisador, que marcou gerações de estudantes em todo o mundo, tanto pelo seu extenso conhecimento técnico, quanto pela sua forma amigável de tratar os que o cercavam.

Além do próprio professor, participam do documentário sua esposa, Ivone Izquierdo; o diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa; o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy; e os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Diogo Onofre e Carlos Alexandre Netto.

O documentário foi produzido pelo InsCer, em parceria com o Centro de Produção Multimídia da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS – Famecos e edição da Enquadra Digital. Confira:

Sobre o professor Ivan Izquierdo

Nascido em Buenos Aires, veio para o Brasil em 1973 e naturalizou-se brasileiro em 1981. Em 2004, assumiu a coordenação do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e a partir de 2012, ano da criação do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), integrou e coordenou o Centro de Memória da Instituição. Como professor na PUCRS, atuou nos Programas de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica e em Medicina e Ciências da Saúde.

Considerado um dos maiores pesquisadores do País, com um vasto trabalho científico na área de neurociências, em especial na memória, o professor Ivan Izquierdo foi inspiração para milhares de estudantes e professores no mundo inteiro. Ele dedicou mais de 60 anos à neurociência, período no qual publicou cerca de 700 artigos em periódicos científicos com quase 23 mil citações.

Reconhecido como um dos maiores pesquisadores do mundo na área de fisiologia da memória, o neurocientista recebeu mais de 60 prêmios e distinções nacionais e internacionais. Ele é também o pesquisador com o maior número de citações acadêmicas da América Latina.

Ivan Izquierdo faleceu em 9 de fevereiro de 2021, aos 83 anos, em decorrência de uma pneumonia bacteriana. Saiba mais sobre sua trajetória.

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Foto: Aquivo pessoal

O coordenador do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer/RS), Ivan Izquierdo, conquistou o Prêmio Internacional Unesco-Guiné Equatorial para Pesquisa em Ciências da Vida. O reconhecimento, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), foi obtido por suas descobertas em elucidar os mecanismos de processos de memória, em consolidação e recuperação, e suas aplicações clínicas em distúrbios psicológicos e de idade e doenças neurodegenerativas, levando a uma melhoria da qualidade de vida humana. A entrega ocorreu no dia 30 de março, em Sipopo, na Guiné Equatorial.

“Este prêmio é muitíssimo especial, pois reconheceu o lado mais importante da minha vida, que é a contribuição dos meus estudos para a qualidade de vida da população. Essa sempre foi a minha motivação final”, avalia o professor Izquierdo. O prêmio também foi destinado ao professor Rui Luis Gonçalves dos Reis, da Universidade do Minho (Portugal), e à Organização de Pesquisa Agrícola do Centro Volcani, em Israel. Cada um dos vencedores recebeu 100 mil dólares, uma estatueta feita pelo artista Leandro Mbomio e um certificado.

Sobre o prêmio

O Prêmio Internacional Unesco-Guiné Equatorial para Pesquisa em Ciências da Vida reconhece projetos de pesquisa notáveis de indivíduos, instituições e outras entidades que trabalham com Ciências da Vida e que tenham levado a uma melhora da qualidade de vida humana. Esta é a quarta vez que o prêmio é realizado.

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Camila Cunha/PUCRS

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova, anunciou nesta segunda-feira, 24 de julho, os três vencedores do Prêmio Internacional Unesco-Guiné Equatorial para Pesquisa em Ciências da Vida 2017. Entre os premiados está o coordenador do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Iván Izquierdo. Ele é o único pesquisador do Brasil entre os agraciados e recebeu a premiação por suas descobertas na elucidação de mecanismos dos processos de memória, incluindo consolidação, recuperação e sua aplicação clínica em envelhecimento, distúrbios psicológicos e doenças neurodegenerativas, promovendo a qualidade da promoção da vida humana. A cerimônia de premiação será realizada em 4 de dezembro em Djibloho, na Guiné Equatorial. Cada um dos três vencedores receberá um prêmio em dinheiro, uma estátua feita pelo artista Leandro Mbomio e um certificado.

As recomendações para os vencedores são feitas por um júri composto de especialistas internacionais da área de ciências da vida, como Wagida Anwar, diretora do Ain Shams University Center for Molecular Biology, Biotechnology and Genomics do Cairo, no Egito; e Indrani Karunasagar, diretora da Unesco Mircen for Marine Biotechnology, na Índia. Ao saber da premiação, Izquierdo disse estar surpreso e feliz com o reconhecimento. “Isso representa muito, é um prêmio importante que a Unesco fornece. E é um grande estímulo ao nosso laboratório, ao InsCer e à Universidade”, revelou. O coordenador do Centro de Memória já recebeu mais de 60 prêmios ao longo de seis décadas de pesquisa dedicadas ao tema.

 

Pesquisadores estão no Brasil, Portugal e Israel

Além do professor Izquierdo, também foi premiado Rui Luis Gonçalves dos Reis, da Universidade do Minho, em Portugal, por suas contribuições nas áreas de biomateriais e suas aplicações biomédicas, incluindo engenharia de tecidos e medicina regenerativa, entre outras. A terceira agraciada é a instituição Organização de Pesquisa em Agricultura, de Israel, que foi reconhecida por desenvolver inovações e metodologias de ponta em pesquisa agrícola, com aplicação prática para a construção de programas de segurança alimentar em áreas de deserto e solos árido e semiárido.

Instituto do CérebroImagine o quanto o reconhecimento social é fundamental em nossas vidas: além de encontros face a face, vivemos em diversas redes sociais, estabelecemos contatos e nos relacionamos com intensidade com quem está ao nosso redor. Para os mamíferos em geral, esse reconhecimento é fundamental para a manutenção dos relacionamentos, da formação desses vínculos sociais e sem esse tipo de memória, não haveria sociedade. Um estudo do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do RS (InsCer/RS), coordenado pelo neurocientista Iván Izquierdo, levou à descoberta de que as áreas como o hipocampo e a amígdala cerebral são participantes ativas do processo de reconhecimento, até então vinculado somente ao bulbo olfatório, primeira estrutura do sistema olfatório cerebral. O achado se torna a base neurofisiológica do reconhecimento social e foi publicado recentemente na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), dos Estados Unidos.

A primeira experiência compreendeu a colocação de um roedor em uma caixa vazia. Depois, ele foi apresentado a um rato jovem, sentindo seu cheiro. No dia seguinte, ele foi exposto ao mesmo rato jovem da etapa anterior e a um novo. Passadas as fases de ambientação e de exposição, houve a infusão cerebral de três neurotransmissores no hipocampo e na amígdala: dopamina (responsável em outros lugares do cérebro por motivação, prazer), noradrenalina (envolvida nos processos de alerta e interesse) e histamina (ligada à memória, controle alimentar, etc.). “Até então os neurotransmissores mais visados no processo de reconhecimento social eram a ocitocina e os hormônios sexuais. Queríamos comprovar como atuavam esses três grandes sistemas”, disse a pesquisadora Carolina Zinn, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde da Universidade.

Os pesquisadores concluíram que esses neurotransmissores e essas áreas cerebrais são fundamentais na participação da consolidação da memória de reconhecimento social. A percepção é a de que, em média e em porcentagem de exposição, o roedor testado utilizou as áreas cerebrais para explorar três vezes mais o ratinho novo, sabendo que ele não estava ali antes. “Além disso, ele vai buscar em suas memórias o reconhecimento de longa duração, para reconhecer o lugar onde está e suas referências espaciais, como a localização”, esclarece a professora e pesquisadora do Centro de Memória Jociane Myskiw.

Para Izquierdo, o resultado representa um divisor de águas na pesquisa sobre a área. “É uma descoberta importante, pois aponta para o surgimento de possíveis bases de reconhecimento social em indivíduos saudáveis e pacientes psiquiátricos, como portadores de demências, autismo e esquizofrenia”. Ele explica que em demências como o Alzheimer, o hipocampo é uma das primeiras áreas a sofrer lesões. “É uma área diretamente afetada, provocando principalmente a falta de reconhecimento do paciente em pessoas de seu convívio, como filhos, cônjuge, etc.”, frisa.

O estudo teve início em 2013 quando o mestrando francês Nicolas Clairis, da Universidade de Lyon, atuou no Centro de Memória com a pesquisa colaborativa na área de reconhecimento social. Depois de três meses na instituição, ele retornou à França e o estudo teve continuidade com a doutoranda Carolina e as professoras Jociane e Cristiane Furini, com coordenação de Izquierdo.

 

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Iván Izquierdo

Foto: Arquivo – Ascom/PUCRS

O pesquisador Iván Izquierdo, coordenador do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do RS da PUCRS (InsCer), recebeu uma homenagem durante o Congresso Mundial de Cérebro, Comportamento e Emoções de 2016, que ocorre até quarta-feira, 15 de junho, na Argentina. Izquierdo tem mais de 50 anos dedicados à neurociência, durante os quais publicou cerca de 700 artigos em periódicos científicos com quase 23 mil citações. No encontro, o pesquisador falou sobre os avanços na tecnologia e nas pesquisas relacionadas ao funcionamento do cérebro.

O neurocientista já recebeu mais de 60 prêmios e distinções nacionais e internacionais, entre eles, o Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico (1996), Prêmio Conrado Wessel (2007), Prêmio Almirante Alvaro Alberto (2010), Doutor Honoris Causa das universidades de Paraná e Córdoba, além de Professor Honorário das universidades de Buenos Aires e Córdoba e Professor Emérito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014). Ele é também o pesquisador com o maior número de citações acadêmicas da América Latina.

 

O evento

O evento ocorre desde 2005 e reúne neurologistas, psiquiatras, geriatras, neuropsicólogos, neurocirurgiões funcionais, neurocientistas básicos e outros profissionais de área em um mesmo fórum. A atividade pretende unir as áreas da ciência básica até a prática clínica na busca por mais entendimento e melhores tratamentos de transtornos mentais. Participa também desta edição o pesquisador do InsCer e chefe do serviço de Neurologia do Hospital São Lucas da PUCRS, André Palmini, falando sobre as Questões Pungentes em epilepsia: aspectos controversos no manejo e no prognóstico.

Cérebro com fios

Foto: Arquivo – Ascom/PUCRS

Pesquisadores do Centro de Memória da PUCRS, liderados por Iván Izquierdo, publicaram uma revisão bibliográfica na área da memória do medo no periódico Physiological Reviews. Foram estudados cerca de 800 artigos divulgados nos últimos 60 anos em todo o mundo. “Trata-se da maior revisão bibliográfica já realizada na área”, afirma Izquierdo. Desses artigos publicados, 90 foram realizados no Centro de Memória, que é ligado ao Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul.

A convite da publicação, Izquierdo e as pesquisadoras Cristiane Furini e Jociane Myskiw passaram dois anos trabalhando no artigo. As referências bibliográficas utilizadas abordam temas como a definição da memória do medo, as estruturas envolvidas, como são reguladas e estudadas e os mecanismos bioquímicos, entre outros. O artigo pode ser acessado mediante assinatura ou download pago.

O pesquisador Iván Izquierdo, coordenador do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do RS (InsCer) recebeu, com outras personalidades, o Troféu Maturidade Ativa na quinta-feira, 22 de outubro, na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul). A homenagem reconhece integrantes da sociedade que desempenham importantes ações e que servem de exemplo por suas atividades na terceira idade. O prêmio a Izquierdo foi entregue pelo representante das Estruturas de Pesquisa do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Ângelo Bós. Izquierdo, que no próximo mês de janeiro completa 60 anos dedicados à ciência, afirma que ficou lisonjeado com o reconhecimento. “Me sinto muito bem nessa maturidade ativa, não penso em parar com o que faço. A homenagem foi muito bonita”, ressaltou. E ainda deixou uma dica: “Quem possui alguma atividade amplia as chances de viver mais e melhor”.

O neurocientista já recebeu mais de 60 prêmios e distinções nacionais e internacionais, entre eles, o Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico (1996), Prêmio Conrado Wessel (2007), Prêmio Almirante Alvaro Alberto (2010), Doutor Honoris Causa das Universidades de Paraná e Córdoba, além de Professor Honorário das Universidades de Buenos Aires e Córdoba e Professor Emérito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014). Foi o pesquisador que descobriu o fenômeno conhecido como dependência de estado endógena e a separação funcional entre as memórias de curta duração e longa duração. Ele é também o pesquisador com o maior número de citações acadêmicas da América Latina: 21. 539.
O evento
Com o reconhecimento de Políticas Públicas, Porto Alegre faz parte da Rede Global de Cidades Amigas do Idoso, programa da Organização Mundial da Saúde (OMS). A certificação dessa manhã foi uma realização da prefeitura, por meio da Secretaria de Governança Local (SMGL), Secretaria Adjunta do Idoso e Conselho Municipal do Idoso (Comui). Participaram da mesa de abertura do evento a primeira dama do município, deputada Regina Becker Fortunati, representando a presidência da Assembleia Legislativa; o vereador Waldir Canal, representando a presidência da Câmara Municipal; o secretário dos Direitos Humanos, Luciano Marcantônio; o secretário Adjunto do Idoso, André Canal, além de representantes do Conselho Municipal do Idoso.