Internacionalize o seu currículo com a mobilidade virtual - Programas oferecem mais de 650 opções de disciplinas e cursos ainda em 2020Quem deseja cursar disciplinas em universidades do exterior em 2022 pelo Programa de Mobilidade Virtual já pode se inscrever no novo edital do eMOVIES, que oferece diversas opções online em todas as áreas do conhecimento em instituições de ensino da América Latina. As inscrições para início dos estudos em 2022/1 vão até o dia 15 de setembro de 2021.

A mobilidade virtual é uma oportunidade de internacionalização do currículo sem necessidade de gastos com viagem, além de permitir que você siga fazendo outras disciplinas na PUCRS. O/a estudante ainda poderá ter o aproveitamento dos créditos cursados em sua grade regular.

Conheça os requisitos 

Para saber mais sobre o processo seletivo, acesse o edital. 

Programa eMOVIES 

O Espaço de Mobilidade Virtual no Ensino Superior (eMOVIES) é uma iniciativa liderada pela Organização Universitária Interamericana (OUI), que oferece às instituições de ensino superior participantes uma alternativa aos modelos de mobilidade tradicional à promoção do intercâmbio acadêmico no ensino superior, dando aos estudantes a oportunidade de cursar matérias de modo virtual ou a distância oferecidas por outras instituições membros da OUI.

Mais informações sobre mobilidade virtual podem ser obtidas pelo e-mail [email protected], pelo telefone (51) 3320-3660 ou presencialmente no Escritório de Cooperação Internacional, que fica no prédio 1, sala 110.

Soluções para a fome foram tema do intercâmbio

Foto: reprodução

Vinte e cinco estudantes brasileiros e norte-americanos de diversas áreas de formação participaram do curso Engineering the Future: Biotechnology Solutions to World Challenges, realizado em parceria com a Catholic University of America (CUA), dos Estados Unidos. A iniciativa se deu por meio de um intercâmbio virtual em formato COIL (Collaborative Online International Learning) e foi conduzida pelos professores da Escola Politécnica Allan Morcelli e Gustavo Roth e pelo professor da CUA Otto Wilson.

Ao todo foram seis encontros síncronos via Zoom, com uma metodologia que promovia a participação ativa dos alunos nas discussões de aula. O tema desta edição foi Como a biotecnologia pode auxiliar a acabar com a fome no mundo? Os participantes foram divididos em grupos compostos por estudantes das duas universidades e tiveram que elaborar uma proposta para tratar o problema da fome no mundo através de soluções biotecnológicas.

Soluções inovadoras para a fome

Após realizarem discussões em grupo, com mentoria dos professores, os alunos construíram uma apresentação final de 10 minutos com uma proposta na qual expuseram seus projetos inovadores, abordando cinco aspectos: engenharia, empreendedorismo, ética, econômico/social e ambiental.

De acordo com os professores, os alunos apresentaram propostas de alta qualidade para o futuro: produção de biofertilizantes a partir de resíduos alimentares, de uma superfarinha produzida a partir de frutas e legumes, de comida compacta rica em nutrientes, um superalimento na forma de esferas comestíveis, e de levedura nutricional produzida a partir de materiais lignocelulósicos. “Foi demonstrado um grande envolvimento com a metodologia ativa proposta”, celebra Roth. Os alunos elaboraram também um resumo apresentando sua proposta. A ideia é enviar os melhores resumos ao Research Day da CUA para publicação.

“Ao final do curso, os alunos evidenciaram sua satisfação e o sucesso da proposta, destacando que gostariam de mais oportunidades de mobilidade internacional virtual, até mesmo de maior duração”, conta Morcelli. Além da experiência, os participantes enriqueceram seus currículos com um certificado de estudos internacionais emitido pela PUCRS e pela instituição norte-americana.

PsiCOVIDa lança cartilha de combato à Covid-19 para idosos - Pessoas com doenças crônicas e acima de 60 anos são principal grupo de risco do coronavírus

Foto: Shutter Stock

A experiência e as habilidades desenvolvidas com a maturidade podem ser grandes aliadas no aprendizado de novos idiomas na vida adulta e na terceira idade. Esse público tem mais facilidade para aprender com um professor explicando as regras linguísticas e gramaticais em sala de aula, da forma tradicional, do que as crianças, por exemplo.

Esse conceito é conhecido como conhecimento explícito, aquele que pode ser compartilhado por meio de recursos como textos, imagens, infográficos, vídeos, entre outros materiais. as crianças têm mais facilidade para aprender imitando, o que é importante para a sua socialização nessa idade.

Segundo o Centro de Assuntos Bilíngues da Universidade de Edimburgo, na Escócia, nem tudo vai ladeira abaixo com a idade: “As crianças pequenas não são tão boas no aprendizado explícito porque não têm controle cognitivo, capacidade de atenção e memória”.

Leia também: 5 atividades que irão te ajudar a aprender um novo idioma

Conteúdos personalizados auxiliam na aprendizagem

Uma boa forma de tornar um o ensino mais atraente e afetivo é elaborando abordagens personalizadas, de acordo com as características de cada turma. Pensando nisso, a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) oferece cursos voltados para esse público sobre temáticas variadas, que vão desde idiomas a atividades físicas e instrumentos musicais.

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Foto: Shutter Stock

As aulas acontecem em diferentes turnos e contam com infraestrutura completa para atender estudantes, com turmas reduzidas, didática exclusiva e corpo docente qualificado, além de valor diferenciado para o público com idade acima dos 60 anos. Saiba mais sobre as turmas de idiomas com inscrições abertas para começo em agosto e garanta o desconto de 50% nas matrículas antecipadas!

Sempre é tempo de aprender

Apesar de haver diferentes estudos sobre o tema, não existe consenso sobre qual é a melhor idade para aprender outra língua. Um questionário realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) com quase 670 mil pessoas mostrou que o ideal é se dedicar a praticar novos idiomas a partir dos dez anos. Mas os resultados também concluíram que a fluência só é atingida por volta dos 30 anos e que o aprendizado é contínuo ao longo da vida.

Inscreva-se nas turmas de idiomas da Unati

PUCRS será filial de programa de internacionalização da América Latina

Foto: divulgação

O Centro de Internacionalização da Educação Brasil-Austrália, iniciativa da PUCRS com a Embaixada da Austrália no Brasil, recebeu financiamento do Conselho de Relações da Austrália com a América Latina (Coalar) e agora liderará o projeto intitulado Internationalization of Higher Education in Latin America. A iniciativa busca estabelecer uma rede de especialistas e profissionais interessados em internacionalização do currículo (IoC), envolvendo pesquisadores da América Latina e Austrália. O projeto acontece em parceria com a Curtin University e a La Trobe University, da Austrália. 

Diante dos impactos da pandemia e entendendo a internacionalização muito além da mobilidade acadêmica, o Internationalization of Higher Education in Latin America busca estabelecer perspectivas mais inclusivas, utilizando conceitos da internacionalização do currículo e internacionalização em casa adotadas em diferentes países.  

IoC LATAM 

A partir do projeto, a PUCRS se torna o branch office do IoC Global na América Latina, proposta liderada por Betty Leask. A iniciativa terá como foco fornecer suporte ao desenvolvimento da internacionalização do currículo, ampliando recursos e oportunidades para apoiar universidades e funcionários a fim de preparar todos os graduados para viver e trabalhar em uma sociedade global. 

Para isso, o grupo de trabalho agora se prepara para diferentes etapas, entre elas uma análise das práticas atuais de internacionalização do currículo na América Latina, revisão, contextualização e tradução de materiais sobre o tema para português e espanhol, desenvolvimento de uma estrutura de webinars para desenvolvimento profissional e criação da rede de pesquisadores e especialistas no tema. 

“Ao concentrarmos esforços de internacionalização no processo de ensino e aprendizagem, alinhamos essa estratégia à missão universitária de preparar todos os egressos para viver e trabalhar em um mundo globalizado. Por fim, ela se torna um meio para conseguirmos construir uma sociedade socialmente justa, ecologicamente correta e economicamente viável”, comenta a coordenadora do Escritório de Cooperação Internacional Carla Cassol 

Cooperação Brasil-Austrália 

Para o conselheiro em Educação e Ciência na Embaixada da Austrália no Brasil, Matthew Johnston, a iniciativa do IoC LATAM construirá relações internacionais em educação mais estreitas entre a Austrália e a América Latina, compartilhará e adaptará estratégias para internacionalizar o currículo e proporcionará oportunidades de colaboração internacional para benefício mútuo de todas as partes, particularmente estudantes. “A Austrália é um dos principais destinos para a educação internacional no mundo e se beneficiou muito dessa internacionalização, particularmente em termos de alta qualidade do ensino superior e experiência positiva dos alunos”, comenta. 

Evento de lançamento 

No dia 22 de junho, às 19h, acontece o evento virtual de lançamento do projeto em uma conferência via Zoom. Na ocasião, serão realizadas três apresentações relativas ao funcionamento do programa: 

O evento será realizado em língua inglesa com tradução simultânea em português e em espanhol. Os interessados em participar podem acessá-lo pelo link do Zoom ou utilizando as credenciais ID: 936 2323 9960 e senha: 281037.   

 

 

Mobilidade Virtual: viva uma experiência internacional sem sair de casa

Estudantes participam da Mobilidade Virtual da PUCRS / Foto: Reprodução

Expandir os horizontes, aprender um novo idioma e viver novas experiências: tudo isso é possível em um intercâmbio acadêmico. O contexto de pandemia em que vivemos, no entanto, tem dificultado sonho de quem quer estudar fora. Mas a verdade é que já existem alternativas para tornar esse movimento mais próximo e acessível.  

Na Mobilidade Virtual os estudantes podem cursar disciplinas ou cursos online em instituições internacionais em paralelo com seus estudos na PUCRS, dispensando a necessidade de gastos com viagens e acomodações. Assim como no formato presencial, no programa de Mobilidade Acadêmica, o aluno deverá manter o vínculo com a PUCRS e ficará isento de taxas escolares na instituição de destino.  

Guilherme Schoeninger Vieira, estudante da Escola de Direito, iniciou sua experiência no segundo semestre de 2020, cursando as disciplinas de Ética e de Filosofia Política na Universidad Santo Tomás, da Colômbia. Para ele, vivenciar essa modalidade de ensino foi uma possibilidade de internacionalização de conhecimentos e de contato com novas culturas durante o período de isolamento social. A Mobilidade Virtual representou a oportunidade de conhecer novas pessoas e novas ideias de dentro da minha própria casa! E ainda mantendo meus estudos na PUCRS ao mesmo tempo, conta. 

Quais os diferenciais dessa modalidade de ensino? 

Mobilidade Virtual: viva uma experiência internacional sem sair de casa

Na Mobilidade Virtual é possível praticar outro idioma e conhecer novas culturas / Foto: Reprodução

Praticidade e acessibilidade são dois dos grandes diferenciais da Mobilidade Virtual. Isso porque a vivência de estudar fora é conduzida de forma totalmente online – da inscrição e seleção até a rotina de aulas do semestre. Essa aproximação descomplicada entre os estudantes e um universo cheio de possibilidades também desperta a atenção dos alunos.  

Leia também: Mobilidade acadêmica: viva novas experiências de forma presencial ou virtual 

Vanessa Martins, estudante do curso de Engenharia Civil, da Escola Politécnica, apostou na Mobilidade Virtual para ampliar seus conhecimentos e internacionalizar o currículo neste semestre. A escolha pela disciplina de Engenharia de Transporte, na Universidad Tecnológica del Perú (UTP), partiu do interesse em se aprofundar na área de Mobilidade Urbana, temática que será abordada em seu Trabalho de Conclusão de Curso.  

“A seleção foi tranquila, havia muitas opções de universidades e de disciplinas, portanto consegui escolher o curso que eu mais gostaria de fazer. Tive e continuo tendo bastante apoio do setor de Mobilidade Acadêmica da PUCRS e da UTP, desde a inscrição até agora. Além disso, meus colegas da UTP me ajudam muito no idioma e nos estudos”.

Para ela, outro grande diferencial é a possibilidade de conciliar o trabalho, a disciplina da mobilidade e o semestre na PUCRS, sem prejuízos ou atrasos. Não preciso me deslocar para outro país, não tenho despesas com esse processo e posso continuar meus projetos normalmente”, pontua.  

Vale a pena se inscrever na Mobilidade Virtual? 

O cuidado e a atenção que a PUCRS preza durante todo o processo da mobilidade acadêmica é também prioridade nas instituições parceiras. Guilherme destaca a excelência e o atendimento próximo da Universidad Santo Tomás, além dos laços que criou durante a experiência. Lembro que tivemos acompanhamento especial por sermos intercambistas. Durante as aulas síncronas, tive contato com amigos das mais diferentes partes da América Latina, e hoje mantenho contato com alguns. Para mim, foi uma experiência sensacional!”.  

Diversos estudantes da Universidade já experenciaram essa modalidade de ensino. Se você tem interesse em praticar outro idioma, conhecer novas culturas e qualificar seu currículo sem sair de casaconfira os editais dos programas eMOVIES e Americarum, que estão com inscrições abertas até o dia 1º de junho 

As opções contemplam todos os cursos e garantem o aproveitamento dos créditos em sua grade regular na PUCRS. Para mais informações, entre em contato com o Escritório de Cooperação Internacional (Prédio 1, sala 110) de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h, pelo e-mail mobilidade.out@pucrs.br ou pelo telefone (51) 3320-3660. 

Trip em casa; mobilidade acadêmica, tours virtuais,mobilidade acadêmica da pucrs

Programa possibilita que estudantes tenham contato com novas culturas e qualifiquem ainda mais a formação

Mobilidade Acadêmica da PUCRS lançou novos editais para quem deseja estudar em uma universidade internacional ao longo do curso de graduação, tanto na modalidade presencial quanto na virtual. Os programas permitem que os alunos e alunas conheçam novas culturas e qualifiquem ainda mais a formação. 

Na mobilidade acadêmica, o estudante fica isento de mensalidades na universidade de destino, devendo apenas manter vínculo com a PUCRS. As opções contemplam todos os cursos e podem ser escolhidas conforme a trajetória de cada aluno. 

Conheça os editais de mobilidade acadêmica da PUCRS em andamento 

Mobilidade presencial  

A segunda chamada do Edital 2 de Acordos Bilaterais oferece vagas para 15 universidades em quatro países: Alemanha, França, Espanha e Uruguai. O início dos estudos está previsto para 2021/2, mas poderá ser revisto em razão da pandemia. O Escritório de Cooperação Internacional mantém contato direto com as universidades parceiras e cada aluno selecionado recebe todo o suporte para fazer uma escolha segura. 

Nesta modalidade, o aluno tem a oportunidade de vivenciar um novo contexto acadêmico e conhecer colegas de diferentes partes do mundo. As inscrições vão até os dias 17 de maio de 2021 (Prova 1) e 24 de maio de 2021 (Prova 2). Confira os requisitos e relação de vagas. 

Mobilidade virtual 

Para aqueles que buscam uma experiência internacional ao mesmo tempo em que estão cursando outras disciplinas na PUCRS, a mobilidade virtual é a aposta ideal. O estudante integra uma disciplina remota de uma universidade internacional e recebe o aproveitamento dos créditos em sua grade regular na PUCRS. As inscrições vão até o dia 1 de junho de 2021. 

A modalidade permite que o aluno tenha contato com novas culturas, pratique um segundo idioma e adicione mais um diferencial ao seu currículo sem as despesas de uma viagem internacional. Os Programas EMOVIES e Americarum oferecem vagas para diversas instituições latino-americanas. Confira o edital e a relação de vagas de cada programa. 

Em caso de dúvidas ou para saber mais informações sobre mobilidade acadêmica presencial, entre em contato com o Escritório de Cooperação Internacional (Prédio 1, sala 110) de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3320-3660.

Curso sobre migrações acontece nos dias 4 e 5 de maio de 2021

Curso de extensão gratuito sobre migrações contará com pesquisadoras da PUCRS e da Universidad de Granada, da Espanha / Foto: Sebastien Goldberg/Unsplash

Tema importante em pesquisas nas áreas de História e das Ciências Sociais, a migração é um conceito complexo de definir. De forma geral, trata-se do deslocamento geográfico de pessoas ou grupos sociais – o que inclui tanto indivíduos que migram de um país para o outro quanto aqueles que saem de suas casas e percorrem determinado trajeto todos os dias para trabalhar. Nesse sentido, não seria errado dizer que, em algum nível, salvo raras exceções, somos todos migrantes. 

Existem diferentes qualificações para esse fenômeno relacionadas ao tempo, forma, frequência e distância, por exemplo. Para aprofundar esse assunto a Escola de Humanidades promove, nos dias 4 e 5 de maio, o curso de extensão gratuito Contextos de Migração: Categorias que emergem desde distintos cenários. 

A atividade irá reunir pesquisadoras da PUCRS e da Universidad de Granada, da Espanha, propondo um diálogo entre seus caminhos de estudo e favorecendo pontos de intersecção. Para a mediadora do evento e bolsista de pós-doutorado pelo Projeto de Cooperação Internacional Migrações: Perspectivas Histórico-conceituais e Análise de Fenômenos Contemporâneos no âmbito do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt)Cláudia Guedes, esta é uma oportunidade para que essa troca atravesse fronteiras para que, ao fim dos dois dias, os participantes tenham aprendido um pouco mais sobre o tema. 

Por que migrar? 

Economia, religião e desastres naturais são alguns dos motivos pelos quais as pessoas migram. Outro fator que desencadeia esse fenômeno é a tentativa de escapar de situações graves de conflito, guerra e fome, como o caso dos refugiados sírios em função da guerra civil iniciada em 2011. Ao mesmo tempo, há casos de migração no qual os indivíduos estão simplesmente buscando melhores condições de vida, seja em relação a trabalho, saúde ou bem-estar. 

Segundo Cláudia, pesquisas sobre o tema surgem quando a migração revela algum impacto ou esclarece uma composição social do presente. Tanto o caso da Síria quanto outros que chamam a atenção, como os africanos que migram para a Europa e os mexicanos que vão para os Estados Unidos, são exemplos do fluxo migratório do Sul em direção ao Norte do planeta – que gera muitos impactos conhecidos:  

“Podemos destacar o caráter marginal da inclusão destes grupos no território de destino, a dificuldade de integração e novos conflitos que podem vivenciar em um lugar no qual não se sentem bem-vindos”. 

Como exemplos de outros fluxos, a pesquisadora comenta sobre dois que serão debatidos no curso de extensão sobre migrações de caráter Sul-Sul: a migração haitiana no Chile e a chegada de palestinos no sul do Brasil. Em outra mesa, se discutirá nas práticas os programas de asilo europeus e migrações internas dos caboclos brasileiros. 

Desafios das migrações 

A partir das migrações, surgem outros temas e categorias para a pesquisa social, como pertencimento, gênero, racismo, identidade e colonização. Em muitos casos, os migrantes não são bem-vindos e acabam sofrendo preconceito – além dos outros inúmeros desafios que enfrentam ao chegarem a um lugar novo.  

Na Europa, os programas de asilo são frequentemente questionados. “Os governos mais progressistas tendem a apoiá-los e defendem seu aperfeiçoamento. Já os mais conservadores apresentam um discurso de ‘proteger’ sua população da invasão estrangeira. Na prática, de todas as formas, há muita contradição”, explica Cláudia. 

A pesquisadora acredita que falar sobre o tema, ler, ouvir especialistas, buscar entender melhor as migrações e até mesmo viajar contribui para favorecer a conscientização sobre a complexidade desse tema. “Vemos situações precárias de migrantes que deixam seu país de origem e são barrados na busca por integração em seu destino. E o que dizer daqueles que são deslocados de seu próprio território e deixados na precariedade para favorecer um grupo que chega depois?”, questiona. 

Confira detalhes do curso de extensão sobre migrações 

O curso de extensão gratuito Contextos de Migração: Categorias que emergem desde distintos cenários acontece nos dias 4 e 5 de maio, a partir das 18h. A atividade é promovida pelo grupo de estudos Movimentos Migratórios na América Latina: Uma perspectiva histórica do Programa de Pós-Graduação em História da Escola de Humanidades. 

No dia 4 de maio, a mesa redonda será composta pela doutoranda em História da Escola de Humanidades Caroline Nunes e pela doutora em Estudos Migratórios pela Universidad de Granada (Espanha) Lissette Madriaga Parra. Já no dia 5, a mesa será formada pela doutoranda em Estudos Migratorios da Universidad de Granada Diana Garcés-Amaya e pela mestre em História pela PUCRS Milliann Carla Strona. A moderação será feita por Cláudia Guedes. 

Para participar do curso, é preciso preencher este formulário. 

Sobre Cláudia Guedes 

Cláudia Guedes é doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe e doutoranda em Ciências Sociais pela Universidad de Granada, Espanha (desde 2018). Bacharel em Ciências Sociais e mestre em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atuou no exterior na Università di Pisa, na Universidad Nacional de Costa Rica e na Universidad de Granada. Tem experiência na área de Sociologia, Ciência Política e Relações Internacionais, com publicações e apresentações na área de desenvolvimento, políticas públicas, colonização. Nos últimos anos, estas questões têm como foco a questão indígena. 

Atualmente é pesquisadora visitante da Escola de Humanidades pelo PUCRS-PrInt, com bolsa Jovem Talento. Em sua pesquisa, investiga as origens indígenas ignoradas no Sul do Brasil e suas razões. O recorte geográfico escolhido é a região serrana catarinense, por sua relação com o tropeirismo e por características gerais que divergem de outros índices do estado. A pesquisa está prevista para ser concluída no mês de maio. 

Sobre o PUCRS-PrInt 

O Projeto Institucional de Internacionalização da PUCRS (PUCRS-PrInt) tem por objetivo desenvolver e integrar a dimensão internacional no âmbito do ensino de pós-graduação stricto sensu e da pesquisa da Universidade, visando a excelência acadêmica e soluções transformadoras para questões globais da sociedade.  

Ao todo são três temas prioritários que estão alinhados com os eixos temáticos de pesquisa e inovação previamente estabelecidos pela Universidade. Eles refletem problemas complexos da sociedade, nos quais a Universidade tem as competências necessárias para o aprofundamento e busca de alternativas que representem mudanças da realidade. Benefícios de mobilidade discente e docente para o Brasil e para o exterior estão disponíveis em editais de diferentes modalidades. Saiba mais acessando o site do projeto.

Foto: Pexels

Fundação Botín está com inscrições abertas para a 12ª Edição do Programa para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina. A iniciativa tem como objetivo proporcionar que alunos desenvolvam e consolidem sua vocação de serviço por meio de uma experiência formativa que proporcione conhecimentos, competências, valores e princípios fundamentais para o bom exercício da função pública. As inscrições para o processo de pré-seleção da PUCRS vão até às 12h do dia 22 de abril de 2021. 

Ao todo, serão selecionados 32 alunos latino-americanos que tenham uma ótima trajetória acadêmica, comprometidos com a melhora do seu ambiente social e com vocação de servir a seus países a partir da esfera pública.  O programa começará de forma presencial no dia 24 de outubro de 2021, na Universidad de los Andes (Bogotá, Colômbia), seguindo para uma etapa formativa na Espanha (Madri, Santander, Caminho de Santiago e Salamanca) e, posteriormente, uma última fase na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, onde está previsto o encerramento no dia 2 de dezembro de 2021. No edital de pré-seleção, o candidato encontra todos os requisitos necessários para participar do programa. 

A partir do edital de pré-seleção, a PUCRS indicará candidatos aptos mediante carta assinada pelo Reitor ou seu representante. Caberá à Fundação Botín a seleção final dos participantes da América Latina.  

A programação acontecerá mediante o cumprimento obrigatório das normas e medidas sócio-sanitárias estabelecidas pelas autoridades competentes, podendo sofrer modificações que serão comunicadas de imediato a todos os envolvidos no processo de seleção. Dúvidas e mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3320-3660. 

IV Congresso Direitos Humanos e Migrações Forçadas: xenofobia, refúgio e transnacionalidade

Foto: Suad Kamardeen/Unsplash

Após ter participado da Cátedra de Neurociências da Comissão Fulbright, organização internacional vinculada aos governos do Brasil e dos Estados Unidos, agora a PUCRS recebeu uma nova cátedra em Democracia, Direitos Humanos e Prevenção da Violência (Fulbright Distinguished Scholar Award in Democracy, Human Rights and Violence Prevention). A iniciativa consiste em uma bolsa para um/a acadêmico/a norte-americano/a sênior com significativo reconhecimento em sua área de atuação e que tenha interesse em desenvolver atividades de pesquisa e ensino na pós-graduação da PUCRS.

Trata-se de uma oportunidade para aprofundamento de relações de colaboração com pesquisadores/as e instituições americanas, que pode contribuir de forma significativa para a internacionalização dos Programas de Pós-graduação da Universidade.

Sobre a bolsa

O bolsa incluirá tópicos relacionados a lei, justiça e direitos humanos, oportunidades para minorias em representatividade e os impactos da violência na saúde mental, desenvolvimento social e diversidade cultural. As inscrições vão até o dia 15 de setembro de 2021.

A bolsa prevê a estadia do/a acadêmico/a na PUCRS por um período de três a quatro meses. A primeira data de início possível é 1º de julho de 2022 e a última data de término possível é 30 de setembro de 2023.

Os/as candidatos/as devem ser cidadãos/ãs norte-americanos/as (podendo ter dupla cidadania), ter título de Ph.D. ou equivalente e uma trajetória acadêmica reconhecida. A bolsa está aberta para aqueles que trabalharam na qualidade de professor titular ou pesquisador por mais de sete anos. O processo de candidatura se dá através da página da Fulbright, na qual estão disponíveis mais informações sobre o processo. Saiba mais clicando aqui.

Escola de Medicina é uma das únicas acreditadas pelo Saeme no estadoA Escola de Medicina da PUCRS recebeu no começo do mês março a acreditação do Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme), se tornando a única instituição privada de Porto Alegre e da região metropolitana com a certificação e uma das quatro do Rio Grande do Sul. Vinculado ao Conselho Federal de Medicina (CFM), o Saeme avalia os cursos de graduação em Medicina a partir de critérios relacionados à Gestão educacional, ao Programa educacional, aos Corpos docente e  discente e ao Ambiente educacional. 

De acordo com o decano da Escola, professor Leonardo Araújo Pinto, a acreditação é um reconhecimento da excelência, qualidade e dedicação da Universidade em formar profissionais com capacitação de padrão internacional:  

Recebemos a certificação em um momento de muitas mudanças, em meio à pandemia, porém com muita felicidade. Mesmo neste cenário desafiador, as aulas se mantiveram firmes, assim como o desenvolvendo das atividades de forma exemplar, graças à atuação do corpo docente e discente e da Universidade. 

O Saeme é composto por professores/as da área de Medicina – não necessariamente médicos/as e estudantes de Medicina de diferentes regiões do País. 

Novas oportunidades de internacionalização 

Por ser pré-requisito para o desenvolvimento de diferentes projetos, a acreditação facilitará o processo para que estudantes trabalhem e estudem no exterior. “Hoje, nos Estados Unidos já é solicitada a confirmação de que as escolas de origem dos/as estudantes tenham a certificação para renovações ou emissões de contratos de trabalho, explica o decano. 

Escola de Medicina

Foto: Camila Cunha

A acreditação da Saeme é reconhecida pela World Federation for Medical Education, organização que estabelece altos padrões científicos e éticos na educação médica globalmente. Entre seus benefícios está o apoio para que estudantes da América do Sul possam atuar na América do Norte ou fora da Europa, por exemplo. 

Como funciona o processo de acreditação 

Inicialmente, é realizada uma autoavaliação por parte da Escola no momento da submissão. Em seguida, no mês de novembro de 2020, um grupo de avaliadores/as conheceu as instalações da PUCRS e participou de plenárias e grupos focais junto à comunidade acadêmica para a elaboração de um dossiê. 

No total, são mais de 80 quesitos que precisam ser respondidos, comprovados com a documentação relacionada e enviados para a Comissão de Avaliação, a qual é composta por docentes que não tenham qualquer tipo de vínculo com a instituição. Por fim, a equipe destinada pelo Saeme realiza uma nova visita à Escola durante alguns dias e elabora um novo relatório para que a Comissão de Acreditação possa dar o seu veredito. 

Além de identificar áreas e aspectos de excelência educacional, o processo também é um importante indicador para áreas que necessitem de aprimoramento. O relatório final do Saeme mostra que várias Escolas não foram aprovadas para a acreditação, podendo  ser feita uma nova solicitação após as melhorias. 

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