Curso sobre migrações acontece nos dias 4 e 5 de maio de 2021

Curso de extensão gratuito sobre migrações contará com pesquisadoras da PUCRS e da Universidad de Granada, da Espanha / Foto: Sebastien Goldberg/Unsplash

Tema importante em pesquisas nas áreas de História e das Ciências Sociais, a migração é um conceito complexo de definir. De forma geral, trata-se do deslocamento geográfico de pessoas ou grupos sociais – o que inclui tanto indivíduos que migram de um país para o outro quanto aqueles que saem de suas casas e percorrem determinado trajeto todos os dias para trabalhar. Nesse sentido, não seria errado dizer que, em algum nível, salvo raras exceções, somos todos migrantes. 

Existem diferentes qualificações para esse fenômeno relacionadas ao tempo, forma, frequência e distância, por exemplo. Para aprofundar esse assunto a Escola de Humanidades promove, nos dias 4 e 5 de maio, o curso de extensão gratuito Contextos de Migração: Categorias que emergem desde distintos cenários. 

A atividade irá reunir pesquisadoras da PUCRS e da Universidad de Granada, da Espanha, propondo um diálogo entre seus caminhos de estudo e favorecendo pontos de intersecção. Para a mediadora do evento e bolsista de pós-doutorado pelo Projeto de Cooperação Internacional Migrações: Perspectivas Histórico-conceituais e Análise de Fenômenos Contemporâneos no âmbito do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt)Cláudia Guedes, esta é uma oportunidade para que essa troca atravesse fronteiras para que, ao fim dos dois dias, os participantes tenham aprendido um pouco mais sobre o tema. 

Por que migrar? 

Economia, religião e desastres naturais são alguns dos motivos pelos quais as pessoas migram. Outro fator que desencadeia esse fenômeno é a tentativa de escapar de situações graves de conflito, guerra e fome, como o caso dos refugiados sírios em função da guerra civil iniciada em 2011. Ao mesmo tempo, há casos de migração no qual os indivíduos estão simplesmente buscando melhores condições de vida, seja em relação a trabalho, saúde ou bem-estar. 

Segundo Cláudia, pesquisas sobre o tema surgem quando a migração revela algum impacto ou esclarece uma composição social do presente. Tanto o caso da Síria quanto outros que chamam a atenção, como os africanos que migram para a Europa e os mexicanos que vão para os Estados Unidos, são exemplos do fluxo migratório do Sul em direção ao Norte do planeta – que gera muitos impactos conhecidos:  

“Podemos destacar o caráter marginal da inclusão destes grupos no território de destino, a dificuldade de integração e novos conflitos que podem vivenciar em um lugar no qual não se sentem bem-vindos”. 

Como exemplos de outros fluxos, a pesquisadora comenta sobre dois que serão debatidos no curso de extensão sobre migrações de caráter Sul-Sul: a migração haitiana no Chile e a chegada de palestinos no sul do Brasil. Em outra mesa, se discutirá nas práticas os programas de asilo europeus e migrações internas dos caboclos brasileiros. 

Desafios das migrações 

A partir das migrações, surgem outros temas e categorias para a pesquisa social, como pertencimento, gênero, racismo, identidade e colonização. Em muitos casos, os migrantes não são bem-vindos e acabam sofrendo preconceito – além dos outros inúmeros desafios que enfrentam ao chegarem a um lugar novo.  

Na Europa, os programas de asilo são frequentemente questionados. “Os governos mais progressistas tendem a apoiá-los e defendem seu aperfeiçoamento. Já os mais conservadores apresentam um discurso de ‘proteger’ sua população da invasão estrangeira. Na prática, de todas as formas, há muita contradição”, explica Cláudia. 

A pesquisadora acredita que falar sobre o tema, ler, ouvir especialistas, buscar entender melhor as migrações e até mesmo viajar contribui para favorecer a conscientização sobre a complexidade desse tema. “Vemos situações precárias de migrantes que deixam seu país de origem e são barrados na busca por integração em seu destino. E o que dizer daqueles que são deslocados de seu próprio território e deixados na precariedade para favorecer um grupo que chega depois?”, questiona. 

Confira detalhes do curso de extensão sobre migrações 

O curso de extensão gratuito Contextos de Migração: Categorias que emergem desde distintos cenários acontece nos dias 4 e 5 de maio, a partir das 18h. A atividade é promovida pelo grupo de estudos Movimentos Migratórios na América Latina: Uma perspectiva histórica do Programa de Pós-Graduação em História da Escola de Humanidades. 

No dia 4 de maio, a mesa redonda será composta pela doutoranda em História da Escola de Humanidades Caroline Nunes e pela doutora em Estudos Migratórios pela Universidad de Granada (Espanha) Lissette Madriaga Parra. Já no dia 5, a mesa será formada pela doutoranda em Estudos Migratorios da Universidad de Granada Diana Garcés-Amaya e pela mestre em História pela PUCRS Milliann Carla Strona. A moderação será feita por Cláudia Guedes. 

Para participar do curso, é preciso preencher este formulário. 

Sobre Cláudia Guedes 

Cláudia Guedes é doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe e doutoranda em Ciências Sociais pela Universidad de Granada, Espanha (desde 2018). Bacharel em Ciências Sociais e mestre em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atuou no exterior na Università di Pisa, na Universidad Nacional de Costa Rica e na Universidad de Granada. Tem experiência na área de Sociologia, Ciência Política e Relações Internacionais, com publicações e apresentações na área de desenvolvimento, políticas públicas, colonização. Nos últimos anos, estas questões têm como foco a questão indígena. 

Atualmente é pesquisadora visitante da Escola de Humanidades pelo PUCRS-PrInt, com bolsa Jovem Talento. Em sua pesquisa, investiga as origens indígenas ignoradas no Sul do Brasil e suas razões. O recorte geográfico escolhido é a região serrana catarinense, por sua relação com o tropeirismo e por características gerais que divergem de outros índices do estado. A pesquisa está prevista para ser concluída no mês de maio. 

Sobre o PUCRS-PrInt 

O Projeto Institucional de Internacionalização da PUCRS (PUCRS-PrInt) tem por objetivo desenvolver e integrar a dimensão internacional no âmbito do ensino de pós-graduação stricto sensu e da pesquisa da Universidade, visando a excelência acadêmica e soluções transformadoras para questões globais da sociedade.  

Ao todo são três temas prioritários que estão alinhados com os eixos temáticos de pesquisa e inovação previamente estabelecidos pela Universidade. Eles refletem problemas complexos da sociedade, nos quais a Universidade tem as competências necessárias para o aprofundamento e busca de alternativas que representem mudanças da realidade. Benefícios de mobilidade discente e docente para o Brasil e para o exterior estão disponíveis em editais de diferentes modalidades. Saiba mais acessando o site do projeto.

Licenciaturas: para quem quer ensinar e aprender com a gente

Foto: August de Richelieu/Pexels

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Leia também: Como escolher entre dois cursos de graduação? 

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Gravação de vídeo com mapa que indica as terras indígenas em todo o país / Foto: Arquivo Pessoal

Falando no idioma português, com uma linguagem mais simples possível, o professor de Ciências Sociais da Escola de Humanidades e coordenador do Centro de Análises Econômicas e Sociais da PUCRS (Caes), Hermílio Santos, grava vídeos via WhatApp para indígenas das aldeias Kayapó, localizadas no sul do Pará. Nestas gravações, o professor aborda a origem dos portugueses no Brasil. Dentro destas trocas de mensagens, os indígenas (que se chamam Mebengôkre) também tiram dúvidas sobre assuntos atuais, como, por exemplo, que tipos de cultivos são realizados no país.

Para facilitar a ilustração do que está comunicado, o professor utiliza um mapa da Fundação Nacional do Índio (Funai), que salienta, em amarelo, as terras indígenas em todo o Brasil. Na sua conta do Instagram, o professor da PUCRS publicou um depoimento de uma cacique Kayapó. Neste registro, ela relata sobre a aldeia (o local foi recentemente reocupado), destacando, entre vários assuntos, a falta alimentos e o desmatamento florestal. “Agora, temos educação, se puderem nos ajudem”, enfatiza a cacique no vídeo sobre a criação de uma escola. Para contribuir, o docente da Universidade comenta que: “estou organizando uma mobilização para melhorar a estrutura de estudos deles, pois precisam de computador, datashow, material escolar e brinquedos”.

O professor também está em contato com outras etnias no Xingu e também em outras regiões. “Faço contato com os Bororo, que ficam no norte do Mato Grosso, para me mandarem imagens e depoimentos. Esse trabalho seguirá até o final do ano”, complementa.

Gravações dos indígenas exibidas em fórum internacional

Com a participação de diversas etnias indígenas, um vídeo de cerca de 15 minutos de duração será produzido para o IV Fórum de Sociologia da International Sociological Assiciation – ISA, que foi transferido para o início de 2021, em formato online. Essas gravações serão legendadas em inglês e português, já que todos os indígenas falaram em suas próprias línguas.

O professor da Universidade é presidente do Comitê Organizador Local do fórum. A iniciativa tem a organização da ISA, da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) e da PUCRS, local aonde ocorrerá o evento.

 

 

Dia do Patrimônio Histórico Nacional: aprender com o passado é construir o futuro - Acervo do Delfos reúne obras e documentos que guardam diferentes memórias e permite o ensino sobre o que um dia a humanidade foi

Foto: Arquivo Delfos

Ao longo da história muitos bens materiais e imateriais, móveis ou não, foram destruídos ou se transformaram em ruínas, sem que pudessem contar o seu legado. Por isso, os acervos remanescentes ganham ainda mais importância e, com eles, o peso da responsabilidade de manter o passado vivo. No Dia do Patrimônio Histórico Nacional, 17 de agosto, os/as professores/ da Escola de Humanidades da PUCRS Gislene Monticelli, técnica em memória cultural do Espaço de Documentação e Memória Cultura (Delfos); Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, relembram a importância da data. 

Os patrimônios históricos permitem que tenhamos memória e identidade próprias, que nos diferenciam dos demais. A partir deles reconheçamos a importância da diversidade cultural no interior de uma população e dos demais povos”, destaca a professora Gisleneao reforçar que garantir a permanência de instituições que conservam a história nacional deve ser uma preocupação de todas as pessoas. 

A história em sala de aula     

A Educação Patrimonial, como a criação de roteiros culturais; visitas a museus, exposições e centros históricos; o manuseio de acervos, como livros e documentos, ajuda a resgatar memórias. “As histórias de vida, as tradições orais, as produções materiais que sejam típicas ou até mesmo diferenciadas podem ser valorizadas pela comunidade“, conta Gislene. 

“Um acervo é uma memória do futuro.” RICARDO BARBERENA. 

A partir do estudo de objetos, manuscritos, datiloscritosé possível prospectar várias chaves de entendimento para o amanhã. “Os acervos representam uma política da memória e da identidade. Tentamos construir uma narrativa que não seja baseada na ilusão da sincronicidade de um presente absoluto, como se não tivesse nenhuma conexão com o passado e o futuro. É como uma constelação historiográfica, com muitos desfechos do passado”, acrescenta Barberena. 

Por mais poético que pareça, para Barberena a negligência com o patrimônio histórico representa um vazio na memória pública e coletiva“Talvez uma das cenas mais tristes recentemente, que atravessam a nossa retina e a própria afetividade, assim como a forma de ser e sentir, seja o incêndio do Museu Nacional. Ver o acervo queimar é o fogo dos fósseis do futuro. 

Não fomos sempre do mesmo jeito, ainda que tenhamos tradições que são cultivadas.” GISLENE MONTICELLI. 

Dia do Patrimônio Histórico Nacional: aprender com o passado é construir o futuro - Acervo do Delfos reúne obras e documentos que guardam diferentes memórias e permite o ensino sobre o que um dia a humanidade foi

Foto: Arquivo Delfos

Se não houvesse os acervos, não existiria mais o acesso a grande parte do conhecimento obtido ao longo das gerações. “As pessoas que antecederam deixaram seus registros em sítios arqueológicos, livros, artes, cultura, arquitetura, até mesmo nos saberes e fazeres. E, muitas vezes, eram transmitidos apenas pela tradição oral”, enfatiza Gislene. 

Cuidar do que é nosso 

Em setembro de 2018 um incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruiu mais de 20 milhões de itens. O caso trouxe visibilidade para um problema recorrente: a falta de investimento na conservação de acervos. Apesar de ninguém ter se ferido, o acontecimento deixou marcas e sequelas para as futuras gerações que não poderão ter acesso as obras. A instituição, que tem mais de 200 anos de história, foi residência de um rei e dois imperadores. 

Sobre a data 

Criada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão que tem como principal meta proteger e preservar os bens culturais do País, o Dia do Patrimônio Histórico Nacional é celebrado em 17 de agosto. A data foi escolhida em razão do nascimento do historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade, Belo Horizonte, que morreu em 1969. 

Pesquisadores do Laboratório de História Oral da Escola de Humanidades da PUCRS irão colaborar para o registro histórico da pandemia no Estado. A iniciativa faz parte do projeto Documentando a experiência da Covid-19 no Rio Grande do Sul, que reúne diversas instituições com o objetivo documentar o cotidiano e a experiência subjetiva na pandemia. O projeto é coordenado pelo Arquivo Público do Rio Grande do Sul ocorrerá de forma online durante o período de distanciamento social, por meio de entrevistas e coleta de registros pessoais como fotos, textos, diários e vídeos.

Segundo a professora Cláudia Fay, coordenadora do Laboratório de História Oral, a pesquisa na PUCRS será direcionada para a documentação de vivências de estudantes e professores sobre o ensino remoto. Os participantes poderão contar suas experiências para os pesquisadores por meio de encontros em plataformas virtuais.

Além da PUCRS, as instituições que integram o projeto são o Arquivo Público do Rio Grande do Sul, Centro Histórico-Cultural Santa Casa de Porto Alegre, Centro de Referência da História LGBTQI+, Grupo de Trabalho História e Saúde da Associação Nacional de História – Seção Rio Grande do Sul, Memória e Cultura Unimed Federação/RS, Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Pampa e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O projeto interinstitucional também terá como objetivo fomentar a produção de pesquisas a partir do material recolhido.

Sobre o Laboratório de História Oral

Criado em 1996, o Laboratório coloca à disposição de pesquisadores pessoal e equipamentos para a obtenção e o registro de fontes documentais, análise e difusão dos resultados de pesquisa. O espaço também promove auxílio aos que procuram trabalhar com História Oral, fornecendo informações importantes sobre como preparar uma entrevista, realizar a transcrição do texto, fazer um termo de cessão e elaborar bibliografia sobre o assunto. Além disso, o Laboratório possui um acervo com mais de 200 entrevistas compiladas sobre diversos temas relacionados com política, educação, arqueologia, histórias de vida e, especialmente, vinculados ao tema imigração. Dessa forma, sendo possível criar e manter um acervo que cresce ano a ano, com a contribuição de estudantes dos diferentes níveis acadêmicos, em perspectiva interdisciplinar. Parte do acervo já devidamente transcrito e pronto para a pesquisa está no Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS, no prédio da Biblioteca Central.

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Foto: Gerrie van der Walt/Unsplash

Em fevereiro, os primeiros casos da doença foram registrados no México. Já em março, o governo emitiu um alerta epidemiológico que pedia o fortalecimento da vigilância. Durante o mês de abril, a situação já era considerada uma emergência de saúde pública de importância internacional, com os primeiros casos anunciados nos Estados Unidos. E não, não se tratava da pandemia da Covid-19, mas da H1N1. Comumente conhecida como Gripe Suína, a doença assustou o mundo ao matar mais de 18 mil pessoas em 2009. O alumni Henrique Helms, do Programa de Pós Graduação em História da Escola de Humanidades, analisou, ainda em 2018, a influência da aviação para essa e outras crises globais provocadas por doenças, antes mesmo do planeta saber da chegada do novo coronavírus.  Em A aviação como vetor de disseminação de enfermidades: “As doenças que vêm voando”, Helms explica que mesmo com a importante tarefa da integração nacional e internacional, os transportes aéreos acabam favorecendo a disseminação de doenças. “A história pode levar a uma reflexão de longa distância sobre a evolução das mudanças tecnológicas e o impacto disso na saúde pública, […] que não incorpora uma conotação negativa, […] mas que acrescenta no sentido de ampliar o entendimento sobre as dimensões atingidas a partir do desenvolvimento aeronáutico”, destaca um trecho da tese.

“Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”  

A frase do filósofo Edmund Burke se mantém atual, segundo Cláudia Fay, professora e pesquisadora da Escola de Humanidades da PUCRS e orientadora da pesquisa na época. “Quando uma pandemia como a da Covid-19 acontece, olhamos para o passado e perguntamos: como a História pode nos ajudar a compreender o momento atual? Ela pode nos ajudar? Penso que sim! A História talvez não tenha a mesma função da Medicina na descoberta de uma vacina, por exemplo, mas ela nos dá muitas explicações e entendimento sobre aquilo que um dia fomos”, conta.

Aprendizados históricos

O papel da História é verificar as informações, comparar acontecimentos e mostrar os fatos, ao mesmo tempo em que busca evitar os erros do passado, destaca Cláudia. Para a professora, a humanidade evoluiu em muitos aspectos, principalmente tecnologicamente, mas ainda precisa avançar em outros pontos:

A negação da ciência, a descrença na mídia e em veículos e órgãos internacionais também poderiam ser uma “falha no avanço da sociedade”, segundo Cláudia. Para ela, momentos de insatisfação da população, causadas pelo desemprego e a crise, por exemplo, devem ser períodos de atenção e combate aos retrocessos.

Um panorama das pandemias

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Foto: Kelsey Knight/Unsplash

“É difícil dizer como prever o comportamento das pandemias, pois elas são muito diferentes. Mas o conhecimento histórico de como isso modifica o cotidiano das pessoas ajuda a enfrentar melhor esse período e pensar em alternativas”, conta Helms.   Ele aponta que as principais semelhanças são as preocupações das pessoas e a rapidez com que a rotina muda: “Em um dia é apenas um caso de gripe em uma cidade isolada. Em pouco tempo se torna uma situação internacional e pandêmica”. Foi assim durante a peste negra; a varíola; o sarampo; a cólera; as gripes Espanhola, Asiática e de Hong Kong; entre muitas outras doenças.  Como a capacidade de se comunicar atualmente é muito mais ágil, as pessoas tendem a agir mais rapidamente e se antecipar. “É importante que atitudes coletivas sejam tomadas para que a gente tenha segurança. Imagino que a pior ação é não tomar uma ação”, destaca o pesquisador.

O começo da proliferação das doenças

As populações já foram relativamente isoladas umas das outras. No entanto, o contato entre os povos, flora e fauna foi aumentando de forma significativa. Com isso, o movimento das doenças se revelou uma grande força na formação da história do mundo, e com as guerras, cruzadas e migrações, as infecções acabaram sendo levadas às populações mais suscetíveis, explica o pesquisador.  Leia também: Gripe espanhola pelos registros do acervo Benno Mentz da PUCRS

aviação encolheu as distâncias

Ao reduzir o tempo de percursos, apesar do acesso restrito às pessoas com melhores condições financeiras, andar de avião se tornou uma ferramenta de poder. “Tudo que foi conhecido pela aviação modificou a cultura humana oferecendo chaves, visão de mundo e paisagens, mensagens compreendidas acima da barreira das línguas”, diz a pesquisa.  Com a aviação comercial, essa disseminação ficou ainda mais abrangente, conforme o infectologista Stefan Ujvari, citado na pesquisa. “Na história da humanidade, nunca ocorreu tanta locomoção humana como nos dias atuais. […] O mundo é interligado por pessoas que se deslocam para comércio ou lazer (incluindo o ecoturismo), missionários, refugiados, imigrantes, estudantes e peregrinos. Os continentes são ligados continuamente por embarcações marítimas e, muito mais rápido, pelos aviões”, conta.

Sobre os(as) pesquisadores(as)

Apesar de ter se formado em Ciências Aeronáuticas pela PUCRS e ter atuado como piloto por anos, Henrique Helms sempre gostou de História. Durante seu mestrado estudou O panorama da aviação nacional de 1986 e a quebra da Varig e, posteriormente, sobre as pandemias ao longo do tempo no doutorado. Segundo ele, “as questões da humanidade tendem a se repetir” e, para evitar isso, é preciso olhar o passado.  Além de professora e pesquisadora, Cláudia Fay é coordenadora do Grupo Interdisciplinar de estudos do desenvolvimento científico e tecnológico e do Laboratório de pesquisa em história oral da PUCRS.

Dedicação ao estudo da História

Com nota 5 pela Capes, o PPG em História da PUCRS se destaca por ter docentes com formação acadêmica internacional, trabalhar com temas plurais e atuar de forma interdisciplinar. Com pesquisas sobre imigração, arte, política, cidades, crises, cultura e vários outros temas, as inscrições para novos alunos de mestrado e doutorado estão abertas até 19 de junho. Inscreva-se no programa de Pós-Graduação!

Em Porto Alegre, a Influenza chegou a contaminar mais de 80 pessoas em um só dia, conforme reportagem em jornal. Crédito Delfos/PUCRS

Em Porto Alegre, a Influenza chegou a contaminar mais de 80 pessoas em um só dia, conforme reportagem em jornal. Crédito Delfos/PUCRS

A Gripe Espanhola, como ficou conhecida, tratava-se do vírus Influenza. A Espanha, com grande número de pessoas contaminadas, se encarregou de divulgar a notícia. Isso fez com que o país tenha sido associado, injustamente, à gripe, dando-lhe o nome.

Na ocasião, em 1918, houve mais mortes pela gripe do que em toda a Primeira Guerra (1914-1918). A população mundial era de 500 milhões de habitantes. Estima-se que 10% da população tenha morrido, ou seja, 50 milhões de pessoas! A epidemia1 alcançou todos os continentes, condição para ser chamada de pandemia2.

O vírus chegou ao Brasil no final daquele mesmo ano, ocasionando 36 mil mortos. Até mesmo o presidente da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves (1848-1919), acabou vitimado, em janeiro de 1919, aos 70 anos, antes mesmo de tomar posse. Foram tantas vítimas que as valas eram coletivas. Os coveiros foram contaminados e afastados do trabalho. Transeuntes e detentos passaram a ser recrutados e obrigados a realizar os sepultamentos. “Escolas mandaram crianças para casa, hospitais ficaram abarrotados, bondes estavam vazios e tudo fechou: o comércio, as quitandas, os bares, as lojas de moda, as barbearias. O governo proibiu aglomerações, e os teatros e cinemas foram trancados e lavados com desinfetantes […]”. (SCHWARCZ, 2020)3.

No Rio Grande do Sul, de outubro a dezembro de 1918, houve 3.971 óbitos decorrentes da gripe4. Na ocasião, havia menos de 2 milhões de habitantes no estado. Para que possamos avaliar o impacto do contágio e a mortalidade: somos atualmente cerca de 11 milhões de pessoas. Isso equivaleria, proporcionalmente, a 22 mil mortos!

Em Porto Alegre, a Influenza chegou a contaminar mais de 80 pessoas em um só dia, conforme reportagem em jornal existente no acervo Benno Mentz, no Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural, do Instituto de Cultura da PUCRS5. Segundo censo populacional do período (1910), a capital gaúcha tinha menos de 200 mil habitantes. Foram mais de 12 mil mortos, em 3 meses, sendo destes pelo menos 1.319 mortes atribuídas diretamente à gripe. Os números, no entanto, devem ter sido subestimados.

Foram adotadas medidas de isolamento, remédios foram especulados como cura, houve corrida às farmácias, recomendavam-se medidas de higiene, usavam-se máscaras em ambientes públicos, proibiram-se cultos religiosos e velórios. Houve desabastecimento de alguns produtos, foi necessário fazer tabelamento de preços e restrição da quantidade de produtos a adquirir. Hospitais e postos de saúde foram improvisados. Tal como vemos agora!

Outras epidemias já assolaram o mundo, como cólera, varíola, febre amarela, peste bubônica, tifo, malária, sarampo, tuberculose, ebola, HIV, SARS. Por isso, podemos afirmar que o COVID-19 ou o novo coronavírus, que nos ataca neste momento (2020), não é a primeira e nem será a última pandemia que a humanidade está (des)preparada a enfrentar, com grande número de vítimas. Infelizmente…

A boa notícia é que, em todos os casos, tal como na Gripe Espanhola há 102 anos, cada epidemia, com o passar do tempo, perde força, sofre mutações ou desaparece, seja com a adoção de tratamentos de saúde mais adequados, seja pela descoberta de vacinas, capazes de imunizar a população, ou, ainda, com a contenção da propagação do vírus, mediante obediência às medidas sanitárias, por recomendação de cientistas e autoridades médicas.

O que aprendemos com a História? Nada é para sempre… Isso tudo vai passar!

Saiba mais

Há vários livros sobre a história das doenças e epidemias no mundo ao longo do tempo. A editora da PUCRS (EDIPUCRS) publicou, em 2009, a dissertação de mestrado (PPGH/PUCRS), de autoria da professora Janete Silveira Abrão: Banalização da Morte na cidade calada: a Hespanhola em Porto Alegre, 19186.

Outras pesquisas históricas, de cunho acadêmico, trataram do impacto da gripe em municípios como Pelotas (FERREIRA, 2002)7, Rio de Janeiro (GOULART, 2003, 2005), São Paulo (BERTUCCI, 20008; BERTOLI FILHO, 20039; SOUZA, 200510) e em estados como Bahia (SOUZA, 2010) e Espírito Santo (2016)11. Algumas obras encontram-se disponíveis para consulta em meio digital.

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1 “Epidemia representa a ocorrência de um agravo acima da média (ou mediana) histórica de sua ocorrência. O agravo causador de uma epidemia tem geralmente aparecimento súbito e se propaga por determinado período de tempo em determinada área geográfica, acometendo freqüentemente elevado número de pessoas” conforme MOURA, Alexandre S.; ROCHA, Regina L. Endemias e Epidemias:… Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2012. P. 15.

2 Quando uma epidemia atinge vários países de diferentes continentes passa a ser denominada pandemia.

3 SCHWARCZ, Lilia. Literatura em tempos de pandemia: quando a realidade imita a ficção. Nexo Jornal, 23 mar. 2020.

4 De acordo com o Relatório da Diretoria de Higiene do Rio Grande do Sul (1919 apud ABRÃO, 2009, p. 94).

5 O local reúne quase 50 acervos, disponíveis para pesquisa local.

6 Livro disponível à venda pela loja virtual em http://livrariaedipucrs.pucrs.br/. Email: edipucrs@pucrs,br

7 FERREIRA, Renata Brauner. Epidemia e Drama: a gripe espanhola em Pelotas, 1918. Porto Alegre: UFRGS, 2002. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002.

8 BERTUCCI, Liane Maria. Influenza, a medicina enferma: ciência e práticas de cura na época da gripe espanhola em São Paulo. Campinas: Ed. Unicamp, 2000.

9 BERTOLII Filho, Cláudio. A gripe espanhola em São Paulo, 1918: epidemia e sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.

10 SOUZA, Christiane Maria Cruz de. As dimensões político-sociais de uma epidemia, a paulicéia desvairada pela gripe espanhola, 2005.

11 FRANCO, Sebastião Pimentel; LOPES, André Fraga; FRANCO, Luiz Felipe Sias. Gripe Espanhola no Espírito Santo: alguns apontamentos. Dimensões, Vitória, v. 36, jan/jun. 2016, p. 404-26

Mistura de ritmos, cores e costumes, o Carnaval se consolidou como a maior festa popular do país. Apesar de sua origem na antiguidade europeia, no Brasil a comemoração é uma expressão da cultura afro-brasileira. Mas, afinal, qual a história do Carnaval?

Carnaval

Registro de um Carnaval de 1928 em Caxias do Sul/RS Foto: Arquivo Delfos

De acordo com o historiador Charles Monteiro, professor da Escola de Humanidades da PUCRS, a origem da festividade remonta da Roma Antiga. “Não é fácil decidir sobre o ponto de partida das tradições, que geralmente resultam da transformação de rituais anteriores. Mas podemos considerar a Lupercália (antiga festa romana), celebrações que ocorreram na Roma Antiga em meados de fevereiro, como o início do Carnaval”, afirma.

Ainda segundo o professor, o início da festa no Brasil ocorreu durante o período colonial no século XVI, através do Entrudo. “Naquele momento, as autoridades relaxavam a vigilância e permitiam a folia, que reunia homens e mulheres das classes populares, muitos deles escravizados, mas também os libertos e os representantes de camadas médias. A festividade ocorria como forma de compensação para uma sociedade extremamente hierarquizada, rígida e autoritária baseada na escravidão e no patriarcalismo que impunham múltiplas restrições à liberdade”, conta Monteiro.

União de jogos e brincadeiras, o Entrudo marcava o período de introdução da Quaresma. Monteiro também destaca a importância do cristianismo para a consolidação da tradição carnavalesca. “Segundo o historiador Gilles Bertrand, o cristianismo desempenhou um papel importante no estabelecimento de um período de Carnaval. Por volta do ano 1000, uma temporalidade cristã começou a se impor, separando estritamente um período de prazeres da carne/do corpo e dias magros de jejum e resguardo do corpo. A época do Carnaval, portanto, flutua, porque se alinha com a festa da Páscoa e da Quaresma, fixada em quarenta dias a partir do século VIII”, ressalta.

O Carnaval como conhecemos

Foi a partir da década de 1910 que o surgimento do samba começou a embalar a comemoração, avançando para a formação das escolas em 1922. Em paralelo, continuaram a existir os blocos populares irreverentes de rua, os desfiles de carros alegóricos e as festividades privadas em clubes. Monteiro conta que, a partir deste momento, o Carnaval começou a se formar como conhecemos. “Nessa época, o Estado Novo organizou rigidamente a festa, originando a forma como ele é hoje: no Sambódromo, com as escolas e os temas enredo sobre a história do Brasil e celebrando as grandes personalidades brasileiras”, destaca.

Nos anos 1970, com o investimento financeiro de patrocinadores, a realização da festa passa a ser televisionada para várias partes do mundo. “Com a abertura política, as escolas de samba começam a fazer uma crítica ao governo e a colocar em evidência outras histórias e personagens como as lideranças populares”, frisa o professor.

O historiador ainda destaca a importância cultural de estados fora do eixo Rio-São Paulo para a expansão do Carnaval. “No Nordeste, uma verdadeira usina de ritmos musicais e de estilos de dança, misturando a tradição e a cultura de massa, surge o axé, o forró e outras formas de expressão cultural nos desfiles de carros alegóricos na Bahia e em Pernambuco. Desta forma, o Carnaval se transforma na principal festa popular brasileira no século XX, atraindo milhões de turistas brasileiros e estrangeiros”.

haitianos, aula de português

Foto: Camila Cunha

                                                                                                                            família italiana, Ana Rech, 1904

Família italiana em Ana Rech, em 1904/Foto: Acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami

Migrações: perspectivas histórico-conceituais e análise de fenômenos contemporâneos, dentro do tema Mundo em movimento: indivíduos e sociedade, é uma das pesquisas que integra o Projeto Institucional de Internacionalização – PUCRS PrInt, proposta da PUCRS selecionada em edital do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt), da Capes. A Universidade foi uma das 36 instituições contempladas. Reúne pesquisadores de História, Filosofia, Educação, Teologia e Psicologia, em parceria com universidades do exterior, para, além de um passeio pelas questões históricas do fenômeno da mobilidade humana, apontar aspectos transculturais, de identidade e saúde mental resultantes da situação de migrante ou refugiado que se assemelham em diferentes períodos. Com a duração de quatro anos, a iniciativa pretende fomentar uma rede de acadêmicos europeus e americanos dedicados a esses estudos.

“As migrações são um local de observação privilegiado para perceber as mudanças da sociedade contemporânea, do funcionamento das redes sociais às atribuições do direito de cidadania, da integração dos jovens ao nascimento de um novo empreendedorismo”, avalia o professor da Escola de Humanidades Antonio de Ruggiero, coordenador do projeto. Saiba mais na reportagem completa da Revista PUCRS.

Novas chamadas

O PUCRS-PrInt está com novas chamadas abertas para diferentes modalidades de bolsas, do Brasil para o exterior e do exterior para o Brasil. São destinadas a professores e alunos vinculados aos Programas de Pós-Graduação da PUCRS ou professores e pesquisadores vinculados a instituições estrangeiras. Confira aqui.

Internationalization at Home

O PUCRS PrInt promove, no dia 7 de maio, o workshop Internationalization at Home – I@H: Perspectives for Undergraduate Studies, com a professora visitante Sue Robson, da Newcastle University. A docente estará na PUCRS por meio do Projeto Institucional de Internacionalização PUCRS-PrInt e discutirá a internacionalização em casa, teorias e práticas.

Foto: Camilha Cunha

Painel 360º Interativo
Foto: Camila Cunha/PUCRS

Dentre os fatores que fizeram os vestibulandos escolherem estudar na PUCRS, o encanto com o ambiente da Universidade e sua infraestrutura é unânime. No segundo dia do Vestibular de Verão PUCRS 360º, ocorrido neste domingo, 3 de dezembro, os futuros universitários relataram que a organização, integração e modernidade do Campus o tornam único. O reconhecimento e as boas avaliações, como o 1º lugar do curso de Medicina na Região Sul no Conceito Preliminar de Curso (CPC), também foram citados como decisivos para a escolha.

Ambiente de inovação

Com o sonho entrar no curso de Odontologia, Luísa Ventura, 18, diz que o ambiente de inovação e empreendedorismo da PUCRS, como o Tecnopuc e o Idear, fazem se sentir mais preparada para as novas tendências do mercado. “Eu acho que como o mundo está cada vez mais cheio de tecnologias, esse ambiente de inovação vai abrir portas no mercado de trabalho no futuro. Eu acho que as oportunidades vão ser maiores se a gente aprender a lidar com isso já dentro da faculdade”, explica a vestibulanda. Para Luísa, a infraestrutura e a segurança são também qualidades que a fazem sonhar em estudar na Universidade. “Eu gosto muito de poder me movimentar aqui dentro tranquila, gosto muito do ambiente”, diz.

Os irmãos Anna Bárbara e João Guilherme Marcolin Foto: Maria Eduarda PEtek

Os irmãos Anna Bárbara e João Guilherme Marcolin 
Foto: Maria Eduarda Petek

Realizando um sonho estrangeiro

Anna Bárbara Marcolin, 17, está prestando o Vestibular para Medicina pela primeira vez e ficou animada com o novo modelo de trajetória acadêmica aberta, que se assemelha ao das universidades americanas. A estudante de Erechim fez intercâmbio nos Estados Unidos, onde pensou em cursar a faculdade, e diz ter achado muito legal estarem implementando-o aqui. Além disso, ressaltou o foco no desenvolvimento de pesquisas.  “Outra coisa que eu gosto muito daqui é o quanto eles valorizam a pesquisa e o conhecimento. Isso eu acho incrível e é uma coisa que o Brasil está precisando”, afirma.

O irmão de Anna, João Guilherme Marcolin, 16, também veio fazer a prova, e mais cedo neste ano teve a oportunidade conhecer de perto a graduação que escolheu, a Engenharia Mecânica. Na ocasião, pôde conhecer as disciplinas e visitar as salas de aula e os laboratórios. “Eu gostei muito, achei uma estrutura muito boa. Eles disponibilizam tudo o que se pode fazer”, comenta. João Guilherme ressalta também a qualidade do ensino e os intercâmbios e parcerias com as instituições estrangeiras.

Cursos reconhecidos

Artur Rosa e Otavio Carvalho Foto: Maria Eduarda Petek

Artur Rosa e Otavio Carvalho
Foto: Maria Eduarda Petek

Com o objetivo de ser professor de História, Otávio Carvalho, 18, explicou que o reconhecimento do curso é essencial para se destacar no mercado, e por isso escolheu prestar o vestibular da PUCRS. No Guia do Estudante deste ano, as modalidades de bacharelado e licenciatura em História receberam quatro e cinco estrelas, respectivamente. O colega de Otávio, Artur Rosa, 17, vestibulando de Direito, diz ter amigos que já estão fazendo o curso e o recomendaram. Ele afirma que, além de outros fatores, a escolha é feita principalmente pela qualidade do ensino.