Flora de Porto Alegre

Foto: Pedro Ferreira – Divulgação/PUCRS

O Instituto do Meio Ambiente da PUCRS recebe até esta sexta-feira, 13 de maio, inscrições para a 1ª edição do curso de extensão Identificação da Flora de Porto Alegre, voltado a estudantes e profissionais de ciências biológicas. Os encontros ocorrem no sábado, 14 de maio, no Parque Saint Hilaire, e no domingo, 15 de maio, das 8h às 12h e das 13h10min às 18h, na sala 211 do bloco C do prédio 12 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). As inscrições podem ser feitas on-line pelo site www.pucrs.br/educacaocontinuada ou presencialmente, na sala 112 do prédio 15.

Na saída de campo ocorrerá a identificação de espécies e obtenção de imagens. No domingo, a proposta é trabalhar em laboratório o material botânico encontrado. Também serão feitos relatórios finais com a apresentação dos resultados, discussões e avaliações da saída de campo. Participa como ministrante o botânico Claudio Augusto Mondin. Detalhes pelo telefone (51) 3320-3640. Informações referentes a inscrição podem ser obtidas pelo telefone (51) 3320-3727.

Cacto Pereskia nemorosa

Exemplar do cacto Pereskia nemorosa no herbário do MCT
Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) abriga o único espécime do cacto Pereskia nemorosa coletada no Rio Grande do Sul e disponível em uma coleção brasileira. A espécie foi confirmada em março de 2016 pelo botânico especialista em Cactaceae, João Larocca, vinculado a Fundação Gaia, durante visita ao Herbário do MCT, cuja coleção contempla mais de 20 mil espécimes. Na lista da flora gaúcha ameaçada de extinção (Decreto nº 52109/2014), Pereskia nemorosa não foi avaliada devido à insuficiência de dados, o que torna a descoberta ainda mais importante por confirmar sua presença no Estado e ampliar as possibilidades de encontrá-la na natureza.

O primeiro registro foi feito em Uruguaiana, pelo francês Maurice Langeron, em 1927, quando o cacto foi depositado no Herbário do Museu Nacional de História Natural de Paris. Depois de 68 anos, em 1995, a espécie foi novamente coletada, no município de Rosário do Sul, dessa vez pelo pesquisador Clemens Schlindwein, atualmente vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais. Schlindwein depositou os cactos nos herbários do MCT e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPe). No entanto, segundo Larocca, o exemplar não foi encontrado no herbário da UFPe, o que torna o herbário do MCT o único no Brasil com representante da espécie coletado no RS.