coalizão pelo impacto

Lançamento oficial da iniciativa em Porto Alegre ocorreu no Tecnopuc / Foto: Divulgação/Tecnopuc

Com o objetivo de potencializar o trabalho de organizações que estimulam o desenvolvimento de negócios de impacto social, a iniciativa Coalizão pelo Impacto apoiará incubadoras, aceleradoras, parques tecnológicos, hubs de negócios e instituições de ensino superior de todo Brasil. O projeto, lançado oficialmente em Porto Alegre no dia 11 de julho, tem entre as entidades contempladas o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A iniciativa é correalizada pelo Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), Instituto Helda Gerdau, Instituto humanize e Somos Um, além de contar com a parceria estratégica da Cosan, Fundação FEAC, Fundação Grupo Boticário, Instituto Sabin e Raia Drogasil.

A Coalizão pelo Impacto tem como meta apoiar cerca de 600 negócios que tenham produtos e serviços voltados para a solução de problemas socioambientais. A proposta é que até 2026 a iniciativa aporte 29 milhões de reais para potencializar os negócios selecionados. Para alcançar a meta, a ação conta com a parceria de instituições e ecossistemas de cidades das cinco regiões do Brasil. Além de Porto Alegre, que conta com o Tecnopuc, Brasília, Fortaleza, Belém, Campinas e Paranaguá também fazem parte do projeto.

De acordo com Célia Cruz, diretora executiva do ICE, a iniciativa nasce pela percepção do crescimento nacional dos ecossistemas de investimentos de negócios de impacto. Apesar disso, a diretora ressalta a falta de ecossistemas bem estruturados para apoiar esses negócios de impacto.

“A Coalizão vai buscar desenvolver seis ecossistemas no Brasil todo, dois na região sul, sendo Porto Alegre a cidade de referência. O valor de 29 milhões de reais é para realizar doações que serão feitas para equipe do Programa e para os dinamizadores do ecossistema envolvido, que são essas organizações que vão apoiar aquele empreendedor que queira empreender em negócios que nascem para resolver problemas sociais. A ideia é que ao final se tenha ecossistemas bem fortalecidos nessas cidades das cinco regiões, que se tenha mais capital, mais empreendedores e mais dinamizadores com marco regulatório melhor para que esses empreendedores possam desenvolver todo o potencial para melhorar o Brasil, por meio de produtos e serviços que resolvam esses problemas sociais”, explica.

coalizão pelo impacto tecnopuc

Foto: Divulgação/Tecnopuc

Estímulo ao ecossistema de inovação em Porto Alegre

Os negócios de impacto buscados pela iniciativa são modelos que possibilitam a resolução de problemas sociais e ambientais. O objetivo é que o projeto complemente as políticas públicas, as ações do terceiro setor e as organizações sem fins lucrativos que realizam serviços públicos. O desenvolvimento desses negócios exige diferentes tipos de apoio, como técnico e financeiro, até que alcancem um modelo economicamente sustentável e entreguem impactos positivos mensuráveis.

Para Fernanda Bombardi, gerente executiva do ICE e coordenadora da Coalizão, o ecossistema empreendedor de inovação de Porto Alegre é uma das referências do País, com a atuação de organizações locais já estruturadas.

“Já chegamos a um grau de maturidade e mobilização dos atores locais muito relevante e maduro, o que traz um ambiente fértil para a inclusão da agenda de investimento de negócios de impacto. Todas as ações que pretendemos fazer são estratégicas e potencializam a atuação da Coalizão em Porto Alegre. Vemos como uma cidade em que o projeto vai decolar e trazer resultados muito relevantes e que podem inspirar outras cidades e regiões do Brasil”, ressalta a gerente executiva do ICE.

No dia 11, além do lançamento da Coalizão, também ocorreu a inauguração da sala destinada à iniciativa. Ao longo da semana, a equipe de coordenação também visitou as instalações do Tecnopuc, como o Impact Plus, além dos ambientes de inovação de Porto Alegre, como o Tecnosinos, o Parque Científico e Tecnológico da UFRGS (Zenit), o Instituto Caldeira e o NAU.

Jorge Audy, superintendente de inovação e desenvolvimento da PUCRS, ressalta o envolvimento do Tecnopuc na ação e destaca a participação de parceiros.

“A Coalizão pelo Impacto é liderada nacionalmente pelo ICE e envolve essa ação de investimento de 29 milhões de reais, parte desse recurso é uma doação de um parceiro nosso que é o Instituto Helda Gerdau, que tem uma sala aqui no Tecnopuc. A Beatriz Johannpeter, diretora, fez parte do aporte desse processo para que Porto Alegre seja uma das cidades do Brasil participantes dessa ação. Para a PUCRS e Tecnopuc é muito importante porque a Coalizão visa fomentar negócios de impacto social e ambiental e isso tem relação com a própria missão da Universidade e os valores institucionais que se refletem no Tecnopuc. Vamos ter a oportunidade de orquestrar uma ação com todo o ecossistema de Porto Alegre para o desenvolvimento de novos negócios de impacto e contar com a parceria do Pacto Alegre e da Reginp”, comenta Audy.

A diretora do Instituto Helda Gerdau, Beatriz Johannpeter, também comenta e destaca a importância da ação para o Instituto. De acordo com ela, o Instituto já nasce para fomentar o empreendedorismo socioambiental no Estado e, por isso, tem muita sinergia com a ação Coalizão pelo Impacto. “A família Gerdau Johannpeter sempre acreditou muito no empreendedorismo e na inovação e agora assume um papel de protagonismo por meio desse projeto. Estamos muito satisfeitos em poder apoiar essa iniciativa do ICE tão bem desenhada e orquestrada em Porto Alegre”.

O secretário municipal de inovação, Luiz Carlos Pinto, também destaca a participação de Porto Alegre na Coalizão pelo Impacto. “Será um marco que vai permitir um grande avanço da cultura e do empreendedorismo de impacto na nossa cidade. Temos certeza que a cidade com sua rede de inovação e seus atores de impacto relevantes, sob liderança do Tecnopuc, poderá ter uma participação qualificada na rede, aportando valor e construindo ações relevantes nacionalmente com apoio do ICE e das demais instituições e cidades da Coalizão”, aponta o secretário.

cidades inteligentes

Foto: Giordano Toldo

Se você já ouviu o termo “cidades inteligentes” deve ter uma ideia dos impactos desse conceito na forma como nos relacionamos com o espaço em que vivemos. O projeto Cap4city tem o objetivo de desenvolver a capacidade de governança em cidade inteligentes e sustentáveis. Financiado pelo fundo da Europeu Comission Erasmus, o projeto opera em consórcio com 12 Instituições de Ensino Superior, de diversos países. 

Para intensificar essa atmosfera de debate sobre o tema, o evento Construindo Capacidades de Governança em Cidades Inteligentes e Sustentáveis: compartilhando experiências de ensino e pesquisa aconteceu no Campus da PUCRS, nos dias 6 e 7 de julho, e contou com dez palestrantes internacionais, de oito países diferentes. O momento trouxe um apanhado de todas as vivências que o Cap4City construiu, a partir do objetivo de transformar as cidades por meio da educação.

A programação contou com apresentação de casos, painéis com diferentes perspectivas, metodologias e formas do assunto na inserção curricular. Lucy Temple, pesquisadora da Danube University Krems, na Áustria, e coordenadora do projeto explicou que, desde 2018, o projeto vem atuando de forma ativa.

“O Cap4city busca encontrar caminhos para ajudar cidades a se capacitarem para serem mais sustentáveis, além proporcionar todo o material que eles precisarão para implementar e criar um currículo o qual as universidades poderão usar no mundo todo”.

Eventos como esse são importantes para a promoção de diálogos e ações que potencializam a qualidade de vida das pessoas nas cidades. Vanessa Daniel, doutora em Administração e professora universitária, participou do evento e acredita que esse é um fator fundamental.

“Todo espaço que nós possamos discutir e trazer ideias diversas acerca do assunto é importante e ajuda a abrir o pensamento de diversos fatores. Aqui, temos atores das mais diversas áreas, com visões mais progressistas, outros mais críticas, e essas pessoas precisam dialogar para, de fato, pensarmos sobre esse fenômeno.”

Trajetória do Cap4city

cidades inteligentes

Fotos: Giordano Toldo

A herança da pesquisa do Cap4city vai para além do estudo. Para corroborar com isso, a proposta também visa lançar um curso gratuito com 31 disciplinas, com temas técnicos, como gestão, gestão pública e governança, por exemplo. As aulas ministradas pelos participantes internacionais estão legendadas em português, inglês e espanhol. O projeto também tem o objetivo de criar uma biblioteca de materiais gratuitos para quem quiser saber mais sobre cidades inteligentes.

“A ideia é que professores possam usar nas suas aulas, e até nas disciplinas do Novo Ensino Médio, mas pessoas interessadas no assunto também”, afirma a professora Edimara Mezzomo Luciano, coordenadora do Cap4City na PUCRS, pela Escola de Negócios.

O projeto transcendeu o campus e, na disciplina de Projeto Integrador I, os/as estudantes de Graduação em Administração aplicaram a metodologia na sua visita ao Centro Marista da Ilha Grande dos Marinhos, identificando os problemas e traçando soluções. O mesmo movimento ocorreu nos municípios de Picada Café e Ivoti. “Esse tipo de projeto faz os/as alunos/as perceberem o mundo, com pautas sociais e as escolhas dos governantes. Eles fazem uma parte da cidade que ainda não recebe tanta atenção”, afirmou Edimara, professora coordenadora do projeto.

As estudantes do curso de Engenharia Química da PUCRS, Marina Vicente Wizer, Myriam Bernaud Maghous e Ana Carolina Corso Minotto, formam o time Tech Girls e foram as ganhadoras da etapa brasileira do L’Oreal Brandstorm 2022. A competição universitária possibilita que estudantes proponham soluções inovadoras, ganhem visibilidade e tenham contato com especialistas de uma das maiores referências do universo dos cosméticos: a L’Oreal.

Elas criaram o Beauty Stabilizer, um pincel de maquiagem desenvolvido para pessoas com Parkinson ou Tremores Essenciais que conta com uma tecnologia de estabilização capaz de detectar e neutralizar tremores das mãos. “Acreditamos que o poder da beleza deve ser acessível para todas as mulheres e queremos trazer a visibilidade que essas mulheres merecem”, comenta uma das integrantes.  Conheça mais detalhes da proposta.  

Todos os anos é lançado um desafio e, nesta edição, podem participar candidatos com até 30 anos. As estudantes da PUCRS estão entre os dois times da trilha de inclusão escolhidos para seguir para a próxima etapa: a semifinal Internacional. Para celebrar as três décadas do programa, os universitários agora podem escolher entre uma das 3 trilhas: 

Próximos passos  

A última etapa será em Paris, na qual apenas 9 equipes do mundo todo (três de cada trilha) apresentarão suas propostas. Para avançar no programa e ir para a final internacional, as alunas precisam do apoio da comunidade acadêmica para votar no seu projeto, neste link, até o dia 15 de maio. Para registrar o voto, basta preencher com um e-mail e confirmar. 

“Já é incrível ter chegado até aqui e é agora que precisamos de vocês mais que nunca. Não seria incrível se três gurias estudantes da PUCRS realizassem o sonho de ir para Paris defender sua ideia representando o seu País?”, comentam as alunas. 

O programa Brandstorm existe há 30 anos e já contou com a participação de mais de 40 mil estudantes de 65 países e regiões. 

Rede Internacional Marista

Rede Internacional Marista debate Inovação na PUCRS. / Foto: Matheus Gomes

A PUCRS acolhe, nesta semana, a X Assembleia da Rede Internacional Marista de Educação Superior que iniciou nesta terça-feira (26). O evento tem como temática Inovação, Desenvolvimento e Transformação, o que norteia os diálogos entre as lideranças de 21 instituições maristas participantes do evento.  

Desde a última assembleia presencial, realizada em 2019, em Lima, Peru, a Rede passou por novos planejamentos e estruturações. Para esta edição, os objetivos principais centralizam-se em apresentar essa caminhada e refletir sobre cenários, desafios e oportunidades para a Educação Superior, além de compartilhar boas práticas, debater e deliberar sobre o plano estratégico e modelo operativo da Rede.  

Trabalho iniciado  

A programação conta com diferentes momentos de partilha e construção conjunta entre os participantes. As atividades do primeiro dia estiveram focadas na abertura e apresentações das instituições integrantes do grupo e do contexto da rede. O Ir. Manuir Mentges, vice-reitor da Universidade e presidente do Comitê Executivo da Rede, abriu o evento e apresentou o trabalho que será realizado ao longo dos próximos dias.

Na sequência, o evento seguiu com uma fala do Ir. Deivis Fischer, presidente da Província Marista Brasil Sul-Amazônia/Rede Marista. Ele compartilhou a história marista local e recordou o contexto regional como algo que também une essas instituições.  

O encontro seguiu com a fala do Ir. Evilázio Teixeira, reitor da PUCRS, que deu boas-vindas às lideranças, fortaleceu a importância na conexão entre as instituições integrantes e apresentou a Universidade.  

Na finalização das falas de abertura, Ir. Luís Carlos Guterres, vigário-geral do Instituto Marista, abordou o compromisso das instituições maristas para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Ele abordou as três dimensões para a educação superior marista e convidou os participantes a refletirem. “Avançar com audácia, interconectar proativamente e inovar com paixão. Há muita terra prometida para o Instituto e para esse caminho de rede e de comunhão”, comentou. “Os temas que serão abordados aqui serão uma oportunidade para essa construção”. 

Foto: Matheus Gomes

Educação, pesquisa e impacto  

Durante a tarde, a atividade iniciou com a palestra e assessoria do pesquisador Josep Miquel Piqué, presidente do La Salle Technova Innovation Park, em Barcelona e da Rede Catalã de Parques Científicos (XPCAT).  Piqué abordou as possibilidades de inovação no momento atual. 

 “As sociedades que incentivam o talento, incentivam que a sociedade avance. Uma universidade empreendedora é aquela que assume a inovação, talento e transformação no seu entorno”, afirmou. Ele enfatizou ainda a necessidade de ter os espaços de educação conectados com pesquisa e impacto, buscando constantemente a resolução de problemas. “Só aprendemos quando há conexão com um problema, quando nos conectamos com algo que somos responsáveis. É preciso idear, prototipar e solucionar”, ressaltou. 

Inspirados na fala,  Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento do Tecnopuc e Ana Berger, líder do Tecnopuc Crialab, conduziram uma dinâmica para a construção do trabalho conjunto sobre as oportunidades existentes na Rede.  

Próximos passos 

A partir das reflexões realizadas, a proposta é que o grupo aprove os modelos de governança e quais serão os projetos estratégicos que terão ênfase nas próximas etapas. Além disso, está prevista a eleição do novo Comitê Executivo, juntamente com o novo presidente da Rede.  

Sobre a Rede Internacional Marista de Educação Superior   

A Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior (IES) consiste na união de, atualmente, 27 instituições que em sintonia com as premissas da Administração Geral do Instituto dos Irmãos Maristas, em Roma, buscam criar conexões de sinergia e atuação em seus espaços de missão.   

Com fundação em 2004, essa rede tem como objetivo criar oportunidades de parcerias, formação e projetos em conjunto, potencializando a atuação no ensino superior em mais de 10 países.   

Saiba mais sobre a Rede aqui. 

No início do mês de abril, a empresa norte-americana Impinj (NASDAQ:PI), inaugurou a sua operação no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A multinacional com sede em Seattle, no estado de Washington, Estados-Unidos, está entre as principais empresas mundiais de projeto de semicondutores e escolheu a estrutura do Tecnopuc para sediar sua operação no Brasil. A operação da Impinj no Brasil conta com a mão de obra qualificada de profissionais que trabalharam no Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (CEITEC). 

Durante a inauguração da sede da empresa, o Vice-presidente da divisão de circuitos integrados da Impinj, Jim Guzzo, comentou que Tecnopuc foi escolhido pois proporciona um ambiente único de fomento à inovação, que facilita a colaboração com as universidades locais na região. “A paixão e o entusiasmo pela inovação e pela tecnologia combinam perfeitamente com a mentalidade e a cultura corporativa da Impinj”. A sede da Impinj no Brasil, contará com um time de engenharia atuando em uma série de projetos, incluindo projetos de circuitos integrados, projeto de antenas, teste de produtos, suporte a aplicação de campo e desenvolvimento de software.

Para a gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, Flávia Fiorin, a chegada de uma nova empresa no Parque é motivo de expectativas para novas oportunidades de negócios e ampliação do ecossistema. “Isso representa uma oportunidade única para o nosso Estado continuar avançando na área de semicondutores como polo relevante na formação e atração de profissionais de alto nível. Temos muito orgulho de sediar a operação de uma empresa global estratégica na cadeia de semicondutores”, ressalta. 

O Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira acompanhou o momento de inauguração da empresa no Tecnopuc e destacou a importância para o Rio Grande do Sul em sediar uma operação global ligada à indústria de semicondutores.”Este movimento representa um importante reconhecimento da capacidade do nosso Estado de se desenvolver e ser atrativo para os profissionais do mais alto nível nesta cadeia estratégica. Em nome da nossa comunidade universitária, temos hoje a grande honra de receber a Impinj”. 

Sobre a Impinj 

A empresa desenvolve chips de identificação por rádio frequência (RFID) para tags e leitores, bem como soluções de software e vende a escala de bilhões de chips por ano. A plataforma RAIN RFID, líder de mercado da Impinj, serve como base para o desenvolvimento da solução de IoT que conecta itens físicos à nuvem, fornecendo dados que ajudam os clientes a analisar, otimizar e virtualizar todas as coisas. 

 

Lançamento do EduX acontece nesta semana, no TecnopucAtualmente os hubs de inovação têm ganhado cada vez mais espaço. São esses os ambientes destinados àqueles que querem discutir e colocar em prática novas ideias. Hoje, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) já conta com seis hubs de diferentes áreas e se prepara para o lançamento de mais um.  Nesta quinta-feira, dia 24, às 17h, junto com o Parque, a PUCRS e os Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista lançam o Hub EduX. O evento acontece no auditório Bill Hewlett – David Packard, no prédio 97A do Tecnopuc, e também poderá ser acompanhado pelo Youtube da PUCRS.  

O hub, que conta com a realização da Wisidea Ventures e Marcha S.A e o apoio da Uol Edtech, visa fomentar o desenvolvimento de soluções inovadoras e que qualifiquem o processo de ensino e aprendizagem. A proposta é que isso aconteça por meio da conexão dessas ideias com o mercado, com a pesquisa e com instituições de ensino de todos os níveis de educação. 

O EduX nasce a partir do esforço dessas três unidades. O Tecnopuc, caracterizando a frente empreendedora; a Rede Marista, que inclui colégios e unidades sociais; e a Universidade, que contempla o ensino superior. A agente de Inovação do Tecnopuc Crialab Carolina Eichenberg, o instrutor de Aprendizagem Guilherme Bilhalva e o assessor de Planejamento e Avaliação Silvio Langer, são os representantes de cada uma das unidades, respectivamente.  

Conectando instituições de ensino para propor soluções 

De acordo com o trio, as discussões sobre a criação da proposta do hub se iniciaram por meio de um workshop no final de 2020. “Nos reunimos em um grupo de 15 pessoas do Tecnopuc, da PUCRS e da Rede Marista. Entendemos que esse grupo poderia montar o escopo do hub que está intrinsecamente ligado à nossa vocação, a educação”, comenta Silvio.  

O objetivo é que o EduX atenda às necessidades da PUCRS e dos Colégios Maristas, mas a iniciativa não deve se restringir a isso. “Em nenhum momento o Hub quer atender, exclusivamente, às questões internas. O EduX é pensado para educação. Então também podemos associar ao ensino público, básico e superior, além de outras instituições privadas”, explica Silvio.  

Com o lançamento, o grupo quer atrair o maior número de edtechs. “Queremos conectar essas startups com as universidades e escolas para propormos soluções.  O ecossistema já nos proporciona isso, mas o hub fortalece. Hoje temos pesquisas sendo desenvolvidas na Universidade, mas são estudos que acabam ficando restritos ao mundo acadêmico e não se tornam negócios. Acreditamos que esse movimento já está acontecendo na PUCRS, mas o hub de educação também pode fomentar isso, podendo colocar esses pesquisadores em contato com as startups”, afirma Carolina.  

PUCRS: um lugar de educação e inovação 

Assim como o trio, a pró-reitora de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, Adriana Kampff, reforça que a Universidade é um lugar de educação e de inovação. “Nesse sentido, contar com um hub de educação que favoreça e potencialize soluções criativas para se desenvolver é fundamental. Esse posicionamento vale para todos os níveis de ensino e para educação ao longo da vida, das hard às soft skills, abrange transformação em metodologias, desenvolvimento de tecnologias, conexão de pessoas e necessidades em diferentes áreas do conhecimento e desenhos de experiências significativas”, completa a pró-reitora.  

Para Flavia Fiorin, gestora de operações e empreendedorismo do Tecnopuc, a estruturação de hubs em eixos estratégicos é uma prioridade que se conecta com o propósito do Parque, que é contribuir para o desenvolvimento da região. “Vislumbramos impactar positivamente a competitividade do nosso ecossistema ao conectar nossa vocação para educação ao desenvolvimento de startups. Fazemos isso pela interação com investidores e corporate ventures”, comenta Flavia.

sxsw, jorge audy, evilazio teixeira

Foto: Arquivo pessoal

Nesta semana, na cidade de Austin, Estados Unidos, acontece o South by Southwest EDU (SXSW EDU), maior evento de inovação e criatividade do mundo no setor educacional. A edição deste ano marca o retorno presencial do evento, após dois anos na modalidade remota. A expectativa é de mais de 100 mil participantes ao longo de três semanas.

Entre os temas debatidos no evento estão a construção de um futuro sustentável; as conexões que nos unem globalmente; os cenários das mídias em transformação e o poder da inclusão e respeito à diversidade.

Buscando identificar oportunidades de inovações no ensino e na aprendizagem para aplicação na Universidade, o reitor da PUCRS, Evilázio Teixeira, e o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc, Jorge Audy, estão presentes no SXSW.

Também participam do evento o professor Leandro Pompermaier, que acompanha a comitiva liderada pelo Governador do Rio Grande do Sul, o professor Rafael Prikladnicki, e o doutor Salvador Gullo, empreendedor da startup Safet4me no ecossistema do Tecnopuc.

Inovação voltada para educação

Durante o evento, startups e empresas consolidadas do segmento educacional estão apresentando soluções e plataformas tecnológicas para apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Entre os destaques estão novas aplicações utilizando tecnologias como Inteligência Artificial, Realidade Virtual e plataformas de gestão de comunidades virtuais.

O reitor da PUCRS ressalta que participar do SXSW EDU é uma nova e estimulante experiência pessoal que abre uma série de reflexões sobre o potencial de novas tecnologias aplicadas na área de Educação Superior.

“Nestes primeiros dias de evento fica claro que não estamos mais abordando somente a questão do futuro da educação e da aprendizagem, mas sim a convicção de que a educação é o futuro”, ressalta.

Para ele, as mudanças vividas nas últimas décadas também fazem emergir a necessidade de reflexão sobre temas como a responsabilidade social, a colaboração com base na solidariedade, a internacionalização, a regionalização e o papel da pesquisa e da inovação.

Para Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, a dinâmica e a energia presente no evento mostram que o futuro da educação está sendo cocriado por jovens educadores e empreendedores. “Eles aplicam as novas tecnologias no contexto da aprendizagem de forma transformadora, construindo uma nova educação para uma nova sociedade, em sintonia com seu tempo”, comenta Audy.

banritech; inovaçãoUm programa de aceleração gratuito e aberto para startups de todo o Brasil. Esse é o BanriTech, iniciativa do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), que visa impulsionar o ecossistema de inovação do estado e que, pelo segundo ano consecutivo, conta com o apoio do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc).  

O projeto é destinado a startups que possuam soluções ou atuem nos segmentos de serviços financeiros, agronegócios, relacionamento com clientes e empresas, eficiência operacional, segurança da informação e governos. O segundo ciclo do programa está com inscrições abertas até o dia 13 de março, no site do BanriTech. 

Em 2021, o programa impactou 30 empresas, gerando conexões com as mais diversas áreas do Banrisul e do ecossistema de inovação. Leandro Pompermaier, gestor de Relacionamentos e Negócios do Tecnopuc e integrante da banca avaliadora do primeiro ciclo do projeto, destaca a qualidade elevada dos participantes. “Isso evidencia que todos os negócios, inclusive as fintechs, devem se preocupar cada vez mais com o impacto que geram na sociedade”.  

Pompermaier participa do programa desde a sua concepção e, com a equipe do Tecnopuc, se orgulha da criação do BanriTech.  

“Com o time do Banrisul, criamos um programa diferenciado e robusto com o foco na aceleração de negócios inovadores. Podemos mostrar como a experiência e o protagonismo na área de inovação do Tecnopuc, aliada ao profundo conhecimento de negócio do Banrisul, podem proporcionar algo de elevado valor para os empreendedores no início das suas jornadas”, destaca. 

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nanotecnologia

A nanotecnologia garante camadas de proteção antivirais e antimicrobianas às máscaras./Foto: Lucas Villela

A rotina intensa de um hospital pede proteção extra para os/as funcionários/as, principalmente em um contexto de pandemia. Para contribuir com a segurança sanitária do Hospital São Lucas (HSL) da PUCRS, a Nanowear, startup que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), realizou a doação de mil máscaras com nanotecnologia aos colaboradores.  

Conhecida como uma pequena solução para grandes problemas, a nanotecnologia consiste em comprimir, controlar e utilizar as propriedades da matéria em nanoescala. Desenvolvidas em 2021, a produção das máscaras contou com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em programa de combate à Covid-19.  

Os itens são fabricados com material 100% algodão e a nanotecnologia garante camadas de proteção antivirais e antimicrobianas sem interferir nas características do tecido. As máscaras ainda possuem propriedade de hidrorrepelência, ou seja, não molham nem sujam com facilidade. É importante lembrar que elas não substituem os EPIs, mas são uma excelente alternativa para o dia a dia.

Diana Jardim, coordenadora de inovação do HSL e do BioHub PUCRS, destaca que a Nanowear realiza diversas ações de responsabilidade social, inclusive oferecendo jalecos hospitalares a preços similares à roupa sem a tecnologia, levando todos os benefícios a muito mais pessoas. “É com muito orgulho que contamos com esse empreendimento no nosso ecossistema de saúde, Universidade, laboratórios, hospitais e empresas parceiras”

Atuação próxima e responsável 

Além da doação das máscaras, a Nanowear está planejando um teste com a área de controle de infecções hospitalares e com os laboratórios da Universidade para comprovar que mesmo as bactérias mais resistentes são repelidas pela nanotecnologia.  

 “No propósito de levar nanotecnologia de forma acessível para as pessoas, a Nanowear tem trabalhado no pilar social e desenvolvendo ações constantes que possam levar os produtos com nanotecnologia para as pessoas”, explica Andrè Flôrès, chefe de inovação da Nanowar.  

A startup já atua com nanotecnologia no segmento de alimentos e calçadista. Atualmente, produz todo tipo de enxoval hospitalar e consegue oferecer em torno de 30% de economia com redução no consumo de água, insumos e energia. Além disso, a tecnologia ajuda na diminuição da contaminação por bactérias e vírus, reduzindo desgastes, sujeiras e danos nos tecidos.  

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Mercado dos carros elétricos tem crescido no Brasil

Principal fator que incentiva a utilização de carros elétricos é a diminuição da poluição do ar / Foto: Pexels

No Brasil, os carros elétricos ainda têm um mercado pequeno, mas que cresce rapidamente com iniciativas de empresas e entidades de fomento à tecnologia. De acordo com dados da NeoCharge (2021), empresa que oferece soluções de recarga para veículos elétricos, atualmente existem mais de 65 mil carros deste tipo no País, sendo São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, os estados com mais presença destes automóveis.  

O professor da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Eduardo Campos Pellanda é responsável por realizar diversas pesquisas sobre tecnologias que impactam a sociedade e foi o primeiro comprador de um veículo elétrico no Rio Grande do Sul. Atualmente, o docente se dedica a investigar as transformações decorrentes da transição deste importante setor.  

Pesquisas sobre mobilidade urbana e novas tecnologias 

O principal projeto que está sendo desenvolvido é em parceria com o Grupo IESA, referência no mercado automotivo no Rio Grande do Sul. A iniciativa propõe criar uma estação de carregamentos de carros elétricos com energia solar que terá sempre veículos das marcas que a empresa representa como demonstração da tecnologia, para que a comunidade acadêmica possa entender o funcionamento desta nova tecnologia. “As universidades têm um papel fundamental neste processo pesquisando soluções e capacitando pessoas para esta nova realidade”, pontua o pesquisador. 

Além das produções individuais, Pellanda também atua com o PLUG: Future Mobily, hub que nasceu da ideia de agregar pesquisa e ensino da PUCRS a startups, empresas, governo e associações que estão trabalhando nestes desafios da nova mobilidade urbana. O grupo surgiu por iniciativa de professores das escolas Politécnica, de Negócios e da Famecos. Por isso, apresentam uma proposta de abordagem multidisciplinar do assunto.  

Vamos produzir conteúdos relevantes com os estudantes do curso de Jornalismo e vamos agregar grupos de pesquisa que estão alinhados com o tema. Com esta convergência de forças, temos certeza de que seremos um espaço relevante nacionalmente e internacionalmente sobre mobilidade e tecnologia”, complementa.   

Carros elétricos e seus impactos  

A adesão dos carros elétricos, assim como bicicletas ou patinetes elétricos, pode transformar as cidades profundamente. De acordo com Pellanda, o principal fator que incentiva a mudança é a não poluição do ar:  

“Cidades com ar mais puro não só ajudam globalmente no controle do aquecimento, mas também permitem uma menor incidência de doenças respiratórias na população. Além disso, carros, ônibus e caminhões elétricos podem fomentar o exercício ao ar livre e também o uso das bicicletas convencionais, já que a poluição é um dos fatores que impede as pessoas de pedalarem em vários centros urbanos”. 

Outro benefício é em relação à poluição sonora. Com os veículos elétricos, as cidades ficariam com menos ruídos, permitindo uma melhor qualidade de vida e pessoas menos estressadas. Além disso, Pellanda também destaca que os prédios históricos sofreriam menos com a fuligem oriunda dos canos de descarga de veículos tradicionais. 

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