Uma pesquisa da Universidade de Sussex mostrou que ler ajuda a reduzir em até 68% os níveis de estresse. / Foto: Pexels

Quem nunca estipulou como meta ler mais? Uma atividade com múltiplas funções, ler pode ser uma forma de entretenimento, um meio de informação ou um caminho simples e acessível para adquirir conhecimento. Independente da motivação, o processo de leitura também é capaz de auxiliar no desenvolvimento de habilidades, contribuindo, inclusive, para a saúde mental. De acordo com pesquisador do Instituto do Cérebro (InsCer) e professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Augusto Buchweitz, ler pode atuar como um exercício que estimula o cérebro.  

O hábito de leitura tem relação comprovada com uma melhor qualidade de saúde mental. A leitura, por envolver imaginação, mentalização, antecipação e aprendizagem (sempre aprendemos, ao menos, palavras novas), funciona como um ‘exercício’ para o cérebro humano. Apesar de não ser um músculo, o nosso cérebro precisa ser estimulado, destaca o pesquisador. 

Outro fator que enfatiza a relação entre a leitura e a qualidade de saúde mental é ação da atividade na redução do estresse. A professora Aline Fay, coordenadora do curso de licenciatura em Letras com ênfase na Língua Inglesa, ressalta que pesquisas já demonstraram resultados positivos sobre essa contribuição. “Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sussex mostrou que ler ajuda a reduzir em até 68% os níveis de estresse. Durante o estudo, os sujeitos analisados diminuíram a frequência cardíaca e aliviaram a tensão dos músculos”, salienta a professora. 

Ler protege a mente hoje e no futuro 

Os benefícios da leitura não atuam no nosso cérebro apenas no presente. Estudos apontam que ler pode ser uma forma de proteger a mente contra o surgimento de doenças neurodegenerativas. Segundo a professora Aline, quando lemos melhoramos o funcionamento cerebral, o que ajuda a “atrasar” sintomas de doenças como demência e Alzheimer. Ela destaca que inúmeras pesquisas comprovam o aumento das conexões neurais durante a leitura. Um destes estudos, realizado pela Universidade Emory, descobriu que ler afeta nosso cérebro da mesma forma como se realmente tivéssemos vivenciado os eventos sobre os quais estamos lendo. Diante disso, a professora ainda aponta que, ao lermos, podemos aumentar nossa empatia, ou seja, a capacidade de compreender e se solidarizar emocionalmente com o outro. 

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Mas nem todos os gêneros literários agem da mesma forma. O professor Augusto afirma que, de acordo com o conteúdo de cada história, outras regiões cerebrais são ativadas, resultando em comportamentos, emoções e experiências distintas.  

Durante a leitura de histórias de suspense, por exemplo, a ativação do cérebro tem relação direta com a experiência do leitor. Os leitores que relataram ter ficado mais envolvidos com a narrativa foram os mesmos que tiveram maior ativação de uma circuitaria do cérebro, que envolve tentar antecipar o que vai acontecer (inferências futuras) explica. 
É importante entender que nem todos os gêneros literários agem da mesma forma no cérebro. / Foto: Pexels

Ele também frisa que especialistas no estudo da memória reforçam a importância do aprendizado constante e do hábito de leitura. “O ilustre professor Ivan Izquierdo [falecido em 2021], um dos maiores especialistas em memória do mundo, frequentemente ressaltava em suas entrevistas que profissões como a de professor e artista de teatro, entre outras, por envolverem a leitura e aprendizagem constante, são profissões que ajudam a ‘proteger’ o cérebro de quem as desempenha”, comenta o pesquisador do InsCer. 

Para além das páginas lidas 

Além de ser uma atividade benéfica para o funcionamento e para a saúde da mente, a leitura participa do desenvolvimento de habilidades específicas. Para a professora Aline, ler é uma forma de ampliar competências. “A leitura favorece a melhora da escrita, expande o vocabulário, trabalha a criatividade e auxilia na formação do senso crítico (capacidade de reflexão sobre algo)”, afirma. Segundo ela, não há um tempo diário específico a ser dedicado à leitura para que as habilidades sejam desenvolvidas.  

“O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, por exemplo, diz ler um livro a cada duas semanas, já Bill Gates diz ler todos os dias durante uma hora. Tudo varia em função do tempo e disponibilidade de cada um. O importante é desenvolvermos o hábito da leitura diária e criar estratégias, tais como reservar um momento do dia somente para a leitura, selecionar livros/temas que achamos interessantes, ter sempre um livro na cabeceira e, acima de tudo, ter paciência e resiliência”, recomenda a professora. 

Para Augusto, a leitura pode estimular desde habilidades e conhecimentos mais fundamentais até aprendizagens que abrangem outros domínios, como o desenvolvimento de raciocínio e do pensamento científico. “Se pensarmos que aprendemos a ler e, por fim, podemos ler para aprender, o que estiver ao alcance da aprendizagem pela leitura está ao alcance do leitor”, conclui. 

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Jaderson Costa da Costa

Jaderson Costa da Costa, diretor do InsCer / Foto: Camila Cunha

Como médico, posso afirmar que não existe nada mais difícil do que dizer a um paciente que não tenho resposta para seu caso. Foi com essa visão que, em 2004, esboçamos uma primeira ideia do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer-PUCRS). Desse ano em diante, com apoio da Universidade e do governo, o rascunho feito em um guardanapo começou a se tornar realidade.

Há 10 anos, o InsCer iniciava suas atividades num formato inédito no Brasil, reunindo pesquisa, inovação e desenvolvimento de produtos direcionados ao atendimento dos pacientes, fechando o ciclo do que chamamos de pesquisa translacional – que tem o objetivo de oferecer uma solução a um problema da sociedade.

O que era um sonho – e até uma incerteza para alguns – ganhou vida no dia 6 de junho de 2012, quando entregamos à comunidade um espaço superior a 2,5 mil metros quadrados, capaz de atender a população e gerar conhecimento.

Iniciamos a produção de radiofármacos importantes, como o 18F-FDG, usado em exames para avaliar o metabolismo do cérebro e para o diagnóstico de câncer. Em nossa trajetória de comprometimento com a sociedade e a ciência, em 2016 realizamos o Projeto Zika Vírus, que avaliou dezenas de crianças com microcefalia, consequência do surto do vírus no País. No momento em que faltavam insumos durante a pandemia de Covid-19, desenvolvemos in house um teste de diagnóstico por PCR.

Em 2020, concluímos a ampliação da estrutura prevista no plano inicial: com mais de 9,3 mil m², o InsCer virou a casa de neurocientistas empenhados em trazer respostas às preocupações da sociedade. Neste ano em que completamos 10 anos, avançamos mais uma vez ao fabricar e disponibilizar o Floberbetabeno, radiofármaco para diagnóstico da Doença de Alzheimer, o que nos habilita a cooperações internacionais para avaliar potenciais tratamentos.

Seguimos com orgulho da história que construímos e com a missão de manter a nossa essência: inquieta e apaixonada por ciência que traga benefício para a sociedade.

Estrutura do Inscer triplicou de tamanho / Foto: Camila Cunha

É muita emoção!. Essas foram as primeiras palavras – que demonstram sentimento, que só o cérebro é capaz de transmitir –, anunciadas no discurso do vice-reitor da PUCRS e diretor do Instituto do Cérebro (InsCer)Jaderson Costa da Costa, durante a cerimônia de ampliação do empreendimento. O evento, que contou com a presença de representantes de diversos segmentos, ocorreu no novo auditório do InsCer na manhã desta segunda-feira, dia 9 de novembro, data em que a PUCRS celebra 72 anos de história. 

Costa da Costa recordou que, em 2012, o InsCer foi criado a partir de dados epidemiológicos que indicavam aumento da expectativa de vida, mas também em meio ao crescimento de doenças neurológicas degenerativas, cérebrovasculares e oncológicas. “A população está envelhecendo e carga da doença e a demanda por cuidados da saúde estão aumentando. Enfrentamos também doenças infecciosas emergentes. Lutamos para prover o acesso universal ao atendimento de saúde de qualidade”, frisou. 

O diretor do Instituto reforçou que o InsCer não é meramente uma estrutura física, mas construído por pessoas dotadas de razão e afeto, de humanidade. A proposta do Instituto é ter uma abordagem translacional, visando estabelecer a relação da pesquisa pré-clínica, clínica e a sua aplicação, direcionados à assistência ao paciente, fundamentada no conhecimento interdisciplinar. No saber, no fazer. Na pesquisa e inovação, gerando conhecimento e produto. Precisamos vislumbrar um futuro prósperosustentável e de longevidade saudável”, salientou. 

O reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, recordou o ano de 2018, durante a celebração dos 70 anos da Universidade, oportunidade em que foi anunciado à sociedade um conjunto de projetos e entregas de vulto a serem realizadas nos anos vindouros. Pois aqui estamos para a inauguração das obras de ampliação do InsCerEstaremos desenhando o futuro com projetos concretos e efetivos ancorados no presente, tornando o lugar onde vivemos melhor a partir do cuidado, desde a prevenção, diagnóstico, tratamento e pesquisa de ponta em saúde, tendo a integralidade do ser humano como eixo essencial nesse trabalho”, destacou 

Com esta ampliação do Instituto, o reitor anunciou que Jaderson Costa da Costa se dedicará integralmente à direção do InsCer a partir do ano de 2021“Faço questão de expressar minha admiração e o meu muito obrigado por estar ao meu lado nesse quadriênio tão intenso e ao mesmo tempo gratificante. Conto contigo para, junto à Reitoria, implementarmos plenamente nos próximos quatro anos o Campus da Saúde”, enfatizou.  

Pablo Stürmer, Secretário Municipal de Saúde; Ir. Evilázio; Ir. Inacio Etges, presidente da Rede Marista; Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de POA; Luis Lamb, Secretário de Ciência e Tecnologia do RS. / Foto: Camila Cunha

No pensamento dos governantes 

Mesmo de forma remota na cerimônia, o Ministro de Estado da Educação, Milton Ribeiro, comentou que o seu cargo lhe permite se surpreender com momentos muitos felizes, nos quais pode conheceentidades, organizações e pessoas que fazem a diferença“Estamos vivendo em um ano de turbulência, um momento de unirmos forças em torno da solução que envolva a pandemia. Nunca a pesquisa teve uma posição assertiva”, declarou. Mostrando a admiração pelas estruturas, o ministro ainda projetou: “ainda quero conhecer pessoalmente as instalações do InsCer e do Tecnopuc”. 

Representando o Governador do Estado, o secretário de Ciência e Tecnologia, Luis Lamb, destacou que este lançamento foi uma grande realização, fruto de uma gestão visionária, audaz e inovadora“O Instituto representa um grande conjunto de pesquisas, para entender o cérebro humanoSão pesquisadores que trabalham em benefício da sociedade. Cada vez mais, o foco nos nossos investimentos e prioridades tem de ser no entendimento da mente humana”, frisou. 

A Prefeitura de Porto Alegre foi representada pelo secretário Municipal de Saúde, Pablo Stürmer, que ressaltou que pandemia foi desafiadora para a gestão públicamas lhe conforta e dá forças contar com serviços de excelência como o do InsCer. “É um orgulho termos na nossa capital uma estrutura como essa. É preciso darmos atenção especial aos mais vulneráveis e esse conhecimento temos aqui no Instituto”, complementou. 

Novo auditório foi o local da cerimônia / Foto: Camila Cunha

A celebração e a bênção

Segundo o presidente da Rede MaristaIr. Inacio Etges, mesmo em um momento sensível que todos estão vivendo, a inauguração é um momento de festa. “É impressionante como coincide com as escritas e falas do Papa Francisco que diz que é preciso conversar, ter a consciência forte e cultura do cuidado. Creio que é isso, de fato, que o InsCer tem como proposta. É uma iniciativa diferenciada, que integra o Campus da Saúde da PUCRS, ampliando estudos de neurociência e produção de rádiofarmacos, enfatizou. 

No encerramento da cerimônia, a bênção para este novo momento do InsCer foi conduzida pelo chanceler da PUCRS e arcebispo metropolitano, Dom Jaime Spengler. “É indiscutível dignidade do trabalho em favor da vida e saúde humana desenvolvidas pelo InstitutoA determinação e a integridade que nele atuam, recordam a necessidade ter sempre termos presente a essência e a destinação do ser humano”, disse  

O arcebispo acredita que, em tempos complexos desafiadorescomo o da pandemiaé preciso ter sensibilidade humana, reciprocidade, sabedoria e discernimento. “Que Deus nos ajude e abençoe que mantenhamos sempre entre nós isso que, durante a pandemia, fomos convidados a desenvolver, a obra do cuidado. O cuidado conosco, uns para os outros e nos deixamos sermos cuidados pelos outros”, finalizou. 

InsCer, fase II, Instituto do Cérebro

Ampliação do InsCer garante novos serviços à população e contribuições para o conhecimento do cérebro

No dia 9 de novembro, data em que a PUCRS comemora 72 anos, o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) inaugura a expansão de sua estrutura para oferecer mais exames e serviços à população e empresas de todo o País, além de ampliar o desenvolvimento de pesquisa de ponta com foco no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças do cérebro. Conduzido por um time de neurocientistas renomados, é uma iniciativa com oito anos de atuação que coloca o Estado como referência nacional e internacional no tema.

O InsCer se consolida como um polo de desenvolvimento, pesquisa e inovação na busca de soluções às doenças que acometem o cérebro e orientado às demandas do paciente e sociedade. Somos uma referência nacional e internacional que une assistência, pesquisa e inovação em um só lugar, um projeto idealizado e desenvolvido de maneira integrada e multidisciplinar. Estamos ajudando a construir o futuro da saúde e da ciência mundial”, ressalta o neurologista e neurocientista Jaderson Costa da Costa, diretor do Instituto.

Com dois anos de duração, as obras iniciaram em outubro de 2018 e triplicaram a atual estrutura de tamanho, passando de 2.549 para 9.335 metros quadrados, contemplando o que foi planejado no projeto original. O investimento total, com aporte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), é de R$ 66.837 milhões.

A ampliação do InsCer faz parte de um conjunto de iniciativas que compõem o Campus da Saúde da PUCRS, um lugar que foi projetado para reunir tudo o que é preciso para cuidar da vida de maneira integral.

“Não se trata apenas de uma ampliação de espaço físico, representa um marco histórico para a PUCRS, pois por meio de iniciativas inovadoras que serão desenvolvidos pelo InsCer, estaremos desenhando o futuro com projetos concretos e efetivos ancorados no presente, tornando o lugar onde vivemos melhor a partir do cuidado, desde a prevenção, diagnóstico, tratamento e pesquisa de ponta em saúde”, afirma o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira.

O evento de inauguração acontece a partir das 10h, com transmissão pelo canal da PUCRS no YouTube e pode ser acompanhada neste link.

Neurociência para atender as demandas da população e contribuir com o futuro da saúde

Diferente de outros institutos que existem no País, as pesquisas desenvolvidas no InsCer têm foco no paciente, e a estrutura reúne centro clínico, ambulatório e produção de radiofármacos. É por isso que a ampliação não é apenas uma entrega de estrutura e sim um investimento para resolver problemas centrados nas pessoas, com novas tecnologias, maiores possibilidades de trazer profissionais de pesquisa da área de Medicina e, por fim, prevenir e colaborar para tratamentos que possam salvar vidas. 

A nova estrutura conta com sete laboratórios altamente equipados que foram construídos e representam um avanço para as pesquisas translacionais, com espaços que favorecem a interação entre cientistas. Esses ambientes são dedicados exclusivamente aos estudos pré-clínicos do cérebro. O Centro de Pesquisa e Investigação Clínica, organizado em nove ambientes inclui espaço diferenciado para registros de polissonografia e moderno simulador de exame de ressonância magnética para que o paciente se familiarize com o procedimento.

Novos exames e tecnologia de diagnóstico e reabilitação serão oferecidos à população, como a estimulação magnética transcraniana e as avaliações neuropsicológicas e multidisciplinares. A ampliação da Centro de Imagem Molecular com a aquisição do estado da arte em ressonância magnética permitirá maior precisão diagnóstica e estudos funcionais qualificados oferecidos à comunidade. A síntese e produção de novos radiofármacos voltados às doenças neurodegenerativas e oncológicas vai ser ampliada e intensificada.

A recepção também foi renovada para oferecer maior conforto aos clientes. Um bistrô para alimentação e um moderno auditório com 240 lugares para uso da comunidade científica, acadêmica e da população compõem a estrutura.

InsCer, Instituto do Cérebro

Inauguração da fase II do InsCer marca a primeira entrega das obras no Campus da Saúde da PUCRS

Aumento da produção de radiofármacos para empresas

Com a nova estrutura, o Centro de Produção de Radiofármacos também teve sua capacidade de desenvolvimento ampliada. Agora, todo o processo de produção destas novas substâncias vai ocorrer dentro do InsCer, desde a pesquisa básica para descobrir novos biomarcadores, até a aplicação em pacientes.

Denominado de Pesquisa Translacional, este ciclo vai se dar em uma nova e ampla estrutura, totalmente focada nas pesquisas e no atendimento ao paciente. Os radiofármacos são substâncias utilizadas em doenças neurodegenerativas e oncológicas e têm despertado grande interesse no mundo inteiro em função da expressiva ocorrência na população.

Investimento

A expansão do InsCer custou um total de R$ 66.837 milhões. Destes, R$ 60.154 milhões são advindos de empréstimo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) - o primeiro a ser enquadrado na linha de financiamento Inovação Crítica da Finep, em 2018. A linha é destinada a propostas que expressem a necessidade de desenvolvimento tecnológico para atendimento a prioridades nacionais de interesse estratégico. Os outros R$ 6.683 milhões são contrapartida da PUCRS, o equivalente a 10% do valor total.

Sala de Imersão

Tem lançamento previsto também para o dia 9/11 a Sala de Imersão do InsCer. Um espaço que permitirá a visitantes fazer um tour virtual pelas áreas restritas do Instituto e conhecer mais sobre a história do InsCer por meio de uma timeline interativa.

Além disso, este espaço passa a ser utilizado pelos pesquisadores, que também são professores, para aulas virtuais em um ambiente em que é possível conhecer um pouco mais sobre o InsCer e ainda assim ministrar o conteúdo da disciplina.

O Campus da Saúde d PUCRS

Frente à amplitude que o conceito de longevidade vem ganhando na ciência com o aumento da expectativa de vida em todo o mundo, o Campus da Saúde da PUCRS foi pensado não apenas para promover o viver mais, mas para garantir o viver bem. Um lugar completo para que a população do Rio Grande do Sul e do Brasil alcance a longevidade com saúde e autonomia.

A entrega da ampliação do InsCer faz parte dessa iniciativa que tem formato inédito no País e vai reunir ensino, pesquisa, inovação e assistência às pessoas. O modelo integrado e multidisciplinar foi pensado para atender o movimento de cuidado integral com a vida e promoção da saúde em todos os sentidos, conectando as atuações do Parque Esportivo, do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), do Centro Clínico, do Centro de Reabilitação, do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), das Escolas de Medicina e de Ciências da Saúde e da Vida e de iniciativas de inovação como o BioHub, empreendimento do Tecnopuc que atua na geração de negócios inovadores em ciências da vida.

“É uma mudança de modelo, de paradigma, com integração entre todas as unidades e circulação facilitada”, afirma o diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa. 

O reitor da PUCRS, Irmão Evilázio Teixeira, ressalta que de ponta a ponta, em cada um dos empreendimentos, a intenção da universidade é fazer com que as pessoas despertem para a importância de cuidar da saúde e possam contar com a instituição para aprender a fazer isso e para facilitar estes processos com uma estrutura completa.

“Com a missão de transformar a saúde por meio da inovação, produção e difusão do conhecimento, queremos que seja uma entrega para as pessoas, um espaço que facilite o protagonismo delas no cuidado consigo mesmas e com os outros. Que seja um local de promoção da vida em todas as suas dimensões”, destaca.

Entre os maiores diferenciais deste modelo adotado, o reitor aponta ainda o fato de ser um ambiente de inovação vinculado ao melhor Parque Científico e Tecnológico do País segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), um hospital que é referência nacional em assistência, os cursos de Medicina, Odontologia e Psicologia que estão entre os melhores do Brasil e, especialmente, um corpo clínico, técnico e docente de alta qualidade e comprovada competência. 

 

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InsCer, fase II, Instituto do Cérebro

Projeto da fachada norte do InsCer

Ter como missão o cuidado com a vida, atuando por meio da pesquisa, assistência e inovaçãoEsse é o objetivo do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer)entidade filantrópica que reúne pesquisadores e pesquisadoras para o desenvolvimento de estudos multidisciplinares e soluções na área da neurociência. Localizado no Campus da Saúde da PUCRS, o InsCer inaugura a obra de ampliação no início de novembro, reforçando e expandindo a atuação do Instituto em benefício da sociedade.

Vivemos momentos de despertar e de esperança. Despertar para novos conhecimentos, novas possibilidades e esperança em novas descobertas e em possíveis curas. Queremos levar cada vez mais para a sociedade os nossos estudos e pesquisas. O InsCer se legitima na sua determinação de atender às expectativas de sua comunidade e no comprometimento de buscar o conhecimento e descobertas que aliviem o sofrimento dos pacientes”, destaca o vice-reitor da PUCRS e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa. 

Leia também: Campus da Saúde: a vida no centro de tudo 

Um ambiente de inovação e pesquisas que oferece respostas qualificadas à sociedade

Entre os estudos mais recentes realizados no Instituto está a pesquisa Estresse, trauma e percepção de risco durante e após a pandemia, que busca entender o impacto traumático da pandemia do novo coronavírus na população brasileira. Outra pesquisaliderada pela vice-diretora do Instituto do Cérebro e professora na Escola de Medicina da PUCRSMagda Lahorgue Nunes, está analisando os efeitos do confinamento domiciliar na qualidade do sono de adultos e de seus filhos/as. Os estudos são resultados da força-tarefa multidisciplinar criada pela PUCRS, que conta com a participação do InsCer, na busca de soluções para as diferentes questões que envolvem a Covid-19.

No Instituto do Cérebro do RS também foram desenvolvidas pesquisas como o projeto Superidosos, que estudou o cérebro de idosos acima de 80 anos para descobrir as razões pelas quais algumas pessoas conseguem atingir idades longevas sem ter nenhum comprometimento neurológico; e o estudo sobre Zika Vírus, que acompanhou crianças com microcefalia cujas mães foram infectadas pelo Zika durante a gestação. Todas as pesquisas têm em comum o objetivo primeiro de desenvolver uma base científica em prol da população.

Estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado da PUCRS também podem desenvolver seus projetos de pesquisa nos laboratórios do Instituto do Cérebro dedicados às pesquisas pré-clínica e clínica.

Novas estruturas associam tecnologia e cuidado

A nova estrutura do InsCer conta com modernos equipamentos e melhorias no Centro de Pesquisa e Investigação Clínica e no Centro de Imagem Molecular, duplicando os exames já tradicionais feitos na Instituição.

A recepção foi ampliada e conta com um bistrô de alimentação, além de um auditório moderno para uso da comunidade científica, acadêmica e da população. O Centro de Produção de Radiofármacos também teve sua capacidade de desenvolvimento ampliada e agora todo o processo de produção destas novas substâncias vai ocorrer dentro do InsCer, desde a pesquisa básica para descobrir novos biomarcadores, até a aplicação em pacientes.

No dia 9 de novembro, data em que a PUCRS completa 72 anos, o espaço será inaugurado com a presença da comunidade acadêmica e autoridades. Saiba mais sobre o evento clicando aqui. 

live reitor

Reprodução de vídeo

Reflexões sobre como a educação e a mente humana tiveram impactos devido à Covid-19 foram temas abordados pela reitoria da PUCRS na última quinta-feira, dia 18 de junho. De forma simultânea, no horário das 17h, o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, e o vice-reitor, Jaderson Costa da Costa, puderam contribuir com os seus conhecimentos para as redes sociais. As transmissões contaram com uma grande interatividade do público, que puderam fazer perguntas aos convidados.

A educação pós-pandemia

Pelo Youtube, o reitor da PUCRS esteve na live A educação na pós-pandemia e seus reflexos na sociedade, promovida pelo Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF/RS). Também participaram do evento Rui Vicente Oppemann, reitor da UFRGS, e Luís Isaías Centeno do Amaral, vice-reitor da UFPel, com a mediação de Willam Peres, conselheiro federal suplente pelo Rio Grande do Sul do CRF/RS.

Em uma das suas explanações, o reitor destacou que, com um problema tão complexo, como é a pandemia, não se pode resolver os desafios de uma forma linear, mas sim por meio de um pensamento adaptativo. “O nosso planejamento era para até 2020 e teremos que repensar tudo isso. Esse cenário fez com que se antecipasse o que era para futuro, tornando algo imperativo no presente. Evidentemente, a nossa responsabilidade é buscar, junto com a comunidade, opções viáveis para o futuro”, comentou.

Teixeira salientou também a mobilização e engajamento das equipes da Universidade. “Confesso que fiquei impressionado e contente, que, apesar dessa crise, tivéssemos respostas eficazes e rápidas; além de um aprendizado de novas ferramentas de ensino e interação. Um outro elemento frente à migração que houve é o empenho para manter a motivação e audiência dos nossos alunos, garantindo, ao máximo, o acompanhamento, a qualidade e a excelência”, enfatizou. Esse encontro virtual do CRF/RS pode ser conferido na íntegra neste link.

live vice reitor

O comportamento do cérebro no coronavírus

Por meio do Instagram, o vice-reitor e diretor do Instituto do Cérebro (InsCer) abordou o tema Como o nosso cérebro se comporta em uma pandemia. A live da série Mentes Transformadoras, do Jornal do Comércio, teve como entrevistadora a jornalista Patrícia Knebel.

Questionado pela repórter sobre a rotina ter a sensação dos dias serem iguais, afetando na vida privada e profissional, o vice-reitor comentou que, se não invade o lar, tendo ambientes, reuniões e tempos definidos, a relação com o trabalho será boa. “Quando começa a misturar a vida doméstica, com a profissional, se trabalha mais. Nas reuniões, é preciso cuidar se não está havendo um ruído ou se alguém não passará atrás do vídeo. O desgaste é muito grande, pois é uma atenção periférica. Nesses encontros, a tensão é maior, se fica preso a uma tela, ao som que pode não estar dos melhores. É uma série questões que deixa mais cansativo, interferindo a dinâmica familiar”, analisou.

Sobre o home office, o diretor do InsCer apontou que as novas gerações não sentiram muitas dificuldades pelo fato de estarem acostumadas com as redes sociais e acredita que todos sairão diferentes em relação ao comportamento no trabalho após a pandemia. “Teremos graus diferentes de experiências com o home office. Uns terão amado, outros nem tanto e outros provei e não gostei. É algo mais emocional do que propriamente relacionado a uma tecnologia”, ressaltou. A conversa completa com vice-reitor pode ser assistida neste link.

 

 

sono, covid-19, inscer, instituto do cérebro, insôniaVerificar os impactos do confinamento domiciliar como medida de contenção, em função da pandemia de Covid-19, na qualidade do sono de adultos e de seus filhos, é o principal objetivo do estudo liderado pela vice-diretora do Instituto do Cérebro (InsCer) e professora na Escola de Medicina da PUCRS, Magda Lahorgue Nunes. O estudo faz parte de uma força-tarefa multidisciplinar, da universidade, que reúne mais de 50 profissionais e pesquisadores, de diversas áreas, na busca por soluções envolvendo a pandemia.

É nesse sentido que, o estudo pretende, ainda, levantar dados de georreferenciamento para identificar possíveis efeitos regionais do confinamento domiciliar, bem como a presença de sonolência excessiva diurna e avaliar se, nos casos em que os indivíduos respondentes sinalizarem uma piora da qualidade do sono durante o confinamento domiciliar, se estas são modificações permanentes ou transitórias. Esses dados partem de uma iniciativa mais ampla que pretende, também, estudar o impacto da Covid-19 e da quarentena em aspectos cognitivos e comportamentais das crianças, com especial interesse nas crianças com transtornos do desenvolvimento, durante e após a pandemia.

Participação online e de forma anônima

O grupo, liderado pela vice-diretora do InsCer, é constituído por neurologistas infantis, psiquiatras, psicólogos e educadores e as atividades previstas versam sobre diversos temas, que vão desde pesquisas a nível molecular e de marcadores de estresse, alterações acadêmicas e comportamentais a questões de influência no sono.

Por se tratar se tratar de um estudo de base populacional, o questionário, que avalia os impactos do confinamento domiciliar, devido à pandemia de Covid-19, no sono, foi desenvolvido para que os respondentes pudessem participar de forma online, com anonimato opcional, intentando atingir o maior número de pessoas possível, em todo o Brasil. O questionário está disponível neste link.

Leia também: Sonhando demais ou dormindo de menos? Entenda os efeitos da pandemia no sono

covid,covid-19,covid 19,novo coronavírus,coronavírus,pesquisa,inscer,Instituto do Cérebro,Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul,estresse,ansiedade,depressão,traumaEntender o impacto traumático da pandemia do novo coronavírus é o objetivo principal de uma pesquisa desenvolvida por profissionais da PUCRS. A iniciativa surgiu a partir de integrantes da força-tarefa multidisciplinar criada pela Universidade para buscar soluções para as diferentes questões que envolvem a Covid-19. O professor da Escola de Medicina e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) Rodrigo Grassi de Oliveira é um dos nomes que compõem o grupo de saúde mental da força-tarefa e que está por trás desse estudo. Segundo ele, a ideia é fazer um mapeamento e um monitoramento das questões relacionadas a estresse e trauma na população brasileira durante e após a pandemia.

Grassi explica que o grupo percebeu a necessidade de se realizar uma pesquisa nesse sentido em função das preocupações que o contexto atual pode gerar, como medo da morte, incerteza sobre o futuro e distanciamento social. Conforme o professor, essas questões podem ser muito estressantes e contribuir para o aparecimento ou piora de transtornos metais, principalmente ansiedade e depressão.

Uma das possíveis explicações para um aumento do estresse nesse período pode ser justamente a rápida disseminação das informações associadas à pandemia. Número de casos confirmados, óbitos, modo e taxa de transmissão podem ser facilmente monitorados por todas as pessoas com acesso à televisão ou à internet – além dos problemas socioeconômicos consequentes do distanciamento social. “Essa ampla cobertura da mídia pode influenciar a percepção cognitiva da população em relação à ameaça da doença, levando a uma maior ou menor proliferação de medo. A partir disso, começam a emergir questões importantes acerca dos impactos que a pandemia pode ter na saúde mental”, aponta.

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Pesquisa é respondida de forma online e não exige identificação

Para que a pesquisa possa atingir o maior número possível de pessoas em todo o Brasil, ela foi desenvolvida para que pudesse ser respondida de forma online e anônima – o que exige uma série de cuidados metodológicos. Ao longo de toda a entrevista, são coletadas informações relacionadas a sintomas de estresse, ansiedade e depressão, além de outros dados que, de alguma forma, possam estar afetando as pessoas, como o uso de mídias sociais e o quanto seu uso influencia ou não no estresse.

A ideia é que o questionário permaneça aberto ao longo de todo o período da pandemia e também no pós-pandêmico. Outro ponto relevante é que a mesma pessoa pode responder a pesquisa quantas vezes quiser, ao longo dos diferentes meses – lembrando sempre de sinalizar, no começo, que já respondeu às perguntas antes. Para se ter esse controle, cada pessoa tem um identificador (CEP e últimos quatro dígitos do celular, únicas informações solicitadas aos participantes).”Assim, teremos como saber quantas vezes alguém respondeu a pesquisa. Além de fazer esse mapeamento transversal, conseguiremos ter diferentes fotografias da população brasileira ao longo do ano”, pontua Grassi.

A meta é que pelo menos 9 mil pessoas respondam à pesquisa nessa primeira onda de coletas e, se possível, que voltem a responder nos próximos meses. “É um desafio a gente conseguir isso. Estamos pedindo para todo participante que nos siga nas redes sociais, pois será lá que faremos o anúncio público da segunda onda de coletas. Mesmo que essas pessoas não voltem a responder, tendo 9 mil respondendo agora, 9 mil daqui a três meses e mais 9 mil daqui a seis meses, a gente consegue generalizar estatisticamente esse diagnóstico do mapeamento de sintomas estressantes e traumáticos”, destaca.

Participantes recebem feedback e orientações em caso de estresse

Ao fim da pesquisa, os participantes têm acesso a um feedback baseado nas suas respostas. Aqueles que manifestaram estar sofrendo com a pandemia recebem orientações sobre como podem buscar ajuda. Se alguém expressar algum tipo de pensamento relacionado à morte ou a suicídio, automaticamente a pesquisa abre uma tela, instrui essa pessoa a ligar para o Centro e Valorização da Vida (CVV) e explica que há como essa pessoa ser ajudada, que o serviço não tem custo. “Tivemos uma preocupação com a pessoa que está respondendo a pesquisa, de forma que ela também seja psicoeducada por onde buscar ajuda”, completa Grassi.

O professor destaca que qualquer intervenção de saúde precisa ter base científica e que, como essa pandemia se desenvolveu de forma veloz, é preciso ser igualmente rápido para gerar bases de dados científicos e, a partir deles, estruturar políticas de intervenção, principalmente de saúde pública. “Investigar trauma ou estresse é importante porque a gente sabe que quanto mais cedo for a intervenção, melhor do ponto de vista de não deixar um adoecimento efetivamente se estabelecer”, reforça.

Outro ponto importante em relação a esse mapeamento é o fato de um aumento do adoecimento mental, em especial da depressão, gerar também questões econômicas importantes: “Uma das maiores causas de afastamento do trabalho é doença mental. Se a gente espera que, após esse período de recessão, o número de doenças mentais aumente, também tem que ficar preparado para tentar prevenir ou contornar essa situação, porque esse eco pós pandemia continuará corroendo a estrutura econômica”.

Ciência que é feita por todos

Grassi relata que o momento atual também é difícil para a ciência, uma vez que cada um está em sua casa e que uma série de materiais de pesquisa não estão podendo ser utilizados nesse momento. Por isso, chama a atenção para a importância de que as pessoas entendam que a ciência não é feita só pelo cientista: “Quem se voluntariar e dedicar de 10 a 15 minutos do seu dia respondendo essa pesquisa, vai estar ajudando a produzir ciência de qualidade no País. E isso é importante para mostrar como está sendo essa experiência de pandemia para o Brasil. A gente precisa medir, mensurar, registrar. É isso que um cientista faz”.

Além de Grassi, integram a equipe de desenvolvimento da pesquisa o vice-reitor da PUCRS e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Carla Bonan; os professores da Escola de Ciências da Saúde e da VidaChristian Kristensen e Thiago Viola (também professor da Escola de Medicina); e o professor da Escola Politécnica Felipe Meneguzzi, além do pós-doutorando Bruno Kluwe-Schiavon, bolsista do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt) na modalidade Jovem Talento com Experiência no Exterior, e do aluno de Doutorado em Psicologia Lucas Bandinelli.

A pesquisa está disponível neste link.

Gerontologia biomédica, idosos, IGG

Foto: Bruno Todeschini

O Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (Inscer) seleciona pessoas com 65 anos ou mais para participar de forma voluntária de um estudo sobre os mecanismos da memória. A pesquisa é realizada em três etapas: primeiro, a equipe do Inscer entra em contato por telefone e faz perguntas gerais sobre a saúde. Após, é realizada uma avaliação cognitiva individual no Instituto. Por último, alguns participantes são selecionados para os exames de imagem. Para participar, é preciso entrar em contato pelo e-mail [email protected].

Iniciativa busca diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer

A pesquisa busca achar uma relação entre os exames de imagem e algumas substâncias do sangue que possam auxiliar no diagnóstico e detectar precocemente a Doença de Alzheimer. O foco principal é em algumas proteínas que se depositam no cérebro, já que alguns estudos sugerem que essas proteínas podem ser encontradas no sangue.

“Num cenário otimista, um exame de sangue poderia ter um valor diagnóstico tão bom quanto um exame de PET, mas com um custo acessível ao sistema de saúde brasileiro”, afirma o pesquisador do Inscer, Wyllians Borelli. Ele lembra que esse estudo é um dos únicos no Brasil envolvendo diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer, antes mesmo de aparecerem os sintomas de esquecimento: “assim, poderemos usar essa janela terapêutica para evitar que a doença avance”.

Visita as obras do Instituto do Cérebro, Eduardo Leite, governador

No térreo, a maquete da projeção do prédio / Foto: Bruno Todeschini

“O Rio Grande do Sul é um estado de gente empreendedora e aqui, na PUCRS, pode se ver isso a partir do Instituto do Cérebro, com toda essa capacidade empreendedora e de inovação numa área que o estado se destaca, a da saúde. Neste Instituto, temos pesquisas para melhorar a vida das pessoas, principalmente nas questões neurológicas”. Esta foi a mensagem transmitida pelo Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, após visita às obras da fase dois do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), ocorrida na manhã desta sexta-feira, dia 20 de dezembro. A triplicação do Instituto é a primeira obra do Campus da Saúde da PUCRS.

O encontro também contou com as presenças do vice-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Luiz Corrêa Noronha; além do reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira; o vice-reitor e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa; pró-reitores, demais representantes da reitoria e do Hospital São Lucas, professores e pesquisadores da PUCRS.

Em relação ao encontro, o diretor do InsCer definiu como muito rico, pois o governador mostra-se atento a assuntos relacionados à inovação e à saúde. Também enfatizou a presença do vice-presidente do BRDE, entidade que contribuiu significativamente na captação de recursos. “Chamou a atenção de ambos que somos um núcleo de excelência, um catalizador para outras ações. A nossa expertise pode se propagar em outras iniciativas no Estado, um efeito multiplicador”, comentou.

Visita as obras do Instituto do Cérebro, Eduardo Leite, governador

Segundo andar do InsCer / Foto: Bruno Todeschini

Na visita foi apresentado o andar térreo (local aonde ficarão os espaços de acolhimento, bistrô e auditório), no qual estão uma maquete e painéis com projeções da ampliação do prédio. Os visitantes também tiveram acesso ao segundo pavimento, ambiente que, futuramente, abrigará as salas de ressonância, atendimento e administração. Além desses andares, o prédio possui o terceiro pavimento, espaço para pesquisas e laboratórios.

A inauguração da nova estrutura do InsCer está prevista para o início do segundo semestre de 2020. Sobre o andamento das obras, a parte estrutural está em fase final. “Em breve, iniciaremos todas as instalações, que são: hidráulicas, elétricas, alvenaria, entre outras”, complementou o gerente de infraestrutura da PUCRS, Hélio Giaretta.

A fase dois do InsCer

Com investimento do programa Inovação Crítica, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Universidade, o anúncio das obras foi realizado em novembro de 2018, durante as comemorações dos 70 anos da PUCRS. Referência em neurociência no Brasil e no exterior, o InsCer receberá mais espaço para pesquisas e projetos na área.

O Instituto vai triplicar de área física, passando dos atuais 2,5 mil metros quadrados para 9,3 mil metros quadrados. Essa obra permite duplicar o número de pacientes atendidos, de 1,2 mil ao mês para 2,5 mil, e aumentar o número atual de 73 funcionários.

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