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Parceria PUCRS e Apple existe desde 2013
Foto: Bruno Todeschini

A PUCRS tornou-se a primeira universidade do Rio Grande do Sul a sediar uma das unidades da Apple Developer Academy. O projeto da empresa norte-americana de tecnologia tem como proposta oferecer gratuitamente aos estudantes universitários formação e treinamento completo sobre o desenvolvimento de aplicativos para o Sistema Operacional iOS. O programa promove também o desenvolvimento de habilidades para quem deseja empreender na área de tecnologia.

A parceria entre a Universidade e a Apple existe desde 2013, quando foi responsável pela execução do projeto piloto do Brazilian Education Program for iOS Development (BEPiD), iniciativa realizada em conjunto com a Faculdade de Informática da PUCRS (Facin) e o Instituto Eldorado. O programa busca tornar o Brasil uma referência global em desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis, através da formação de alunos universitários das áreas de Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Análise de Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia da Computação, Engenharia de Software entre outras áreas afins em metodologias e tecnologias iOS.

Desde então, mais de 180 estudantes já passaram pelo BEPiD e muitos deles tornaram-se empreendedores, colocaram no mercado as soluções desenvolvidas e se destacaram em desafios nacionais da área. É o caso dos estudantes da Facin, Bruno Bulso e Fabio Barboza, egressos do programa. Eles venceram o concurso Hackathon Globo, em maio deste ano, uma das maiores maratonas hackers do Brasil. Os estudantes desenvolveram sua própria startup, a Kobe, instalada no Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), que é parte do ecossistema de inovação e empreendedorismo da PUCRS.

Inovação na metodologia de ensino

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Fábio e Bruno, no centro da foto, participaram do BEPiD. Foto: Helton Simões Gomes/G1

Um dos diferenciais do programa é a metodologia de ensino, a qual prioriza o processo de aprendizagem por desafios aliada a um ambiente inovador. “Esta metodologia facilita a colaboração e o engajamento entre os estudantes, buscando resolver problemas do mundo real através do desenvolvimento de aplicativos”, detalha o coordenador do BEPiD e professor da Facin, Afonso Sales. 

Com esse método, o programa concilia pesquisa e desenvolvimento, aliando conhecimento teórico com práticas de ponta. Outra vantagem é a possibilidade de desenvolver o próprio negócio durante a formação acadêmica, ampliando as possibilidades de inserção no mercado de trabalho. O ecossistema de inovação da PUCRS dispõe de um amplo e completo assessoramento para desenvolver startups e empreendedores. “A vantagem de estar inserido nesse ambiente é que o estudante tem tudo o que precisa para se capacitar, empreender e concretizar o seu negócio”, afirma o gerente de projeto Alan Santos.

Como participar

A participação no programa é aberta a alunos matriculados em cursos de Graduação e Pós-Graduação (mestrado e doutorado) de qualquer instituição, que sejam criativos e motivados a aprender e que desejem ser desenvolvedores especialistas em iOS, ilustradores ou que queiram atuar com design de aplicativos. Assim que for definida a data do próximo processo seletivo, as informações serão publicadas na página web do Programa.

Hackathon Globo

Fabio e Bruno ao centro
Foto: Helton Simões Gomes/G1

Os estudantes da Faculdade de Informática Bruno Bulso e Fabio Barboza, que também são empresários da Kobe, startup instalada no coworking da Incubadora Raiar da PUCRS, integram a equipe vencedora do Hackathon Globo, uma das maiores maratonas hackers do Brasil. O objetivo da disputa é propor uma solução inovadora para produção e distribuição de conteúdo para a Globo em suas diferentes plataformas (G1, GShow, Globo Esporte e Globo Play). Os alunos eram os únicos gaúchos da competição, que contava com participantes de todo país.

A terceira edição do evento, que ocorre anualmente, teve mais de dois mil inscritos e a seleção foi dividida em várias etapas. Após análises de capacitação profissional, experiência em eventos semelhantes e uma  entrevista via telefone, 51 pessoas foram escolhidas. Os integrantes foram divididos em treze equipes e contaram com suporte de um time multidisciplinar de mentores da Globo e ex-hackathoners. “A gente falava a nossa ideia e era direcionado para conversar com pessoas que eram especialistas naquela área’’, explica Barboza.

Após 33 horas de confinamento na casa do reality show Big Brother Brasil, o grupo criou o aplicativo Globo Memes. O app possibilita que usuários, através de tecnologia chroma key (técnica de efeito visual onde imagens são sobrepostas através do anulamento de uma cor padrão), se insiram em cenas de produções da Globo. Segundo o empresário, o Globo Memes possui aplicabilidade em todas as plataformas da emissora. Também fizeram parte da equipe Bruno Faganello e Jean Marinho. Os quatro vencedores ganharam uma viagem de três dias para o Vale do Silício, que ocorrerá entre outubro e novembro desse ano.

Barboza frisou a importância da competição para estabelecer conexões com hackathoners e profissionais da área. “Foi uma experiência única. O contato com técnicos e a convivência com os engenheiros da Globo proporcionaram uma troca muito legal’’ conclui.