Fronteiras do PensamentoJá estão à venda os ingressos para o Fronteiras do Pensamento. A PUCRS mantém a parceria cultural, iniciada em 2014. Professores e técnicos administrativos da Universidade contam com 50% de desconto para assistirem às conferências. O mundo em desacordo: democracia e guerras culturais é o tema da temporada de 2018. Os primeiros convidados serão a reconhecida atriz e escritora Fernanda Torres e o artista plástico Vik Muniz, com obras expostas nos principais museus de arte contemporânea do mundo. Eles farão um debate especial no dia 14 de maio. Até novembro, serão outros nove conferencistas reconhecidos internacionalmente.

Interessados podem adquirir os convites por este link, após solicitarem o código que habilita o desconto por e-mail ou telefone 4020-2050. A aquisição também pode ser feita em um dos pontos de venda físicos, bastando apresentar o cartão da PUCRS. Os alunos contam com meia-entrada, conforme legislação, se portarem carteira de identificação estudantil válida.

susan pinker,fronteiras do pensamento,canadense,psicóloga

Susan Pinker encerrou a temporada 2017 do Fronteiras do Pensamento
Foto: Luiz Munhoz/Divulgação

Quanto mais relações sociais presenciais uma pessoa mantém, maiores são as chances de ter uma vida longa e saudável. A psicóloga canadense Susan Pinker, por meio da sua mais recente obra, The Village Effect (O efeito vilarejo, em tradução livre), demonstra que essa pode ser a melhor receita para longevidade, superando exercícios físicos e demais cuidados com a saúde. E as mulheres levam vantagem sobre os homens nesse aspecto. Sua apresentação ocorreu na noite de 4 de dezembro, no Salão de Atos da UFRGS, marcando o encerramento da temporada 2017 do ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento em coerência com tema central deste ano: Civilização – a sociedade e seus valores. O evento tem o apoio cultural da PUCRS.

A coesão social é vista como um fator altamente influenciador para estender o tempo de vida de homens e mulheres no ponto de vista de Susan Pinker. Não se trada da coesão aparente de grandes cidades, das metrópoles excessivamente povoadas, mas, sim, de localidades como Villagrande, comunidade situada na ilha da Sardenha, na Itália. Lá, vive uma das maiores proporções de centenários por habitantes da Europa. A pesquisadora os chama de “supercentenários”. Além da tranquilidade, um fator importante são os relacionamentos estabelecidos entre vizinhos e familiares que habitam prédios próximos uns dos outros. “Hoje em dia, o isolamento social é um dos principais problemas enfrentados”, alerta Susan. “Pessoas que têm poucas referências em quem se apoiar não são longevas”, afirma.

Durante o trabalho desenvolvido no vilarejo italiano, que inspirou o título de seu livro lançado em 2014, ainda sem tradução para o português, a psicóloga entrevistou homens e mulheres com 100 anos ou mais, muito lúcidos. Os testemunhos de seus filhos (muitos deles septuagenários e octogenários) revelam sentimento de orgulho e privilégio por terem de cuidar dos genitores. Questionados sobre se aquilo não era um fardo, disseram a Susan que “não somos como vocês, ocidentais”. A pesquisadora também detectou o que chama de “hostilidade silenciosa entre os filhos de centenários” ao relatar a desconfiança destes à presença de estranhos na localidade.

Relações presenciais superam contato on-line

susan pinker,fronteiras do pensamento,canadense,psicóloga

Psicóloga canadense defende as relações sociais presenciais
Foto: Luiz Munho/Divulgação

Entre os fatores-chave para a longevidade, Susan expôs um quadro hierárquico com dez itens. O ar puro e a prática de atividades físicas constavam entre as últimas posições. Já no topo da lista constavam relações próximas e interação social. “Muito mais que exercícios para o corpo, os aspectos principais para a longevidade estão na vida social”, sustenta. Numa comparação com os relacionamentos estabelecidos a distância, como nas mídias sociais, ela afirma que há grande diferença. “Confundimos interação on-line com o contato social. São completamente diferentes. Estudos recentes mostram isso”, destaca. Ela exemplificou citando uma pesquisa na qual foram estudados os cérebros de dois indivíduos para saber a diferença de uma “interação social verdadeira” de outra por meios digitais. O resultado apontou que quem interage presencialmente tem outras áreas do cérebro despertadas, como as relacionadas à afetividade. “O sentimento de pertencimento proporcionado pelo contato social é fundamental à nossa sobrevivência”, argumenta Susan.

Indo além, a professora destaca que “faltam sinais de honestidade quando nos comunicamos on-line, pois não temos como ver ou mostrar nossas reações, gestos, e tudo influencia nessa interação”, afirma. Sincronia, gestualidade, influência e consistência, juntos, são considerados fortes indicadores de confiança mútua. “Somos criaturas sociais, suscetíveis à influência dos outros”, define. As relações presenciais precisam ser renovadas com um intervalo máximo de 18 meses, defende Susan, “senão elas enfraquecem”.

Mulheres vivem mais

Logo no início da explanação, a psicóloga fez uma provocação à plateia, indagando se todos sabiam o motivo de as mulheres viverem mais em relação aos homens. Na sua conclusão, isso se deve ao fato de as mulheres terem mais redes sociais e por mantê-las por longo espaço de tempo, o que as permite criar um campo de proteção a partir dos laços estabelecidos com amigas, colegas, vizinhas, por exemplo. Ela lembra que predominantemente as mães e as avós as responsáveis por organizar festividades em família, cumprindo um papel agregador. Quando elas morrem, isso se perde. E acrescenta que “o poder do contato social mostra que mulheres com câncer de mama têm quatro vezes mais chances de sobreviver à doença do que aquelas sem uma rede de relacionamentos fortalecida”.

Ao finalizar a conferência, fez uma recomendação: “construa seus vilarejos, isso ajuda a ter uma vida feliz saudável”.

Civilização

A temporada 2017 do Fronteiras do Pensamento teve como tema Civilização – a sociedade e seus valores. Com parceria cultural da PUCRS, o evento trouxe a Porto Alegre conferencistas internacionalmente reconhecidos para abordar a busca por reconstrução, consciência e resgate de valores. Confira abaixo a cobertura realizada pela equipe de conteúdo da Assessoria de Comunicação e Marketing.

29/11
Niall Ferguson apresenta os “aplicativos” que levaram ao sucesso do mundo ocidental

07/11
“Libertar as pessoas permite enriquecer”, afirma Deirdre McCloskey

29/09
“Brasil é um dos países mais desiguais”, diz Piketty

22/08
A essência de ser uma ilha – Leonardo Padura

29/06
Amós Oz destaca a necessidade de coexistir e o respeito de ser diferente

06/06
Lipovetsky e Giannetti debatem o impacto do consumo na sociedade

19/05
Carlo Rovelli elogia perfil interdisciplinar do InsCer

Susan Pinker, Fronteiras do PensamentoA conferência de encerramento da temporada 2017 do Fronteiras do Pensamento, evento com apoio cultural da PUCRS, terá como convidada a psicóloga canadense Susan Pinker. Reconhecida por seu trabalho na área da psicologia do desenvolvimento, Susan foi professora na Dawson College e na McGill University. É autora de livros e artigos sobre ciências sociais e possui mais de 25 anos de experiência clínica e docência. Sua linha de pesquisa busca entender a mente humana no contexto da evolução. O evento ocorre na segunda-feira, 4 de dezembro, a partir das 19h30min, no Salão da Atos da UFRGS, na Av. Paulo Gama, 110, Porto Alegre.

Analisando a sociedade cada vez mais tecnológica, Pinker publicou, em 2014, The Village Effect (sem tradução no Brasil). No livro, explica como as interações sociais não são necessárias apenas para a felicidade humana, mas podem ser consideradas uma chave para a saúde, a resiliência e a longevidade. Segundo ela, passar menos tempo on-line e combinar todos os tipos de laços existentes em uma comunidade têm efeitos únicos na existência humana.

 

Parceria

Professores e técnicos administrativos da PUCRS e da Rede Marista têm direito a 50% de desconto no pacote de ingressos. Interessados podem adquirir neste link, após solicitar o código que habilita o desconto pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 4020-2050. A aquisição das entradas pode ser feita neste link ou em um dos pontos de venda físicos, com apresentação do crachá. Estudantes têm direito a meia-entrada conforme legislação.

 

Civilização

A temporada 2017 do projeto Fronteiras do Pensamento tem como tema Civilização – a sociedade e seus valores. Com parceria cultural da PUCRS, o evento traz a Porto Alegre, até o mês de dezembro, conferencistas internacionalmente reconhecidos para abordar a busca por reconstrução, consciência e resgate de valores.

Niall Ferguson

Foto: Luiz Munhoz / Divulgação

O historiador Niall Ferguson, um dos mais renomados da Grã-Bretanha, iniciou a penúltima conferência de Fronteiras do Pensamento falando sobre o pequeno tour que fez por Porto Alegre e sobre a percepção de civilização que teve dado suas universidades, seus times de futebol e a refeição que fez em uma churrascaria da cidade. Brincadeiras à parte, Ferguson fez críticas ao presidente norte-americano Donald Trump, ao populismo e demonstrou a grande divergência no crescimento econômico de certas sociedades europeias, entre 1820 e 1995, em comparação ao resto do mundo, na noite desta segunda-feira (27/11).

Não foi imperialismo, não é a localização geográfica, muito menos a raça o motivo desta grande divergência em termos de riqueza e crescimento. Para explicar o sucesso do mundo ocidental, Ferguson apropriou-se deum termo tecnológico cada vez mais presente no cotidiano, os “apps”. Ele define seis “aplicativos”, significando conceitos e instituições, adotados pelo ocidente e que podem ser aplicados em qualquer sociedade independente da cultura, da localização, da história: competição; revolução científica; direito à propriedade; medicina moderna; sociedade de consumo e ética de trabalho.

A competição significa uma descentralização do poder político e econômico. A revolução científica permite a compreensão e manipulação do mundo natural. O direito à propriedade, com proteção à posse de terras, reduz desigualdades sociais. A medicina moderna gera “milagres” salvando vidas e aumentando a expectativa de vida. A sociedade de consumo desempenha um papel fundamental no sistema econômico capitalista. A ética de trabalho, avaliada por Max Weber como espírito do capitalismo resultante do cristianismo protestante, pode ser implantada em qualquer mercado, assim como as demais ideias acima, originadas no ocidente, mas que podem ser aplicadas no oriente.

Contudo, Ferguson destaca que, a partir de 1979, inicia-se uma mudança neste cenário, com países do oriente começando a adotar muitas destas ideias, reduzindo o hiato entre mundo ocidental e oriental. Esta convergência se dá, segundo o historiador, pelo declínio das organizações ocidentais, com colapso entre gerações, regulamentações excessivas, estado dos advogados e não da lei, e declínio da sociedade civil.  “Estamos passando por uma conversão que põe fim à liderança do ocidente sobre o oriente, e acho isso fantástico, visto que milhares de asiáticos não vivem mais na miséria.”

Durante sua conferência, falou ainda da desigualdade intergeracional, da importância da educação e do efeito da internet, gerando uma polarização ainda maior. “O Twitter é, de muitas formas, algo terrível. Tudo que é postado com uma linguagem emocional é vastamente compartilhado, por isso tantos tweets são ofensivos e agressivos. A emergência das redes sociais pode estar causando a ruptura da civilização e a substituindo por uma não civilização”, concluiu.

Niall Ferguson

Niall Ferguson

Foto: Luiz Munhoz / Divulgação

Considerado pela revista Time uma das cem pessoas mais influentes do mundo, Niall Ferguson é autor de mais de uma dezena de livros, incluindo Império – Como os britânicos fizeram o mundo moderno, A ascensão do dinheiro – A história financeira do mundo e A grande degeneração – A decadência do mundo ocidental. Em Civilização – Ocidente x Oriente, relançado no Brasil em 2016, apresenta uma narrativa referencial para a história do mundo moderno.

Especialista em economia, mercado financeiro e história econômica, lecionou em instituições como a Universidade de Harvard e a London School of Economics. Atualmente, Ferguson é professor e pesquisador da Universidade de Stanford.

Civilização

A temporada 2017 do projeto Fronteiras do Pensamento tem como tema Civilização – a sociedade e seus valores. Com parceria cultural da PUCRS, o evento traz a Porto Alegre, até o mês de dezembro, conferencistas internacionalmente reconhecidos para abordar a busca por reconstrução, consciência e resgate de valores. A última conferência será com a psicóloga evolutiva canadense Susan Pinker, em 4 de dezembro.

Parceria

Professores e técnicos administrativos da PUCRS e da Rede Marista têm direito a 50% de desconto no pacote de ingressos. Interessados podem adquirir neste link, após solicitar o código que habilita o desconto pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 4020-2050. A aquisição das entradas pode ser feita neste link ou em um dos pontos de venda físicos, com apresentação do crachá. Estudantes têm direito a meia-entrada conforme legislação.

Fronteiras do pensamento, Niall FergusonNesta segunda-feira, 27 de novembro, em noite dedicada à PUCRS, sobe ao palco do Fronteiras do Pensamento um dos mais renomados historiadores da Grã-Bretanha, Niall Ferguson. Considerado pela revista Time uma das cem pessoas mais influentes do mundo, é especialista em economia, mercado financeiro e história econômica, tendo lecionado em instituições como a Universidade de Harvard e a London School of Economics. Atualmente, Ferguson é professor e pesquisador da Universidade de Stanford. O evento tem início às 19h30min, no Salão da Atos da UFRGS, na Av. Paulo Gama, 110, Porto Alegre.

Niall Ferguson é autor de mais de uma dezena de livros, incluindo Império – Como os britânicos fizeram o mundo modernoA ascensão do dinheiro – A história financeira do mundo e A grande degeneração – A decadência do mundo ocidental. Em Civilização – Ocidente x Oriente, relançado no Brasil em 2016, apresenta uma narrativa referencial para a história do mundo moderno.

Parceria

Professores e técnicos administrativos da PUCRS e da Rede Marista têm direito a 50% de desconto no pacote de ingressos. Interessados podem adquirir neste link, após solicitar o código que habilita o desconto pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 4020-2050. A aquisição das entradas pode ser feita neste link ou em um dos pontos de venda físicos, com apresentação do crachá. Estudantes têm direito a meia-entrada conforme legislação.

Civilização

A temporada 2017 do projeto Fronteiras do Pensamento tem como tema Civilização – a sociedade e seus valores. Com parceria cultural da PUCRS, o evento traz a Porto Alegre, até o mês de dezembro, conferencistas internacionalmente reconhecidos para abordar a busca por reconstrução, consciência e resgate de valores.

Fronteiras do pensamento, Deirdre McCloskey, Thomas Piketty, salão de atos da ufrgs, capitalismo, liberalismo, adam Smith, Harvard, acumulo de capital

Deirdre McCloskey durante o Fronteiras do Pensamento
Foto: Luiz Munhoz

Liberal, cristã progressista e transgênero. Desta maneira, a economista norte-americana Deirdre McCloskey se apresentou no Fronteiras do Pensamento, ocorrido na última segunda-feira (6), no Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre. Deirdre é Ph.D. em Economia pela Universidade de Harvard e sua dissertação foi agraciada com o Prêmio David A. Wells, em 1973.

Em sua palestra, a economista declarou que não gosta da palavra “capitalismo”, pois é um conceito que está fora do contexto do mundo moderno. Ela acredita que o acumulo de capital é a melhor forma para o crescimento de uma nação.

A palestrante fez uma comparação com os “nossos ancestrais”, os quais a classe média produzia e consumia em torno de 2 dólares por dia. “Atualmente, no Brasil, a média de renda per capita é 40 dólares por dia. Na Inglaterra, é 100, e, nos Estados Unidos, 130. Num comparativo, a porcentagem de pessoas que vivem com 2 dólares por dia é bem menor. Essa não é uma ideia maluca de economia, pois somos enormemente mais ricos que no passado”, aponta. Mesmo com os problemas como a corrupção (Deirdre brincou que vem de Chicago, local onde essa prática é constante), essa preocupação é pequena comparada ao crescimento econômico que vem ocorrendo durante os anos.

A economista lembrou que o grande enriquecimento vai além da Revolução Industrial. “Antes, os nossos ancestrais tinham poucas roupas para vestir, por exemplo. A partir do liberalismo, de Adam Smith, com as ideias de liberdade, igualdade e justiça, foi possível que as pessoas pudessem se desenvolver e abrir o seu próprio negócio”, analisa.

Fronteiras do pensamento, Deirdre McCloskey, Thomas Piketty, salão de atos da ufrgs, capitalismo, liberalismo, adam Smith, Harvard, acumulo de capital

“A liberdade é o âmago do mundo moderno”
Foto: Luiz Munhoz

Críticas à esquerda e a Piketty  

O último palestrante no Fronteiras do Pensamento, ocorrido no dia 28 de setembro, o economista Thomas Piketty foi alvo de Deirdre. Para ela (em tom humorado), Piketty tem uma ideia francesa sobre a economia, a qual quem ganha mais tem que repartir mais. “Eu já tenho a visão escocesa e de Adam Smith. Ou seja, oferecemos um ponto de partida para a pessoa, com educação e saúde, e, desta maneira, é possível seguir a sua vida”, diz. Além disso, comentou que Piketty, em seus livros, se esqueceu de mencionar o capital humano, o qual é o principal elemento para o crescimento da economia nos dias de hoje. “Thomas também exagera na questão da desigualdade social”, critica.

Ainda, segundo a economista, é dever de todos ajudar os pobres, mas a solução não está em se aproveitar da renda de pessoas que estão produzindo. “Os meus amigos da esquerda pensam em perseguir os milionários. Eu discordo. Quando as pessoas estão libertadas, podem inovar e assim criar uma meta para o crescimento econômico”, complementa.

Projeções para o Brasil 

Em um gráfico, Deirdre mostrou números aproximados de gerações (no período de 1990-2016) que projeta quanto tempo que os países com políticas econômicas liberais ou não liberais precisam alcançar a renda real per capita dos Estados Unidos. China e Chile demorariam uma geração. Já a Índia seria em duas. No entanto, o Brasil precisaria de seis gerações para atingir o mesmo índice dos norte-americanos. “Os países que adotam o livre comércio levam vantagem. No caso dos brasileiros, é preciso valorizar mais as pessoas. Aquelas que têm dinheiro são julgadas. É preciso deixar claro que empresas produtivas fazem bem ao país. A recomendação é que sigam os exemplos de Coreia do Sul e Chile. Uma sociedade econômica livre, com liberdade de expressão, tem grandes chances de chegar ao patamar dos Estados Unidos”, sinaliza.

No encerramento da palestra, a economista ainda sentenciou: “A liberdade é o âmago do mundo moderno.”

Civilização

A temporada 2017 do projeto Fronteiras do Pensamento tem como tema Civilização – a sociedade e seus valores. Com parceria cultural da PUCRS, o evento traz a Porto Alegre, até o mês de dezembro, conferencistas internacionalmente reconhecidos para abordar a busca por reconstrução, consciência e resgate de valores.

fronteiras do pensamento, deirdre mccloskeyNa próxima segunda-feira, 6 de novembro, às 19h30min, a economista norte-americana Deirdre McCloskey será a conferencista do Fronteiras do Pensamento. O projeto, com apoio cultural da PUCRS, recebe a professora reconhecida por sua atuação nas áreas da economia de livre mercado, da estatística teórica, da ética e da defesa das pessoas transgênero. Com Ph.D. em Economia pela Universidade de Harvard, sua dissertação foi agraciada com o Prêmio David A. Wells, em 1973. O evento ocorre no Salão da Atos da UFRGS, na Av. Paulo Gama, 110, Porto Alegre.

Em 2010, publicou sua maior obra, Bourgeois Dignity – Why economics can’t explain the modern world, na qual destaca a influência da burguesia que emergiu nos séculos 17 e 18. O livro faz parte de uma trilogia, composta também por Bourgeois Virtues e Bourgeois Equality, este último lançado em 2016. Considerada conservadora por muitos, ela se define como pós-moderna, de livre mercado, progressista episcopal e mulher do Meio-Oeste que já foi um homem.

Deirdre assumiu sua identidade feminina em 1995, passando por uma cirurgia. Mudou seu nome de Donald para o atual e relatou a transição no livro Crossing: a memoir. Foi professora nas universidades de Iowa e de Chicago, onde foi assistente do economista norte-americano Milton Friedman. Tornou-se professora emérita da Universidade de Illinois, onde lecionou de 2000 a 2015.

Civilização

A temporada 2017 do projeto Fronteiras do Pensamento tem como tema Civilização – a sociedade e seus valores. Com parceria cultural da PUCRS, o evento traz a Porto Alegre, até o mês de dezembro, conferencistas internacionalmente reconhecidos para abordar a busca por reconstrução, consciência e resgate de valores.

Parceria

Professores e técnicos administrativos da PUCRS e da Rede Marista têm direito a 50% de desconto no pacote de ingressos. Interessados podem adquirir neste link, após solicitar o código que habilita o desconto pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 4020-2050. A aquisição das entradas pode ser feita neste link ou em um dos pontos de venda físicos, com apresentação do crachá. Estudantes têm direito a meia-entrada conforme legislação.

tomas piketty,fronteiras do pensamentoO economista francês Thomas Piketty será o próximo conferencista do Fronteiras do Pensamento. O evento ocorre na próxima quinta-feira, 28 de setembro, no Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 685), a partir das 19h30min. A PUCRS, parceira cultural do projeto, está recebendo inscrições de alunos e professores que desejam obter cortesias para assistir gratuitamente à apresentação. As manifestações de interesse devem ser respondidas pelo link enviado por e-mail aos estudantes e docentes. Os ingressos são limitados.

Piketty é reconhecido mundialmente por suas pesquisas sobre economia da desigualdade e redistribuição da renda. O assunto foi tema de sua tese de doutorado, defendida na Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais da França e na London School of Economics, e agraciada com o prêmio da Associação Francesa de Economia.

Em 2013, tornou-se uma celebridade mundial após lançar o livro O capital no século XXI, best-seller que vendeu milhões de exemplares. Partindo de uma fórmula simples, constatou que não há como escapar do aumento da desigualdade, visto que a renda sobre o capital avança em ritmo mais acelerado do que o crescimento econômico. Ganhou a simpatia de vencedores do Prêmio Nobel como Joseph Stiglitz e Paul Krugman, mas também acompanhou a consistência dos dados do livro ser contestada na internet e em análises da imprensa.

Lançado no Brasil em 2017, seu livro mais recente Às urnas, cidadãos! faz um balanço dos mandatos de Nicolas Sarkozy e François Hollande na França, propondo a revisão de políticas e da aplicação de alíquotas, que privilegiam as grandes empresas e os mais ricos.

2017_08_14-fronteiras(907x549)Estudantes de Pós-Graduação da PUCRS poderão assistir à conferência do escritor e jornalista cubano Leonardo Padura, no Fronteiras do Pensamento, gratuitamente. A Universidade, parceira cultural do projeto, oferece cortesias àqueles que participarem da ação divulgada na página da PUCRS no Facebook. O evento ocorre na próxima segunda-feira, 21 de agosto, no Salão de Atos da UFRGS, com início às 19h30min. Todas as conferências da temporada 2017 têm cortesias para estudantes de Pós-Graduação, sempre divulgadas na fan page.

Leonardo Padura

Padura é romancista, ensaísta e jornalista. Considerado um dos melhores autores de Cuba, escreveu roteiros para o cinema e atuou por 15 anos na área do jornalismo investigativo. Agraciado pelo governo espanhol com a dupla nacionalidade, prefere continuar vivendo na ilha onde nasceu. Ganhou reconhecimento internacional com a série de romances policiais Estações Havana. A tetralogia, composta por Passado perfeito, Ventos de quaresma, Máscaras e Paisagem de outono, já foi traduzida para mais de 15 países e venceu prêmios internacionais, como o Dashiell Hammet, de melhor romance em língua espanhola, e o Café Gijón, além de ter sido adaptada para o cinema e a televisão. Pelo conjunto de sua obra, recebeu o Prêmio Princesa das Astúrias das Letras e o Prêmio Nacional de Literatura de Cuba.

Civilização

A temporada 2017 do projeto Fronteiras do Pensamento tem como tema Civilização – a sociedade e seus valores. Com parceria cultural da PUCRS, o evento traz a Porto Alegre, até o mês de dezembro, conferencistas internacionalmente reconhecidos para abordar a busca por reconstrução, consciência e resgate de valores.

Parceria

Professores e técnicos administrativos da PUCRS e da Rede Marista têm direito a 50% de desconto no pacote de ingressos. Interessados podem adquirir neste link, após solicitar o código que habilita o desconto pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 4020-2050. A aquisição das entradas pode ser feita neste link ou em um dos pontos de venda físicos, com apresentação do crachá. Estudantes têm direito a meia-entrada conforme legislação.

Amós Oz

Foto: Luiz Munhoz

“Igualdade não significa que todas as pessoas sejam iguais. Seria o fim da civilização se todos fossemos iguais. Igualdade é cada ser humano ter o mesmo direito a ser diferente, cada civilização, cada gênero, cada grupo, cada fé deve ter o direito de ser diferente.” O premiado escritor israelense, traduzido em mais de 40 idiomas, e ativista político Amós Oz foi o conferencista do Fronteiras do Pensamento na noite desta quarta-feira, 28 de junho. O evento, com apoio cultural da PUCRS, teve o professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Famecos, Jacques Wainberg, como um dos mediadores, que destacou a contribuição singular de Oz para o pensamento contemporâneo.

Para uma plateia atenta, Oz falou da questão entre Israel e Palestina, da sua visão política, sobre o choque de civilizações, defendeu a necessidade de saber coexistir e o respeito ao direito de cada um ser diferente. Aplaudido, discorreu, ainda, sobre ser considerado traidor por muitas pessoas, sobre a vida de escritor, exaltou a curiosidade como pré-condição para trabalho intelectual e como uma forma de entender o outro. Ao abordar o crescente fanatismo, Oz aponta o humor como um dos antídotos ao extremismo, ao racismo e à intolerância, “síndrome que atinge muitos países”, e se utilizou dessa ferramenta para criar momentos de riso no público ao longo da palestra.

Israel e Palestina

Amós Oz

Foto: Luiz Munhoz

A respeito do conflito entre Israel e Palestina, Oz destaca que não há certo e errado, o bem e o mal, mas o certo e o certo. “Israel é um país minúsculo, a única casa no mundo para judeus israelenses e palestinos como nação”, explica. Aponta o meio termo como a única solução e ressalta que as pessoas não devem escolher um lado ou outro, mas a paz. “Nunca fui radical, mas um evolucionista. Acredito em acordo, que é sinônimo de vida. O contrário não é idealismo ou integridade, mas fanatismo e morte”, adverte.

Oz vê a criação de dois estados soberanos e vizinhos como forma de resolução do conflito, em uma visão política que diz ser baseada no éthos. Acredita em soluções pragmáticas, em coexistência pacífica e refuta a ideia de um país binacional. Em uma analogia, indica que o caminho é dividir a casa em dois apartamentos. Com o tempo esses vizinhos se darão bom dia, depois tomarão café um na casa do outro. “O amor é uma commodity muito rara. Não acredito em amor universal ou irmandade universal. É necessário encontrar o outro no meio termo. Eu sei bem o que é isso, pois sou casado há 55 anos”, graceja.

O perigo do fanatismo

Quanto mais complexos são os problemas, mais as pessoas querem soluções simples. Para Oz, os fanáticos dão esta resposta que abrange tudo, apontam culpados como uma “sedução do diabo”. O antídoto, segundo ele, está no ceticismo, na curiosidade e no senso de humor. “Nunca vi um fanático com senso de humor. Ter a capacidade de rir de nós mesmos, de nos vermos como os outros nos veem. Cada um de nós, mesmo aquelas pessoas muito sérias, tem um lado ridículo, e se pudermos ver isso em nós mesmos, talvez estejamos imunes ao fanatismo”, argumenta.

Curiosidade como benção

Amós Oz

Foto: Luiz Munhoz

Se bem escrita, Oz diz que o dom da literatura é levar o leitor em uma jornada fascinante na mente, na alma, na emoção de diferentes pessoas, gerações, países. “Minha força propulsora é a curiosidade, a vontade de me colocar no lugar do outro, não para me tornar como ele, mas para ter um entendimento melhor acerca dos outros e de mim mesmo. Para fazer algo de valor é preciso ser curioso. Uma pessoa curiosa é melhor pai, melhor filho, melhor cônjuge, melhor irmão, melhor vizinho, melhor motorista”, garante.

Parceria PUCRS

Professores e técnicos administrativos da PUCRS e da Rede Marista têm direito a 50% de desconto no pacote de ingressos. Interessados podem adquirir neste link, após solicitar o código que habilita o desconto pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 4020-2050. A aquisição das entradas pode ser feita neste link ou em um dos pontos de venda físicos, com apresentação do crachá. Estudantes têm direito a meia-entrada conforme legislação.

Alunos de Pós-Graduação da PUCRS podem assistir a conferências da temporada 2017 do Fronteiras do Pensamento de forma gratuita. A Universidade, parceira cultural do projeto, oferece cortesias para cada um dos encontros àqueles que participarem das ações divulgadas no Facebook institucional.