No dia 24 de agosto, segunda-feira, às 21h, o Instituto de Cultura promove um bate-papo com o cantor e compositor Vitor Ramil sobre a obra de Jorge Luis Borges (1899-1986), escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta. A conversa é transmitida no perfil PUCRS Cultura no Facebook e no Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior.

O evento faz parte da série Ato Criativo. Nessa edição a conversa será mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, que conversa com Vitor Ramil sobre sua relação criativa com a obra do escritor argentino. Além disso, Vitor vai cantar poemas de Jorge Luis Borges e conversar sobre o processo de musicar sua obra.

O quê? Ato Criativo com Vitor Ramil e a poesia de Jorge Luis Borges

Quando? 24 de agosto

Que horas? às 21h

Onde? Canal da PUCRS no YouTube e perfil PUCRS Cultura no Facebook

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Não é preciso ser um profissional para apreciar a fotografia / Foto: Julia M. Cameron/Pexels

Documento, registro histórico, arte ou mesmo uma maneira de voltar no tempo e relembrar boas memória. A fotografia é multifacetada e, para apreciá-la, não é preciso ser um profissional da área. Com as câmeras dos smartphones, que se desenvolvem a cada novo modelo, fica mais fácil se animar com a ideia de fazer alguns cliques – seja para compartilhar em alguma rede social ou guardar de recordação.

Nesse 19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia, reunimos algumas orientações sobre como construir um bom registro apenas com o celular. As dicas são do artista visual e fotógrafo Maciel Goelzer e você pode conferir o vídeo completo no IGTV do Instituto de Cultura da PUCRS.

Iluminação

Esse é um ponto essencial para se pensar em uma boa fotografia. Para um registro suave e delicado, a luz de janela é uma boa opção. Com uma luz mais forte e direta, é possível fazer uma foto contrastada e com recortes.

Para utilizar a iluminação da forma correta, é interessante prestar atenção na função da fotometragem, que faz com que o celular leia e registre a incidência de luz em um ponto específico. “Se quisermos fazer uma fotografia em que a pessoa está no sol, devemos fotometrar pela parte onde o sol está incidindo. Automaticamente, o celular irá entender que esse ponto precisa estar bem exposto”, explica Goelzer.

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Uma boa luz e um enquadramento que dê conta do que se quer contar fazem a diferença / Foto: Pexels

Assim, é possível evitar que uma foto fique “estourada”, por exemplo, com pontos muito mais claros do que outros. Para fazer essa fotometragem, basta tocar com o dedo em cima do ponto de luz.

Enquadramento

Para uma fotografia harmoniosa, é necessário um bom enquadramento – e isso significa enquadrar exatamente o que se quer contar com a imagem. Nesse período de quarentena, Goelzer sugere fazer registros dos familiares em casa ou mesmo construir uma espécie de diário, utilizando esse recurso para contar uma história e construir lembranças.

“A fotografia vai longe de regras e de normativas. Ela é uma lembrança que a gente vai abraçar.” Maciel Goelzer 

Concurso estimula a observação sobre o ambiente cotidiano

O concurso fotográfico Olhar da Casa, promovido pelo Instituto de Cultura, tem como objetivo promover a criatividade nesse período de distanciamento social. A iniciativa propõe a exploração da casa em sua totalidade, incluindo lugares, móveis, objetos, pessoas e animais que habitam. Podem participar estudantes de graduação e pós-graduação, e as inscrições seguem até 31 de agosto. Clique aqui para saber mais.

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Atriz Denise Fraga / Crédito: João Caldas Filho

Nesta sexta-feira, 14 de agosto, às 21h, o Instituto de Cultura promove um bate-papo com a atriz Denise Fraga em homenagem a Bertolt Brecht (1898-1956), destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão, cuja obra contribuiu profundamente para o teatro contemporâneo, revolucionando a teoria e a prática dramatúrgica. A conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior.

O evento faz parte da série Ato Criativo, que tem como objetivo aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de bate-papo com artistas. Nessa edição, a conversa será mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, que conversa com Denise Fraga acerca de sua relação com a obra de Bertolt Brecht. Na conversa, a atriz faz a leitura de textos do autor e aborda sua experiência de montagem de peças do dramaturgo alemão, como Alma Boa de Setsuan Galileu Galilei. 

Sobre a artista

Denise Fraga é atriz, autora de dois livros e produtora de teatro, televisão e cinema. Entre os espetáculos teatrais em que atuou, destacam-se A Visita da Velha SenhoraGalileu GalileiChorinho, Sem PensarA Alma Boa de SetsuanA Quarta Estação e Trair e Coçar é só Começar. Na televisão, desenvolveu diversos programas para o Fantástico na TV Globo, entre eles o quadro Retrato Falado, no ar por 8 anos. Além disso, atuou em novelas, programas humorísticos e minisséries. Seus últimos trabalhos nessa linguagem foram os seriados Teresas, no GNT, A Mulher do Prefeito, na TV Globo, e uma participação especial na novela A Lei do Amor, na TV Globo. No cinema, atuou em mais de 12 longas-metragens, entre eles: Por Trás do PanoAs Melhores Coisas do Mundo e Hoje. Em todas as linguagens, conquistou importantes prêmios nacionais e internacionais, como Grande Prêmio Brasil, Festival de Cinema de Gramado, Prêmio APCA, Festival Internacional de Cinema Latino Americano de Havana e o Kandango no Festival de Cinema de Brasília. Com sua NIA Teatro, têm construído uma trajetória reconhecida nas artes cênicas, especialmente em montagens populares de textos clássicos. Seus espetáculos, desde 2008, já foram vistos por quase 1 milhão de pessoas em todas as regiões do país. Atualmente, é colunista da Revista Crescer e vive seu primeiro espetáculo solo, Eu de Você.

Sobre o mediador:

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade” e é membro do “Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).

A série de lives musicais No Meu Canto, que apresentou diversos artistas do Rio Grande do Sul e do Brasil todas as quintas-feiras do primeiro semestre do ano, retorna no segundo semestre com mais uma edição especial para estudantes da Universidade. O evento ocorre no dia 27 de agosto, às 18h, pelo Instagram @pucrscultura e as inscrições para participar dessa live vão até o dia 21 de agosto.

Confira o regulamento para participação: 

Estão abertas as inscrições para o concurso de fotografia Olhar da Casa. Por meio desse concurso, o Instituto de Cultura da PUCRS busca promover a criatividade no período de distanciamento social e a sensibilização do olhar sobre a casa, voltando a atenção dos participantes para esse espaço que, muitas vezes, por força do hábito, passa despercebido no nosso cotidiano. Nesse sentido, o concurso propõe a exploração da casa em sua totalidade, abrangendo tudo aquilo que a compõe: lugares, móveis, objetos, pessoas e animais que a habitam, ações e gestos realizados em sua interioridade.

O concurso se destina exclusivamente para estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação ou pós-graduação, presenciais ou on-line, da PUCRS. Cada participante tem a possibilidade de enviar até três fotografias para apenas uma das categorias do concurso: Natureza morta, Retrato, Paisagens da casa. Em conformidade com as políticas de prevenção ao Covid-19, as imagens devem ser produzidas no local em que a candidata ou o candidato estejam passando pelo período de distanciamento social.

O anúncio dos finalistas e vencedores/as acontece no dia 15 de setembro, e o primeiro/a colocado/a de cada categoria será premiado/a com uma câmera instantânea Fujifilm Instax Mini 9, com bolsa e filme de 10 poses.

Sobre as categorias

As fotografias inscritas devem se enquadrar em uma das três categorias do concurso:

Natureza morta: fotografia de composição com qualquer objeto ou conjunto de objetos inanimados colocados em um contexto que conte uma história ou transmita uma emoção.

Retrato: fotografias que mostrem pelo menos uma pessoa e/ou animal, com o propósito de apresentar uma “persona”, um comportamento, um sentimento, um estado do ser em um momento.

Paisagens da casa: fotografia de espaços internos e suas extensões, tais como jardins, sacadas ou vista de janelas. Ao invés de focar em um objeto ou pessoa específica, as fotografias inscritas nessa categoria devem capturar o ambiente em que o/a fotógrafo/a se encontra de forma panorâmica.

Para participar, confira aqui  o regulamento completo do concurso.

Cronograma do Concurso:

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Um dos maiores atores da cultura brasileira, Ariclenes Venâncio Martins, conhecido como Lima Duarte, será o homenageado com a entrega do Mérito Cultural PUCRS no dia 19 de agosto às 20h em cerimônia online pelo canal da Universidade no YouTube. Na ocasião, o artista também fará a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira.

A honraria Mérito Cultura PUCRS simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. O homenageado é alguém que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Universidade em um polo cultural e já premiou, em 2018, a atriz Fernanda Montenegro que, na oportunidade, apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo, e, em 2019, a cantora Maria Bethânia, que marcou sua volta aos palcos no espetáculo Claros Breus, que teve apresentação única no Rio Grande do Sul, no Salão de Atos Irmão Norberto Rauch, na PUCRS.

Ariclenes Venâncio Martins, nascido num povoado chamado Nossa Senhora da Purificação do Desemboque e do Sagrado Sacramento (MG), filho de um boiadeiro e de uma artista de circo, sempre manteve um pé na roça e outro no mundo cosmopolita. De Zeca Diabo a Sinhozinho Malta, Lima Duarte trouxe à teledramaturgia nacional um grande personagem: o brasileiro comum.

Com a mesma naturalidade, foi o empresário Salviano Lisboa, de Pecado Capital, e o elegante Dom Lázaro Venturini, de Meu bem, meu mal (1981). Das classes abastadas aos estratos mais humildes, sua galeria de personagens revela uma profunda dimensão humana. A doçura de Sassá Mutema, em O salvador da pátria (1989), foi capaz de parar o Brasil a cada episódio. Numa determinada ocasião, ao ser comparado a Charles Chaplin e Marlon Brando, Lima Duarte definiu em uma frase seu projeto artístico: “Somos todos atores de um papel só. O meu é o brasileiro”.

Entretanto, essa profunda identificação não impossibilitou que o ator representasse um indiano em Caminho das Índias (2009) ou um turco em Belíssima (2005). Segundo o próprio ator, ao ser perguntando sobre os seus múltiplos papéis, sua vida foi marcada pelo constante encontro de mundos antagônicos: “O que muito me honra e engrandece é o fato de ser, na elite dos atores brasileiros, o único de formação rural, um caboclo que virou ator. E todo o meu esforço tem sido no sentido de servir minha gente, de não envergonhá-la e de dizer, a cada personagem: ‘Olha! Eu sou um de vocês!’ Mesmo tendo sido Hamlet, Padre Antônio Vieira, Macbeth, Otelo… Tudo caboclo, como eu!”.

A carreira de Lima Duarte é uma travessia de coragem, bravura e dedicação. Em 1946, chega a São Paulo, depois de duas semanas numa boleia de caminhão de frutas. Na capital paulistana, passa a viver de pequenos bicos, inclusive como carregador na feira. Ao tentar uma vaga na rádio, é humilhado e chamado de “voz de sovaco”, devido ao seu timbre.  Apesar desse revés na Rádio Tupi, consegue uma vaga de aprendiz de sonoplasta. Logo depois seria convidado por Oduvaldo Vianna a assumir um papel na radionovela Rádio Romance Royal Briar. Na histórica primeira transmissão da TV Tupi, em 1950, Lima Duarte estava ao lado de Assis Chateaubriand e Lolita Rodrigues.

Em 1951, fez parte do elenco de Sua vida me pertence, a novela em que um galã, Walter Forster, beijou a mocinha, Vida Alves, pela primeira vez no vídeo. Depois participou da novela O Rouxinol da Galileia (1968), O drama dos humildes (1964) e Os irmãos corsos (1966), entre outras.  Lima Duarte, ainda na Tupi, dirigiu Beto Rockfeller em 1968. Convidado pela Globo, consagra-se como um ator definitivo numa impactante sucessão de personagens. Lima Duarte também atuou na peça Arena contra Zumbi, de Augusto Boal, que evidenciou um dos momentos marcantes na cultura brasileira nos anos de resistência ao golpe militar.

Hoje, no ano em que a TV brasileira completa 70 anos, Lima Duarte converteu-se num verdadeiro fundador e desbravador desse veículo de comunicação que transformou a sociedade contemporânea. Falar em Lima Duarte é falar em TV Brasileira, em teatro brasileiro, em cinema brasileiro, em cultura brasileira. Sua história se confunde com a história de todos nós.

Série Ato Criativo recebe Lázaro Ramos e Conceição Evaristo - Live falará sobre o fazer artístico e a trajetória dos convidados, com a mediação de Daniel Quadros e Ricardo Barberena

Conceição Evaristo e Lázaro Ramos / Foto: Camila Cunha

A série Ato Criativo receberá a escritora Conceição Evaristo e o ator Lázaro Ramos para uma conversa sobre arte, cultura e as obras ao longo de suas carreiras no dia 28 de julho, terça-feira, às 21h. O evento será mediado pelo jornalista Daniel Quadros e por Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura e professor da Escola de Humanidades da PUCRS. O bate papo será transmitido pelo Canal da PUCRS no Youtube e pela página do PUCRS Cultura no Facebook.

O Ato Criativo se propõe a aproximar o público de personalidades e criadores de diferentes áreas da cultura, proporcionando espaços de bate-papos e trocas com artistas. Nesta edição, os convidados falarão sobre suas trajetórias profissionais, projetos e criações recentes, compartilhando as particularidades de seus processos criativos.

Sobre os convidados

Lázaro Ramos é ator, apresentador, cineasta e escritor. Iniciou sua carreira artística em 1994 ao entrar para o Bando de Teatro Olodum. De 1998 a 2002, foi âncora do Fantástico. Ganhou notoriedade no cinema ao interpretar João Francisco dos Santos no filme Madame Satã (2002). Atuou em diversos espetáculos teatrais, filmes e novelas, ganhando prêmios e atingindo extenso reconhecimento por sua carreira. É autor dos livros Paparutas (2000), A Velha Sentada (2010), O Caderno de Rimas do João (2014), O Coelho Que Queria Mais (2017), Na Minha Pele (2017) e Sinto O Que Sinto: e a incrível história de Asta e Jaser (2019).

Conceição Evaristo nasceu em Belo Horizonte (MG), no ano de 1946. É romancista, contista e poeta. Ganhadora dos prêmios Jabuti de Literatura (2015); Faz a Diferença, na categoria Prosa (2017); e Cláudia, na categoria Cultura (2017). É mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro (1996) e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (2011). Estreou na literatura em 1990, publicando seus contos e poemas na série Cadernos Negros. É autora dos livros Ponciá Vicêncio (2003), Becos da Memória (2006), Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), Olhos D’água (2014), Histórias de leves enganos e parecenças (2016) e Poemas da recordação e outros movimentos (2017).  Atualmente, leciona na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) como professora visitante.

Sobre os mediadores

Série Ato Criativo recebe Lázaro Ramos e Conceição Evaristo - Live falará sobre o fazer artístico e a trajetória dos convidados, com a mediação de Daniel Quadros e Ricardo Barberena

Série Ato Criativo recebe Conceição Evaristo e Lázaro Ramos. Mediação de Daniel Quadros e Ricardo Barberena

Daniel Quadros é jornalista gaúcho graduado e estudante de Escrita Criativa pela PUCRS. Além disso, é ativista do movimento negro e LGBTQIA+, com participações em diversos projetos. Trabalha com os temas de inovação, ciência, tecnologia, responsabilidade social, educação, diversidade e inclusão. Atualmente faz parte da equipe da Assessoria de Comunicação e Marketing da PUCRS (Ascom) e do projeto AfrotechBR.

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do Delfos/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).

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Reprodução

O projeto Ensaios de Morar, promovido pelo Instituto de Cultura da PUCRS e o Projeto Concha, apresenta as duas últimas criações em música e vídeo de poemas de Ana Martins Marques concebida pelas artistas Thays Prado e Saskia. Publicados nos dias 7 e 9 de julho, pelos canais dos realizadores do projeto, os vídeos encerram a série de publicações semanais que vem ocorrendo desde o mês de maio.

A cantora Thays Prado é uma das idealizadoras do projeto Cantautoras, que pesquisa a autoria feminina na música popular latina e brasileira. Além disso, foi integrante, por dois anos, do coletivo As Tubas. Em 2020, lança seu primeiro single, Vals de losAbuelos, que contará com um clipe e que é uma homenagem aos seus avós uruguaios.

O poema musicado em vídeo criado pela compositora, produtora e DJ Saskia usa samples, beats, instrumentos e pedais para cantar sobre experiências pessoas e coletivas. Já lançou suas faixas pelos selos Raio X, Hérnia de Discos e NoN Worldwide. Seu primeiro álbum de estúdio Pq, foi lançado em 2019 pela QTV e tem coprodução de Mateus Tabu e Renato Godoy. Integra os coletivos de artistas negros Turmalina e Coletividade Namíbia, o selo de música futurista Zona Exp e é residente da festa Vorlat.

O projeto, em sua totalidade, apresenta a experiência de “morar” através de diferentes olhares, atravessados pela sensibilidade artística. Todas as produções partem de poemas de Ana Martins Marques que, segundo a curadora do projeto, Alice Castiel, “trazem a temática da casa, das miudezas internas, dos móveis banais, das emoções territoriais”.

Ainda no mês de julho, ocorre o lançamento de um site desenvolvido especialmente para o projeto, com artes criadas por Clara Trevisan. A plataforma vai reunir os poemas escritos por Ana Martins Marques com os vídeos produzidos pelas artistas, acrescidos de texto introdutório escrito por Alice Castiel, curadora do projeto, e um ensaio da escritora, poeta e professora de Escrita Criativa na PUCRS Moema Vilela. A construção do site vem da intenção de montar uma espécie de livro virtual que reúna todas as artes e artistas envolvidas. Confira os poemas dessa semana:

EmComo Se Fosse a Casa (Relicário Edições)
por Thays Prado 

Esse prédio foi pensado para pessoas  
Como um projeto 
Mulheres-mapas, homens com um plano  
De voo  
Capazes de abrir a porta com uma  
Palavra chave  
Esse prédio só poderia existir  
Na ausência do mar 
Apenas ficar aqui  
Por força ficar aqui  
Até que a palavra morar  
Faça sentido 

Poema A vida submarina (Editora Scriptum)
por Saskia

Dão voltas e voltas os navios
Que não tem mais por que partir:
Não há mais continentes por conquistar.
Velas, bússolas, mapas
Restam também
Sem utilidade:
Nenhuma direção é nova
Ou desconhecida,
Até a dor encontrou sua medida.

As artistas participantes do Ensaio de Morar:

Foto: Fernando Laszlo

Foto: Fernando Laszlo

Devido à disseminação do coronavírus, seguindo as recomendações dos órgãos oficiais de saúde e do poder público, em comum acordo com a produção do artista, o show do cantor Arnaldo Antunes foi transferido para o dia 18 de março de 2021, quinta-feira, às 21h, no Salão de Atos da PUCRS. A realização é do Instituto de Cultura da PUCRS, com produção local de Kauidea Produções Artísticas, com apoio de Piperita Sabores Selecionados e Bar do Beto.

Os ingressos comprados para as apresentações marcadas para 26 de março e 18 de agosto de 2020 valerão para a nova data. Caso o cliente decida pela devolução dos ingressos, essa se dará da seguinte forma:

Ingressos adquiridos na PUCRS Store 

Ingressos adquiridos pelos canais Uhuu

Prazos de Reembolso:

 *Conforme regras da sua administradora de cartão, para compras realizadas acima de 90 dias, a Uhuu poderá, em alguns casos, solicitar os seus dados bancários para depósito. 

O Real Resiste, o show

O cantor e compositor Arnaldo Antunes mostra o seu novo disco em uma nova configuração, com a qual nunca se apresentou. Acompanhado ao piano por André Lima, com cenário e projeções de Marcia Xavier, no show, Arnaldo vai intercalar canções de seu novo disco, O Real Resiste, com outras de várias fases de sua carreira, como Debaixo Dágua, Lua Vermelha, Socorro, Vilarejo, O Seu Olhar, Contato Imediato, entre outras, com poemas falados, entoados, sussurrados, filtrados por efeitos.

“Resolvi trazer um pouco do trabalho que apresento em minhas performances de poesia para o show, intercalando canções e poemas; fazendo uma ponte mais explícita entre essas duas frentes de minha produção, nessa formação mínima (voz e piano)”, destaca o cantor. O show terá interpretação simultânea na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os ingressos podem ser adquiridos pelo site uhuu.com.

O novo álbum de Arnaldo Antunes

Assim como o anterior, o RSTUVXZ (2018), o seu novo álbum, O Real Resiste (2020), foi gravado no sítio-estúdio Canto da Coruja, no interior de São Paulo, entre árvores, banhos de lago, cavalos, cachorros, crianças e galinhas. Arranjado com a mesma formação em todas as suas dez faixas (Cézar Mendes, no violão de nylon; Daniel Jobim no piano; Dadi, na guitarra, baixo, violões de 12 cordas e de nylon, slides e bandolim; Chico Salem, na guitarra, banjo e violões de aço e nylon), o disco apresenta uma sonoridade mais uniforme, tecida apenas com piano e instrumentos de cordas (sem bateria, percussão ou programações).

Gravado com os músicos tocando quase sempre juntos, buscando uma identidade original a partir desses poucos elementos, O Real Resiste se diferencia dos últimos trabalhos de Arnaldo, que variavam diferentes gêneros e formações instrumentais em suas faixas. A sonoridade do disco remete a sua fase mais intimista e concentrada nas canções, que resultou em Qualquer (2006) e na turnê registrada em Ao Vivo no Estúdio (2007). Nas palavras de Arnaldo: “Depois de um álbum (RSTUVXZ) em que alternava rocks e sambas, com seus pesos rítmicos característicos, tive vontade de me voltar mais para as canções, num registro sereno, com poucos elementos, mais próximo da maneira como foram compostas ao violão, acentuando as relações entre letra e melodia, saboreando mais as sílabas”.

 

Nesta semana, o projeto Ensaios de Morar, promovido pelo Instituto de Cultura da PUCRS e o Projeto Concha, apresenta as criações em música e vídeo de poemas de Ana Martins Marques concebidas pelas artistas Thayan Martins e Bel Medula. Publicados, respectivamente, nos dias 23 e 25 de junho pelos canais dos realizadores do projeto, os vídeos dão continuidade à série de publicações semanais que ocorre até o dia 7 de julho.

O primeiro vídeo da semana, lançado na terça-feira, é de Thayan Martins, percussionista, compositora e pandeirista oficial do grupo Três Marias, de Pamela Amaro e do Cachaça de Rolha. É atuante na cena de samba, choro e música popular, nas rodas e shows, já tendo acompanhado e dividido o palco com grandes músicos e artistas. Já o vídeo da quinta-feira é de Bel Medula (Isabel Nogueira), compositora, performer, produtora musical e musicóloga. É doutora em Musicologia pela Universidade Autônoma de Madri e professora da UFRGS, onde coordena o Grupo de Pesquisa Sônicas: Gênero, Corpo e Música. Em 2019, foi orientadora da residência artística para mulheres do Projeto Concha/Natura Musical.

Os poemas de Ana Martins que servem como ponto de partida para as produções artísticas do projeto trazem em seus versos a vivência da casa. O resultado das criações, com música e vídeo, leva a uma nova percepção do ato de “morar”, através de uma incursão sensível por esse espaço cotidiano. Confira os poemas dessa semana:

Em Da Arte das Armadilhas (Editora Companhia das Letras)

Por Thayan Martins

Dentro do armário  
Do seu quarto de dormir  
Se você sai 
E deixa o armário aberto  
Durante todo o dia  
O espelho reflete  
Um pedaço da sua cama  
Desfeita.  
Se você sai  
E deixa a porta fechada  
Durante todo o dia  
O espelho reflete o escuro  
Do seu armário de roupas,  
A luz contida dos vidros  
De perfume  
Do outro lado do poema  
Não há nada.

Em O Livro das Semelhanças (Editora Companhia das Letras)

Por Bel Medula

Podemos atear fogo  
À memoria da casa  
Desaprender um idioma  
Palavra por palavra  
Podemos esquecer uma cidade  
Suas ruas pontes armarinhos  
Armazéns guindastes teleféricos  
E se ela tiver um rio  
Podemos esquecer o rio  
Mesmo contra a correnteza  
Mas não podemos proteger com o corpo  
Um outro corpo do envelhecimento  
Lançando-nos sobre a lembrança dele. 

Ao final da publicação dos 14 poemas audiovisuais, no início de julho, ocorre o lançamento de um site desenvolvido especialmente para o projeto, com artes criadas por Clara Trevisan. A plataforma vai reunir os poemas escritos por Ana Martins Marques com os vídeos produzidos pelas artistas, acrescidos de um ensaio da escritora, poeta e professora de Escrita Criativa na PUCRS Moema Vilela. A construção do site vem da intenção de montar uma espécie de livro virtual que reúna todas as artes e artistas envolvidas.

As artistas participantes do Ensaio de Morar: